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QUÍMICA APLICADA AULA 02 final

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LUBRIFICANTES LÍQUIDOS – CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS 
 PONTO DE FULGOR
 PONTO DE INFLAMAÇÃO
 PONTO DE NÉVOA 
 PONTO DE FLUIDEZ
EXTREMA PRESSÃO
 VISCOSIDADE
 ÍNDICE DE VISCOSIDADE
QUALIDADE DO LUBRIFICANTE
INFORMAÇÃO SOBRE A APLICAÇÃO ADEQUADA DO PRODUTO
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
	Os aditivos para óleos lubrificantes podem ser definidos como substâncias químicas, de composição exata e conhecida, solúveis ou dispersos no óleo, usados em concentrações adequadas, com a finalidade de:
LIMITAR A DETERIORAÇÃO DO LUBRIFICANTE
PROTEGER AS SUPERFÍCIES LUBRIFICADAS DO ATAQUE DE CERTOS CONTAMINANTES
MELHORAR AS PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS DO LUBRIFICANTE E/OU CONFERIR NOVAS PROPRIEDADES
Os aditivos em lubrificantes podem ser classificados da seguinte forma:
Ação física: aditivos que modificam determinadas características físicas dos óleos, tais como índice de viscosidade, ponto de fluidez e espuma.
 Ação química: aditivos cujo efeito final é de natureza química, como por exemplo: inibidores de oxidação, agentes anti-desgaste e dispersantes.
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
	De acordo com as propriedades que atribuem aos óleos, os aditivos são classificados como: 
 detergentes/dispersantes 
 antioxidantes 
 anti-corrosivos 
 anti-espumantes 
 extrema pressão 
 aumentadores do índice de viscosidade
 PONTO DE FULGOR / PONTO DE INFLAMAÇÃO
O ponto de fulgor é a menor temperatura em que o óleo, quando aquecido nas condições padrões do ensaio, desprende vapores que se inflamam momentaneamente (flash) ao contato com uma chama piloto.
O ponto de inflamação ou ponto de combustão é a temperatura na qual o óleo, aquecido nas mesmas condições anteriores, desprende vapores que se inflamam por mais de 5 segundos.
O aparelho mais utilizado para a realização do teste é o Cleveland de Vaso Aberto.
LUBRIFICANTES LÍQUIDOS – CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS 
 PONTO DE FULGOR / PONTO DE INFLAMAÇÃO
A amostra é contida em um recipiente aberto, sob o qual coloca-se uma fonte de calor.
Uma chama piloto é passada por sobre o recipiente a intervalos regulares de tempo. Quando aparecer na porção da amostra vaporizada uma inflamação temporária, registra-se a temperatura da amostra. Esta temperatura é o ponto de fulgor do óleo.
Continuando a operação, quando a chama produzida permanece por mais de 5 segundos, o ponto de inflamação foi atingido. 
Este ponto encontra-se aproximadamente 25oC acima do ponto de fulgor. 
 PONTO DE FULGOR / PONTO DE INFLAMAÇÃO
A tabela indica o ponto de fulgor de alguns derivados de petróleo, analisados pelo método Cleveland Vaso Aberto.
PONTO DE FULGOR
 SEGURANÇA:
Previsão da temperatura máxima a que o produto pode ser submetido quando estocados, transportado e manuseado.
Ponto de fulgor  70o C – manuseio perigoso (Lei)
 CONTAMINAÇÃO
Propriedade utilizada no controle de qualidade do lubrificante.
 Ponto de fulgor muito acima ou muito abaixo do que era esperado: indica que pode ter ocorrido contaminação com outro produto de maior ou menor ponto de fulgor.
 No caso de óleos usados, o aumento do Ponto de Fulgor significa perda das partes leves por evaporação, enquanto que sua redução indica que houve contaminação por combustível ou outro produto de menor Ponto de Fulgor.
 PONTO DE NÉVOA
É temperatura em que a parafina ou outras substâncias semelhantes, normalmente dissolvidas no óleo, começam a se separar formado minúsculos cristais, tornando o óleo turvo. 
LUBRIFICANTES LÍQUIDOS – CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS 
 PONTO DE FLUIDEZ
É a menor temperatura na qual o óleo ainda pode escoar nas condições de teste.
O método para determinação do Ponto de Fluidez, consiste em resfriar uma amostra num ritmo pré-determinado, observando-se a sua fluidez a cada queda de temperatura de 3°C, até que
virtualmente a superfície da amostra permaneça imóvel (ponto de congelamento) por 5 segundos, ao se colocar o tubo de ensaio com a amostra, na posição horizontal.
A temperatura 3oC acima desta é o ponto de mínima fluidez.
Por exemplo, se um óleo apresentar um ponto de congelamento de -20oC , seu ponto de mínima fluidez será de -17oC .
LUBRIFICANTES LÍQUIDOS – CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS 
 PONTO DE FLUIDEZ
Esta característica é bastante variável, e depende de diversos fatores como: origem do óleo cru, tipo de óleo e processo de fabricação. 
Sinaliza até qual temperatura, determinado óleo lubrificante pode ser resfriado sem perigo de deixar de fluir. 
O óleo lubrificante pode deixar de fluir por duas razões:
1) pode conter uma certa quantidade de parafina, que permanece dissolvida no óleo a temperaturas maiores. Quando este óleo é resfriado, a parafina cristaliza-se, aumentando em número e tamanho, formando uma estrutura de treliça que tende a
impedir os movimentos do óleo. 
Prevenção: 
Extrair a parafina quando da refinação do óleo.
Uso de aditivos abaixadores do ponto de fluidez, que retardam o crescimento dos cristais de parafina.
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
ABAIXADOR DE PONTO DE FLUIDEZ
Função Principal:
Abaixar (ou reduzir) o ponto de fluidez do óleo lubrificante. 
O mecanismo de atuação é o recobrimento das estruturas cristalinas do óleo, evitando o seu crescimento e aglomeração a baixas temperaturas, permitindo assim ao lubrificante fluir em temperaturas mais baixas do que ocorreria se o mesmo não tivesse este aditivo.
 PONTO DE FLUIDEZ
O óleo lubrificante pode deixar de fluir por duas razões:
2) Todos os óleos aumentam de viscosidade à medida que a temperatura baixa, diminuindo naturalmente a sua fluidez.
 EXTREMA PRESSÃO (EP)
É a propriedade que um lubrificante tem de evitar que as superfícies em movimento entrem em contato, mesmo quando a película do óleo for rompida pela ação de elevadas pressões. 
Os óleos minerais puros não possuem esta característica. 
A resistência a elevadas pressões só é conseguida através de uma específica aditivação EP.
LUBRIFICANTES LÍQUIDOS – CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS 
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
EXTREMA PRESSÃO
Evitar o contato direto das superfícies metálicas em situações de lubrificação limite, onde a pressão exercida é muito alta.
Os aditivos reagem ou decompõem termicamente, formando uma película sólida protetora sobre a superfície metálica, evitam assim a soldagem ou grimpamento das partes em contato. 
As propriedades do aditivo não tem ação quando ocorre lubrificação total ou lubrificação mista.
VISCOSIDADE 
 CORRESPONDE A CARACTERÍSTICA MAIS IMPORTANTE PARA ÓLEOS LUBRIFICANTES;
 OS ÓLEOS SÃO CLASSIFICADOS E UTILIZADOS SEGUNDO ESSA PROPRIEDADE;
 
