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APOSTILA SEMANA 02 FOTOGRAFIA

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FOTOGRAFIA
2ª Semana
MARCELO ALUISIO
MAIO/2017
SEMANA 2
2.1 Registro da fotografi a 
A palavra fotografi a deriva do grego Photo (luz), acrescido de 
Graphos (escrita ou desenho). Atualmente, fotografi as podem 
ser registradas por meio de fi lmes ou papéis fotossensíveis 
(equipamentos convencionais) ou por sensores de imagem 
(equipamentos digitais).
O Filme Fotográfi co
O fi lme negaƟ vo fotográfi co em cores é composto, basicamente, 
por uma base plásƟ ca transparente e de três películas sensíveis à 
cada uma das cores primárias, compostas de emulsões à base de 
sais de prata (virgem), como elemento fotossensível, e de gelaƟ na, 
como veículo. 
 
Cada uma dessas películas possui camadas com corantes com 
as cores primárias negaƟ vas, que atuam como fi ltros. Só passam 
pelos fi ltros as informações de cores diferentes da cor do mesmo. 
Portanto, cada uma das camadas só registra nuances cromáƟ cas 
de cores semelhantes à mesma.
O Sensor Digital
Nas câmeras digitais, no lugar do fi lme fotográfi co, há um ou mais 
sensores de captação de imagens do Ɵ po CCD (Charged Couped 
Device) ou CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor).
No caso do CCD, cada célula forma um ponto (pixel) sensibilizado 
analogicamente, cujo valor é mensurado e converƟ do para sinal 
digital. A imagem fi nal é composta, portanto, pelo conjunto desses 
valores e de outros atributos extras necessários à formação do 
arquivo. Já o CMOS é composto por vários transistores para cada 
pixel que amplifi cam e movem a carga por fi os condutores. Como 
o sinal já é digital, dispensa a conversão e, com efeito, permite 
captações mais rápidas (refresh Ɵ me). Assim como ocorre com os 
fi lmes fotográfi cos, também, há fi ltros de cores para captação das 
cores (em RGB, RGBK etc).
 
Codifi cação Analógico > Digital
Como apresentado antes, no caso da captação por CCD há a 
necessidade de digitalização da imagem. Cada pixel é formado, 
basicamente, pelos valores analógicos de cada uma das cores 
(normalmente pelo RGB). Esses valores são digitalizados, de sorte 
a amostrar milhões de possibilidades de cores, são agrupados e, 
por fi m, recebem os cabeçalhos e rabichos de fechamento dos 
arquivos digitais, formando o arquivo fi nal, sem compressão.
Compressão JPEG
Arquivos de imagem, ou Ɵ po raster, demandam grandes 
quanƟ dades de memória para amostragem e formação do 
conjunto de pixels. Para diminuir o tamanho da informação, em 
bytes, usa-se algoritmos de compressão, sendo o JPEG um dos 
mais usados, por causa da qualidade fi nal dos arquivos e do alto 
poder de compressão. Vide no diagrama abaixo, o esquema de 
compressão e descompressão JPEG. A compressão, como visto, se 
faz necessária para poder armazenar mais fotos nos disposiƟ vos 
de armazenamento (principalmente cartão de memória).
 
Existem uma serie de formulas e algoritmos que são usados em 
cada etapa da compressão de imagens, estes algoritmos são cada 
vez mais complexos para que a fotografi a fi que com tamanhos 
compaơ veis com os disposiƟ vos de armazenamento.
AnƟ Aliasing
Como o formato original do pixel é quadrado, as imagens digitais 
formadas tendem a “serrilhar” os detalhes fi nos. A solução para 
disfarçar esse efeito indesejado foi em inserir pixels com valores 
intermediários nos contornos dos detalhes, formando uma escala 
em degrade.
Convencional x Digital
Fotógrafos mais conservadores ainda defendem a qualidade da 
fotografi a convencional como superior, tal como ocorre, ainda, 
com outros profi ssionais ao preferirem a fotografi a em preto & 
branco. Na verdade, se levarmos em conta uma mesma resolução 
e ópƟ ca, a fotografi a digital (1:4000 = 12 pontos de f) possui 
uma faixa dinâmica bem maior do que a convencional (1:32 = 5 
pontos f), conforme se pode observar na tabela abaixo, segundo a 
PMA (Photo MarkeƟ ng AssociaƟ on). Essa vantagem para o digital 
permite captações com detalhamento mais fi no, com sombras 
bem mais suaves e menos contrastadas, capazes de amostrar 
detalhes antes ocultados pela fotografi a em cores tradicional.
