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FOTOGRAFIA 2ª Semana MARCELO ALUISIO MAIO/2017 SEMANA 2 2.1 Registro da fotografi a A palavra fotografi a deriva do grego Photo (luz), acrescido de Graphos (escrita ou desenho). Atualmente, fotografi as podem ser registradas por meio de fi lmes ou papéis fotossensíveis (equipamentos convencionais) ou por sensores de imagem (equipamentos digitais). O Filme Fotográfi co O fi lme negaƟ vo fotográfi co em cores é composto, basicamente, por uma base plásƟ ca transparente e de três películas sensíveis à cada uma das cores primárias, compostas de emulsões à base de sais de prata (virgem), como elemento fotossensível, e de gelaƟ na, como veículo. Cada uma dessas películas possui camadas com corantes com as cores primárias negaƟ vas, que atuam como fi ltros. Só passam pelos fi ltros as informações de cores diferentes da cor do mesmo. Portanto, cada uma das camadas só registra nuances cromáƟ cas de cores semelhantes à mesma. O Sensor Digital Nas câmeras digitais, no lugar do fi lme fotográfi co, há um ou mais sensores de captação de imagens do Ɵ po CCD (Charged Couped Device) ou CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor). No caso do CCD, cada célula forma um ponto (pixel) sensibilizado analogicamente, cujo valor é mensurado e converƟ do para sinal digital. A imagem fi nal é composta, portanto, pelo conjunto desses valores e de outros atributos extras necessários à formação do arquivo. Já o CMOS é composto por vários transistores para cada pixel que amplifi cam e movem a carga por fi os condutores. Como o sinal já é digital, dispensa a conversão e, com efeito, permite captações mais rápidas (refresh Ɵ me). Assim como ocorre com os fi lmes fotográfi cos, também, há fi ltros de cores para captação das cores (em RGB, RGBK etc). Codifi cação Analógico > Digital Como apresentado antes, no caso da captação por CCD há a necessidade de digitalização da imagem. Cada pixel é formado, basicamente, pelos valores analógicos de cada uma das cores (normalmente pelo RGB). Esses valores são digitalizados, de sorte a amostrar milhões de possibilidades de cores, são agrupados e, por fi m, recebem os cabeçalhos e rabichos de fechamento dos arquivos digitais, formando o arquivo fi nal, sem compressão. Compressão JPEG Arquivos de imagem, ou Ɵ po raster, demandam grandes quanƟ dades de memória para amostragem e formação do conjunto de pixels. Para diminuir o tamanho da informação, em bytes, usa-se algoritmos de compressão, sendo o JPEG um dos mais usados, por causa da qualidade fi nal dos arquivos e do alto poder de compressão. Vide no diagrama abaixo, o esquema de compressão e descompressão JPEG. A compressão, como visto, se faz necessária para poder armazenar mais fotos nos disposiƟ vos de armazenamento (principalmente cartão de memória). Existem uma serie de formulas e algoritmos que são usados em cada etapa da compressão de imagens, estes algoritmos são cada vez mais complexos para que a fotografi a fi que com tamanhos compaơ veis com os disposiƟ vos de armazenamento. AnƟ Aliasing Como o formato original do pixel é quadrado, as imagens digitais formadas tendem a “serrilhar” os detalhes fi nos. A solução para disfarçar esse efeito indesejado foi em inserir pixels com valores intermediários nos contornos dos detalhes, formando uma escala em degrade. Convencional x Digital Fotógrafos mais conservadores ainda defendem a qualidade da fotografi a convencional como superior, tal como ocorre, ainda, com outros profi ssionais ao preferirem a fotografi a em preto & branco. Na verdade, se levarmos em conta uma mesma resolução e ópƟ ca, a fotografi a digital (1:4000 = 12 pontos de f) possui uma faixa dinâmica bem maior do que a convencional (1:32 = 5 pontos