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3.2 Governo e CS

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3.2 Governo e CS
ECO-02/215 - Contabilidade Social - Prof. 
Carlos Henrique Horn 1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Ciências Econômicas
Departamento de Economia e Relações Internacionais
ECO-02/215 - Contabilidade Social
Agregados econômicos
e identidades contábeis
Governo e Contabilidade Social
Prof. Carlos Henrique Horn
Referências bibliográficas
FEIJÓ, Carmem Aparecida; RAMOS, Roberto Luis Olinto (orgs.) (2013 
[2001]). Contabilidade social: a nova referência das contas 
nacionais do Brasil. 4ª ed., revista e atualizada. Rio de Janeiro: 
Elsevier. Cap. 2, seções 2.1 e 2.2.
PAULANI, Leda Maria; BRAGA, Márcio Bobik (2006 [2001]). A nova 
contabilidade social: uma introdução à macroeconomia. 2ª ed. São 
Paulo: Saraiva. Cap. 2, seção 2.2, p. 26-30.
2
3.2 Governo e CS
ECO-02/215 - Contabilidade Social - Prof. 
Carlos Henrique Horn 2
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Estrutura da exposição
1. O que se entende por Governo em CS.
2. A mensuração da produção não-mercantil do Governo.
3. Os agregados econômicos do Governo sintetizados no Saldo 
do Governo em Conta Corrente.
4. A valoração da produção mercantil em face da cobrança de 
tributos e dos subsídios.
5. A identidade entre recursos e usos e o cálculo do produto 
da economia.
6. A renda da economia e a identidade entre investimento e 
poupança.
4
O que é Governo em CS?
• O Setor Institucional Governo (ou Administração Pública) 
consiste de unidades institucionais de tipo único, 
estabelecidas através de processos políticos e que têm 
autoridade legislativa, judiciária ou executiva sobre outras 
unidades institucionais em uma dada área.
• As principais funções do Governo são:
 Assumir responsabilidade pela provisão de bens e serviços à 
comunidade ou a famílias e financiar essa provisão através de tributos 
e outros rendimentos.
 Redistribuir renda e riqueza através de transferências.
 Engajar-se em produção não-mercantil.
3.2 Governo e CS
ECO-02/215 - Contabilidade Social - Prof. 
Carlos Henrique Horn 3
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O que é Governo em CS?
• O Governo financia suas atividades através de:
 Tributação.
 Transferências compulsórias (em geral, entre unidades de Governo).
 Crédito.
• São dispêndios típicos do Governo:
 Despesas na prestação gratuita de serviços coletivos à comunidade.
Ex.: administração pública, defesa, cumprimento da lei, saúde pública.
 Despesas na provisão gratuita, ou a preços que não são 
economicamente significativos, de bens e serviços às famílias.
 Transferências a outras unidades institucionais, principalmente a 
famílias, que redistribuem a renda e a riqueza.
6
O que é Governo em CS?
Transferências
• Uma Transferência é definida como uma transação em que 
uma unidade institucional provê um bem, serviço ou ativo a 
outra unidade institucional sem receber em contrapartida 
direta qualquer bem, serviço ou ativo:
• São modalidades de Transferências:
 Transferência em dinheiro: o pagamento em moeda ou 
transferência bancária por uma unidade a outra sem qualquer 
contrapartida.
 Transferência em espécie: a transferência da propriedade de 
um bem ou ativo que não dinheiro ou da provisão de um 
serviço, ambos sem qualquer contrapartida.
3.2 Governo e CS
ECO-02/215 - Contabilidade Social - Prof. 
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O que é Governo em CS?
Produção do Governo
A produção de bens e serviços por entes governamentais ou 
controlados pelo Governo ocorre em:
• Corporações públicas, cuja política, inclusive de preços e 
investimentos, o Governo é capaz de controlar.
• ONGs controladas e, no todo ou em parte, financiadas pelo 
Governo.
• Estabelecimentos de que é proprietário e que não existem 
como entes separados do Governo.
8
O que é Governo em CS?
Produção do Governo
• Entram no setor institucional Governo:
 Estabelecimentos que não operam como se fossem 
corporações. Em geral, operam como produtores não-
mercantis.
 ONGs controladas e financiadas.
• Não entram no setor institucional Governo: 
 Corporações públicas.
 Estabelecimentos que operam como se fossem corporações 
(quase-corporações).
