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PlanoDeAula_106464 12

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Título 
Introdução ao Estudo do Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
12 
Tema 
Posições Jurídicas dos Sujeitos de Direito nas Relações Jurídicas 
Objetivos 
·   Fornecer os conceitos relativos à origem e cessação de direitos para os titulares; 
·   Estabelecer a distinção entre as espécies de aquisição de direitos; 
·   Apresentar as possíveis formas de aquisição da titularidade de direitos; 
·   Fornecer os conceitos relativos à consequência dos fatos jurídicos; 
·   Estabelecer a distinção entre sujeição, ônus e obrigação jurídica. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Posições Jurídicas Ativas 
1.1. Direito subjetivo; 
1.2. Direito potestativo; 
1.3. Poder jurídico; 
1.4. Faculdade jurídica. 
  
2. Posições Jurídicas Passivas 
2.1. O dever jurídico; 
2.2. A sujeição; 
2.3. A obrigação e o ônus. 
  
Unidade 12 
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Parte Geral. 5.. Rio de Janeiro: Forense, 2008.Vol.1. ISBN 13: 9788530927929 
  
Nome do capítulo: Capítulo I   Notas introdutórias ao Direito Civil 
N. de páginas do capítulo: 27 
Este conteúdo deverá ser trabalhado ao longo das duas aulas da semana, cabendo ao professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas 
de cada turma. 
  
Sugestão de roteiro de conteúdo a ser ministrado:  
Posições Jurídicas dos Indivíduos 
É a situação jurídica do sujeito em uma relação, por força da qual é chamado a agir na esfera jurídica do outro. A Posição Jurídica é acidental, exterior e temporal.  
  
Situação subjetiva - É a possibilidade de ser, pretender ou fazer algo, de maneira garantida, nos limites atributivos da regra de direito. 
  
Direito Subjetivo ? É o poder de exigir determinada conduta de alguém, que, por lei, ato ou negócio jurídico, está obrigado a observá -la, não se confundindo com as posições 
jurídicas que os indivíduos ocupam. 
  
Posições Jurídicas Ativas 
Temos uma posição de vantagem de um dos sujeitos da relação jurídica em relação ao outro, em decorrência de uma norma jurídica.   
Poder Jurídico 
Diverso do direito subjetivo, podendo, em sentido amplo, com ele se confundir; tem-se o poder jurídico como a situação jurídica em que a uma pessoa são atribuídos 
poderes relativos sobre outra, exercível em favor e no interesse desta, que tem a obrigação de obedecer, desde que não seja abusivo.  
  
Ex. O Poder Familiar, que dá autoridade aos pais (pai e mãe) para educar o filho e administrar os seus bens. A esse direito corresponde o dever do filho de obedecer aos 
pais, mas o Poder Familiar que a doutrina moderna já denomina poder-dever não se exerce em favor dos pais, e, sim, em favor do filho e da família, tanto assim que, 
quando os pais exercem o poder familiar contrariamente aos interesses do filho e da família, podem dele ser destituídos (1.637 do CC). No Novo Código Civil, o pátrio poder 
foi substituído pela expressão ?poder familiar? que é exercido pelos pais (art. 1.630 CC).   
  
Podemos concluir que o poder jurídico decorre de uma posição jurídica ativa que a pessoa ocupa em face do ordenamento jurídico, podendo, nos exatos limites de sua 
posição, assumir diversas facetas diferentes conforme a seguinte divisão: 
  
Direito Subjetivo- Segundo Manoel de Andrade (1), é a faculdade ou poder atribuído pela ordem jurídica a uma pessoa de exigir ou pretender de outra um determinado 
comportamento positivo (fazer) ou negativo (não fazer), ou de, por um ato de vontade, produzir determinados efeitos jurídicos que se impõem inevitavelmente a outra 
pessoa. Em outros termos, direito subjetivo é o poder de submeter alguém a um direito seu, preestabelecido pela norma jurídica. Ex. Se um sujeito ativo tem o direito de 
exigir determinado pagamento, a esse direito subjetivo corresponde o dever jurídico do sujeito passivo de pagar o débito (art. 1694 do CC). 
Temos uma posição de vantagem de um dos sujeitos da relação jurídica em relação ao outro, em decorrência de uma norma jurídica.   
  
Direito Potestativo - É o poder de praticar certo ato em conformidade com o direito que vai resultar certos efeitos na esfera jurídica de outras pessoas, cabendo a ela 
somente a possibilidade de sujeitar-se ao interesse do titular ( CONSTITUTIVOS ? MODIFICATIVOS ? EXTINTIVOS). 
  
Poder Jurídico - Temos o poder jurídico como a situação jurídica em que a uma pessoa são atribuídos poderes relativos sobre outra, exercível em favor e no interesse desta, 
que tem a obrigação de obedecer, desde que não seja abusivo.  
  
Abuso de Direito - Há abuso de direito sempre que o titular o exerce fora dos limites próprios da natureza do direito. A teoria do abuso do direito surge no Séc. XIX, como 
superação das concepções individualistas e liberais que viam o direito subjetivo como poder da vontade e como expressão da liberdade individual. 
  