f), conforme se pode observar na tabela abaixo, segundo a PMA (Photo MarkeƟ ng AssociaƟ on). Essa vantagem para o digital permite captações com detalhamento mais fi no, com sombras bem mais suaves e menos contrastadas, capazes de amostrar detalhes antes ocultados pela fotografi a em cores tradicional. Exercício: Fazer 3 fotografi as com uma mesma câmera digital e de um mesmo assunto e ângulo, explorando 3 níveis de compressão disƟ ntos. Compararem os resultados obƟ dos. 2.2 Os DisposiƟ vos de Exposição Foco manual Pode ser feito com o auxílio de Telêmetro de Imagem ParƟ da ou de Micro prismas, que é um recurso ópƟ co presente em algumas câmeras profi ssionais e pouco usado, hoje em dia, por ter sido subsƟ tuído por sistemas eletrônicos de focalização automáƟ ca mais efi cientes. Mesmo com as câmeras digitais ainda há nas profi ssionais o uso de foco manual, mas principalmente em ambiente controlado, imagine em uma festa onde a pessoa a ser fotografada está dançando ou andando e parando a distancias variadas, tanto o foco quanto o fl ash no automáƟ co trazem uma qualidade e praƟ cidade superior, mas em um estúdio onde todo o ambiente é controlado, pode-se controlar o foco de forma manual para diversos efeitos, além é claro da iluminação. Foco automáƟ co Atualmente, são várias as tecnologias de medição de distância, para ajuste de foco, tais como por emissão de raios infravermelhos, ultrassônicos etc. São recursos bem desenvolvidos e confi áveis. Algumas câmeras contam com algoritmos inteligentes, capazes de prever onde (a distância focal) um dado objeto em movimento estará no momento do registro. Fotometria É o ato de medir a quanƟ dade de luz, de sorte a informar quais os números de diafragma e de velocidade do obturador são indicados para o registro da imagem. A fotometria é realizada pelo FOTÔMETRO (interno), ao se pressionar levemente (na maioria das câmeras) o botão do obturador (disparo). Os resultados da medição dependerão da sensibilidade de ISO ajustada. Há equipamentos que permitem a confi guração do sistema de fotometria em: ● EvaluaƟ ve - É o modo mais inteligente presente em câmeras avançadas, que avalia vários pontos no quadro, para analisar o objeto principal, a iluminação de frente e de fundo, brilho etc., para, então, defi nir quais regulagens de diafragma e velocidade deve-se usar, em função do programa defi nido pelo fotógrafo (P, Green Zone, Av, Tv etc.); ● Spot (pontual) - Analisa apenas um ponto central do quadro, ignorando as demais áreas; ● ParƟ al - É como o SPOT, só que mede uma área maior ao centro (+- 9% da área); ● Center-weighted average - Calcula a média de iluminação do quadro, mas prioriza a luz presente no centro (média ponderada). Fotômetro externo - Essa medição pode ser, também, realizada por equipamentos profi ssionais dedicados, que só são úteis para fotografi a profi ssional. A precisão da leitura de um fotômetro resulta na qualidade do registro. Controles básicos da exposição As máquinas fotográfi cas mais avançadas contam com, pelo menos, três recursos essenciais a uma boa fotografi a (diafragma ou íris, corƟ na do obturador, ajuste de sensibilidade), como forma de ajuste da exposição do fi lme ou do sensor à luz. Por razões econômicas ou de desenho, alguns equipamentos são construídos com um ou mais desses ajustes com valores medianos fi xos. Ou seja, ao invés de contarem com conjuntos eletromecânicos de alta precisão, subsƟ tuem por circuitos eletrônicos que simulam os seus funcionamentos (por exemplo aparelhos celulares), de forma limitada, ou mesmo não oferecem qualquer ajuste (por exemplo câmeras descartáveis, populares ou falsifi cadas), tendo suas funções básicas fi xadas em valores medianos. Nesses casos, a qualidade fi nal da exposição à luz fi