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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS ALINE FERNANDA DOS REIS ANA CLARA MARTINS DE PAULA BÁRBARA NIKOLE GOMES BATISTA EVANDRO NETO TEIXEIRA MEDEIROS SARAH DE SOUZA ANDRADE GLOBALIZAÇÃO, ECONOMIA E MERCADO DE TRABALHO Betim 2017 Globalização econômica A Globalização econômica é a crescente integração e interdependência das economias nacionais, regionais e locais em todo o mundo através de uma intensificação do movimento entre fronteiras de bens, serviços, pessoas, tecnologias e capital. Considera do que a globalização é um amplo conjunto de processos relativos a múltiplas redes de intercâmbio econômico, político, e cultural, a globalização econômica contemporânea é impulsionada pela crescente importância da informação em todos os tipos de atividades produtivas e a mercantilização, além da evolução da ciência e da tecnologia. A Globalização econômica compreende principalmente a globalização da produção, das finanças, dos mercados, da tecnologia, dos regimes organizacionais, das instituições, das empresas e do trabalho . Assim podemos concluir que, a globalização econômica é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. É um processo através do qual as pessoas, os governos, e as empresas trocam ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta . Além disso, a globalização econômica é sem dúvidas um fenômeno capitalista que provém dos tempos dos descobrimentos e que se desenvolveu sobretudo a partir de meados do século XX com a terceira Revolução Industrial, também chamada de Revolução Técnico Científica. Entretanto o seu surgimento está vinculado ao período das navegações europeias do final do século XV e início do século XVI. Com a abertura das fronteiras e a livre circulação de bens e serviços entre vários países, a globalização econômica cresceu significamente e venceu sobre a globalização social e prática. A liberdade de movimentação leva a que seja mais fácil a circulação de capitais, e consequentemente a um crescimento de algumas economias, dependendo do nível de desenvolvimento e integração dos vários países envolvidos neste comércio internacional. Podemos afirmar também que há uma internacionalização do capital, que teve início com a extensão do comércio de mercadorias e serviços, passou pela expansão dos empréstimos e financiamentos , e em seguida, se generalizou p deslocamento capital industrial através do desenvolvimento das multinacionais. A Globalização econômica contribui também para a globalização nas comunicações através da disseminação das ideias e informações entre as empresa, dos meios de transporte através do rápido transporte das mercadorias, além de contribuir na qualidade de vida mundial. E por fim, embora seus diversos pontos positivos a globalização econômica trás consigo um aspectos negativo, uma vez que se vincula-se a exclusão social a partir do momento em que a expansão massiva dos meios tecnológicos e de informação não atinge de forma democrática toda a população do planeta, favorecendo o acúmulo de riqueza para os mais ricos e dificultando, assim a emancipação social dos menos favorecidos. Os efeitos da globalização na economia Como bem sabemos a globalização traz impactos positivos e negativos, na economia não seria diferente, abordando os principios positivos: A expansão do comércio entre continentes, o desenvolvimento de sociedades de culturas antes arcaicas que agora tem acesso a produtos manufaturados industrializados e tecnológicos provenientes de nações mais desenvolvidas, bem como relações comerciais que tende a desenvolver determinados tipos de sociedade e economias que antes não poderiam ter esse desenvolvimento, visto a sua situação econômica restrita que com a globalização veio alcançando um leque maior de oportunidades. Entretanto essas operações comerciais internacionais demandam de uma fiscalização jurídica em âmbito global que acabam por ser muitas vezes influenciada pelos países desenvolvidos em detrimento dos subdesenvolvidos, sabe se que os países desenvolvidos detém a maior capacidade tecnológica e industrial, enquanto os países subdesenvolvidos ficam a mercê dessas exploração e dependência tecnológica, enquanto funcionam em virtude apenas de produzir produto do setor primário qual seja os comodes do ramo alimentício tornando assim grandes fazendas agrícolas dos países desenvolvidos que passam