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Uso do Flash

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Prévia do material em texto

Técnicas em 
Equipamentos 
Fotográficos
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Elga Buck
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Uso do Flash
Uso do Flash
• Compreender as ferramentas auxiliares no processo de construção e aproveitamento de luz 
durante a fotografi a em cenas variadas.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• O que traz esse módulo?;
• O que é o flash e quais os tipos principais?;
• Tipos de Flash;
• Como Utilizar o Flash?;
• A Luz do Flash no Modo Manual;
• Fotos Externas Versus Fotos Internas..
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
O Que Traz esse Módulo?
Você já sabe como os equipamentos se comportam durante a absorção de luz 
pelo sensor e conhece uma gama de opções de câmeras e suas qualificações. 
Também já é capaz de compreender o funcionamento desses equipamentos em 
diversos modos de fotografia, o controle do triângulo de exposição e, portanto, está 
preparado para um novo passo: o de realizar fotos com iluminação não natural. 
Neste módulo, você deverá compreender os motivos para o uso de iluminação 
auxiliar bem como as diferenças principais entre o flash interno, da própria câmera 
(embutido ou pop up), bem como o flash externo (dedicado ou portátil).
Enquanto estiver estudando, a cada etapa, esteja sempre com seu equipamento 
consigo e vá testando as mais diversas configurações, pois isso será de fundamental 
auxílio enquanto você assimila a parte teórica. 
A compreensão introdutória sobre iluminação auxiliar trará preparo e segurança 
para você testar novas possibilidades diante das diferentes situações de exposição 
em sua fotografia.
Fotografar é construir imagens através da compreensão da luz refletida pelos assuntos. 
Não somente técnica, mas também curiosidade e ousadia são fundamentais para con-
struir imagens únicas.
Ex
pl
or
O Que é o Flash e Quais os Tipos Principais?
O flash é um recurso de iluminação auxiliar não natural, como seria a luz do sol 
ou da lua, e funciona como um compensador da luz ambiente insuficiente ou um 
construtor de efeitos de sombras, seja a cena externa ou interna. 
Segundo Russo (2016, p. 22):
Nossa percepção do mundo se dá por meio dos sentidos. Entre os quais, 
a visão, amparada pela ação da luz, é a principal responsável por revelar 
a natureza tridimensional da realidade. O meio onde vivemos não é plano, 
mas dotado de medidas, profundidade, extensão. Nada disso existe em 
uma fotografia. O que temos ali é um recorte bidimensional do que há lá 
fora. Porém, ao olharmos uma foto, temos a nítida impressão de tridimen-
sionalidade das coisas impressas naquele pedaço achatado de papel (ou, 
mais comum hoje em dia, na tela plana do computador). Isso porque, em-
bora sofisticado, o olhar (e, por conseguinte, o cérebro) pode ser enganado 
com alguns truques, como a perspectiva (a aparente convergência de linhas 
paralelas no horizonte), a escala (objetos de tamanho igual que parecem 
ter dimensões diferentes conforme a distância entre si), a sobreposição e 
a perspectiva atmosférica (o uso do desfoque e de cores frias para indicar 
UNIDADE Uso do Flash
8
objetos distantes). No entanto, o resultado mais convincente é obtido pelo 
uso do binômio claro-escuro – a diferença tonal provocada pela gradação 
da luz sobre os objetos. Escolhendo a direção da luz de forma a criar som-
bras, garantimos um jogo de claros e escuros que nos permite perceber o 
volume dos objetos e a profundidade dos espaços. É importante destacar 
que, quanto maior a variação tonal – diversidade de tons claros e escuros 
presentes em uma cena –, melhor será a sensação de tridimensionalidade 
da imagem, pois o cérebro terá mais informações para perceber, processar 
e interpretar os efeitos de profundidade e volume.
A luz disparada pelo flash é muito rápida e pulsa em velocidade aproximada de 
1/900 segundos. Essa luz perderá sua intensidade à medida em que atravessar o 
meio até chegar ao destino, por isso, a partir do momento em que é disparada, a 
luz do flash tende a ser menos intensa para assuntos mais distantes do ponto de 
partida do disparo.
Após optar por um dos modos de fotografia (automático, semiautomatico ou 
manual), será feita a medição de luz no ambiente através do fotômetro (externo 
ou embutido na câmera). Se depois de variar e testar todas as possiibilidades de 
combinação no triângulo de exposição ainda assim a fotometria não encontrar um 
equilíbrio para a captura, terá chegado o momento de acionar o flash. Esse auxílio 
também pode ser usado propositalmente equilibrando diversas situações de luz, 
como a sombra que se projeta quando o assunto está de costas para a fonte luninosa.
Sendo assim, você já compreendeu que para regular a entrada de luz em seu 
equipamento você pode: 
1. Utilizar grandes aberturas, permitindo maior entrada de luz;
2. Reduzir a velocidade, expondo o sensor da câmera por mais tempo;
3. Elevar o ISO, ampliando a sensibilidade do sensor à luz ambiente. 
Se, mesmo após testar essas configurações (seja em modo manual ou oções 
da câmera em modos automáticos e semiautomáticos), não for possível fazer 
uma foto de qualidade aceitável, é muito provável que o uso do flash seja uma 
possível solução. 