ca limitada às condições às quais esses equipamentos foram pré-programados, não havendo como o fotógrafo interagir com a exposição. DisposiƟ vos manuais de exposição Estes disposiƟ vos quase não são encontrados em câmeras digitais, em celulares e tablets então é que não encontramos nenhum destescontroles, algumas maquinas digitais profi ssionais vem com estes controles e as maquinas mais anƟ gas profi ssionais e semiprofi ssionais. CorƟ na do obturador Obturador é o nome dado a uma pequena “janela” dentro da câmera, que funciona basicamente abrindo no momento do disparo para capturar a luz que passa pela lente. O tempo que o obturador passa aberto é chamado de tempo de exposição ou velocidade de obturação, ou seja, o tempo de exposição do fi lme (câmeras analógicas) ou do sensor (câmeras digitais), e a variação deste tempo determina a quanƟ dade de luz que será capturada para a fotografi a, quanto mais tempo aberto, mais luz é capturada, quanto menos tempo aberto, menos luz é capturada. A medida da velocidade do obturador é dada em frações de segundos: 1, ½, ¼, 1/250, etc, porém são costumeiramente tratadas como velocidade 60 (referente a 1/60) ou velocidade 100 (referente a 1/100) e assim sucessivamente. O obturador é uma corƟ na que protege o sensor da câmera, abrindo somente no momento em que o disparador é acionado, para captar a luz. Ele fi ca atrás do diafragma, só que não na lente e sim no corpo da câmera. A velocidade do obturador (“ShuƩ er”) é uma das variantes mais uƟ lizadas para alterar o resultado fi nal da foto. O tempo de abertura do obturador deve ser combinado com a abertura do Diafragma e com o valor do ISO para que a foto não venha a “estourar” (superexposta), ou para não fi car escura demais (sub exposta). A velocidade o obturador é considerado baixa quando vai de 1 até 30, média de 60 até 250 e alta de 500 até 8.000. Nas câmeras digitais SLR (ou câmeras Refl ex) são encontrados dois obturadores, o obturador mecânico e o obturador eletrônico. O obturador eletrônico serve para acionar o sensor digital da câmera, e reage mais rapidamente, sendo capaz de alcançar velocidades muito maiores. Ele vem acoplado a um obturador mecânico. O obturador mecânico, também conhecido como obturador plano focal, é quem determina o tempo de exposição de acordo com a confi guração que o fotógrafo determinar, ele pode ser de lâminas de metal ou de corƟ na. Geralmente, nas câmeras compactas encontramos um obturador eletrônico, enquanto que o de lâminas de metal é uƟ lizado mais comumente nas digitais SLR. Além destes, temos também o raro obturador central, encontrado em câmeras fotográfi cas médias, este é composto por lamelas giratórias, que abrem e fecham de acordo com a confi guração determinada pelo fotógrafo. Ele é bem mais preciso que os outros, permiƟ ndo ao fotógrafo sincronizá-lo com o fl ash de alta velocidade. Ajuste de velocidade do obturador Regula a tempo, em frações de segundos, em que a película ou o sensor será exposto à luz. Quanto maior o número de Velocidade, mais rápida será a exposição. Escala geral: 2”, 1”, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000. Velocidades altas, “congelam” a cena. Velocidades baixas, borram os pontos com movimento (Usar tripé). Fotos em longa exposição São fotos registradas a velocidades extremamente baixas, capturadas com tripé e propulsor ou com Timer, para cenas com pouca iluminação (paisagens noturnas) ou quando se pretende enfaƟ zar o movimento. Esta velocidade mencionada é do tempo em que a imagem vai fi car exposta ao sensor, obturador e diafragma que fazem aberturas muito rápidas captam a imagem com muita luminosidade, já as com pouca luz devem fi car mais tempo expostas para captar a pouca luz. Este tempo parece muito curto