parcelas de suas tecnologias a esses que acabam sendo muitas as vezes mantidos naquela relação de subdesenvolvimento eternamente em detrimento a essa relação econômica. Portanto podemos analisar que assim em uma concepção cultural tecnológica e expansão significativa mas essa expansão é de forma limitada, e onde os desenvolvidos continuam determinando o poder hierárquico e de certa forma opressivo aos subdesenvolvidos que ainda assim que almejam a propensão e que ainda assim estabeleçam relações comerciais de punho significativo não é o suficiente para o desenvolvimento pleno de sua nação, então podemos concluir que a globalização em certos pontos sim é positiva, mas se tratando de países subdesenvolvidos na maioria dos casos ela é mais um meio opressor pelo qual aquele que detém maior poder econômico subjuga o de menor poder econômico. Mercado de Trabalho O mercado de trabalho é uma expressão utilizada pra se referir as formas de trabalho que possam existir, sendo remunerados de alguma forma, seja trabalho manual ou intelectual. As pessoas vendem sua força de trabalho por um salário, que pode ser em dinheiro, moradia, bonificação, ou outra forma de recompensa pelo trabalho exercido. Dentro do mercado de trabalho existem diferentes relações, como a oferta e a demanda, que se caracteriza na parcela de trabalho oferecido, ou seja, a quantidade de vagas de emprego, e a parcela de trabalhadores disponíveis para vender sua força de trabalho para essas vagas, o que muitas vezes é maior. O mercado de trabalho é dividido em setores: Setor Primário: onde estão as relações de trabalho que lidam diretamente com a matéria-prima, como a agricultura, a pecuária e a extração mineral e vegetal; Setor Secundário: onde estão as relações de trabalho que lidam com a modificação da matéria-prima, construindo objetos utilizáveis, como as indústrias e a construção civil; Setor Terciário: onde estão as relações de trabalho interpessoais, ou seja, que há correspondência entre as pessoas, a prestação de serviços, como o ramo de vendas, bancos, hospitais, escolas, ou seja, quando a forma de trabalho lida com pessoas e não com os objetos como principal foco de trabalho. É esse setor que se encontram principalmente a força de trabalho intelectual. Mesmo com a divisão de trabalhos nos três setores, há uma inter-relação entre elas, ou seja, a matéria prima que é extraída no setor primário é modificada e se transforma em um objeto no setor secundário e posteriormente é comercializada no setor terciário. Os trabalhadores são classificados como População Economicamente Ativa (PEA), e se distribuem por esses setores trabalhistas, e classificam a economia de um país a partir do setor que possui o maior número de trabalhadores. Por exemplo, os países mais desenvolvidos economicamente tem uma tendência a possuírem a maior parte de sua população economicamente ativa no setor terciário, já os países com baixo desenvolvimento econômico (subdesenvolvidos)possuem a maior parte de sua população economicamente ativa no setor primário, os países em desenvolvimento econômico (países emergentes) possuem a maior parcela de sua população economicamente ativa no setor secundário, ou seja, há uma transição dos setores em relação a economia do país. No mercado de trabalho existem duas classificações de trabalho: o trabalho formal, onde há registro na carteira de trabalho, contribuições à previdência social, legalidades trabalhistas e o trabalho informal, que não há registro, não há pagamento da contribuição previdenciária, e tem crescido muito nos últimos tempos. O crescimento do trabalho informal tem prejudicado a previdência pública, pois não há entrada das contribuições para que haja o pagamento das aposentadorias, criando um déficit econômico nas contas do governo. Um dos principais fatores que levam ao aumento significativo do trabalho informal são as crises econômicas, que implicam muitas vezes no trabalho autônomo da população. O desemprego é outra característica do mercado de trabalho, quando a quantidade de vagas oferecidas é menor que o número de pessoas para exercerem o trabalho. O mesmo pode ocorrer de outras formas, como o desemprego conjuntural e o desemprego estrutural. O desemprego conjuntural é o associado as crises econômicas, onde há baixo crescimento econômico, tendo quedas na produção, nas vendas, ou até mesmo devido problemas naturais como secas e