Lembre-se que nem sempre você terá uma objetiva de grande abertura, com 
números f/1.4 ou f/2, ou, ainda, sua objetiva poderá já estar operando no limite 
de eficiência do diafragma. Haverá, assim, momentos em que não será possível 
trabalhar com velocidades muito baixas, devido ao risco de trepidações, como no 
caso de fotografias de pessoas em movimentação constante. E mais: nem sempre 
haverá condições de trabalhar com ISOs muito elevados, a ponto de perder a foto 
devido ao alto índice de ruídos. 
Portanto, além de compensar a falta de uma adequada iluminação local, o flash 
também pode ser usado de maneira criativa, cosntruindo efeitos em suas fotos, 
como sombras dirigidas, atraentes, dramáticas, dissolvidas, destaques, entre outras 
possibilidades interessantes. Miyagusku (2007, p. 51) ressalta que “o uso de flash é 
9
9
dispensável e até desnecessário em ambientes ao ar livre e com sol, exceto se o as-
sunto a ser fotografado esteja a contraluz e deva aparecer na foto”. Caso contrário, 
fotografias realizadas propositadamenteà luz do pôr do sol ou de silhueta acabam 
por dispensar o uso do flash, como é visto na figura a seguir:
Figura 1 – Embarcação ao pôr do sol. Barra de Cunhaú, 
Pipa (RN). EF 105 mm – 1/4000 seg f /11 ISO 200
Fonte: Acervo do conteudista
Note que a iluminação de baixa intensidade permitiu apontar a objetiva da 
câmera diretamente para o sol. Num momento de luz plena, com o sol intenso, 
não é recomendada essa prática para preservar o sensor. A embarcação está em 
movimento, por isso a velocidade elevada e a possibilidade de redução do ISO, 
mesmo com a abertura em f/11, registrando apenas a silhueta, e não uma imagem 
em alta definição de detalhes . Nesse caso, com o obturador mais lento, o ISO mais 
elevado ou a abertura mais fechada, permitiram mais luz do que o necessário para 
registrar essas silhuetas.
O objetivo dessa imagem não era ver detalhes de cada parte do assunto, e sim 
os contornos formados por esse tipo de iluminação. Por isso, nesse caso, o flash 
é necessariamente dispensável, revelando-se assim apenas as silhuetas de cada 
parte da cena.
Para que esses efeitos sejam usados a seu favor, é importante que você experimente 
as possibilidades ofertadas por seu equipamento e como ele se comporta diante das 
diferentes situações de luz, pois, a cada intensidade e direção do disparo, haverá 
um diferente resultado de sombras:
Comparação entre a luz natural e iluminação de flash e seus diferentes tipos de difusão e sombra.
https://goo.gl/fhz82iEx
pl
or
Use o flash a seu favor, projetando as sombras para reforçar a tridimensionalidade nas imagens.
Ex
pl
or
UNIDADE Uso do Flash
10
https://goo.gl/fhz82i
Tipos de Flash
Existem dois tipos de iluminação auxiliar: flash interno (built-in) e flash externo. 
O primeiro tipo está dentro da câmera e dispara um feixe de luz na mesma direção 
da lente. Já o flash externo é um equipamento à parte, para ser acoplado na parte 
superior da câmera, ou usado sobre hastes em forma de tochas de iluminação. En-
quanto os flashs embutidos têm sua potência luminosa de menor alcance, os flashs 
externos são capazes de alcançar maiores distâncias a serem iluminadas e são mais 
previsíveis em seus resultados (GUIA CURSO BÁSICO DE FOTOGRAFIA, 2016).
As diferenças principais entre os dois estilos de flash estão no alcance da luz 
disparada e também na direção que ela segue quando projetada para o assunto 
em evidência. Embora os flahs internos sejam práticos e não agreguem peso extra 
ao equipamento, eles possuem limitações que devem ser observadas, como, por 
exemplo, a direção que a luz segue durante o disparo (RAMALHO, 2004). A luz 
disparada, quando dirigida diretamente para o assunto, provoca brilho excesivo e 
descompensação de claridade na imagem. 
Figura 2 – Tipos de fl ash interno e externo
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Flash Interno (built-in) integrado e pop up
Smartphones e modelos mais simples ou compactos de câmeras fotográficas 
possuem um tipo de flash conhecido como integrado. Ele emite um ponto dirigido de 
luz, acionado durante a compensação de iluminação no ambiente. Para cada fabricante 
e tipo de equipamento, o flash deverá responder de maneiras singulares, porém, é 
importante salientar que a luz emitida por esses tipos é, em geral, de alcance limitado. 
Um feixe de luz de curta distância é projetado diretamente para o assunto a 
ser fotografado, por isso, de modo geral, as fotos realizadas por esse tipo de flash 
possuem alto brilho e desequilíbrio cromático, sobretudo nos assuntos em cores 
claras e em primeiro plano. Diferentemente dos flashs externos, rebater a luz ou 
mudar sua direção acaba sendo uma tarefa extremamente difícil, provocando nas 
fotos um efeito menos sutil:
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Figura 3 – Exemplos de flash direto, rebatido e com mudança de direção 
em relação ao objeto. Possibilidades para uso do flash externo
Fonte: Caio Carvalho
A exemplo da figura apresentada, os flashs embutidos não permitem mudar a 
direção da luz, rebatendo-a ou mudando seu ângulo. O efeito negativo principal é 
a perda de sombras e volumes do assunto em questão. 