Exercício: Fazer 3 fotografi as com uma mesma câmera digital e de 
um mesmo assunto e ângulo, explorando 3 níveis de compressão 
disƟ ntos. Compararem os resultados obƟ dos.
2.2 Os DisposiƟ vos de Exposição
Foco manual
Pode ser feito com o auxílio de Telêmetro de Imagem ParƟ da ou 
de Micro prismas, que é um recurso ópƟ co presente em algumas 
câmeras profi ssionais e pouco usado, hoje em dia, por ter sido 
subsƟ tuído por sistemas eletrônicos de focalização automáƟ ca 
mais efi cientes. Mesmo com as câmeras digitais ainda há nas 
profi ssionais o uso de foco manual, mas principalmente em 
ambiente controlado, imagine em uma festa onde a pessoa a ser 
fotografada está dançando ou andando e parando a distancias 
variadas, tanto o foco quanto o fl ash no automáƟ co trazem uma 
qualidade e praƟ cidade superior, mas em um estúdio onde todo o 
ambiente é controlado, pode-se controlar o foco de forma manual 
para diversos efeitos, além é claro da iluminação.
Foco automáƟ co
Atualmente, são várias as tecnologias de medição de distância, 
para ajuste de foco, tais como por emissão de raios infravermelhos, 
ultrassônicos etc. São recursos bem desenvolvidos e confi áveis. 
Algumas câmeras contam com algoritmos inteligentes, capazes de 
prever onde (a distância focal) um dado objeto em movimento 
estará no momento do registro.
Fotometria
É o ato de medir a quanƟ dade de luz, de sorte a informar quais 
os números de diafragma e de velocidade do obturador são 
indicados para o registro da imagem. A fotometria é realizada pelo 
FOTÔMETRO (interno), ao se pressionar levemente (na maioria 
das câmeras) o botão do obturador (disparo). Os resultados da 
medição dependerão da sensibilidade de ISO ajustada.
Há equipamentos que permitem a confi guração do sistema de 
fotometria em: 
● EvaluaƟ ve - É o modo mais inteligente presente em câmeras 
avançadas, que avalia vários pontos no quadro, para analisar o 
objeto principal, a iluminação de frente e de fundo, brilho etc., 
para, então, defi nir quais regulagens de diafragma e velocidade 
deve-se usar, em função do programa defi nido pelo fotógrafo (P, 
Green Zone, Av, Tv etc.); 
● Spot (pontual) - Analisa apenas um ponto central do quadro, 
ignorando as demais áreas; 
● ParƟ al - É como o SPOT, só que mede uma área maior ao 
centro (+- 9% da área); 
● Center-weighted average - Calcula a média de iluminação do 
quadro, mas prioriza a luz presente no centro (média ponderada).
Fotômetro externo - Essa medição pode ser, também, realizada 
por equipamentos profi ssionais dedicados, que só são úteis para 
fotografi a profi ssional. A precisão da leitura de um fotômetro 
resulta na qualidade do registro.
Controles básicos da exposição 
As máquinas fotográfi cas mais avançadas contam com, pelo 
menos, três recursos essenciais a uma boa fotografi a (diafragma 
ou íris, corƟ na do obturador, ajuste de sensibilidade), como forma 
de ajuste da exposição do fi lme ou do sensor à luz. Por razões 
econômicas ou de desenho, alguns equipamentos são construídos 
com um ou mais desses ajustes com valores medianos fi xos. Ou 
seja, ao invés de contarem com conjuntos eletromecânicos de 
alta precisão, subsƟ tuem por circuitos eletrônicos que simulam 
os seus funcionamentos (por exemplo aparelhos celulares), de 
forma limitada, ou mesmo não oferecem qualquer ajuste (por 
exemplo câmeras descartáveis, populares ou falsifi cadas), tendo 
suas funções básicas fi xadas em valores medianos.
