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5.3 Versões da curva de Phillips

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Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 1
O equilíbrio no médio prazo:
Versões da curva de Phillips
Prof. Carlos Henrique Horn
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Ciências Econômicas
Departamento de Economia e Relações Internacionais
ECO-02/236 – Teoria Macroeconômica I
Estrutura da exposição
Referência: Blanchard (2011): cap. 8
O capítulo apresenta a relação de oferta agregada como uma 
relação entre inflação, inflação esperada e desemprego.
Apresenta, ainda, a curva de Phillips e interpreta suas 
transformações, associando-as à taxa natural de desemprego.
1. A curva de Phillips original.
2. A relação de oferta agregada: nova apresentação.
3. Transformações da curva de Phillips e a taxa natural de 
desemprego.
4. Advertências.
2
Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 2
A curva de Phillips original
• Relação entre taxa de inflação e taxa de desemprego no Reino 
Unido, 1861-1957.
Estudo de A. W. Phillips, 1958.
• Relação entre taxa de inflação e taxa de desemprego nos 
Estados Unidos, 1900-1960.
Estudo de Paul Samuelson e Robert Solow.
• Relação inversa entre inflação e desemprego batizada como 
curva de Phillips.
Curva de Phillips e prescrição de política econômica: “escolha” 
entre inflação e desemprego.
Curva de Phillips e estagnação dos anos 1970.
Reescrevendo a relação: desemprego e variação da inflação.
3
A curva de Phillips original
Estados Unidos, 1900-1960 (Estudo Samuelson-Solow)
4
Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 3
Relação de oferta agregada
Relação entre inflação, inflação esperada e taxa de desemprego
• Seja a relação de oferta agregada original:
P = Pe (1 + μ) F(u , z)
• Suponha a seguinte forma específica para F(u,z):
F(u,z) = 1 – αu + z
Substituindo na relação de oferta agregada, temos:
P = Pe (1 + μ)(1 – αu + z)
• Seja π a taxa de inflação e πe a taxa de inflação esperada.
Reescrevemos a relação de oferta agregada (para valores 
pequenos de π, πe e μ): 
π = πe + (μ + z) – αu
5
Relação de oferta agregada
Interpretando a relação de oferta agregada reescrita
πt = πet + (μ + z) – αut
a) Um aumento na inflação esperada πet leva a um aumento na 
inflação efetiva πt.
b) Dada a inflação esperada πet, um aumento no mark-up μ ou 
na variável institucional z leva a um aumento na inflação 
efetiva πt.
Daqui para frente, os fatores μ e z são considerados constantes.
c) Dada a inflação esperada πet, um aumento na taxa de 
desemprego ut leva a uma redução na inflação efetiva πt.
6
Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 4
Transformações da curva de Phillips
Versão original: Phillips-Samuelson-Solow
• No intervalo dos estudos iniciais, a média da inflação foi zero.
É razoável que os fixadores de salários tomem πe = 0.
Temos a relação da curva de Phillips original:
πt = (μ + z) – αut
• Mecanismo básico de ação (espiral de preços e salários):
– Desemprego baixo leva a salário nominal mais alto.
– Salários nominais mais altos levam a aumentos nos preços e no 
nível geral de preços.
– Em resposta, trabalhadores pedem salários nominais mais altos.
– Novamente, isto leva a um aumento no nível geral de preços e 
assim sucessivamente.
7
Transformações da curva de Phillips
Relação entre inflação e desemprego nos Estados Unidos, 1948-1969
8
Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 5
Transformações da curva de Phillips
Relação entre inflação e desemprego nos Estados Unidos, 1970-2006
9
Transformações da curva de Phillips
Por que a relação não se comporta como na curva de Phillips original?
1. Choques do petróleo nos anos 1970.
Empresas revisam mark-up μ e preços (inflação), a uma dada 
taxa de desemprego.
2. Fixadores de salários mudam o modo como formam as 
expectativas.
Dado que a inflação se tornou positiva de modo consistente e 
mais persistente, os fixadores de salários:
̶ Abandonam a expectativa πe = 0
̶ Passam a esperar alguma inflação (πet > 0) com base no 
comportamento dos preços no passado recente (πt-1):
πet = θπt-1
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Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 6
Transformações da curva de Phillips
Inflação positiva e persistente a partir dos anos 1960
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Transformações da curva de Phillips
Curva de Phillips modificada
Dado πet = θπt-1, a relação de oferta agregada (relação entre 
inflação e desemprego) passa a ser: 
πt = θπt-1 + (μ + z) – αut
 Na curva de Phillips original, temos θ = 0 (inflação esperada nula):
πt = (μ + z) – αut
Relação entre taxa de desemprego e taxa de inflação.
 Quando θ = 1 (inflação esperada igual à inflação passada), a relação 
se torna:
πt – πt-1 = (μ + z) – αut
A taxa de desemprego afeta a variação na taxa de inflação:
– Menor ut implica elevação da inflação (aceleração).
– Maior ut implica redução da inflação (desinflação).
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Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 7
Transformações da curva de Phillips
Curva de Phillips modificada: estimativa para EUA, 1970-2006
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Transformações da curva de Phillips
e a taxa natural de desemprego
• Havíamos definido a taxa natural de desemprego (un) como a taxa 
de desemprego em que o nível de preços efetivo é igual ao nível de 
preços esperado (P = Pe).
• Considerando a relação de oferta agregada reescrita:
π = πe + (μ + z) – αu
Podemos definir a taxa natural de desemprego como a taxa de 
desemprego em que a inflação efetiva é igual à inflação esperada 
(πt = πet).
Temos, então, 0 = (μ + z) – αun. Logo:
un = (μ + z) / α
Quanto maior o mark-up μ ou os fatores que afetam a fixação dos 
salários (z), maior será a taxa natural de desemprego.