Esses tipos de flash são apresentados de duas formas: integrados (em celulares e 
câmeras compactas) e pop up (em DSLR e outros modelos de câmeras intermediárias). 
Figura 4 – Diferença entre o flash integrado das câmeras 
compactas e o flash pop up de modelos mais avançados
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
As empresas de telefonia celular trabalham constantemente para a melhoria 
de seus equipamentos e uma dessas melhorias corresponde à introdução de uma 
maior e melhor combinação entre o volume e o posicionamento das lâmpadas de 
LED, tanto na câmera frontal como na câmera traseira. 
Em virtude do acelearado crescimento e do papel das redes sociais na economia, 
empresas desenvolvem constantemente novos aparatos a serem acoplados aos 
smartphones na tentativa de que essas possam produzir imagens melhores: 
UNIDADE Uso do Flash
12
Figura 5 – Iluminação circular de LED para câmeras de smartphones
O flash embutido estilo pop up é uma evolução do flash integrado. Apresenta 
alguns tipos de controle que resultam em melhorias no resultado final das imagens, 
mas, ainda assim, com alcance mais limitado e sem grandes possibilidades de 
mudança, sobretudo em relação à mudança de direção do feixe de luz. 
A luz é projetada de forma linear, frontal, por isso alguns acessórios, como o 
difusor, são de grande utilidade para espalhar a luz e reduzir um pouco o impacto 
da iluminação dirigida a curta distância, suavizando a composição:
Câmeras DSLR com fl ash tipo pop up e acessório difusor.
https://goo.gl/hYtXNYEx
pl
or
Também é possível utilizar um cartão rebatedor que direcionará ainda mais a luz, mas 
não a suavizará. As opções de controle desse tipo de flash serão vistas mais adiante. 
Flash Externo (Dedicado)
Modelos de flash que podem ser acoplados à câmera ou comandados fora 
dela são chamados de externos, ou seja, possuem autonomia operacional mesmo 
estando avulsos ao corpo da câmera.
Existem muitos e variados tipos de equipamentos de iluminação utilizados tanto 
em estúdios fotográficos como também fora desses. Porém, nesse módulo, iremos 
nos ater à compreensão do flash externo tipo dedicado. Os fabricantes líderes do 
mercado usam o nome de speedlite (Canon) ou speedlight (Nikon). 
Embora o controle da iluminação seja mais criativo e previsível a partir de um 
conjunto de iluminação auxiliar, como em um estúdio, a diferença principal desse 
13
13
https://goo.gl/hYtXNY
tipo de iluminação para o flash dedicado é em relação à portabilidade oferecida 
por esses pequenos e leves recursos. Imagine registrar um evento onde você e as 
pessoas envolvidas estão em mvoimentação constante, seria muito difícil registrar 
todas as situações importantes de forma instântanea se você tivesse que carregar 
consigo um ou mais aparatos em hastes. 
O flash dedicado também pode ser operado fora da câmera, através de um disparador 
remoto que estabelece a conexão entre os equipamentos e ainda pode se comunicar 
com outros flashs secundários chamados de slaves, ou escravos, que são acionados 
após o sinal do flash mestre, ou principal (GUIA FOTOGRAFIA DIGITAL, 2016).
Flash dedicado (Nikon speedlight ou Canon speedlite) com disparador remoto acoplado à 
sapata da câmera
https://goo.gl/cgAMRv
Ex
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or
Mesmo os modelos de flash dedicado com menor alcance luminoso são capaza-
es de produzir bons efeitos se explorados de maneiras diversas, criando sombras e 
volumes interessantes nas cenas:
Figura 6 – Sombras criadas por mudança de direção e uso de modificadores de luz do flash
Fonte: Caio Carvalho
UNIDADE Uso do Flash
14
https://goo.gl/cgAMRv
Como Utilizar o Flash? 
Muitos profissionais e amantes da fotografia temem o flash e preferem não 
utilizá-lo em virtude da iluminação muito impactante produzida por esses equipa-
mentos nos assuntos em curta distância. Isso acontece porque a carga de luz emi-
tida pelo flash possui ligação direta com o alcance dessaluz em relação ao assunto 
a ser fotografado. Enquanto os flashs externos alcançam cerca de dez metros de 
distância com boa cobertura, os flahs pop up limitam-se a distâncias de até quatro 
metros (MIYAGUSKU, 2007). 
Assim, a carga de iluminação emitida por seu flash (confundida muitas vezes com 
potência) tem muito mais relação com o ambiente e a distância entre os assuntos a 
serem fotografados do que com a “força” dessa luz em si. Por exemplo, se você de-
seja trabalhar fotografando assuntos próximos à câmera, de nada adiantará um flash 
com indicativo elevado de número guia – que serão vistos mais adiante. Por isso, 
ao trabalhar com flash, você precisará ficar atento não apenas à medição de carga 
ofertada pelo equipamento como também em relação à distância e direção da luz.