Posições Jurídicas Passivas 
É a posição em que se encontra aquele contra quem é dirigida a vontade do sujeito ativo. Tendo desta forma: 
Obrigação ? é o dever jurídico de caráter patrimonial. 
  
Obrigação Contratual-  Tem no contrato a sua origem ou fonte. O dever decorre de um acordo de vontades, cujos efeitos são regulados em lei. 
  
Obrigação Extracontratual (Aquiliana) ? Tem por fonte a Lei. Toda obrigação decorrente de ato ilícito é obrigação extracontratual, portanto legal, prevista em lei. 
  
Ônus - É a necessidade que o agente tem de comportar-se de determinado modo para realizar interesse próprio. 
  
Dever Jurídico- Ao direito subjetivo contrapõe-se o dever jurídico, situação passiva que se caracteriza pela necessidade de o devedor observar certo comportamento (ativo 
ou passivo) compatível com o interesse do titular subjetivo. 
  
Diferença de Dever Jurídico e Ônus 
No primeiro, o comportamento do agente é necessário para satisfazer o interesse do titular do direito subjetivo, enquanto no caso do ônus, o interesse é do próprio agente. 
  
Sujeição- Entende-se a ação de sujeitar ou de se sujeitar alguma coisa ou pessoa ao domínio ou dependência  de outra coisa ou pessoa. Assim como o dever jurídico é uma 
consequência do direito subjetivo, a sujeição é do direito potestativo. 
  
Classificação dos Direitos Subjetivos 
Direitos Subjetivos Principais e Acessórios   
  
Direitos Subjetivos Principais - aqueles independentes, autônomos. Ex.: Direito de propriedade, direito de crédito oriundo de controle, o Poder Familiar, direito a alimentos. 
  
Direitos Subjetivos Acessórios- aqueles que dependem do principal, não possuindo existência autônoma. Ex.: Direitos decorrentes do contrato de fiança, direto a percepção 
de juros, os resultantes de uma cláusula penal etc. 
  
Direitos subjetivos transmissíveis e intransmissíveis. Os direitos subjetivos são, em regra, transmissíveis, isto é, podem ser transferidos para outros sujeitos. Mas nem 
sempre é assim. Também temos os direitos subjetivos que não estão sujeitos à transmissão. São os denominados direitos intransmissíveis, que dizem respeito, 
normalmente, aos direitos da personalidade. Ex. : Direito à honra, à vida, ao nome, à imagem. 
  
Além desses, temos alguns direitos patrimoniais que são intransmissíveis através da sucessão hereditária como, por exemplo, o uso, a habitação, o contrato de trabalho, o 
dever de prestar alimentos etc.. 
  
Sub-rogação -  Significa, em sentido amplo, substituição de um titular de direito por outro, ou de uma coisa por outra. Distingue-se, portanto, sub-rogação PESSOAL da sub-
rogação REAL. 
  
Sub-rogação Pessoal: quando uma pessoa natural ou jurídica substitui outra na relação jurídica seja por ato inter vivos, seja causa mortis. 
  
Sub-rogação Real: quando um bem toma lugar de outro como objeto do direito. 
  
Sucessão -  Na hipótese de transmissão derivada, o novo titular adquire o direito do seu anterior titular. Nesse caso, temos o fenômeno da SUCESSÃO. 
Dá-se a sucessão quando alguém assume o lugar dooutro sujeito em um determinado direito subjetivo. Pode ocorrer  inter vivos , como no caso da compra e venda, ou 
causa mortis , como no caso da sucessão hereditária. A sucessão é presidida por certos princípios gerais, como, por exemplo, o de que ninguém poder transmitir mais 
direitos do que possui ou de que não se pode adquirir mais direitos do que possuía o seu titular anterior. 
  
Direito Subjetivo Público - Direitos subjetivos cuja titularidade pertence ao público, à sociedade como um todo, devendo ser garantidos pelo Estado - PODER/DEVER DO 
ESTADO. Nas relações jurídicas de direito público, o Estado pode ser sujeito ativo ou passivo, basta que esteja atuando no interesse público, no interesse da sociedade. 
Sujeito ativo, dotado de prerrogativas ou poderes. Ex:  O Estado pode  punir, cobrar com sanções o imposto não pago, estabelecer impostos,   facultar o uso de seus bens 
etc. 
Sujeito passivo, em que os titulares dos direitos são os particulares. Ex:Direito de eleger, de ser eleito, direitos individuais declarados na Constituição. 
O direito subjetivo público, segundo Paulo Dourado de Gusmão, divide-se em: 
Direito de Liberdade - art. 5°, II da CF (princípio denominado por norma de liberdade); art. 146 do CP (delito de constrangimento ilegal) e art. 5°, LXVIII da CF (habeas 
corpus). 
  
Direito de ação - possibilidade de exigir do Estado a prestação jurisdicional. 
Direito de petição - refere-se à obtenção de informação administrativa sobre assunto de interesse do requerente, art. 5°, XXXIV da CF. 
Direitos políticos - o direito de votar e ser votado. 
  