para nós mas são rápidos e geralmente não percebemos a diferença. Diafragma ou iris Diafragma Fotográfi co é um disposiƟ vo existente dentro da lente objeƟ va, e que tem a função de regular a abertura da câmera, ou seja, de aumentar ou diminuir a abertura, fazendo assim com que passe mais ou menos luz através da lente. O diafragma é composto por várias lâminas, como mostra a fi gura abaixo: O fechamento destas lâminas permite regular a entrada luz, e alterar assim a intensidade da luz que será capturada na fotografi a. A representação da abertura do Diafragma é dada pela letra F (“f-stop”) acompanhada de um número que indica a medida do diâmetro desde a abertura até a borda da lente. Sendo assim, quanto mais aberto o diafragma esƟ ver, menor será este número, e quanto mais fechado o diafragma esƟ ver, maior será este número. O Diafragma trabalha em unidade com o obturador da câmera. Quanto menor a abertura do Diafragma, mais tempo o obturador passará aberto para capturar a foto, e vice-versa. De um modo geral, quanto mais aberto o diafragma esƟ ver, mais rápido poderá ser feito o disparo, ou seja, mais rápido o obturador poderá abrir e fechar. Dependendo da sua intenção na foto, esta lógica pode ser quebrada propositalmente para se adquirir o efeito desejado. Alguns chamam o diafragma de íris da lente, por ser semelhante a um olho humano. Outra função importante do Diafragma é controlar a profundidade de campo. Relação ópƟ ca do diafragma: Quanto mais aberto, menor profundidade de campo, ou seja, a região em foco limita-se ao plano de foco, borrando os elementos anteriores e posteriores deste plano focal. O foco, nesta situação de lente muito aberta, fi ca muito críƟ co. À medida em que se fecha o íris ou diafragma, a profundidade de campo em foco aumenta proporcionalmente. Vale ressaltar que a arte fotográfi ca depende, em muito, desse conceito. Uma boa composição fotográfi ca pode ser conseguida na delimitação das áreas em foco, como meio de guiar o olhar do expectador para o assunto que o fotógrafo deseja que seja percebido. Sensibilidade Calibra a leitura do fotômetro (disposiƟ vo que mensura a quanƟ dade de luz do ambiente), em função da sensibilidade à luz desejada. Em câmeras convencionais que usam fi lmes fotográfi cos, a sensibilidade é defi nida em ASA ou ISO e depende da quanƟ dade de prata que foi aplicada neles durante a fabricação. Já no caso de equipamentos digitais, trata-se de um ajuste eletrônico que regula o quanto sensível à luz fi cará o sensor. Quanto maior a sensibilidade à luz (porque mais sais de prata há nos fi lmes ou mais forçados serão os circuitos eletrônicos), menos luz precisará para o registro da imagem e, em compensação, mais “granulada” fi cará a imagem (porque sais de prata não são translúcidos e o excesso de sensibilidade, ajustado eletronicamente, gera ruídos). Escala geral: ..., 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1600... Algumas câmeras convencionais recentes, que fazem uso de fi lmes fotográfi cos, eram dotadas com um sistema de leitura de ASA (ou ISO) automáƟ co, chamado de sistema DX. As bobinas dos fi lmes fotográfi cos 135 possuíam um Ɵ po de código de barras, com informações da quanƟ dade de chapas e da sensibilidade do fi lme. Em que situações devo alterar o ISO? Imagina que queres Ɵ rar uma fotografi a numa situação com pouca luz. Sem a possibilidade de alterar o ISO apenas terias 3 soluções (cada uma com as suas desvantagens) para permiƟ r a entrada de mais luz: ● Aumentar a abertura da lente (diminui a profundidade de campo e só pode ser aberta até ao valor máximo permiƟ do pela lente); ● Diminuir a velocidade do obturador (com baixas velocidades os objetos fi cam “tremidos”); ● Usar um fl ash (a imagem fi ca menos natural e