Nesses casos, a qualidade fi nal da exposição à luz fi ca limitada às 
condições às quais esses equipamentos foram pré-programados, 
não havendo como o fotógrafo interagir com a exposição.
DisposiƟ vos manuais de exposição
Estes disposiƟ vos quase não são encontrados em câmeras digitais, 
em celulares e tablets então é que não encontramos nenhum 
destescontroles, algumas maquinas digitais profi ssionais vem 
com estes controles e as maquinas mais anƟ gas profi ssionais e 
semiprofi ssionais.
CorƟ na do obturador
Obturador é o nome dado a uma pequena “janela” dentro da 
câmera, que funciona basicamente abrindo no momento do 
disparo para capturar a luz que passa pela lente. O tempo que 
o obturador passa aberto é chamado de tempo de exposição ou 
velocidade de obturação, ou seja, o tempo de exposição do fi lme 
(câmeras analógicas) ou do sensor (câmeras digitais), e a variação 
deste tempo determina a quanƟ dade de luz que será capturada 
para a fotografi a, quanto mais tempo aberto, mais luz é capturada, 
quanto menos tempo aberto, menos luz é capturada. A medida 
da velocidade do obturador é dada em frações de segundos: 1, 
½, ¼, 1/250, etc, porém são costumeiramente tratadas como 
velocidade 60 (referente a 1/60) ou velocidade 100 (referente a 
1/100) e assim sucessivamente.
O obturador é uma corƟ na que protege o sensor da câmera, 
abrindo somente no momento em que o disparador é acionado, 
para captar a luz. Ele fi ca atrás do diafragma, só que não na lente 
e sim no corpo da câmera. A velocidade do obturador (“ShuƩ er”) 
é uma das variantes mais uƟ lizadas para alterar o resultado fi nal 
da foto.
O tempo de abertura do obturador deve ser combinado com 
a abertura do Diafragma e com o valor do ISO para que a foto 
não venha a “estourar” (superexposta), ou para não fi car escura 
demais (sub exposta).
A velocidade o obturador é considerado baixa quando vai de 1 até 
30, média de 60 até 250 e alta de 500 até 8.000.
Nas câmeras digitais SLR (ou câmeras Refl ex) são encontrados dois 
obturadores, o obturador mecânico e o obturador eletrônico.
O obturador eletrônico serve para acionar o sensor digital da 
câmera, e reage mais rapidamente, sendo capaz de alcançar 
velocidades muito maiores. Ele vem acoplado a um obturador 
mecânico.
O obturador mecânico, também conhecido como obturador plano 
focal, é quem determina o tempo de exposição de acordo com a 
confi guração que o fotógrafo determinar, ele pode ser de lâminas 
de metal ou de corƟ na.
Geralmente, nas câmeras compactas encontramos um obturador 
eletrônico, enquanto que o de lâminas de metal é uƟ lizado mais 
comumente nas digitais SLR.
Além destes, temos também o raro obturador central, encontrado 
em câmeras fotográfi cas médias, este é composto por lamelas 
giratórias, que abrem e fecham de acordo com a confi guração 
determinada pelo fotógrafo. Ele é bem mais preciso que os 
outros, permiƟ ndo ao fotógrafo sincronizá-lo com o fl ash de alta 
velocidade.
Ajuste de velocidade do obturador 
Regula a tempo, em frações de segundos, em que a película ou o 
sensor será exposto à luz. Quanto maior o número de Velocidade, 
mais rápida será a exposição. Escala geral: 2”, 1”, 2, 4, 8, 15, 30, 
60, 125, 250, 500, 1000, 2000. Velocidades altas, “congelam” a 
cena. Velocidades baixas, borram os pontos com movimento (Usar 
tripé).
 
Fotos em longa exposição
São fotos registradas a velocidades extremamente baixas, 
capturadas com tripé e propulsor ou com Timer, para cenas com 
pouca iluminação (paisagens noturnas) ou quando se pretende 
enfaƟ zar o movimento. Esta velocidade mencionada é do tempo 
em que a imagem vai fi car exposta ao sensor, obturador e 
diafragma que fazem aberturas muito rápidas captam a imagem 
com muita luminosidade, já as com pouca luz devem fi car mais 
tempo expostas para captar a pouca luz. Este tempo parece muito 
curto para nós mas são rápidos e geralmente não percebemos a 
diferença.