1.   ANDRADE, Manuel de. Teoria da Relação Jurídica . Coimbra-Portugal: Editora Coimbra, 1992. 
Aplicação Prática Teórica 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e 
estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a 
aplicação dos casos concretos, a saber: 
  
CASO CONCRETO 1 
Em maio de 2013, o Jornal Brasil veiculou que um gato de rua recebeu uma casa grande no Norte de Londres e um fundo de investimentos de 100 mil libras ( cerca de US$ 160 mil ) 
de herança.  Estimativas indicam que Tinker ? o nome do gato ? tem oito anos. Tinker se tornou amigo de Margareth Layne, 89 anos, pouco antes de ela morrer, no ano passado. 
Segundo o testamento dela, que acaba de ser divulgado, Tinker deve ficar na casa avaliada em 350 mil libras (pouco mais de US$ 560 mil). Em outros termos, Margareth quis se 
fazer substituir em todas as relações jurídicas que travava por seu animal de estimação. 
 De acordo com o nosso sistema jurídico, responda, justificadamente, as questões abaixo: 
 a)    Tinker poderia ser sujeito dessas relações jurídicas, em substituição à Margareth? 
 b)    Partindo do pressuposto de que a falecida não deixou herdeiros, qual a posição de Tinker na relação jurídica que se estabeleceu a partir da morte de Margareth? 
  
  
CASO CONCRETO 2 
Direito subjetivo, direito potestativo, poder jurídico e faculdade jurídica. 
  
Dona ALMERINDA DE SANTA CLARA não teve filhos e está viúva há treze anos, desde então, administra pessoalmente seu conglomerado de empresas ligadas ao ramo da 
construção civil, avaliadas em torno de alguns milhões de reais, localizadas em Macapá, no Amapá. 
Dona ALMERINDA conta com a ajuda de CARLOS ROBERTO, seu sobrinho mais novo, em uma das fábricas. 
Além de CARLOS, os únicos parentes vivos que Dona ALMERINDA possui são Marcos e Ricardo, irmãos  mais velhos de Carlos e seus inimigos mortais. 
Como Dona ALMERINDA não possui um testamento escrito, MARCOS e RICARDO resolvem exigir que o testamento seja feito o quanto antes e que Dona ALMERINDA deixe a fábrica 
em que CARLOS trabalha para ele e que os demais bens sejam divididos entre os dois. Como Dona ALMERINDA se recusa, afirmando que tem a faculdade jurídica de fazer ou não 
qualquer testamento, seus dois sobrinhos contra-argumentam, afirmando que, como ela não tem filhos, é obrigada a fazer o testamento sim, em razão de um dever jurídico. 
A partir do caso acima narrado responda: 
  
a)   Afinal, Dona ALMERINDA tem faculdade jurídica ou dever jurídico em relação a seu testamento? 
  
b)   Se os sobrinhos MARCOS e RICARDO obrigassem Dona ALMERINDA, através de meios coercitivos, a fazer um testamento estariam violando sua faculdade jurídica de 
testar? 
  
c)   Existe distinção entre faculdade jurídica e direito potestativo? Por quê? 
  
Plano de Aula: Introdução ao Estudo do Direito 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Estácio de Sá Página 1 / 3
Título 
Introdução ao Estudo do Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
12 
Tema 
Posições Jurídicas dos Sujeitos de Direito nas Relações Jurídicas 
Objetivos 
·   Fornecer os conceitos relativos à origem e cessação de direitos para os titulares; 
·   Estabelecer a distinção entre as espécies de aquisição de direitos; 
·   Apresentar as possíveis formas de aquisição da titularidade de direitos; 
·   Fornecer os conceitos relativos à consequência dos fatos jurídicos; 
·   Estabelecer a distinção entre sujeição, ônus e obrigação jurídica. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Posições Jurídicas Ativas 
1.1. Direito subjetivo; 
1.2. Direito potestativo; 
1.3. Poder jurídico; 
1.4. Faculdade jurídica. 
  
2. Posições Jurídicas Passivas 
2.1. O dever jurídico; 
2.2. A sujeição; 
2.3. A obrigação e o ônus. 
  
Unidade 12 
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Parte Geral. 5.. Rio de Janeiro: Forense, 2008.Vol.1. ISBN 13: 9788530927929 
  
Nome do capítulo: Capítulo I   Notas introdutórias ao Direito Civil 
N. de páginas do capítulo: 27 
Este conteúdo deverá ser trabalhado ao longo das duas aulas da semana, cabendo ao professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas 
de cada turma. 
  
Sugestão de roteiro de conteúdo a ser ministrado:  
Posições Jurídicas dos Indivíduos 
É a situação jurídica do sujeito em uma relação, por força da qual é chamado a agir na esfera jurídica do outro. A Posição Jurídica é acidental, exterior e temporal.  
  