em alguns locais não é permiƟ do como museus e bibliotecas). Se não pudermos usar nenhuma das soluções acima, a solução é aumentar o ISO, permiƟ ndo ao sensor gravar mais luz no mesmo espaço de tempo. Em termos práƟ cos, para duplicar a quanƟ dade de luz captada numa foto sem alterar a combinação velocidade/abertura, basta duplicar o valor do ISO. Como em quase tudo na vida, também o ISO alto tem um lado negaƟ vo - o ruído. Ao aumentarmos a sensibilidade do sensor à luz, também estamos a amplifi car o ruído eléctrico. Para uma boa foto tente uƟ lizara relação abaixo: DisposiƟ vos automáƟ cos Notem que, nas ilustrações anteriores, por questões econômicas e/ou de desenho, cada câmera possui uma localização própria dessas funções, bem como de quais recursos estão disponíveis. Conforme um disco de modo genérico, podemos descrever os modos mais comuns em uma máquina fotográfi ca digital. Basicamente existem 4 modos de disparo: Manual, Semi Manual, AutomáƟ co e Programados. Eles podem ser encontrados no disco de modo e selecionados com um simples giro. Manual Ele é normalmente indicado pela letra “M” e nele o usuário tem total liberdade de parametrizar todos os ajustes da câmera. Fica claro que é necessário um conhecimento razoável de fotografi a para usar esse modo, pois você precisará ajustar o ISO, velocidade, balanço de branco, abertura, fazer fotometria correta e etc. Vale lembrar que o modo manual “puro” é mais comum nas DSLR porque algumas compactas, mesmo possuindo o modo manual, permitem apenas confi gurar ISO ou balanços de bancos, contudo muitos outros ajustes são feitos pela câmera. AutomáƟ co Esse modo pode ter outros nomes como “auto”, “smart” e etc e normalmente vem destacado dos outros modos pela cor verde ou azul. Pode-se dizer que o modo automáƟ co é o oposto do modo manual, ou seja, a câmera defi ne todos os parâmetros e você apenas aperta do botão disparador. A câmera enxerga o ambiente e faz todos os cálculos sozinha. Um soŌ ware fazendo isso não é tão perfeito quanto um humano, por isso modo automáƟ co não tem a mesma precisão que o modo manual. A vantagem é que você não precisa pensar em nada, apenas fazer o clique. Semi manuais Caso não tenha confi ança no modo manual nem queira que a câmera ajuste tudo, você pode usar os modos semi manuais. Com eles você pode parametrizar uma função que a câmera acerta o outro para você! Normalmente eles são indicados pelas letras “A” (ou “Av”), “S” (ou “Tv”) e “P”. A prioridade de abertura, indicada pelo “A”, você controla o quanto o diafragma se abrirá e a câmera controlará o tempo de exposição. Dessa forma você pode controlar a profundidade de campo que interfere no foco da câmera. Use esse modo quando você quiser controlar a profundidade de campo para mostrar detalhes ou a cena toda. Em alguns momentos, será preciso uma velocidade muito pequena, com o tempo de exposição grande demais, por isso use um tripé, se quiser a foto níƟ da. A prioridade de velocidade, indicada pelo “S”, você controla a velocidade do obturador e a câmera controlará a abertura. Esse modo é legal se você quiser registrar movimentos, pois eles exigem velocidades acima de 1/2500 fazendo que as fotos fi quem níƟ das. O modo P seria um automáƟ co com algumas possibilidades de intervenção do fotógrafo. A câmera escolhe a velocidade do obturador e a abertura do diafragma, mas permite que você ajuste o seu ISO, balanço de branco, compensação de exposição e escolha o Ɵ po do arquivo que você vai uƟ liza (JPEG ou RAW). Muitos professores de fotografi a dizem que este é um modo intermediário para quem quer sair do automáƟ co e migrar lentamente para o modo manual. Pré-programados Aqui nós temos modos que são pré-programados, ou seja, eles são específi cos para cada