geadas, interferindo na produção do setor primário, causando demissões da população que trabalha nesses ramos. Outra forma de desemprego é o estrutural, ou também chamado de tecnológico, que ocorre em consequência da substituição da mão de obra por máquinas, a entrada de robôs, tratores, computadores, são fatores que causam a dispensa dos trabalhadores que são substituídos por máquinas, que não necessitam de remuneração econômica por sua produção. O mercado de trabalho passou por evoluções, principalmente no que diz a entrada das tecnologias, extinguindo algumas profissões, causando o desemprego estrutural. Por outro lado há criações de novas profissões, que necessitam dessas tecnologias, onde há relações diretas com os meios tecnológicos, por exemplo o profissional de Tecnologia da Informação (TI), que tem crescido muito nos últimos tempos. A ampliação do uso de máquinas principalmente nas indústrias, gera uma diminuição da população que trabalha no setor secundário, porém há um aumento do setor terciário. Essa tecnologia nos setores trabalhistas aumentam a necessidade de maiores especializações de ensino, maior qualificação das forças de trabalho, onde vão exercer maiores e mais complexas funções. A participação das mulheres no mercado de trabalho é outro fator que tem aumentado a modificação desse campo. A entrada da mulher no mercado de trabalho é algo que tem crescido gradativamente, pois ainda há preconceito em muitas áreas para a entrada das mulheres, o que implica em maior profissionalização das mulheres em relação aos homens, conseguindo ampliar sua presença nesse mercado. Porém ainda há desigualdade na remuneração da força de trabalho das mulheres em relação aos homens, mesmo exercendo as mesmas funções, o homem recebe mais do que a mulher, fato que deve ser rebatido, e a igualdade salarial prevalecer. Globalização e seus impactos no mercado de trabalho O mundo no qual vivemos tem sofrido grandes mudanças nos últimos tempos. Coisas que antes levavam meses para serem feitas; como o percurso de um lugar para o outro ou até a comunicação entre pessoas de cidades distantes, hoje podem ser feitas em horas, e no caso da comunicação pode levar segundos com o avanço vertiginoso da tecnologia, que nos proporciona ferramentas para podermos nos comunicar com pessoas do mundo todo. Nunca na história da humanidade, se produziu tantos bens e serviços como na atualidade, nos últimos 300 anos a humanidade se desenvolveu mais do que em todo tempo anterior de sua história. Com a elevação dos níveis de desemprego e a elevação do grau de instrução, as empresas podem substituir trabalhadores com menor nível educacional por trabalhadores com melhor escolaridade, ganhando produtividade, sem repassar todos os ganhos produtivos em rendimentos aos trabalhadores. Sem dúvida, a sociedade encontra-se em um novo ponto de mutação marcado pela evolução tecnológica. A velocidade com que as transformações vêm acontecendo em todo o mundo, nas últimas décadas, afetam profundamente os interesses, os valores, a cultura, as relações interpessoais, as relações de trabalho e consequentemente, o próprio mercado de trabalho. Com as novas tecnologias em microeletrônica, nanotecnologia, robótica, etc. surge “um novo mundo”, onde acontece uma série de transformações, afetando a vida e o comportamento das pessoas. Não se trata apenas de novos produtos, mas também em novas formas de produzir, gerir negócios e pessoas. Com tudo isso, o dia a dia nas empresas sofre influência direta das mudanças que estão sendo introduzidas nos sistemas de gestão e produção e assim, novas exigências na qualificação e critérios de competências profissionais são e continuarão a ser exigidas. De maneira geral pode-se concluir que o impacto da globalização, juntamente com a nova revolução tecnológica, teve efeitos muito significativos na economia nacional, onde setores produtivos foram alterados por pressões da concorrência externa, privatizações e melhorias na qualidade da capacitação da mão-de-obra do país. As novas tecnologias, formas de gestão e aumento de produtividade fizeram com que, num primeiro momento ocorresse uma elevação nos níveis de desemprego, porém com a volta do crescimento da economia essa tendência está sendo revertida. Se forem avaliadas as oportunidades originadas por aspectos demográficos, conforme apresentado em aula, há uma perspectiva de melhoria mais significativa