Situação subjetiva - É a possibilidade de ser, pretender ou fazer algo, de maneira garantida, nos limites atributivos da regra de direito. 
  
Direito Subjetivo ? É o poder de exigir determinada conduta de alguém, que, por lei, ato ou negócio jurídico, está obrigado a observá -la, não se confundindo com as posições 
jurídicas que os indivíduos ocupam. 
  
Posições Jurídicas Ativas 
Temos uma posição de vantagem de um dos sujeitos da relação jurídica em relação ao outro, em decorrência de uma norma jurídica.   
Poder Jurídico 
Diverso do direito subjetivo, podendo, em sentido amplo, com ele se confundir; tem-se o poder jurídico como a situação jurídica em que a uma pessoa são atribuídos 
poderes relativos sobre outra, exercível em favor e no interesse desta, que tem a obrigação de obedecer, desde que não seja abusivo.  
  
Ex. O Poder Familiar, que dá autoridade aos pais (pai e mãe) para educar o filho e administrar os seus bens. A esse direito corresponde o dever do filho de obedecer aos 
pais, mas o Poder Familiar que a doutrina moderna já denomina poder-dever não se exerce em favor dos pais, e, sim, em favor do filho e da família, tanto assim que, 
quando os pais exercem o poder familiar contrariamente aos interesses do filho e da família, podem dele ser destituídos (1.637 do CC). No Novo Código Civil, o pátrio poder 
foi substituído pela expressão ?poder familiar? que é exercido pelos pais (art. 1.630 CC).   
  
Podemos concluir que o poder jurídico decorre de uma posição jurídica ativa que a pessoa ocupa em face do ordenamento jurídico, podendo, nos exatos limites de sua 
posição, assumirdiversas facetas diferentes conforme a seguinte divisão: 
  
Direito Subjetivo- Segundo Manoel de Andrade (1), é a faculdade ou poder atribuído pela ordem jurídica a uma pessoa de exigir ou pretender de outra um determinado 
comportamento positivo (fazer) ou negativo (não fazer), ou de, por um ato de vontade, produzir determinados efeitos jurídicos que se impõem inevitavelmente a outra 
pessoa. Em outros termos, direito subjetivo é o poder de submeter alguém a um direito seu, preestabelecido pela norma jurídica. Ex. Se um sujeito ativo tem o direito de 
exigir determinado pagamento, a esse direito subjetivo corresponde o dever jurídico do sujeito passivo de pagar o débito (art. 1694 do CC). 
Temos uma posição de vantagem de um dos sujeitos da relação jurídica em relação ao outro, em decorrência de uma norma jurídica.   
  
Direito Potestativo - É o poder de praticar certo ato em conformidade com o direito que vai resultar certos efeitos na esfera jurídica de outras pessoas, cabendo a ela 
somente a possibilidade de sujeitar-se ao interesse do titular ( CONSTITUTIVOS ? MODIFICATIVOS ? EXTINTIVOS). 
  
Poder Jurídico - Temos o poder jurídico como a situação jurídica em que a uma pessoa são atribuídos poderes relativos sobre outra, exercível em favor e no interesse desta, 
que tem a obrigação de obedecer, desde que não seja abusivo.  
  
Abuso de Direito - Há abuso de direito sempre que o titular o exerce fora dos limites próprios da natureza do direito. A teoria do abuso do direito surge no Séc. XIX, como 
superação das concepções individualistas e liberais que viam o direito subjetivo como poder da vontade e como expressão da liberdade individual. 
  
Posições Jurídicas Passivas 
É a posição em que se encontra aquele contra quem é dirigida a vontade do sujeito ativo. Tendo desta forma: 
Obrigação ? é o dever jurídico de caráter patrimonial. 
  
Obrigação Contratual-  Tem no contrato a sua origem ou fonte. O dever decorre de um acordo de vontades, cujos efeitos são regulados em lei. 
  
Obrigação Extracontratual (Aquiliana) ? Tem por fonte a Lei. Toda obrigação decorrente de ato ilícito é obrigação extracontratual, portanto legal, prevista em lei. 
  
Ônus - É a necessidade que o agente tem de comportar-se de determinado modo para realizar interesse próprio. 
  
Dever Jurídico- Ao direito subjetivo contrapõe-se o dever jurídico, situação passiva que se caracteriza pela necessidade de o devedor observar certo comportamento (ativo 
ou passivo) compatível com o interesse do titular subjetivo. 
  
Diferença de Dever Jurídico e Ônus 
No primeiro, o comportamento do agente é necessário para satisfazer o interesse do titular do direito subjetivo, enquanto no caso do ônus, o interesse é do próprio agente. 
  
Sujeição- Entende-se a ação de sujeitar ou de se sujeitar alguma coisa ou pessoa ao domínio ou dependência  de outra coisa ou pessoa. Assim como o dever jurídico é uma 
consequência do direito subjetivo, a sujeição é do direito potestativo. 
  
Classificação dos Direitos Subjetivos 
Direitos Subjetivos Principais e Acessórios   
  
Direitos Subjetivos Principais - aqueles independentes, autônomos. Ex.: Direito de propriedade, direito de crédito oriundo de controle, o Poder Familiar, direito a alimentos. 
  