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ECO-02/215 - Contabilidade Social - Prof. 
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O que é Governo em CS?
Fundos de Seguridade Social
• Tipo especial de unidade institucional que provê benefícios 
sociais a membros da comunidade.
Exemplos: benefícios por velhice, invalidez, falecimento, doença, 
maternidade, acidente de trabalho, desemprego etc.
• Podem incluir os esquemas de pensões e aposentadorias.
10
O que é Governo em CS?
Síntese
• O Setor Institucional Governo compreende as 
seguintes unidades institucionais:
 Governo local, estadual e central.
 Fundos de seguridade social.
 ONGs controladas e financiadas.
3.2 Governo e CS
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Mensuração da produção não-mercantil do Governo
• A maior parte da produção do Governo não se destina à venda em 
mercados: é produção não-mercantil, que se oferece 
gratuitamente ou a preços que não são economicamente 
significativos.
• Como não há um preço de transação que permita calcular o valor 
da produção do Governo com base na equação VP = p.q, 
convencionou-se calcular o Produto do Governo pela ótica da 
Renda.
Dado que não se computa uma remuneração do capital, resulta 
que a renda fatorial no Governo é medida pela remuneração dos 
servidores públicos.
12
Mensuração da produção não-mercantil do Governo
(1) Produto do Governo = Remuneração dos servidores 
públicos
(2) Valor da Produção do Governo = Custo dos insumos (bens e 
serviços) + Remuneração dos servidores públicos
ou
Valor da Produção do Governo = Consumo Intermediário + 
Renda Fatorial
3.2 Governo e CS
ECO-02/215 - Contabilidade Social - Prof. 
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Agregados econômicos do Governo
Saldo do Governo em Conta Corrente
• O Saldo do Governo em Conta Corrente (SGCC) é o Agregado 
Econômico que sintetiza a atividade econômica do Governo 
quanto:
à realização de receitas correntes do Governo
e
ao uso das receitas correntes do Governo
SGCC = Receitas correntes – Uso das receitas 
correntes
14
Agregados econômicos do Governo
Transações representadas no SGCC
FAMÍLIAS
E
EMPRESAS
GOVERNO
FAMÍLIAS
E
EMPRESAS
T
ORCG
bens&
snf
Salários
Pagamentos
bens&snf
Progr.sociais
Apos&pensões
Juros dívida
pública
s
trabalho
bens&snf
TrG
G
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Agregados econômicos do Governo
Saldo do Governo em Conta Corrente
• O Saldo do Governo em Conta Corrente (SGCC) é dado pela 
seguinte expressão:
SGCC = (T + ORCG) – (G + TrG + s) 
• Onde:
T = Receita Tributária
ORCG = Outras Receitas Correntes do Governo
G = Despesas de Consumo do Governo
TrG = Transferências do Governo
s = Subsídios governamentais ao setor privado
16
Agregados econômicos do Governo
Indicadores de desempenho
Indicadores de Consumo
• Taxa de Consumo [Privado] = C / Y
• Taxa de Consumo [do Governo] = G / Y
• Taxa de Consumo [final da economia] = (C + G) / Y
Indicadores de Carga Tributária
• Carga Tributária Bruta = T / Y
• Carga Tributária Líquida = (T – TrG – s) / Y = RLG / Y
Resultado Primário do Governo
• RPG = (T + ORCG) – (G + TrG + s – juros) 
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Agregados econômicos do Governo
Receitas Correntes do Governo
• A Receita Tributária (T) do Governo inclui impostos, taxas e 
contribuições aos Fundos de Seguridade Social.
• Classificação tradicional (Paulani e Braga, 2006, p. 46):
 Impostos diretos – “incidem sobre a renda e a propriedade e são 
recolhidos epagos como impostos” (IR, IPTU, IPVA).
 Impostos indiretos – “não são pagos como impostos mas como parte 
do preço das mercadorias” (ICMS, IPI).
• Classificação do SNA (SCN Brasil):
 Impostos ligados à produção e à importação, que se dividem em 
“impostos sobre produtos” (ICMS, IPI, ISS, COFINS) e “outros impostos 
ligados à produção” (impostos sobre folha de pagamento).
 Impostos sobre a Renda e a Propriedade (IRPF, IRPJ, IPTU, IPVA).
 Contribuições aos Institutos Oficiais de Previdência, FGTS e PIS-PASEP.