no mercado de trabalho do país. E com a elevação do nível de inserção do país no mercado global, acabará gerando para o país um maior nível de especialização e melhoria mais drástica nos níveis produtivos. Ciência, Tecnologia e Economia A ciência e tecnologia foram muito importantes para a primeira e segunda revolução industrial e, portanto, para a economia atual. A soma desses dois fatores contribuíram para todo o desenvolvimento tido nesses períodos históricos. A diferença fundamental é que ora a técnica precedeu a ciência e ora a ciência precedeu a técnica. A caracterização da primeira revolução industrial, leva à criação da máquina a vapor, que serviu para atender à demanda energética requerida, revolucionando todo funcionamento da economia e, principalemente, teve influência na criação da teoria termodinâmica da física. Em face disso, torna-se claro que o desenvolvimento técnico precede a ciência. Todo esse avanço tecnológico permitiu maior produtividade das industrias, por consequência a queda de custos de produção e de produtos, assim populações mais pobres passaram a demandar além de bens de primeira necessidade, produtos manufaturados. Em certo momento, essa precedência passou para o esgotamento e as novas máquinas desenvolvidas na utilização da ciência e tecnologia não era mais economicamente sustentável, ou seja, os seus custos eram inviáveis para compra. Portanto, novos produtos de inovação não eram mais introduzidos no mercado. Logo veio a estagnação econômica, precedida de diminuição de investimentos. Em contrapartida à desaceleração do desenvolvimento técnico na primeira revolução industrial, houve grandes avanços na ciência, que elevaram à introdução de inovaçõese de novas técnicas. Dar-se início à segunda revolução industrial, que a relação de ciência e tecnologia passo a ciência precender sobre a técnica, que passou a não suportar manutençãoes de problemas técnicos, por não ter uma maior complexidade na criação de inovações, características estas que se encontra na ciência. A decorrencia da transição de técnica para a ciência se dá pelos problemas surgidos que a técnica não podia mais resolver, já que se desenvolve somente na observação empírica, portanto, se limita à problemas complexos. As tecnologias da ciência, por sua vez, traz descobertas no campo da física e química aplicadas nas linhas de montagem no processo produtivo. A segunda revolução industrial trouxa forma estável de energia elétrica, motos a explosão, e influenciou até à mudança nas linha de montagem, logística e toda organização da produção. As industrias passaram a ter ligação direta com laboratórios de ciência aplicada para se eventurar nesse novo caminho. Ainda, esse processo de transição causou uma instituicionalizaçõa do desenvolvimento tecnológico. Ou seja, todas as corporações, elevadas nesse processo, passa a usar somente de métodos de conhecimento técnico baseado na ciência. O uso a forma que uso deste conhecimento se tornou tão importante que interfere linearmente no desenvolvimento de uma corporação. Atualmente vivemos no maior pontecialidade da relação de ciência e tecnologia nos ciclos econômicos, isto é, toda possibilidade de observação empírica no desenvolvimento industrial é acabada. Há quem diga que chegamos em um terceira revolução industrial, que passa por um desenvolvimento flexível da produção. Em todo caso, torna-se evidente, portanto, que a ciência e a tecnologia é uma relação que nasceu da necessidade de resolver limitações da primeira revolução industrial, em um ciclo econômico de constate mudanças e adaptações para as necessidades econômicas da época. Ademais, a ciência e a técnica (tecnologia) sempre foi definitivo no desenvolvimento das relações econômicas do mundo capitalista. O IMPACTO DA ECONOMIA GLOBALIZADA NOS DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES A globalização estimulou a crise do Estado Nacional e consequentemente da democracia. As previsões constitucionais garantidoras dos direitos sociais não são efetivadas gerando uma incompatibilidade entre a Constituição e o mundo dos fatos. Segundo Mario Ricciardi os principais efeitos sociais negativos da globalização podem ser separados da seguinte forma: concentração de riqueza em determinados pólos mundiais agravando a pobreza dos países menos desenvolvidos; a “centralização do mercado” afetando o meio ambiente, o enfraquecimento da