Miyasguku (2007) esclarece alguns conhecimentos que são comuns tanto ao 
flash pop up quanto ao flash dedicado. Para introduzir nas suas fotos o uso do 
flash interno ou externo de forma inicial com qualidade, é imprescindível que você 
conheça alguns recursos ofertados pelo próprio equipamento, como:
• Redução de olhos vermelhos: a luz do flash é disparada em frações de 
segundos, de forma muito rápida, até chegar à nossa pupila. Isso faz com que 
os vasos sanguíneos dentro do globo ocular sejam iluminados e se revelem na 
imagem. Com a opção de redução de olhos vermelhos ativada, o flash realiza 
pequenos pulsos de luz antes do disparo final, de forma que nossa pupila se 
contraia, permitindo que menos luz chegue até os olhos após o disparo principal. 
Mesmo que o problema não seja de todo eliminado, será bastante minimizado. 
• Flash de sincronização lenta: esse recurso ativa uma velocidade de abertura 
e fechamento da cortina do obturador bastante lenta, o que requer muita 
firmeza ao fotografar, preferencialmente, com o uso de apoio ou um tripé. 
O recurso proporcionará um tempo maior de exposição e duração do flash 
para a captura de todo e qualquer tipo de iluminação no ambiente, destacando 
assim a composição inteira, ao invés de assuntos pontuais. 
• Modo de medição TTL (Through The Lens – através das lentes): é 
um modo automático de calcular a potência do flash oferecido por alguns 
modelos de câmera e flashs dedicados. O fotômetro da câmera fará a leitura 
da exposição e trabalhará de forma sincronizada ao flash, interno ou externo. 
15
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Esse modo leva em conta a distância do flash em relação ao assunto principal e 
faz a medição da carga ideal disparada através do cruzamento de informações 
que você poderá regular a partir do triângulo de exposição, considerando 
abertura, velocidade do obturador, ISO, auto foco e, ainda, a fotometria a 
partir das superfícies envolvidas na cena. Todos esses dados são devolvidos 
para a câmera em frações de segundos, antes do disparo final.
Leitura de iluminação do modo TTL com pré-flash.
https://goo.gl/XYQuaUEx
pl
or
• Modo HSS (High Speed Sync – alta velocidade de sincronização): modo 
usado em situações onde você deseja isolar o assunto principal em relação ao 
fundo, diminuindo ao máximo a luz ambiente. Esse modo, disponível para 
alguns modelos de flash externo, permite que o obturador da câmera trabalhe 
em alta velocidade sem que haja o risco de registrar o movimento de abertura 
eo fechamento da cortina do obturador, por isso, para uso sem esse recurso, 
é recomendada a velocidade limite de 1/250 segundos de obturação; caso 
contrário, suas fotos poderão conter uma faixa escura, resultante da captura 
de parte da cortina de abertura e fechamento do obturador.
Figura 7 – Controle de velocidade do obturador durante o uso do flash. Barras escuras 
são resultantes do movimento da cortina do obturador em altas velocidades
Fonte: Acervo do conteudista
Para uma correta exposição, a distância do flash em relação ao assunto principal 
e também o alcance da força luminosa emitida por ele são alguns dos fatores 
primordiais a serem obervados. 
Enquanto a distribuição de carga do flash externo pode ser realizada pelo modo 
TTL ou através do modo manual, nos modelos de câmeras mais recentes, a potên-
cia no flash pop up é realizada apenas pelo modo TTL e sua correção pode ser rea-
lizada através do triângulo de exposição ou da compensação da exposição do flash. 
Uma vez que a carga do flash é calculada de forma automática, você poderá 
ajustar na câmera a compensação para fotos menos expostas ou mais expostas.
UNIDADE Uso do Flash
16
https://goo.gl/XYQuaU
Uso do Flash em Modo TTL Através do Triângulo de Exposição
O flash trabalha em conjunto com a absorção de luz pelo sensor. O papel do obtu-
rador é permitir a entrada de luz através de suas cortinas, chegando até o sensor de 
forma a capturar mais ou menos luz no ambiente (leia-se: quanto menor a velocidade 
do obturador, maior o tempo de exposição e, portanto, maior a captura de luz do 
ambiente). Porém, o obturador não possui influência direta no resultado da luz do 
flash sobre o assunto principal, que será iluminado após o disparo. A velocidade do 
obturador terá influência sobre o ambiente, e não sobre o assunto principal. 
Assim, o controle de força luminosa do flash não será medido pela velocidade do 
obturador, e sim através da abertura do diafragma e da sensibilidade ISO. Quanto 
maior a abertura, maior a incidência de luz e, portanto, menor a força luminosa 
necessária para o disparo do flash. Nessa condição, quanto mais fechado o diafrag-
ma, menor a entrada de luz e, portanto, mais escuras as fotos resultantes. Com 
relação ao ISO, quanto menor o número do ISO, menor o risco de granulações, 
porém, mais escuras são as fotos produzidas. 
O modo TTL é quem realiza o cruzamento de dados dessa medição para de-
terminar a carga necessária de luz sobre o assunto. Por isso, ao fotografar nesse 
modo, você poderá ajustar seu equipamento para as configurações de sua preferên-
cia entre o ISO e a abertura do diafragma e, após os testes, verificar a necessidade 
de alterar um desses dois pilares, além da possibilidade de compensar a exposição 
do flash para fotos mais ou menos expostas (mais claras ou mais escuras). 