Direitos Subjetivos Acessórios- aqueles que dependem do principal, não possuindo existência autônoma. Ex.: Direitos decorrentes do contrato de fiança, direto a percepção 
de juros, os resultantes de uma cláusula penal etc. 
  
Direitos subjetivos transmissíveis e intransmissíveis. Os direitos subjetivos são, em regra, transmissíveis, isto é, podem ser transferidos para outros sujeitos. Mas nem 
sempre é assim. Também temos os direitos subjetivos que não estão sujeitos à transmissão. São os denominados direitos intransmissíveis, que dizem respeito, 
normalmente, aos direitos da personalidade. Ex. : Direito à honra, à vida, ao nome, à imagem. 
  
Além desses, temos alguns direitos patrimoniais que são intransmissíveis através da sucessão hereditária como, por exemplo, o uso, a habitação, o contrato de trabalho, o 
dever de prestar alimentos etc.. 
  
Sub-rogação -  Significa, em sentido amplo, substituição de um titular de direito por outro, ou de uma coisa por outra. Distingue-se, portanto, sub-rogação PESSOAL da sub-
rogação REAL. 
  
Sub-rogação Pessoal: quando uma pessoa natural ou jurídica substitui outra na relação jurídica seja por ato inter vivos, seja causa mortis. 
  
Sub-rogação Real: quando um bem toma lugar de outro como objeto do direito. 
  
Sucessão -  Na hipótese de transmissão derivada, o novo titular adquire o direito do seu anterior titular. Nesse caso, temos o fenômeno da SUCESSÃO. 
Dá-se a sucessão quando alguém assume o lugar do outro sujeito em um determinado direito subjetivo. Pode ocorrer  inter vivos , como no caso da compra e venda, ou 
causa mortis , como no caso da sucessão hereditária. A sucessão é presidida por certos princípios gerais, como, por exemplo, o de que ninguém poder transmitir mais 
direitos do que possui ou de que não se pode adquirir mais direitos do que possuía o seu titular anterior. 
  
Direito Subjetivo Público - Direitos subjetivos cuja titularidade pertence ao público, à sociedade como um todo, devendo ser garantidos pelo Estado - PODER/DEVER DO 
ESTADO. Nas relações jurídicas de direito público, o Estado pode ser sujeito ativo ou passivo, basta que esteja atuando no interesse público, no interesse da sociedade. 
Sujeito ativo, dotado de prerrogativas ou poderes. Ex:  O Estado pode  punir, cobrar com sanções o imposto não pago, estabelecer impostos,   facultar o uso de seus bens 
etc. 
Sujeito passivo, em que os titulares dos direitos são os particulares. Ex:Direito de eleger, de ser eleito, direitos individuais declarados na Constituição. 
O direito subjetivo público, segundo Paulo Dourado de Gusmão, divide-se em: 
Direito de Liberdade - art. 5°, II da CF (princípio denominado por norma de liberdade); art. 146 do CP (delito de constrangimento ilegal) e art. 5°, LXVIII da CF (habeas 
corpus). 
  
Direito de ação - possibilidade de exigir do Estado a prestação jurisdicional. 
Direito de petição - refere-se à obtenção de informação administrativa sobre assunto de interesse do requerente, art. 5°, XXXIV da CF. 
Direitos políticos - o direito de votar e ser votado. 
  
1.   ANDRADE, Manuel de. Teoria da Relação Jurídica . Coimbra-Portugal: Editora Coimbra, 1992. 
Aplicação Prática Teórica 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e 
estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a 
aplicação dos casos concretos, a saber: 
  
CASO CONCRETO 1 
Em maio de 2013, o Jornal Brasil veiculou que um gato de rua recebeu uma casa grande no Norte de Londres e um fundo de investimentos de 100 mil libras ( cerca de US$ 160 mil ) 
de herança.  Estimativas indicam que Tinker ? o nome do gato ? tem oito anos. Tinker se tornou amigo de Margareth Layne, 89 anos, pouco antes de ela morrer, no ano passado. 
Segundo o testamento dela, que acaba de ser divulgado, Tinker deve ficar na casa avaliada em 350 mil libras (pouco mais de US$ 560 mil). Em outros termos, Margareth quis se 
fazer substituir em todas as relações jurídicas que travava por seu animal de estimação. 
 De acordo com o nosso sistema jurídico, responda, justificadamente, as questões abaixo: 
 a)    Tinker poderia ser sujeito dessas relações jurídicas, em substituição à Margareth? 
 b)    Partindo do pressuposto de que a falecida não deixou herdeiros, qual a posição de Tinker na relação jurídica que se estabeleceu a partir da morte de Margareth? 
  