LUBRIFICANTES LÍQUIDOS – CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS 
 VISCOSIDADE
Importância da Viscosidade
Corresponde ao fator mais importantes na seleção adequada de um lubrificante.
A escolha é determinada por alguns fatores, sendo os principais:
1. Velocidade
Quanto maior for a velocidade, menor deve ser a viscosidade e vice-versa. 
Os óleos de maior viscosidade possuem maiores coeficientes de atrito interno, aumentando a perda de potência, isto é, aumentando a quantidade de força motriz absorvida pelo atrito
interno do fluido.
2. Pressão
Quanto maior for a carga, maior deverá ser a viscosidade, para poder suportá-la e evitar o rompimento da película lubrificante.
 VISCOSIDADE
3. Temperatura
Como a viscosidade diminui em função do aumento da temperatura, para manter uma película lubrificante adequada, quanto maior for a temperatura, maior deverá ser a viscosidade.
4. Folgas
Quanto menores as folgas, menor deverá ser a viscosidade, a fim de que o óleo possa penetrar nelas.
 VISCOSIDADE
5. Acabamento
Quanto melhor for o grau de acabamento superficial das peças em movimento, menor poderá ser a viscosidade.
 Verifica-se assim que existem condições inversas, isto é, umas que exigem uma baixa viscosidade e outras, alta viscosidade,
que podem ocorrer ao mesmo tempo. 
 Isto torna a determinação da viscosidade um estudo complexo, que deve ser feito por técnicos especializados quando do projeto dos motores, transmissões e outros equipamentos.
 Os óleos lubrificantes são produzidos em várias viscosidades, podendo-se obter outras intermediárias através da mistura entre os óleos básicos.
VISCOSIDADE 
PODE SER DEFINIDO COMO SENDO A RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO QUE OS FLUIDOS APRESENTAM, DEVIDO AO ATRITO ENTRE SUAS MOLÉCULAS. 
É A MEDIDA DA RESISTÊNCIA OFERECIDA POR QUALQUER FLUIDO (LÍQUIDO OU GÁS) AO MOVIMENTO OU ESCOAMENTO.
Essa propriedade está associada com o tipo interação que ocorre no nível molecular das substâncias (FORÇAS INTERMOLECULARES)
Quanto mais espesso o óleo, maior a sua viscosidade, maior a sua resistência ao escoar. 
VISCOSIDADE 
 Newton estudou o comportamento dos fluidos. 
   