Para testar o modo TTL de flash em sua câmera, tente realizar a experiância a 
seguir: coloque um objeto próximo a uma superficie clara, de forma que ele seja 
o assunto principal. Ajuste as confirgurações de ISO de sua câmera para 100 e a 
velocidade do obturador em 1/200 seg. Posicione-se de forma a enquadrar o ob-
jeto por completo, independente da sua lente, e, em seguida, vá fotografando com 
diferentes aberturas. 
Figura 8 – Variações da abertura do diafragma durante o uso do fl ash
em modo TTL. EF 50 mm, 1/200 seg, ISO 100. Exposição em luz direta
Fonte: Acervo do conteudista
17
17
Note que, assim como o modo manual de exposição sem flash, a foto mais 
clara só pôde ser feita em ISO 100 devido à grande abertura em f/2. Perceba, na 
imagem a seguir, que o ISO 200 já permite maior entrada de luz, revelando fotos 
mais nítidas mesmo em aberturas menores:
Figura 9 – Variações da abertura do diafragma durante o uso do flash 
em modo TTL. EF 50 mm, 1/200 seg, ISO 200. Exposição em luz direta.
Fonte: da autora.
Como último teste, experimente deixar fixos os valores do triângulo para variar 
a compensação da exposição do flash em valores mais escuros ou mais claros:
Figura 10 – Variações da compensação de exposição do flash em modo 
TTL. EF 50 mm, 1/200 seg, f /2, ISO 100. Exposição em luz direta.
Fonte: Acervo do conteudista
Perceba que a variação da compensação produzirá resultados mais sutis utili-
zando escalas de salto menores, como números fragmentados, intermediários aos 
números +2 e -2. 
Portanto, se você trabalhar com seu flash em modo TTL, poderá optar por uma 
das diversas combinações testando o resultado à medida do que busca, até se acos-
tumar com todas as variáveis do triângulo e definir suas prioridades dentro dele.
UNIDADE Uso do Flash
18
Leitura do Histograma
Você deve estar se perguntando por que usará o flash em modo manual uma 
vez que o modoTTL faz toda a leitura, facilitando seu trabalho. Segundo Vernaglia 
Jr. (s.d. , p. 5):
[...] o fato da câmera medir a luz refletida determina as características boas 
e ruins do sistema TTL de medição e isto acontece pois existem objetos 
ou cenas que refletem muita ou pouca luz conforme suas características 
físicas. É fácil perceber que um objeto claro, como uma noiva vestida de 
branco, reflete mais luz do que um noivo em seu terno preto. A mesma 
lógica se aplica a qualquer objeto ou situação que apresente extremos 
de reflexão de luz. O ponto fundamental é que temos cérebro e isso 
nos faz capazes de compreender o que é claro ou escuro, brilhante ou 
fosco, o mesmo não é válido para a câmera que por mais moderna que 
seja não é capaz de distinguir o que está à sua frente, ela apenas reage 
às quantidades de luz que chegam ao sistema de medição. Para que as 
câmeras fossem capazes de interpretar a luz, foi embutido nelas um padrão 
de medição, inicialmente uma tonalidade de cinza que reflete 18% da luz 
que recebe, conhecido como cinza médio 18%. Hoje há nas câmeras 
um leque de condições pré programadas com complexos algoritmos de 
cálculo mas mesmo assim as câmeras ainda são incapazes de avaliar as 
características de reflexão de objetos e por isso o que fugir dos padrões 
acaba sempre por gerar um erro de exposição. Em resumo: se o objeto 
for claro, como a noiva de vestido branco, a câmera não entenderá como 
um algo branco mas sim com excesso de luz, orientando o fotógrafo a 
utilizar uma combinação de diafragma e obturador que terminarão por 
gerar uma fotografia escura, subexposta [...] toda vez que apontamos uma 
câmera para algo que reflita muita ou pouca luz, a medição da câmera 
sofrerá desvios tentando tornar o resultado mediano. Quando você 
centraliza (costumo usar o termo “zerar” o fotômetro, ou seja, quando 
ele não aponta necessidade de abrir ou fechar nenhuma regulagem) seu 
fotômetro está obtendo um resultado que tende ao cinza médio, algo que 
só é certo se o que for fotografado de fato for mediano.
Isso quer dizer que haverá situações onde a fotometria utilizada pelo sistema 
TTL não será a mais eficaz e, nesse caso, você precisará definir qual a carga de luz 
ideal para cada tipo de situação. Além disso, você também poderá utilizar a leitura 
do histograma de sua câmera. A ferramenta é muito útil quando pensamos na 
reflexão de luz externa sobre o monitor LCD que, muitas vezes, engana os olhos, 
podendo gerar uma foto superexposta ou subexposta. 
Saiba que: 
[...] o histograma de luminosidade é a representação gráfica das tonalidades 
presentes em uma fotografia. À esquerda temos as baixas luzes (partes 
escuras), à direita as altas luzes (partes claras) e no centro os meios tons 
(VERNAGLIA, s.d.).