  
CASO CONCRETO 2 
Direito subjetivo, direito potestativo, poder jurídico e faculdade jurídica.Dona ALMERINDA DE SANTA CLARA não teve filhos e está viúva há treze anos, desde então, administra pessoalmente seu conglomerado de empresas ligadas ao ramo da 
construção civil, avaliadas em torno de alguns milhões de reais, localizadas em Macapá, no Amapá. 
Dona ALMERINDA conta com a ajuda de CARLOS ROBERTO, seu sobrinho mais novo, em uma das fábricas. 
Além de CARLOS, os únicos parentes vivos que Dona ALMERINDA possui são Marcos e Ricardo, irmãos  mais velhos de Carlos e seus inimigos mortais. 
Como Dona ALMERINDA não possui um testamento escrito, MARCOS e RICARDO resolvem exigir que o testamento seja feito o quanto antes e que Dona ALMERINDA deixe a fábrica 
em que CARLOS trabalha para ele e que os demais bens sejam divididos entre os dois. Como Dona ALMERINDA se recusa, afirmando que tem a faculdade jurídica de fazer ou não 
qualquer testamento, seus dois sobrinhos contra-argumentam, afirmando que, como ela não tem filhos, é obrigada a fazer o testamento sim, em razão de um dever jurídico. 
A partir do caso acima narrado responda: 
  
a)   Afinal, Dona ALMERINDA tem faculdade jurídica ou dever jurídico em relação a seu testamento? 
  
b)   Se os sobrinhos MARCOS e RICARDO obrigassem Dona ALMERINDA, através de meios coercitivos, a fazer um testamento estariam violando sua faculdade jurídica de 
testar? 
  
c)   Existe distinção entre faculdade jurídica e direito potestativo? Por quê? 
  
Plano de Aula: Introdução ao Estudo do Direito 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Estácio de Sá Página 2 / 3
Título 
Introdução ao Estudo do Direito 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
12 
Tema 
Posições Jurídicas dos Sujeitos de Direito nas Relações Jurídicas 
Objetivos 
·   Fornecer os conceitos relativos à origem e cessação de direitos para os titulares; 
·   Estabelecer a distinção entre as espécies de aquisição de direitos; 
·   Apresentar as possíveis formas de aquisição da titularidade de direitos; 
·   Fornecer os conceitos relativos à consequência dos fatos jurídicos; 
·   Estabelecer a distinção entre sujeição, ônus e obrigação jurídica. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Posições Jurídicas Ativas 
1.1. Direito subjetivo; 
1.2. Direito potestativo; 
1.3. Poder jurídico; 
1.4. Faculdade jurídica. 
  
2. Posições Jurídicas Passivas 
2.1. O dever jurídico; 
2.2. A sujeição; 
2.3. A obrigação e o ônus. 
  
Unidade 12 
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil: Parte Geral. 5.. Rio de Janeiro: Forense, 2008.Vol.1. ISBN 13: 9788530927929 
  
Nome do capítulo: Capítulo I   Notas introdutórias ao Direito Civil 
N. de páginas do capítulo: 27 
Este conteúdo deverá ser trabalhado ao longo das duas aulas da semana, cabendo ao professor a dosagem do conteúdo, de acordo com as condições objetivas e subjetivas 
de cada turma. 
  
Sugestão de roteiro de conteúdo a ser ministrado:  
Posições Jurídicas dos Indivíduos 
É a situação jurídica do sujeito em uma relação, por força da qual é chamado a agir na esfera jurídica do outro. A Posição Jurídica é acidental, exterior e temporal.  
  
Situação subjetiva - É a possibilidade de ser, pretender ou fazer algo, de maneira garantida, nos limites atributivos da regra de direito. 
  
Direito Subjetivo ? É o poder de exigir determinada conduta de alguém, que, por lei, ato ou negócio jurídico, está obrigado a observá -la, não se confundindo com as posições 
jurídicas que os indivíduos ocupam. 
  
Posições Jurídicas Ativas 
Temos uma posição de vantagem de um dos sujeitos da relação jurídica em relação ao outro, em decorrência de uma norma jurídica.   
Poder Jurídico 
Diverso do direito subjetivo, podendo, em sentido amplo, com ele se confundir; tem-se o poder jurídico como a situação jurídica em que a uma pessoa são atribuídos 
poderes relativos sobre outra, exercível em favor e no interesse desta, que tem a obrigação de obedecer, desde que não seja abusivo.  
  
Ex. O Poder Familiar, que dá autoridade aos pais (pai e mãe) para educar o filho e administrar os seus bens. A esse direito corresponde o dever do filho de obedecer aos 
pais, mas o Poder Familiar que a doutrina moderna já denomina poder-dever não se exerce em favor dos pais, e, sim, em favor do filho e da família, tanto assim que, 
quando os pais exercem o poder familiar contrariamente aos interesses do filho e da família, podem dele ser destituídos (1.637 do CC). No Novo Código Civil, o pátrio poder 
foi substituído pela expressão ?poder familiar? que é exercido pelos pais (art. 1.630 CC).   
  