V1
V
L
L1
V2
L2
S
Escoamento laminar ou viscoso
VISCOSIDADE 
   
  
F = η . S . V
 L
      
F = Força em dinas (g.cm./s2)
S = área em cm2
V = velocidade em cm/s
L = distância entre as placas em cm
 η = coeficiente de viscosidade do fluido ou VISCOSIDADE ABSOLUTA   
Força necessária para deslocar uma placa de área S paralelamente a outra
placa, ambas imersas em um fluido, é dada:
VISCOSIDADE 
   
    Viscosidade absoluta é dada pela equação:
	
 F
 S
 η = 
 V 
 L     
tensão de cisalhamento
grau de cisalhamento
Unidade de viscosidade (CGS)
 dina.segundo/cm2
denominada “ poise”
Utiliza-se mais comumente o “centipoise” 
(1 centésimo do “poise”)
É definida como a força tangencial atuando sobre a unidade de superfície de qualquer dos dois planos paralelos separados pela distância unitária, quando o espaço entre eles está cheio com um líquido, sendo que um dos planos se move em relação ao outro, com velocidade unitária. 
Unidade (CGS):
dina.s/cm2 denominada “poise” (p ou P)
“centipoise” (cp ou CP)
VISCOSIDADE ABSOLUTA OU DINÂMICA 
   
A tabela abaixo mostra os coeficientes de viscosidade de alguns líquidos (em poise).
Glicerina (20oC)
8,3
Água (0oC)
0,0179
Água (100oC)
0,0028
Éter (20oC)
0,0124
Mercúrio (20oC)
0,0154
VISCOSIDADE 
   
VISCOSIDADE CINEMÁTICA
   
Corresponde a relação entre a viscosidade absoluta e a massa específica do óleo considerado:
Visc. Cinemática = Viscosidade absoluta		
	 Massa específica	
Unidade (CGS):
cm2 /s denominada “stoke” (s ou S)
“centistoke” (cs ou CS) – centésima parte do stoke
1 Centistokes = 1 mm²/s
ESCALAS DE VISCOSIDADE E ENSAIOS DE DETERMINAÇÃO 
   
Viscosidade cinemática e viscosidades empíricas são determinadas em aparelhos denominado VISCOSÍMETROS.
Os mais utilizados:
• CINEMÁTICO
• SAYBOLT UNIVERSAL.
• REDWOOD (Inglês).
• ENGLER (Alemão).
 O funcionamento de todos eles se baseia no tempo de escoamento em segundos, necessário para que uma determinada quantidade de óleo, mantida a uma temperatura determinada, passe por um orifício de tamanho especificado.
VISCOSÍMETRO CINEMÁTICO
   