19
19
A leitura do histograma é feita a partir da seguinte perspectiva: fotos com leitura 
mais escura tendem a ter o pico do histograma para o lado esquerdo; fotos com lei-
tura mais clara tendem a manter o pico para a direita; e fotos com o pico ao centro 
mostram um equilíbrio ideal entre luz e sombra. Porém, não é o histograma que defi-
ne se a foto está correta ou não, e sim o que o fotógrafo espera como resultado final.
Figura 11 – Histograma apontando maior distribuição de brilho 
na imagem para a esquerda. Indicativo de mais áreas escuras na foto.
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 12 – Histograma apontando maior distribuição de brilho 
na imagem para a direita. Indicativo de mais áreas claras na foto.
Fonte: Acervo do conteudista
UNIDADE Uso do Flash
20
Figura 13 – Histograma apontando distribuição de brilho de forma
centralizada. Indicativo de equilíbrio entre áreas claras e escuras.
Fonte: Acervo do conteudista
O que difere de forma principal o uso do flash em modo TTL em relação ao 
modo manual é a agilidade com que é feita a medição para o cálculo da potência 
e abertura ideais – afinal, é a abertura da câmera quem definirá a profundidade de 
campo e o quanto o assunto precisa receber de luz.
O histograma também possui ligação com a latitude de exposição, que segundo 
Vernaglia (s.d., p. 11): 
[...] é um limite imposto pelo equipamento fotográfico, seja ele digital 
- o conjunto de limitações de registro do conjunto sensor de captura 
mais processadores de imagem - ou químico físico - o conjunto de 
limitações do filme mais a sua revelação. Imagine um objeto cinza 
médio, ou verde médio, vermelho médio, como quiserem. Ao foto-
metrá-lo e fotografá-lo com a medição obtida, teremos um registro 
correto de sua tonalidade, se começarmos a abrir as regulagens, seja 
de obturador, ISO ou diafragma, iremos clarear a tonalidade média 
até que em algum momento teremos branco total. O caminho inverso 
acontece, se formos fechando as regulagens, em algum momento 
chegaremos ao preto total. Esse espaço entre os limites de exposição 
estourado e fechado (claro e escuro) é a latitude de exposição do 
equipamento. Deve ficar claro que esse limite é imposto pelo equipa-
mento, ele não se relaciona ao que fotografamos e às características 
da cena fotografada. Há equipamentos com mais ou menos latitude 
de exposição, assim como haviam filmes com mais ou menos lati-
tude. O mesmo vale para formatos de arquivo, pois RAW tem mais 
latitude do que JPEG.
21
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A imagem a seguir denota as diferentes latitudes de exposição de um equipamento:
Figura 14 – Diferentes latitudes de exposição. O zero marca a exposição mediana, ideal. Os valores extremos 
perdem informações que provavelmente não poderiam ser recuperadas nem mesmo por programas de edição.
Fonte: Vernaglia
Por isso, na fotografia,
[...] para mensurar a amplitude tonal buscamos algo que tenha tonalidade 
média, ou que desejamos que na fotografia tenha tonalidade média - sim, 
por que o fotógrafo tem o direito de olhar para algo mais claro ou mais 
escuro e decidir que ali no final será registrado como médio - e ali obter 
uma medição base. Após isso o fotógrafo deve observar a cena pretendida 
e localizar nela seu ponto mais claro e o mais escuro, realizando essas duas 
medições [...] Olhe para sua cena e decida o que será médio, fotometre ali 
“zerando” (centralizando) seu fotômetro naquela área. Pronto, você tem a 
medição base para sua fotografia. Em seguida encontre a área mais clara e a 
mais escura de seu enquadramento, meça as duas, se nenhuma delas estiver 
mais do que a três pontos de distância para essa medição inicial, você pode 
ter certeza de que a amplitude da cena cabe na latitude de seu equipamento, 
mas se encontrar uma diferença maior do que 3 pontos em uma das áreas, aí 
terá de pensar se é possível deixar a referida área estourar ou fechar, se isso 
irá ou não comprometer a qualidade de sua fotografia, e se você deve ou não 
tomar providências para corrigir (VERNAGLIA, s.d., p. 13-14).
A Luz do Flash no Modo Manual
Já visto anteriormente, o modo manual de flash requer a compreensão sobre 
como dosar sua carga luminosa, ja que, no modo TTL, a câmera realiza esse trabalho 
por você, cruzando os dados do triângulo versus a distância do assunto focado. 
Contudo, o modo TTL, assim como todo modo automático e semiautomático de 
leitura, também é passível de erros. Para que o modo manual seja utilizado de 
forma correta, você precisará compreender dois aspectos importantes de medição: 
a força luminosa (denominada comumente de potência) e o zoom. 
UNIDADE Uso do Flash
22
Enquanto no modo manual é pos-
sível ajustar a força luminosa (po-
tência) e o zoom, no modo TTL so-
mente o zoom pode ser ajustado.
Lei do Inverso do Quadrado da Distância
A lei do inverso do quadrado da distância é uma equação que representa a perda 
ou alcance da luz a partir do ponto de partida e da distância percorrida por ela. 