Diafragma ou iris 
Diafragma Fotográfi co é um disposiƟ vo existente dentro da lente 
objeƟ va, e que tem a função de regular a abertura da câmera, ou 
seja, de aumentar ou diminuir a abertura, fazendo assim com que 
passe mais ou menos luz através da lente.
O diafragma é composto por várias lâminas, como mostra a fi gura 
abaixo:
 
O fechamento destas lâminas permite regular a entrada luz, e 
alterar assim a intensidade da luz que será capturada na fotografi a. 
A representação da abertura do Diafragma é dada pela letra F 
(“f-stop”) acompanhada de um número que indica a medida do 
diâmetro desde a abertura até a borda da lente. Sendo assim, 
quanto mais aberto o diafragma esƟ ver, menor será este número, e 
quanto mais fechado o diafragma esƟ ver, maior será este número.
O Diafragma trabalha em unidade com o obturador da câmera. 
Quanto menor a abertura do Diafragma, mais tempo o obturador 
passará aberto para capturar a foto, e vice-versa. De um modo 
geral, quanto mais aberto o diafragma esƟ ver, mais rápido poderá 
ser feito o disparo, ou seja, mais rápido o obturador poderá abrir 
e fechar. Dependendo da sua intenção na foto, esta lógica pode 
ser quebrada propositalmente para se adquirir o efeito desejado.
Alguns chamam o diafragma de íris da lente, por ser semelhante 
a um olho humano. Outra função importante do Diafragma é 
controlar a profundidade de campo.
Relação ópƟ ca do diafragma: Quanto mais aberto, menor 
profundidade de campo, ou seja, a região em foco limita-se ao 
plano de foco, borrando os elementos anteriores e posteriores 
deste plano focal. O foco, nesta situação de lente muito aberta, 
fi ca muito críƟ co. À medida em que se fecha o íris ou diafragma, 
a profundidade de campo em foco aumenta proporcionalmente. 
Vale ressaltar que a arte fotográfi ca depende, em muito, desse 
conceito. Uma boa composição fotográfi ca pode ser conseguida 
na delimitação das áreas em foco, como meio de guiar o olhar 
do expectador para o assunto que o fotógrafo deseja que seja 
percebido.
Sensibilidade 
Calibra a leitura do fotômetro (disposiƟ vo que mensura a 
quanƟ dade de luz do ambiente), em função da sensibilidade à luz 
desejada. Em câmeras convencionais que usam fi lmes fotográfi cos, 
a sensibilidade é defi nida em ASA ou ISO e depende da quanƟ dade 
de prata que foi aplicada neles durante a fabricação. Já no caso 
de equipamentos digitais, trata-se de um ajuste eletrônico que 
regula o quanto sensível à luz fi cará o sensor. Quanto maior a 
sensibilidade à luz (porque mais sais de prata há nos fi lmes ou 
mais forçados serão os circuitos eletrônicos), menos luz precisará 
para o registro da imagem e, em compensação, mais “granulada” 
fi cará a imagem (porque sais de prata não são translúcidos e o 
excesso de sensibilidade, ajustado eletronicamente, gera ruídos). 
Escala geral: ..., 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1600... 
Algumas câmeras convencionais recentes, que fazem uso de fi lmes 
fotográfi cos, eram dotadas com um sistema de leitura de ASA (ou 
ISO) automáƟ co, chamado de sistema DX. As bobinas dos fi lmes 
fotográfi cos 135 possuíam um Ɵ po de código de barras, com 
informações da quanƟ dade de chapas e da sensibilidade do fi lme.
 
Em que situações devo alterar o ISO?
Imagina que queres Ɵ rar uma fotografi a numa situação com pouca 
luz. Sem a possibilidade de alterar o ISO apenas terias 3 soluções 
(cada uma com as suas desvantagens) para permiƟ r a entrada de 
mais luz:
● Aumentar a abertura da lente (diminui a profundidade de 
campo e só pode ser aberta até ao valor máximo permiƟ do pela 
lente);
● Diminuir a velocidade do obturador (com baixas velocidades 
os objetos fi cam “tremidos”);
● Usar um fl ash (a imagem fi ca menos natural e em alguns 
locais não é permiƟ do como museus e bibliotecas).