 Contribuições Previdenciárias do Funcionalismo Público.
 Impostos sobre o capital. 
18
Agregados econômicos do Governo
Utilização das receitas correntes do Governo
• As despesas de Consumo do Governo (G) envolvem um fluxo 
monetário em contrapartida de um fluxo real pelo uso do 
fator trabalho (remuneração dos servidores) e pela aquisição 
de bens e serviços produzidos em outros setores.
• Figueiredo: “o Consumo do Governo ... representa todos os 
gastos correntes do Governo com materiais e com 
vencimentos do funcionalismo, gastos esses que medem o 
consumo final, da sociedade como um todo, daqueles 
serviços prestados pelo Governo” (p. 75-76).
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Agregados econômicos do Governo
Utilização das receitas correntes do Governo
• As Transferências do Governo (TrG) e os Subsídios (s) 
envolvem fluxos monetários ou reais sem contrapartida.
O uso final do recurso monetário é objeto de decisão das 
unidades institucionais que o recebem (Famílias ou 
Empresas).
• Principais componentes das Transferências do Governo:
 Benefícios sociais.
 Aposentadorias e pensões.
 Juros da dívida pública.
20
Governo e mensuração da produção mercantil 
• A cobrança de impostos que incidem sobre a circulação de 
bens e serviços dá origem a uma dupla forma (dicotomia) de 
mensurar o Produto de uma economia.
• Se usamos a classificação tradicional, temos:
Produtopm – (ii – s) = Produtocf
Onde: Produtopm = Produto a preços de mercado; Produtocf = Produto a 
custo de fatores; ii = impostos indiretos; s = subsídios.
• Se usamos a classificação do SNA, temos:
Produtopc – (Tprodutos – s) = Produtopb
Onde: Produtopc = Produto a preços de consumidor; Produtopb = Produto 
a preços básicos; Tprodutos = impostos sobre produtos.
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Agregados Econômicos e Identidades Contábeis
• Oferta (Recursos) de bens e serviços:
(1) OT = VBP
(2) OF = Y
Onde: DT = Demanda Total; DF = Demanda Final; CI = Consumo 
Intermediário; C = Consumo das Famílias; G = Consumo do Governo; I = 
Investimento
• O Valor Bruto da Produção e o Produto correspondem aos 
resultados de natureza mercantil e não-mercantil obtidos no 
conjunto dos Setores Institucionais – Famílias, Empresas e 
Governo.
Representam o resultado da operação do aparelho de 
produção interno de uma economia nacional.
22
Agregados Econômicos e Identidades Contábeis
• Demanda (Usos)/Absorção dos bens e serviços:
(1) DT = CI + C + G + I
(2) DF = C + G + I
Onde: OT = Oferta Total; OF = Oferta Final; VBP = Valor Bruto da 
Produção; Y = Produto
• Despesa de Consumo Final (DCF):
DCF = C + G
• Despesa de Investimento (I):
I = FBCF + ΔE
I agrega os gastos de investimento dos setores institucionais, 
incluindo os investimento realizados pelo setor Governo.
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Agregados Econômicos e Identidades Contábeis
• Identidade entre Oferta e Demanda
(recursos e usos dos bens e serviços):
(1) VBP ≡ CI + C + G + I
(2) Y ≡ C + G + I
A expressão 2 também é uma medida do Produto pela ótica 
do dispêndio.
24
Agregados Econômicos e Identidades Contábeis
• A Renda da economia pode ser dividida em Renda Líquida do 
Governo e Renda Privada Disponível.
• A Renda Líquida do Governo (RLG) equivale às Receitas 
Correntes deduzidas as Transferências e os Subsídios.
Seja ORCG = 0. Definimos:
RLG = T – (TrG + s)
• Se deduzirmos a RLG da Renda total da economia, 
encontramos a Renda Privada Disponível (RPD):
RPD = Y – RLG
A RPD equivale à renda apropriada por Famílias e Empresas.
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Agregados Econômicos e Identidades Contábeis
• Identidade entre Investimento e Poupança.
Partimos da identidade entre Renda e Dispêndio:
RPD + RLG ≡ C + G + I
• Reordenando os termos:
(RPD – C) + (RLG – G) ≡ I
• Chegamos à identidade entre Investimento e Poupança:
S + SG ≡ I
Onde: S = Poupança de Famílias e Empresas (Poupança Privada);
SG = Poupança do Governo

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