 DIÂMETRO DO TUBO É ESCOLHIDO DE ACORDO COM A VISCOSIDADE DO ÓLEO E PARA CADA TUBO É FIXADO UM FATOR CONSTANTE “k”.
 ANOTA-SE O TEMPO DE ESCOAMENTO (T) EM SEGUNDOS, QUANDO DA PASSAGEM DO ÓLEO PELOS DOIS TRAÇOS DE REFERÊNCIA NO TUBO. 
Viscosidade Cinemática = k x T (Centistokes)
VISCOSÍMETRO SAYBOLT
   
Viscosidade Saybolt Universal (SSU):
Tempo em segundos para o escoamento de 60mL de amostra de óleo através de um orifício Universal calibrado, sob condições padrão de ensaio.
SAE
 A SAE (Society of Automotive Engineers) desenvolveu um sistema de classificação baseado nas medições de viscosidade de carter somente com base na viscosidade. As demais características de um óleo não são consideradas. 
 A classificação SAE é indicada por um número e quanto maior esse número mais viscoso é o lubrificante.
 Os óleos menos viscosos (mais finos) são classificados a baixas temperaturas de acordo com normas específicas para classificação de óleos para climas frios (0OF ou -17,7OC). Para estes óleos o grau SAE é acompanhado da letra W ( Winter = Inverno). 
 Os óleos de maior viscosidade são classificados a 210OF (98,9OC). 
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - VISCOSIDADE
   
SAE
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - VISCOSIDADE
   
Classificação de Viscosidade para Óleos de Motor SAE J300 estabelece 11 diferentes graus de viscosidade do óleo de motor, conforme tabela abaixo.
ISO
A ISO (International Standards Organization) criou um sistema que classifica os óleos de acordo com a sua viscosidade na unidade de medida centistokes (cS) a 40 °C. 
Os valores variam de 2 a 1500 graus e na tabela, o mesmo número do grau é correlacionado com o valor da sua viscosidade, com tolerância de 10% para mais ou para menos. 
Exemplo: Um óleo ISO VG 100 ou simplesmente ISO 100 terá um valor de viscosidade à 40 °C entre 90 e 110 cS. 
Obs: VG significa Viscosity Grade (grau de viscosidade) 
A classificação ISO é normalmente utilizada para óleos industriais
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - VISCOSIDADE
   
 Grau de Viscosidade ISO VG
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
Fator + importante que afeta a viscosidade: Temperatura.
A VISCOSIDADE É INVERSAMENTE PROPORCIONAL A TEMPERATURA.
Essa variação depende da natureza química do óleo!
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
 É um número empírico que expressa a taxa de variação da viscosidade com a variação da temperatura. 
 Quanto mais alto o IV de um óleo lubrificante, menor é a variação de sua viscosidade ao se variar a temperatura (menor será o efeito da temperatura sobre a viscosidade do produto).
Por exemplo: se dois óleos, a uma determinada temperatura, possuírem a mesma viscosidade, quando resfriados ficará mais espesso aquele que possuir menor índice de viscosidade.
 O cálculo é feito de acordo com a norma NB-147 da ABNT.
 O IV de um óleo é obtido por comparação com dois óleos padrões, um com IV = 100 e outro com IV = 0, e que tenham, a 98,8oC (210oF) a mesma viscosidade cinemática que o óleo ensaiado. 
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
37
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
 