situação. Falaremos de alguns porque eles podem variar muito entre os modelos e fabricantes e são eles: Macro Indicado pelo símbolo de uma fl or, o modo macro é um grande queridinho da maioria dos fotógrafos porque confere um visual bonito às fotos focando o primeiro plano e desfocando o segundo dando destaques aos detalhes. Ele é muito usado para fl ores e insetos pequenos e como prioriza a abertura a sua lente precisa conseguir fazer fotos a poucas distâncias. Pode-se usar zoom. Retrato Como o próprio nome diz, esse modo deve ser usado para fazer retratos porque oƟ miza os resultados de cores e niƟ dez. Óbvio que você pode usar esses modos fora do objeƟ vo para o qual eles foram feitos, seja criaƟ vo! Ele é simbolizado por um rosto feminino de perfi l e deve ser usado para qualquer objeto que seja grande demais para o modo macro. Esportes Esse modo é o oposto do macro, ou seja, ele prioriza a velocidade exatamente porque em situações de esportes sempre há velocidade e para uma imagem níƟ da a velocidade tem que ser alta. Você pode usar o modo esporte para fazer fotos de crianças serelepes ou animais. Ele é representado pelo símbolo de uma pessoa correndo. Paisagem Está com uma bela paisagem na sua frente? Então selecione o modo que é simbolizado por duas montanhas que faça o clique. A câmera, neste modo de disparo, faz exatamente o contrário do que acontece no “macro”, ela ajusta a abertura do obturador para uma profundidade de campo grande e focar a maior área possível na fotografi a. Por usar uma abertura pequena em alguns ambientes pode ser preciso usar um tripé, pois a velocidade de disparo será muito pequena, resultando em mais tempo de exposição. Noturno Simbolizado pelo desenho de uma lua, muitas pessoas reclamam desse modo porque dizem que as fotos fi cam tremidas. Bom… isso acontece porque a câmera vai ajustar a exposição para em tempo grande e se a câmera não esƟ ver apoiada em algum lugar é bem provável que a foto fi que mesmo tremida. Portanto, ao fotografar no modo “noturno”, procure sempre usar um tripé ou apoio. Pode-se usar o fl ash para diminuir o tempo de exposição, mas você terá que lidar com o realce das imperfeições da pele ou a falta de profundidade de campo que o fl ash pode gerar, além do problema de clarear o primeiro plano e escurecer o segundo. A regulagem de fl ash para sincronismo lento pode resolver em parte a parte de clarear o primeiro plano e escurecer o segundo, vai depender também da distância do segundo plano, se esƟ ver muito longe não vai conseguir clarear. Compensação ou back light PraƟ camente, todos os recursos automáƟ cos falham, por mais precisos que sejam os sensores de distância e de fotometria. Isso ocorre porque, na verdade, a câmera, por mais que seu programa se esforce, não sabe, exatamente, qual é o objeƟ vo do fotógrafo. Em composições com predominância de cores escuras, caso o fotógrafo queira registrar um pequeno objeto claro, haverá a tendência de “estourar” a luz no objeto, porque o sistema automáƟ co da câmera tentará clarear o restante da composição (que preenche a maioria do quadro). De forma análoga, objetos dispostos diante de uma forte contraluz, a câmera tenderá cortar o excesso de claridade do fundo, deixando o objeto principal ainda mais escuro, conforme se pode notar na foto a esquerda. Para corrigir essas aberrações de interpretação em situações críƟ cas, algumas câmeras contam com recursos especiais, como Anel de Compensação (presente em equipamentos mais avançados, que, geralmente, permite correções de +2 a –2 pontos de correção) ou com a função Back Light (que, geralmente, aumenta em 2 pontos a exposição para situações de contra luz), conforme se pode ver o resultado na foto à direita. Fotografi a com fl ash Nem sempre o fl