Essa equação apresenta na parte superior o número 1, que significa carga ou 
intensidade de luz, e, na parte inferior, um número que representa a distância em 
metros elevada ao quadrado. Assim, a fração 1/12 tem como resultado o valor 1, 
ou seja, uma carga de luz completa, oua luz incidida em sua capacidade máxima 
sobre um assunto a 1 metro de distância. Com esse resultado de fração, temos a 
luz operando em sua capacidade máxima para aquele modelo de flash e, a partir 
dessa operação, será possível definir qual a melhor carga de luz enviada ao assunto, 
dependendo dos ajustes do triângulo de exposição e, ainda, da distância que esse 
flash está do assunto principal a ser iluminado.
À medida em que a distância em metros vai variando e o assunto principal fica 
mais distante do ponto de partida da luz, a fração também se altera, apresentando 
como resultado intensidades de luz cada vez menores, como mostra a figura a seguir:
Figura 15 – Lei do inverso do quadrado da distância aplicada ao disparo do fl ash.
Fonte: if.ufrgs.br
Para compreender a imagem acima, entenda que, quanto mais distante o assunto 
a ser iluminado, maior precisará ser a carga de luz do flash para esse alcance, ou 
seja, se seu equipamento tiver uma intensidade mais fraca, você será obrigado a 
fotografar apenas a curtas distâncias, para perder menos informações da imagem. 
Na prática, significa que, a cada vez que você dobrar a distância entre o assunto e 
a origem da luz, a carga dessa luz será reduzida em 4 vezes. 
Assim, a carga de luz de qualquer flash (confundida e chamada popularmente 
de potencia) ilumina muito melhor a uma distância mais curta do que a uma dis-
tância mais longa. O que você deverá controlar é quanto você gostaria que esse 
23
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https://if.ufrgs.br/
objeto fosse iluminado. Para iluminar a distâncias mais curtas, use flash com carga 
reduzida ou com menor alcance de frequência luminosa – o inverso é válido para 
distâncias maiores. 
Número Guia do Flash
O número guia (NG) é um indicador de alcance do flash, considerando qual a aber-
tura ideal e melhor aproveitamento para a distância do assunto a ser fotografado. Na 
prática, ajustar o número guia significa encontrar a abertura de diafragma ideal para 
aproveitamento da carga de luz desejada a cada vez que se quiser mudar a distância 
entre o assunto principal e o ponto de origem do flash. Por isso, esses conhecimen-
tos se fazem tão importantes durante o uso do disparo em modo manual. 
Em suma, o número guia (NG), que é um indicativo de força luminosa de um 
flash, é dividido pela distância que essa luz se encontra do assunto principal. O re-
sultado dessa operação é a medida de abertura ideal para registrar uma cena com 
exposição correta, considerando o ISO sempre em 100. 
Figura 16 – Equações para determinar a exposição ideal, considerando ISO 100.
Fonte: Acervo do conteudista
Note que a tabela acima indica uma equação que deverá indicar qual a melhor 
abertura para a carga de luz desejada, qual a melhor carga para a abertura desejada 
ou qual a distância ideal entre objeto e flash, a partir do ajuste de abertura e carga 
de luz escolhidos. 
O número guia desses equipamentos é bastante variável e faz o indicativo de 
alcance da luz emitida pelo flash. Então, um equipamento com número guia elevado 
não significa que esse é melhor, e sim que poderá iluminar distâncias mais longas. 
Portanto, se sua área de cobertura é pequena ou você fotografa assuntos a curta 
distância, é desnecessário adquirir um equipamento com número guia tão elevado, 
pois os assuntos mais próximos a essa luz serão fortemente iluminados, obrigando 
você a ficar mais distante de seu assunto principal. 
UNIDADE Uso do Flash
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Desvende o número guia do fl ash em https://youtu.be/zKle-LsQT3s
Ex
pl
or
Zoom do Flash
De acordo com o Guia da fotografia Digital (2016), o zoom do flash é uma 
ferramenta para ser utilizada de forma combinada com a distância focal escolhida 
pelo fotógrafo. Essa ferramenta permite que o direcionamento da luz seja melhor 
aproveitado e definido de forma mais dirigida ou mais aberta, “espalhada” para o 
ambiente, de acordo com a objetiva trabalhada. 
O zoom tem seu efeito de acordo com a distância focal, assim o flash irá variar 
seu feixe de luz de acordo com o zom da objetiva. Para planos mais abertos, 
zoom mais aberto; para planos mais fechados, zoom mais fechado. Dessa forma, é 
possível direcionar a luz para que ela não se perca no ambiente após o disparo. O 
zoom pode ser controlado tanto no mo modo manual como no modo TTL. 
A escolha da distância focal, assim como o controle do triângulo de exposição, 
não é aleatória, sendo necessário estabelecer uma prioridade 
A escolha da distância focal com que vamos realizar as fotos é uma das 
decisões mais importantes. As distâncias focais mais longas (entre 200 e 
500mm) ajudam a sintetizar e comprimir elementos; as mais curtas (entre 
10 e 35mm), a separar planos e criar imagens de grande profundidade, e 
as intermediárias (entre 50 e 70mm), a formar imagens parecidas com as 
que o olho humano vê (FERNÁNDEZ, 2014, p. 13). 