1929: Foi estabelecido o conceito de “IV” pelo estudo do comportamento dos lubrificantes existentes na época.
Verificou-se que:
Óleos naftênicos: (provenientes de petróleo do Golfo do México) apresentavam uma grande variação de viscosidade com a temperatura. A esse óleo foi, arbitrariamente, atribuído o valor 0 (zero) para IV;
Óleos parafínicos: (oriundos do petróleo da Pensilvânia) apresentavam pequena variação de viscosidade com a temperatura. A essa série foi, arbitrariamente, atribuído o valor 100 para IV;
38
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
Elaborou-se uma tabela com os valores de viscosidade a 40oC destas duas séries de óleos básicos medidos em centistokes.
Óleo com IV=0: esses valores situam-se na coluna nomeada pela letra L. 
Óleo com IV=100: esses valores estão na coluna denominada pela letra H. 
39
Tab.4- Valores Básicos para L e H para Viscosidade Cinemática a 100°C 
40
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
Se chamarmos pela letra U a viscosidade cinemática em CS a 37,8oC do produto cujo IV se deseja calcular, o cálculo do IV será dado pela seguinte equação:
Onde: 
L – viscosidade a 37,8°C (100°F) do óleo de IV=0, tendo a mesma viscosidade a 98,9°C que a amostra de IV a calcular
H – viscosidade a 37,8°C (100°F) do óleo de IV=100 tendo a mesma viscosidade a 98,9°C que a amostra de IV a calcular
U – viscosidade a 37,8°C (100°F) do óleo em estudo
41
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
Óleos naftênicos
Óleos parafínicos
42
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
EXEMPLO DE CÁLCULO
O gráfico mostra a variação da viscosidade cinemática (centistokes) em função da temperatura (oC) de um óleo lubrificante.
14,3
é a viscosidade cinemática a 1000C é a grandeza usada para tirar os valores de L e H da tabela
43
Tab.4- Valores Básicos para L e H para Viscosidade Cinemática a 100°C 
44
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
EXEMPLO DE CÁLCULO
O gráfico mostra a variação da viscosidade cinemática (centistokes) em função da temperatura (oC) de um óleo lubrificante.
GRÁFICO
U=168 cS
Cálculo IV
IV = 273 – 168 x 100 
 273 – 139,6 
 
RESULTADO
IV= 78,7
TABELA
14,3 cS
L= 273 cS
H= 139,6 cS
45
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
EXEMPLO DE CÁLCULO
O gráfico mostra a variação da viscosidade cinemática (centistokes) em função da temperatura (oC) de um óleo lubrificante.
8,8 é a viscosidade cinemática a 1000C e é a grandeza usada para tirar os valores de L e H da tabela
46
Tab.4- Valores Básicos para L e H para Viscosidade Cinemática a 100°C 
47
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
EXEMPLO DE CÁLCULO
O gráfico mostra a variação da viscosidade cinemática (centistokes) em função da temperatura (oC) de um óleo lubrificante.
GRÁFICO
U= 73,3 cS
Cálculo IV
IV = 118,5 – 73,3 x 100 
 118,5 – 68,79
 
RESULTADO
IV= 90,9
TABELA
8,8 cS
L= 118,5 cS
H= 68,79 cS
48
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
 Nas temperaturas altas, a viscosidade de um óleo pode diminuir a tal ponto que a película lubrificante pode ser rompida, resultando em contato de metal com metal e ocasionando o desgaste.
 No caso de baixas temperaturas, o óleo pode tornar-se demasiadamente espesso ou viscoso, dificultando a circulação ou escoamento, ou mesmo impedindo que o mecanismo funcione.
 Portanto, em certas aplicações de lubrificação é necessário um óleo com alto índice de viscosidade.
49
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
   
50
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
AUMENTADORES DO ÍNDICE DE VISCOSIDADE
A função deste aditivo é reduzir a variação de viscosidade do óleo lubrificante, em relação às mudanças de temperaturas. 
O aditivo sofre menor influência da variação de temperatura do que o óleo lubrificante, ou seja, eles possuem uma viscosidade menos variável, permitindo que haja uma compensação com a variação da viscosidade do óleo.
Mecanismo de funcionamento 
• Em temperaturas menores, as moléculas do aditivo são contraídas, permitindo que o óleo tenha uma viscosidade menor nestas temperaturas, do que se ele não tivesse o
aditivo.
• Em temperaturas elevadas, as moléculas do aditivo distendem-se aumentando de volume. Dessa forma, o escoamento do óleo é dificultado, apresentando uma maior
viscosidade.
Este tipo de aditivo proporciona partidas mais rápidas com o motor frio, reduz o desgaste e diminui o consumo de óleo.
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
AUMENTADORES DO ÍNDICE DE VISCOSIDADE
ÓLEOS MULTIVISCOSOS
O desenvolvimento dos aditivos melhoradores de índice de viscosidade possibilitou a fabricação dos óleos de múltipla graduação.
Óleo SAE 20W-50
 Um óleo designado como SAE 20W–50 é um óleo multiviscoso, isto é, apresenta um IV suficientemente alto para se enquadrar numa especificação SAE para temperaturas baixas de partida e também se enquadra num grau SAE em temperaturas altas de trabalho. 
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - VISCOSIDADE
   