ash precisa ser a luz principal e única de uma cena. Mesmo numa praia ensolarada, o uso do fl ash pode ser muito úƟ l para correção de sombras muito duras. A luz do fl ash, portanto, pode e deve ser usada como luz de enchimento ou de correção de sombras, para conseguirmos detalhar relevos e texturas ocultas pela sombra. Explore a iluminação ambiente interna, à noite, abaixando a velocidade até que consiga segurar a câmera sem tremer e explore diafragmas e rajadas de fl ash mais brandas, para registrar toda a cena, evitando que o fundo fi que escuro demais. Em capítulos anteriores quando falamos de fl ash como acessório também detalhamos alguns pormenores. Preste atenção a todos eles. MulƟexposição Para quem não quer usar um editor de fotos, como o Adobe Photoshop, há algumas câmeras profi ssionais convencionais (fi lmes) que contam com recurso de mulƟ exposição. Consiste em um recurso que, ao sensibilizar a película, a câmera não avança o fi lme para a próxima chapa, até que o programa termine, permiƟ ndo que, uma mesma chapa seja sensibilizada mais de uma vez. Para tal recurso, demanda-se muita habilidade do fotógrafo e de conhecimento técnico, para que partes da composição não saiam “veladas”. Para que você faça fotos assim procure estudar mais e praƟ car muito. Dicas Rápidas: Para diminuir a profundidade de campo: Use a objeƟ va com distância focal acima de 70mm e/ou Abra o DIAFRAGMA até conseguir a profundidade desejada, compensando com o aumento da VELOCIDADE. Para congelar a cena: Aumente a VELOCIDADE, compensando com a abertura do DIAFRAGMA. Para diminuir distorções na imagem: Use objeƟ va com distância focal acima de 70mm. Para capturar cenas sem tremidos: Use sempre um tripé em baixas exposições ou quando esƟ ver usando uma teleobjeƟ va ou com zoom muito puxado. 2.3 Zoom Zoom e perspecƟ va Imagine que você vai fotografar algo, e no fundo da cena existe qualquer outro objeto. Você se coloca próximo ao que deseja fotografar e bate a foto sem usar o zoom. A distância aparente entre os dois objetos presentes na imagem, nesse caso, é semelhante a real, já que não houve alteração de ângulo. Mas digamos que você não pode se aproximar tanto daquilo que deseja fotografar, e precisa uƟ lizar o recurso do zoom. O que a câmera faz é fechar o ângulo de visão para se aproximar do que esƟ ver mais perto, e isso faz com que a distância aparente entre os dois objetos seja drasƟ camente diminuída, parecendo que eles foram realmente aproximados. Veja isso na práƟ ca na foto ao lado: Zoom óƟ co X zoom digital O zoom óƟ co não prejudica a qualidade da imagem, já que ele é feito de maneira “analógica”, ou seja, aquilo que está sendo mostrado é exatamente o que a lente está enxergando. Já o zoom digital é feito quando a capacidade óƟ ca se esgota, e é preciso ainda mais aproximação. O que ele faz é igual a dar o zoom em uma imagem no computador. Isto é, ele aproxima a imagem arƟ fi cialmente através de processos do sensor. A lente enxerga um cenário e o sensor aproxima esse cenário, “esƟ cando” a imagem. Não existe a possibilidade de manter a qualidade da imagem quando se está usando esse Ɵ po de recurso. No exemplo acima, é possível ver a diferença, bem marcante, entre os Ɵ pos de zoom. Portanto, quando você for comprar uma câmera nova e o vendedor falar que ela tem 3x de zoom óƟ co e 10x de zoom digital, não se deixe enganar! A aproximação real é apenas de três vezes, o resto é processamento do sensor e não resultará em imagens com qualidade. Exercício: Explore todas as funções automáƟ cas e manuais presentes na sua câmera, registrando fotos de teste, uƟ lize também o zoom para aproximar objetos, e eleja as que mais gostou, e jusƟ fi que a resposta.
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