Se não pudermos usar nenhuma das soluções acima, a solução é 
aumentar o ISO, permiƟ ndo ao sensor gravar mais luz no mesmo 
espaço de tempo.
Em termos práƟ cos, para duplicar a quanƟ dade de luz captada 
numa foto sem alterar a combinação velocidade/abertura, basta 
duplicar o valor do ISO.
Como em quase tudo na vida, também o ISO alto tem um lado 
negaƟ vo - o ruído. 
Ao aumentarmos a sensibilidade do sensor à luz, também estamos 
a amplifi car o ruído eléctrico.
Para uma boa foto tente uƟ lizara relação abaixo:
 
DisposiƟ vos automáƟ cos
Notem que, nas ilustrações anteriores, por questões econômicas 
e/ou de desenho, cada câmera possui uma localização própria 
dessas funções, bem como de quais recursos estão disponíveis.
Conforme um disco de modo genérico, podemos descrever os 
modos mais comuns em uma máquina fotográfi ca digital.
 
Basicamente existem 4 modos de disparo: Manual, Semi Manual, 
AutomáƟ co e Programados. Eles podem ser encontrados no disco 
de modo e selecionados com um simples giro.
Manual
Ele é normalmente indicado pela letra 
“M” e nele o usuário tem total liberdade 
de parametrizar todos os ajustes da 
câmera. Fica claro que é necessário um 
conhecimento razoável de fotografi a para 
usar esse modo, pois você precisará ajustar 
o ISO, velocidade, balanço de branco, abertura, fazer fotometria 
correta e etc.
Vale lembrar que o modo manual “puro” é mais comum nas DSLR 
porque algumas compactas, mesmo possuindo o modo manual, 
permitem apenas confi gurar ISO ou balanços de bancos, contudo 
muitos outros ajustes são feitos pela câmera.
AutomáƟ co
Esse modo pode ter outros nomes como 
“auto”, “smart” e etc e normalmente vem 
destacado dos outros modos pela cor 
verde ou azul. Pode-se dizer que o modo 
automáƟ co é o oposto do modo manual, ou 
seja, a câmera defi ne todos os parâmetros 
e você apenas aperta do botão disparador.
A câmera enxerga o ambiente e faz todos os cálculos sozinha. Um 
soŌ ware fazendo isso não é tão perfeito quanto um humano, por 
isso modo automáƟ co não tem a mesma precisão que o modo 
manual. A vantagem é que você não precisa pensar em nada, 
apenas fazer o clique.
Semi manuais
Caso não tenha confi ança no modo manual nem queira que a 
câmera ajuste tudo, você pode usar os modos semi manuais. Com 
eles você pode parametrizar uma função que a câmera acerta o 
outro para você! Normalmente eles são indicados pelas letras “A” 
(ou “Av”), “S” (ou “Tv”) e “P”.
A prioridade de abertura, indicada pelo 
“A”, você controla o quanto o diafragma se 
abrirá e a câmera controlará o tempo de 
exposição. Dessa forma você pode controlar 
a profundidade de campo que interfere no 
foco da câmera. Use esse modo quando você 
quiser controlar a profundidade de campo 
para mostrar detalhes ou a cena toda. Em alguns momentos, será 
preciso uma velocidade muito pequena, com o tempo de exposição 
grande demais, por isso use um tripé, se quiser a foto níƟ da.
A prioridade de velocidade, indicada pelo 
“S”, você controla a velocidade do obturador 
e a câmera controlará a abertura. Esse modo 
é legal se você quiser registrar movimentos, 
pois eles exigem velocidades acima de 
1/2500 fazendo que as fotos fi quem níƟ das.
O modo P seria um automáƟ co com algumas 
possibilidades de intervenção do fotógrafo. 
A câmera escolhe a velocidade do obturador 
e a abertura do diafragma, mas permite que 
você ajuste o seu ISO, balanço de branco, 
compensação de exposição e escolha o Ɵ po do arquivo que você 
vai uƟ liza (JPEG ou RAW).
Muitos professores de fotografi a dizem que este é um modo 
intermediário para quem quer sair do automáƟ co e migrar 
lentamente para o modo manual.