ÓLEOS MULTIVISCOSOS
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - VISCOSIDADE
   
ÓLEOS MULTIVISCOSOS
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - VISCOSIDADE
   
 A viscosidade em baixa temperatura (por exemplo, 5W ou 10W) indica a rapidez com que um motor fará a partida no inverno e a facilidade com que o óleo fluirá para lubrificar as peças críticas do motor em baixa temperatura. Quanto mais baixo for o número, mais facilmente o motor poderá fazer a partida no tempo frio.
• A viscosidade em alta temperatura (por exemplo, 30 ou 40) proporciona a formação de película adequada para uma boa lubrificação em temperaturas operacionais (motor quente).
Questão 1: Se um determinado óleo lubrificante apresentar a 40 °C viscosidade 58,6 cS   e   a 100°C viscosidade 7,6 cS; pode-se afirmar que o IV do mesmo será aproximadamente:
 
É dada a tabela a seguir:
110
76
90
98
85
EXERCÍCIOS
Questão 2: Um determinado óleo lubrificante apresentar a 100 °C viscosidade 65 SSU e a 40°C viscosidade 850 SSU. Determinar para o óleo em teste:
O Índice de viscosidade
A classificação SAE
A classificação ISO VG
EXERCÍCIOS
Questão 2: Um determinado óleo lubrificante apresentar a 100 °C viscosidade 65 SSU e a 40°C viscosidade 850 SSU. Determinar para o óleo em teste:
O Índice de viscosidade
A classificação SAE
A classificação ISO VG
EXERCÍCIOS
Questão 2: Um determinado óleo lubrificante apresentar a 100 °C viscosidade 65 SSU e a 40°C viscosidade 850 SSU. Determinar para o óleo em teste:
O Índice de viscosidade
A classificação SAE
A classificação ISO VG
EXERCÍCIOS
Questão 3: O gráfico abaixo representa a variação da viscosidade em centistokes com temperatura em °C de um determinado óleo lubrificante. Determine o índice de viscosidade e a classificação SAE desse óleo de acordo com as tabelas: 
Questão 4. Se um determinado óleo lubrificante apresentar a 40 °C viscosidade 48,6 cS   sua classificação ISO VG será:
 