Podemos concluir que o poder jurídico decorre de uma posição jurídica ativa que a pessoa ocupa em face do ordenamento jurídico, podendo, nos exatos limites de sua 
posição, assumir diversas facetas diferentes conforme a seguinte divisão: 
  
Direito Subjetivo- Segundo Manoel de Andrade (1), é a faculdade ou poder atribuído pela ordem jurídica a uma pessoa de exigir ou pretender de outra um determinado 
comportamento positivo (fazer) ou negativo (não fazer), ou de, por um ato de vontade, produzir determinados efeitos jurídicos que se impõem inevitavelmente a outra 
pessoa. Em outros termos, direito subjetivo é o poder de submeter alguém a um direito seu, preestabelecido pela norma jurídica. Ex. Se um sujeito ativo tem o direito de 
exigir determinado pagamento, a esse direito subjetivo corresponde o dever jurídico do sujeito passivo de pagar o débito (art. 1694 do CC). 
Temos uma posição de vantagem de um dos sujeitos da relação jurídica em relação ao outro, em decorrência de uma norma jurídica.   
  
Direito Potestativo - É o poder de praticar certo ato em conformidade com o direito que vai resultar certos efeitos na esfera jurídica de outras pessoas, cabendo a ela 
somente a possibilidade de sujeitar-se ao interesse do titular ( CONSTITUTIVOS ? MODIFICATIVOS ? EXTINTIVOS). 
  
Poder Jurídico - Temos o poder jurídico como a situação jurídica em que a uma pessoa são atribuídos poderes relativos sobre outra, exercível em favor e no interesse desta, 
que tem a obrigação de obedecer, desde que não seja abusivo.  
  
Abuso de Direito - Há abuso de direito sempre que o titular o exerce fora dos limites próprios da natureza do direito. A teoria do abuso do direito surge no Séc. XIX, como 
superação das concepções individualistas e liberais que viam o direito subjetivo como poder da vontade e como expressão da liberdade individual. 
  
Posições Jurídicas Passivas 
É a posição em que se encontra aquele contra quem é dirigida a vontade do sujeito ativo. Tendo desta forma: 
Obrigação ? é o dever jurídico de caráter patrimonial. 
  
Obrigação Contratual-  Tem no contrato a sua origem ou fonte. O dever decorre de um acordo de vontades, cujos efeitos são regulados em lei. 
  
Obrigação Extracontratual (Aquiliana) ? Tem por fonte a Lei. Toda obrigação decorrente de ato ilícito é obrigação extracontratual, portanto legal, prevista em lei. 
  
Ônus - É a necessidade que o agente tem de comportar-se de determinado modo para realizar interesse próprio. 
  
Dever Jurídico- Ao direito subjetivo contrapõe-se o dever jurídico, situação passiva que se caracteriza pela necessidade de o devedor observar certo comportamento (ativo 
ou passivo) compatível com o interesse do titular subjetivo. 
  
Diferença de Dever Jurídico e Ônus 
No primeiro, o comportamento do agente é necessário para satisfazer o interesse do titular do direito subjetivo, enquanto no caso do ônus, o interesse é do próprio agente. 
  
Sujeição- Entende-se a ação de sujeitar ou de se sujeitar alguma coisa ou pessoa ao domínio ou dependência  de outra coisa ou pessoa. Assim como o dever jurídico é uma 
consequência do direito subjetivo, a sujeição é do direito potestativo. 
  
Classificação dos Direitos Subjetivos 
Direitos Subjetivos Principais e Acessórios   
  
Direitos Subjetivos Principais - aqueles independentes, autônomos. Ex.: Direito de propriedade, direito de créditooriundo de controle, o Poder Familiar, direito a alimentos. 
  
Direitos Subjetivos Acessórios- aqueles que dependem do principal, não possuindo existência autônoma. Ex.: Direitos decorrentes do contrato de fiança, direto a percepção 
de juros, os resultantes de uma cláusula penal etc. 
  
Direitos subjetivos transmissíveis e intransmissíveis. Os direitos subjetivos são, em regra, transmissíveis, isto é, podem ser transferidos para outros sujeitos. Mas nem 
sempre é assim. Também temos os direitos subjetivos que não estão sujeitos à transmissão. São os denominados direitos intransmissíveis, que dizem respeito, 
normalmente, aos direitos da personalidade. Ex. : Direito à honra, à vida, ao nome, à imagem. 
  
Além desses, temos alguns direitos patrimoniais que são intransmissíveis através da sucessão hereditária como, por exemplo, o uso, a habitação, o contrato de trabalho, o 
dever de prestar alimentos etc.. 
  
Sub-rogação -  Significa, em sentido amplo, substituição de um titular de direito por outro, ou de uma coisa por outra. Distingue-se, portanto, sub-rogação PESSOAL da sub-
rogação REAL. 
  
Sub-rogação Pessoal: quando uma pessoa natural ou jurídica substitui outra na relação jurídica seja por ato inter vivos, seja causa mortis. 
  
Sub-rogação Real: quando um bem toma lugar de outro como objeto do direito. 
  