Pré-programados
Aqui nós temos modos que são pré-programados, ou seja, eles 
são específi cos para cada situação. Falaremos de alguns porque 
eles podem variar muito entre os modelos e fabricantes e são eles:
Macro
Indicado pelo símbolo de uma fl or, o modo 
macro é um grande queridinho da maioria 
dos fotógrafos porque confere um visual 
bonito às fotos focando o primeiro plano 
e desfocando o segundo dando destaques 
aos detalhes.
Ele é muito usado para fl ores e insetos pequenos e como prioriza 
a abertura a sua lente precisa conseguir fazer fotos a poucas 
distâncias. Pode-se usar zoom.
Retrato
Como o próprio nome diz, esse modo deve 
ser usado para fazer retratos porque oƟ miza 
os resultados de cores e niƟ dez. Óbvio que 
você pode usar esses modos fora do objeƟ vo 
para o qual eles foram feitos, seja criaƟ vo! 
Ele é simbolizado por um rosto feminino 
de perfi l e deve ser usado para qualquer objeto que seja grande 
demais para o modo macro.
Esportes
Esse modo é o oposto do macro, ou seja, 
ele prioriza a velocidade exatamente 
porque em situações de esportes sempre 
há velocidade e para uma imagem níƟ da 
a velocidade tem que ser alta. Você pode 
usar o modo esporte para fazer fotos de 
crianças serelepes ou animais. Ele é representado pelo símbolo de 
uma pessoa correndo.
Paisagem
Está com uma bela paisagem na sua 
frente? Então selecione o modo que é 
simbolizado por duas montanhas que 
faça o clique. A câmera, neste modo de 
disparo, faz exatamente o contrário do 
que acontece no “macro”, ela ajusta a 
abertura do obturador para uma profundidade de campo grande 
e focar a maior área possível na fotografi a.
Por usar uma abertura pequena em alguns ambientes pode ser 
preciso usar um tripé, pois a velocidade de disparo será muito 
pequena, resultando em mais tempo de exposição.
Noturno
Simbolizado pelo desenho de uma lua, 
muitas pessoas reclamam desse modo 
porque dizem que as fotos fi cam tremidas. 
Bom… isso acontece porque a câmera vai 
ajustar a exposição para em tempo grande 
e se a câmera não esƟ ver apoiada em algum 
lugar é bem provável que a foto fi que mesmo tremida. Portanto, 
ao fotografar no modo “noturno”, procure sempre usar um tripé 
ou apoio.
Pode-se usar o fl ash para diminuir o tempo de exposição, mas você 
terá que lidar com o realce das imperfeições da pele ou a falta de 
profundidade de campo que o fl ash pode gerar, além do problema 
de clarear o primeiro plano e escurecer o segundo.
A regulagem de fl ash para sincronismo lento pode resolver em 
parte a parte de clarear o primeiro plano e escurecer o segundo, 
vai depender também da distância do segundo plano, se esƟ ver 
muito longe não vai conseguir clarear.
Compensação ou back light
PraƟ camente, todos os recursos automáƟ cos falham, por mais 
precisos que sejam os sensores de distância e de fotometria. Isso 
ocorre porque, na verdade, a câmera, por mais que seu programa 
se esforce, não sabe, exatamente, qual é o objeƟ vo do fotógrafo. 
Em composições com predominância de cores escuras, caso 
o fotógrafo queira registrar um pequeno objeto claro, haverá 
a tendência de “estourar” a luz no objeto, porque o sistema 
automáƟ co da câmera tentará clarear o restante da composição 
(que preenche a maioria do quadro). De forma análoga, objetos 
dispostos diante de uma forte contraluz, a câmera tenderá cortar 
o excesso de claridade do fundo, deixando o objeto principal ainda 
mais escuro, conforme se pode notar na foto a esquerda.
 
 
Para corrigir essas aberrações de interpretação em situações críƟ cas, 
algumas câmeras contam com recursos especiais, como Anel de 
Compensação (presente em equipamentos mais avançados, que, 
geralmente, permite correções de +2 a –2 pontos de correção) ou 
com a função Back Light (que, geralmente, aumenta em 2 pontos 
a exposição para situações de contra luz), conforme se pode ver o 
resultado na foto à direita.
Fotografi a com fl ash
Nem sempre o fl ash precisa ser a luz principal e única de uma cena. 