 
22
32
46
68
100
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
	De acordo com as propriedades que atribuem aos óleos, os aditivos são classificados como: 
 detergentes/dispersantes 
 antioxidantes 
 anti-corrosivos 
 anti-espumantes 
 extrema pressão 
 aumentadores do índice de viscosidade
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
Detergentes 
São na realidade sabões de elevado peso molecular contendo bário, cálcio, magnésio e outros compostos.
Principal função:
Neutralizar os gases ácidos do cárter, provenientes da câmara de combustão através dos anéis.
Reduzir a formação de verniz e depósitos de carbono nos pistões e na zona dos anéis evitando o agarramento dos mesmos que pode ocorrer em condições de operação em elevadas temperaturas, além de manter as superfícies metálicas limpas. 
Depósitos de carbono, borra e verniz na parte interna do motor: raramente removidos, exceto com o uso de solventes ou com uma remoção mecânica. 
A função do aditivo detergente inibidor não é só limpar os depósitos já existentes no motor mas, principalmente, prevenir a sua formação.
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
DISPERSANTES
Funções principais:
Manter em suspensão a fuligem (principalmente em motores diesel)
Inibir e dispersar a borra formada;
Reduzir a formação de vernizes;
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
DISPERSANTES
Ajudar a neutralizar os ácidos formados durante a combustão, principalmente devido a presença de enxofre nos combustíveis
No trânsito tipicamente urbano (intermitente e de percursos curtos), o motor opera em baixas temperaturas, propiciando a condensação dos gases da câmara de combustão e a formação de borras e depósitos.
Com a utilização do aditivo dispersante, cada partícula de resíduo é envolvida por uma camada protetora, que as mantém separadas, de modo que não possam se agrupar em grandes massas, permanecendo dispersos e suspensos no óleo, não permitindo que se fixem nas superfícies metálicas.
Uma grande parte destas partículas são retidas no filtro de óleo sendo o restante drenado quando da troca do óleo.
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
DETERGENTES / DISPERSANTES
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
DETERGENTES / DISPERSANTES
A utilização de aditivos detergentes e dispersantes faz com que o óleo escureça rapidamente (notado principalmente em motores a gasolina e diesel).
Não significa a deterioração do óleo. 
Significa que os aditivos detergente e dispersante estão atuando eficientemente, limpando internamente o motor e mantendo em suspensão as impurezas e contaminantes, de forma que não causem desgastes anormais e possam ser
retiradas do circuito pelo filtro ou na ocasião da troca do óleo.
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
ANTIOXIDANTES
Óleos minerais trabalhando em temperaturas elevadas
tende a se oxidar, devido a presença de oxigênio, formando compostos indesejáveis.
Produtos ácidos (risco de corrosão)
Gomas, vernizes e borras (eliminam as folgas, aumentam a viscosidade, prejudicam a dissipação do calor) 
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
ANTIOXIDANTES
FUNÇÕES PRINCIPAIS:
Reduzir a formação de substâncias ácidas.
Reação dos compostos ácidos com o aditivo formando substâncias inofensivas.
Reação do oxigênio com o aditivo, que é oxidado preferencialmente ao óleo.
As superfícies das partículas metálicas de desgaste são cobertas pelo aditivo antioxidante, evitando a ação das mesmas na oxidação do lubrificante.
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
ANTIOXIDANTES
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
ANTIOXIDANTES
Após um certo período de trabalho do óleo lubrificante, o aditivo antioxidante é consumido (depleção) e, a partir deste ponto, o óleo lubrificante se oxidará rapidamente,devendo ser trocado.
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
ANTIESPUMANTE
FUNÇÃO PRINCIPAL:
Evitar a formação de espuma estável.
Atuam reduzindo a tensão superficial das bolhas, fazendo com que as mesmas estourem rapidamente. 
Espuma em óleos lubrificante:
A espuma são bolhas de ar cercadas superficialmente por uma película de óleo lubrificante. 
Toda vez que esta bolha é arrastada para o sistema de lubrificação, ela não consegue separar as superfícies metálicas em contato, não lubrificando e ocasionando um desgaste excessivo. 
 ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES
ANTIESPUMANTE
Os fabricantes de equipamentos e a indústria petrolífera vêm desenvolvendo várias maneiras de classificar e descrever os lubrificantes, tentando atender as evoluções dos equipamentos, as condições operacionais, qualidade e tipos de combustíveis empregados e, mais recentemente, legislações ambientais (atuais e futuras), principalmente relativas a emissões.
Na área automotiva, as classificações são:
• por tipo de ciclo de motor: Otto (gasolina, álcool, gás natural ) e diesel
• por tipo de veículo: leve (automóveis, pick-ups e utilitários) e pesados (caminhões, ônibus e equipamentos pesados)
• por revoluções de funcionamento: 2 tempos e 4 tempos
• por área geográfica : americanas, européias e asiáticas
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - DESEMPENHO
   
Classificações americanas
Classificação API para óleos de motores a gasolina
A letra “S” seguida de outra letra (por exemplo, SL) refere-se a óleo adequado para motores a gasolina. 
Segundo a API, “S” é uma categoria para serviço de uso pessoal (service).
A segunda letra é atribuída alfabeticamente na ordem de desenvolvimento.
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - DESEMPENHO
   
Classificações americanas
Classificação API para óleos de motores a gasolina
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - DESEMPENHO
   