Sucessão -  Na hipótese de transmissão derivada, o novo titular adquire o direito do seu anterior titular. Nesse caso, temos o fenômeno da SUCESSÃO. 
Dá-se a sucessão quando alguém assume o lugar do outro sujeito em um determinado direito subjetivo. Pode ocorrer  inter vivos , como no caso da compra e venda, ou 
causa mortis , como no caso da sucessão hereditária. A sucessão é presidida por certos princípios gerais, como, por exemplo, o de que ninguém poder transmitir mais 
direitos do que possui ou de que não se pode adquirir mais direitos do que possuía o seu titular anterior. 
  
Direito Subjetivo Público - Direitos subjetivos cuja titularidade pertence ao público, à sociedade como um todo, devendo ser garantidos pelo Estado - PODER/DEVER DO 
ESTADO. Nas relações jurídicas de direito público, o Estado pode ser sujeito ativo ou passivo, basta que esteja atuando no interesse público, no interesse da sociedade. 
Sujeito ativo, dotado de prerrogativas ou poderes. Ex:  O Estado pode  punir, cobrar com sanções o imposto não pago, estabelecer impostos,   facultar o uso de seus bens 
etc. 
Sujeito passivo, em que os titulares dos direitos são os particulares. Ex:Direito de eleger, de ser eleito, direitos individuais declarados na Constituição. 
O direito subjetivo público, segundo Paulo Dourado de Gusmão, divide-se em: 
Direito de Liberdade - art. 5°, II da CF (princípio denominado por norma de liberdade); art. 146 do CP (delito de constrangimento ilegal) e art. 5°, LXVIII da CF (habeas 
corpus). 
  
Direito de ação - possibilidade de exigir do Estado a prestação jurisdicional. 
Direito de petição - refere-se à obtenção de informação administrativa sobre assunto de interesse do requerente, art. 5°, XXXIV da CF. 
Direitos políticos - o direito de votar e ser votado. 
  
1.   ANDRADE, Manuel de. Teoria da Relação Jurídica . Coimbra-Portugal: Editora Coimbra, 1992. 
Aplicação Prática Teórica 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito, para ser entendido e 
estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a 
aplicação dos casos concretos, a saber: 
  
CASO CONCRETO 1 
Em maio de 2013, o Jornal Brasil veiculou que um gato de rua recebeu uma casa grande no Norte de Londres e um fundo de investimentos de 100 mil libras ( cerca de US$ 160 mil ) 
de herança.  Estimativas indicam que Tinker ? o nome do gato ? tem oito anos. Tinker se tornou amigo de Margareth Layne, 89 anos, pouco antes de ela morrer, no ano passado. 
Segundo o testamento dela, que acaba de ser divulgado, Tinker deve ficar na casa avaliada em 350 mil libras (pouco mais de US$ 560 mil). Em outros termos, Margareth quis se 
fazer substituir em todas as relações jurídicas que travava por seu animal de estimação. 
 De acordo com o nosso sistema jurídico, responda, justificadamente, as questões abaixo: 
 a)    Tinker poderia ser sujeito dessas relações jurídicas, em substituição à Margareth? 
 b)    Partindo do pressuposto de que a falecida não deixou herdeiros, qual a posição de Tinker na relação jurídica que se estabeleceu a partir da morte de Margareth? 
  
  
CASO CONCRETO 2 
Direito subjetivo, direito potestativo, poder jurídico e faculdade jurídica. 
  
Dona ALMERINDA DE SANTA CLARA não teve filhos e está viúva há treze anos, desde então, administra pessoalmente seu conglomerado de empresas ligadas ao ramo da 
construção civil, avaliadas em torno de alguns milhões de reais, localizadas em Macapá, no Amapá. 
Dona ALMERINDA conta com a ajuda de CARLOS ROBERTO, seu sobrinho mais novo, em uma das fábricas. 
Além de CARLOS, os únicos parentes vivos que Dona ALMERINDA possui são Marcos e Ricardo, irmãos  mais velhos de Carlos e seus inimigos mortais. 
Como Dona ALMERINDA não possui um testamento escrito, MARCOS e RICARDO resolvem exigir que o testamento seja feito o quanto antes e que Dona ALMERINDA deixe a fábrica 
em que CARLOS trabalha para ele e que os demais bens sejam divididos entre os dois. Como Dona ALMERINDA se recusa, afirmando que tem a faculdade jurídica de fazer ou não 
qualquer testamento, seus dois sobrinhos contra-argumentam, afirmando que, como ela não tem filhos, é obrigada a fazer o testamento sim, em razão de um dever jurídico. 
A partir do caso acima narrado responda: 
  
a)   Afinal, Dona ALMERINDA tem faculdade jurídica ou dever jurídico em relação a seu testamento? 
  
b)   Se os sobrinhos MARCOS e RICARDO obrigassem Dona ALMERINDA, através de meios coercitivos, a fazer um testamento estariam violando sua faculdade jurídica de 
testar? 
  
c)   Existe distinção entre faculdade jurídica e direito potestativo? Por quê? 
  
Plano de Aula: Introdução ao Estudo do Direito 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Estácio de Sá Página 3 / 3

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