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Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 8
Transformações da curva de Phillips
e a taxa natural de desemprego
• Com base na Curva de Phillips transformada (I), temos a seguinte 
relação entre inflação e desemprego:
πt – πet = (μ + z) – αut
Multiplicando e dividindo por – α, obtemos:
πt – πet = – α {ut – [(μ + z) / α]}
Como (μ + z)/α = un, encontramos:
πt – πet = – α (ut – un)
• Supondo πet = πt-1, temos a relação da Curva de Phillips 
transformada (II):
πt – πt-1 = – α (ut – un)
15
Transformações da curva de Phillips
e a taxa natural de desemprego
• A Curva de Phillips transformada (II) mostra uma relação entre a 
taxa de desemprego efetiva (ut), a taxa natural de desemprego (un) 
e a variação na taxa de inflação (πt ‒ πt-1):
πt – πt-1 = – α (ut – un)
• Quanto maior a diferença entre a taxa natural e a taxa efetiva, 
maior a variação na taxa de inflação:
Se ut < un → πt > πt-1 (aceleração inflacionária)
Se ut > un → πt < πt-1 (desinflação)
• Há uma taxa de desemprego que mantém constante a taxa de 
inflação: taxa de desemprego não aceleradora da inflação – TDNAI 
(ou Nonaccelerating Inflation Rate of Unemployment – NAIRU) .
Nos EUA (1970-2006): NAIRU = 4,4% / 0,73 = 6%.
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Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 9
Advertências
1ª) Diferenças nas taxas naturais de desemprego entre países
• A taxa natural de desemprego depende de:
– Margem sobre custos diretos (μ).
– Fatores institucionais que afetam a fixação de salários (z).
– Resposta da inflação ao desemprego (α).
• Uma explicação para a Europa (maior desemprego e inflação 
estável): rigidez do mercado de trabalho (maior z por seguro-
desemprego, proteção ao emprego, salários mínimos e sindicatos) 
acarretamaior taxa natural un e empurra a taxa efetiva u para cima.
Evidência é disputável, pois há países com menor desemprego e 
inflação estável.
Consenso (por volta de 2006): proteção social generosa é 
compatível com baixo desemprego, mas deve ser oferecida de 
modo eficiente.
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Advertências
2ª) Diferenças nas taxas naturais de desemprego ao longo do tempo
• A taxa natural de desemprego pode mudar ao longo do tempo em 
resposta a mudanças no mark-up (μ) e nos fatores institucionais (z).
• No caso dos EUA, teria havido elevação em 1950-1980 e redução a 
partir da década de 1990. Possíveis explicações:
– Globalização e maior competição (reduz μ e limita W↑).
– Envelhecimento da população: menor proporção de jovens na PEA, que 
é um grupo com maior u, reduz a taxa agregada.
– Aumento da população carcerária reduz PEA e u.
– Aumento no número de aposentados por invalidez (regras mais 
benéficas) reduz PEA e u.
– Aumento no emprego temporário reduz u enquanto procura continua.
– Taxa de crescimento da produtividade inesperadamente alta reduz 
pressão por P↑ diante de W↑.
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Versões da curva de Phillips
ECO-02/236 - Teoria Macroeconômica I - Prof. 
Carlos Henrique Horn 10
Advertências
Diferenças nas taxas naturais de desemprego ao longo do tempo
Desemprego e inflação, EUA, 1970-2003 (1997-2003 nos losangos pretos)
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Advertências
3ª) Inflação alta e curva de Phillips
• É provável que a relação entre desemprego e inflação (α) mude 
com o nível e a persistência da inflação.
• Alta inflação acarreta:
– Maior variabilidade das taxas de inflação, com risco de quedas 
acentuadas nos salários reais (inflação maior do que a esperada) 
ou nos lucros (inflação menor do que a esperada).
– Redução nos intervalos de revisão dos salários nominais.
– Regras de indexação salarial.
• Mudanças levam a uma resposta mais forte da inflação ao 
desemprego (maior α).
Vejamos o caso das regras de indexação (revisão automática dos 
salários de acordo com a inflação).
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Versões da curva de Phillips
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Carlos Henrique Horn 11
Advertências
3ª) Inflação alta e curva de Phillips. Regras de indexação
• Suponha uma proporção λ de contratos de trabalho com salários 
nominais corrigidos conforme a inflação efetiva πt e uma proporção 
(1 – λ) com base na inflação esperada πet = πt-1.
A inflação corrente será dada por:
πt = [λπt + (1 – λ)πt-1] – α (ut – un)
• Com λ > 0, reorganizamos a equação e encontramos:
πt – πt-1 = –[(α/(1 – λ)](ut – un)
A indexação dos salários aumenta o efeito do desemprego sobre a 
inflação: quanto maior λ, maior o efeito da taxa de desemprego 
sobre a variação da inflação.
Com λ muito alto, pode haver grandes variações na inflação mesmo 
com virtualmente nenhuma variação no desemprego.
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Advertências
4ª) Deflação e curva de Phillips
• Na Grande Depressão, observou-se uma taxa de desemprego muito 
alta e anos de inflação positiva. Como explicar?
– Aumento na taxa de desemprego efetivo u decorreu de um 
aumento na taxa natural de desemprego un (improvável).
– Aumento na taxa de desemprego efetivo u decorreu de uma 
redução da demanda agregada (houve aumento de u em relação 
a un).
• A curva de Phillips não explica o que ocorre no alto desemprego 
não acompanhado por deflação equivalente:
– Trabalhadores não aceitam reduções nos salários nominais.
– Aceitariam reduções nos salários reais causadas por elevação 
nos preços.
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