Classificações americanas
Classificação API para óleos de motores a diesel
A letra “C” seguida de outra letra (por exemplo CF) refere-se a óleo adequado para motores diesel. 
Segundo a API, “C” é uma categoria para uso comercial (commercial).
A segunda letra também é atribuída alfabeticamente na ordem de desenvolvimento.
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - DESEMPENHO
   
Classificações americanas
Classificação API para óleos de motores a diesel
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - DESEMPENHO
   
Classificações americanas
Classificação API para óleos de motores a diesel
Como pode ser visto no gráfico, há uma subdivisão na categoria API para motores a diesel para atender os segmentos de: 
Motores diesel de dois tempos (principalmente ferroviários);
Motores diesel grandes (com foco nos motores marítimos que consomem combustíveis de alto teor de enxofre);
 
Motores “rodoviários” (onde estão incluídas as especificações mais modernas para motores de caminhões e ônibus).
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES - DESEMPENHO
   
LUBRIFICANTES SEMI SÓLIDO OU GRAXAS - PROPRIEDADES 
As principais propriedades de uma graxa a serem consideradas para avaliar a possibilidade de uso de uma graxa para determinado serviço são:
 CONSISTÊNCIA
 PONTO DE GOTA
 BOMBEABILIDADE
CONSISTÊNCIA
É a resistência oferecida por uma graxa à sua penetração. 
É uma medida de qualidade de graxas lubrificantes. 
É determinada pelo método que consiste em medir a penetração (em décimos de milímetros) exercida por um cone sobre uma amostra de graxa, sob ação de carga padronizada durante 5 segundos e à temperatura de 250C. O aparelho utilizado nesta medição é chamado penetrômetro.
CONSISTÊNCIA
A quantidade de espessante usado na fabricação influencia mais a consistência do que a viscosidade do óleo básico. 
Com base nos resultados obtidos no penetrômetro, o National Lubricating Grease Institute (NLGI) criou um sistema de classificação para as graxas definidos de consistência trabalhada em 60 ciclos que variam de 000 (muito macia) a 6 (muito dura).
CONSISTÊNCIA
Graxas com consistência NLGI0, 00, 000 são consideradas graxas semifluidas;
Graxas com consistência NLGI 2 e 3 são as mais empregadas;
PONTO DE GOTA (OU DERRETIMENTO)
Indica a temperatura em que a graxa passa do estado sólido ou semi-sólido para o líquido.
Determina-se a temperatura em aparelho especial, em que se dá a queda da primeira gota de graxa liquefeita.
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PONTO DE GOTA (OU DERRETIMENTO)
Possibilita relacionar com a temperatura de trabalho: não é conveniente utilizar graxa cujo ponto de gota esteja próximo da temperatura de trabalho. 
Depende de fatores como: tipo de agente espessante utilizado e outras características de fabricação.
GRAXAS
PONTO DE GOTA (OC)
De cálcio
66-104
De alumínio 180-230
82-110
De sódio e cálcio
121-193
De sódio
149-260
De lítio
177-218
De bário
177-246
Especiais de argila, sílica ou grafite
260 ou mais
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BOMBEABILIDADE
É a capacidade de fluir de uma graxa pela ação de bombeamento. 
Os fatores que afetam o bombeamento são: a consistência da graxa, a viscosidade do óleo e o tipo de espessante.
A bombeabilidade afeta o método de aplicação da graxa (adequação ao sistema centralizado, por exemplo) e a movimentação interna da graxa dentro do elemento mecânico, influindo diretamente na capacidade de lubrificação da mesma.
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BOMBEABILIDADE
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LISTA DE EXERCÍCIO AULA 02
Explique o ponto de névoa e qual a sua relação com a fluidez do óleo lubrificante.
Qual a principal propriedade fisico química de um óleo lubrificante? Explique.
 Como funcionam os aditivos de extrema pressão (EP)?
Como funcionam os aditivos modificadores de índice de viscosidade?
A utilização de aditivos detergentes e dispersantes faz com que o óleo escureça rapidamente (notado principalmente em motores a gasolina e diesel). Isso pode indicar a deterioração do óleo? Explique.
Como funcionam os aditivos abaixadores do ponto de fluidez?
Qual a principal propriedade analisada de uma graxa?

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