identidade cultural e o trabalho estimulando violentas idéias fundamentalistas, nacionalistas ou regionalistas. No entanto: A “vítima” mais evidente da Globalização é o trabalho. A centralização indiscutível da empresa e do mercado; a exigência paroxística de manter e aumentar a competição em num mundo sem barreiras determinam, com efeito, a busca de um trabalho cada vez mais submetido às imposições da competição “flexível” porque subordina os direitos da pessoa às exigências da produção. Verifica-se assim uma homologação invertida: enquanto não muito tempo atrás se achava que o percurso do trabalho devia ser o de uma extensão dos direitos cada vez mais amplos, seguindo um processo em que os países de mais antiga industrialização forneciam os países de recente desenvolvimento, hoje ao contrário, esta acontecendo o oposto. A precariedade do trabalho saída da periferia do mundo para se alastra também nos países da “tríade” e o contágio da desocupação se expande a vista dos olhos (RICCIARDI, 2001, p. 213). Todos esses fatores causam uma incomoda sensação de imprevisibilidade extrema, uma vez que se instaurou a “sociedade da incerteza” incentivando o aumento da violência e mazelas sociais (RICCIARD, 2001, p. 2013-214). O fenômeno da internacionalização da economia incentivou menos interesse pelo mercado interno, a dificuldade estatal de interferir sobre o domínio econômico, bem como a desvalorização do fator trabalho. A agravante é que o trabalho é o principal instrumento de inclusão social e de identificação do indivíduo. Com o desenvolvimento tecnológico acirrado, o trabalho humano passa a ser dispensável em alguns setores, sendo considerado até mesmo um fator de custo desnecessário, uma vez que o mesmo serviço pode ser executado de forma mais rápida e barata com auxílio tecnológico, não obstante a relevância do trabalho na identidade social do indivíduo. No entanto, ressalta-se que a globalização é um fenômeno irreversível, não sendo possível a utilização de meios que impeçam sua existência. O protecionismo não se apresenta como alternativa plausível, pois a situação atual não permite o isolamento estatal. Tudo indica que a atuação conjunta entre os Estados para lidar com as crises do capitalismo, questões relacionadas com o meio ambiente, entre outros problemas sociais, é a única via para a resolução de questões que ganharam uma problematização mundial. As fronteiras não podem mais ser restauradas, restando criar alternativas focadas nas consequências da economia globalizada. Uma consciência mundial que se preocupe com os direitos sociais e não somente com as necessidades da sobrevivência do capitalismo é absolutamente necessária. Mas em contrapartida, não devem os Estados, principalmente os periféricos, se absterem de tomarem iniciativas para lidarem da melhor forma possível com os efeitos da concentração econômica internacional, aguardando uma atuação cosmopolita. O fortalecimento do Mercosul, é outro fenômeno que aparenta-se distante diante da urgência que enfrenta o trabalho. Por isso, enquanto possível, os Estados devem formular saídas no âmbito interno para enfrentarem esse contexto. A Constituição da República Federativa do Brasil prevê os direitos trabalhistas no seu artigo 7°, bem como estabelece como fundamentos da ordem econômica a valorização do trabalho humano e a livre iniciativa. O artigo 170 da Constituição brasileira possui características simultâneas do Estado Liberal e do Estado Social, visto que protege a propriedade privada e o indivíduo da intervenção arbitrária do Estado, e ao mesmo tempo prevê o resguardo de valores tipicamente sociais, ou seja, busca harmonizar desenvolvimento econômico e social. A questão é como compatibilizar esses dois valores antagônicos diante do enfraquecimento da auto-regulamentação estatal decorrente da relativização da soberania? Uma das alternativas apresentadas frente a esta indagação é a proposta de flexibilização da legislação trabalhista. Argumenta-se que o direito do trabalho brasileiro tal como se encontra não se coaduna com a realidade vigente, sendo impedido para a atuação empresarial e consequentemente, para a criação de postos de trabalho. REFERÊNCIAS ARBACHE, Jorge S. CORSEIUL, Carlos Henrique. Liberalização Comercial e Estruturas de Emprego e Salário. Rio de Janeiro: RBE, Out./ Dez. 2004 CACCIAMALI, Maria C. 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