Mesmo numa praia ensolarada, o uso do fl ash pode ser muito úƟ l 
para correção de sombras muito duras. A luz do fl ash, portanto, 
pode e deve ser usada como luz de enchimento ou de correção de 
sombras, para conseguirmos detalhar relevos e texturas ocultas 
pela sombra. Explore a iluminação ambiente interna, à noite, 
abaixando a velocidade até que consiga segurar a câmera sem 
tremer e explore diafragmas e rajadas de fl ash mais brandas, para 
registrar toda a cena, evitando que o fundo fi que escuro demais.
Em capítulos anteriores quando falamos de fl ash como acessório 
também detalhamos alguns pormenores. Preste atenção a todos 
eles.
MulƟexposição 
Para quem não quer usar um editor de fotos, como o Adobe 
Photoshop, há algumas câmeras profi ssionais convencionais 
(fi lmes) que contam com recurso de mulƟ exposição. Consiste em 
um recurso que, ao sensibilizar a película, a câmera não avança 
o fi lme para a próxima chapa, até que o programa termine, 
permiƟ ndo que, uma mesma chapa seja sensibilizada mais de uma 
vez. Para tal recurso, demanda-se muita habilidade do fotógrafo 
e de conhecimento técnico, para que partes da composição não 
saiam “veladas”. Para que você faça fotos assim procure estudar 
mais e praƟ car muito.
Dicas Rápidas: 
Para diminuir a profundidade de campo: 
Use a objeƟ va com distância focal acima de 70mm e/ou Abra o 
DIAFRAGMA até conseguir a profundidade desejada, compensando 
com o aumento da VELOCIDADE. 
Para congelar a cena: 
Aumente a VELOCIDADE, compensando com a abertura do 
DIAFRAGMA. 
Para diminuir distorções na imagem: 
Use objeƟ va com distância focal acima 
de 70mm. 
Para capturar cenas sem tremidos: 
Use sempre um tripé em baixas 
exposições ou quando esƟ ver usando 
uma teleobjeƟ va ou com zoom muito 
puxado.
2.3 Zoom
Zoom e perspecƟ va
Imagine que você vai fotografar algo, e no fundo da cena existe 
qualquer outro objeto. Você se coloca próximo ao que deseja 
fotografar e bate a foto sem usar o zoom. A distância aparente entre 
os dois objetos presentes na imagem, nesse caso, é semelhante a 
real, já que não houve alteração de ângulo.
Mas digamos que você não pode se aproximar tanto daquilo que 
deseja fotografar, e precisa uƟ lizar o recurso do zoom. O que a 
câmera faz é fechar o ângulo de visão para se aproximar do que 
esƟ ver mais perto, e isso faz com que a distância aparente entre 
os dois objetos seja drasƟ camente diminuída, parecendo que eles 
foram realmente aproximados. Veja isso na práƟ ca na foto ao lado: 
Zoom óƟ co X zoom digital
O zoom óƟ co não prejudica 
a qualidade da imagem, já 
que ele é feito de maneira 
“analógica”, ou seja, aquilo 
que está sendo mostrado é 
exatamente o que a lente 
está enxergando. Já o zoom 
digital é feito quando a 
capacidade óƟ ca se esgota, 
e é preciso ainda mais 
aproximação. O que ele faz 
é igual a dar o zoom em uma 
imagem no computador.
Isto é, ele aproxima a imagem 
arƟ fi cialmente através de 
processos do sensor. A lente 
enxerga um cenário e o 
sensor aproxima esse cenário, “esƟ cando” a imagem. Não existe 
a possibilidade de manter a qualidade da imagem quando se está 
usando esse Ɵ po de recurso. No exemplo acima, é possível ver a 
diferença, bem marcante, entre os Ɵ pos de zoom.
Portanto, quando você for comprar uma câmera nova e o vendedor 
falar que ela tem 3x de zoom óƟ co e 10x de zoom digital, não 
se deixe enganar! A aproximação real é apenas de três vezes, o 
resto é processamento do sensor e não resultará em imagens com 
qualidade.
Exercício: Explore todas as funções automáƟ cas e manuais 
presentes na sua câmera, registrando fotos de teste, uƟ lize 
também o zoom para aproximar objetos, e eleja as que mais 
gostou, e jusƟ fi que a resposta.

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