Zoom do fl ash para modifi car a abrangência da cobertura, a partir da abertura do diafragma.
https://goo.gl/MQrYG7Ex
pl
or
Importante!
Os ajustes em modo manual demandam mais tempo e são aplicados, preferencialmente, 
a cenas que não sofrerão mudanças bruscas de distância entre o assunto principal e o 
fl ash. Para assuntos que não possuem distância previsivel, o fl ash em modo TTL é o mais 
indicado, com economia de tempo e menor risco de perda de imagens.
Importante!
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https://youtu.be/zKle-LsQT3s
https://goo.gl/MQrYG7
Fotos Externas Versus Fotos Internas
O trabalho com iluminação não é uma tarefa simples, porém, se bem 
compreendido e com um pouco de ousadia, é possível construir imagens únicas. 
Seja aproveitando a luz natural, ambiente ou projetada, é de extrema importância 
que você compreenda que tipo de resultado cada situação de luz provoca na cena. 
Os diferentes horários do dia, bem como as variadas exposições solares (com 
nuvens, neblina, nublado, chuvoso, entre outros) podem se transformar em efeitos 
a serem reproduzidos em um estúdio através de modificadores de iluminação e da 
combinação de uma sequência de luzes fixas e instantâneas, como o flash.
Enquanto o flash dedicado pode ser um rápido coadjuvante da fotografia exter-
na, com luzes de preenchimento na composição, os equipamentos para estúdio 
fotográfico são em geral mais volumosos e requerem mais tempo para definir seu 
melhor uso.
Cada tipo de fotografia possui suas vantagens e desvantagens, usos e restrições. 
Veja algumas situações a seguir:
1. Fotografia new born: bebês recém-nascidos com poucos dias de vida 
costumam ser fotografados em estúdio fotográfico não apenas pela faci-
lidade de compor e modificar um cenário, mas, principalmente, por não 
expor o bebê a diversidades climáticas, insetos, altas ou baixas tempera-
turas. O desconforto do bebê coloca em risco o bom resultado da sessão, 
bem como sua saúde.
2. Fotografia de casamento: um ensaio pré-casamento pode ser realizado 
tanto em locais externos como internos, porém, o ato da cerimônia e a 
comemoração não podem ser levados para dentro de um estúdio. Nesse 
caso, o fotógrafo precisa acompanhar toda a movimentação de pessoas 
e utilizar um equipamento ágil, que permita a maior mobilidade possível. 
3. Fotografia de alimentos: em geral, os alimentos são fotografados em lo-
cais internos devido à climatização e condições de esxposição. Contudo, 
se a foto em questão for, por exemplo, do ato de cozinhar, talvez não seja 
possível levar todos os aparatos (a exemplo de um food truck) para dentro de 
um estúdio. Nesses casos, os materiais acabam por se deslocar até o ponto 
do assunto a ser fotografado e o fotógrafo constrói um estúdio externo.
4. Fotografia de moda e pessoas em geral: duas áreas de abrangência 
incalculável, onde o fotógrafo tem a liberdade de decidir qual o melhor 
caminho, de acordo com os resultados esperados pelo cliente. Da mesma 
maneira que é possível fotografar um produto de moda praia sobre uma 
duna com um equipamento portátil, é possível construir uma praia dentro 
de um estúdio e dirigir uma iluminação específica para essa cena. 
UNIDADE Uso do Flash26
Por isso, explorar os diferentes caminhos da fotografia é muito mais abrangente 
do que ater-se ao conhecimento técnico. Na verdade, técnica e estética sobrevivem 
lado a lado, para criar imagens únicas. O que vale é sua compreensaão do 
equipamento para manipular os diversos recursos ofertados por ele e, ainda, 
construir cenas que irão saltar aos olhos a partir do momento em que você disparar 
o botão do obturador.
Importante!
Existe no mercado uma grande variedade de periódicos que tratam da fotografi a 
por área de interesse. Você pode apostar em volumes específi cos para cada área e 
começar a treinar com seu próprio equipamento até encontrar a área que mais lhe 
atraia profi ssionalmente. 
Importante!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Situações de uso do flash
https://goo.gl/zzuQLC
 Vídeos
Controle da luz ambiente e flash
https://youtu.be/4OXZK6kijmk
Velocidade de sincronização do obturador e do flash
https://youtu.be/bhwmcS6Vm54
Segunda cortina de sincronização
https://youtu.be/eqRyhyk0vtI
Modos de disparo TTL, Manual e Multi
https://www.youtube.com/watch?v=dz6-QI5ActQ
Número guia na configuração do flash em modo manual
https://youtu.be/V3O3kQaAD60
Compreendendo o flash dedicado (passo a passo)
https://youtu.be/i34iG7fgY2g
UNIDADE Uso do Flash
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https://goo.gl/zzuQLC
https://youtu.be/4OXZK6kijmk
https://youtu.be/bhwmcS6Vm54
https://youtu.be/eqRyhyk0vtI
https://www.youtube.com/watch?v=dz6-QI5ActQ
https://youtu.be/V3O3kQaAD60
https://youtu.be/i34iG7fgY2g
Referências
DEJEAN, Karen L. Técnicas e uso do flash. Relatório parcial de curso de 
fotografia. Joinville: Focus escola de fotografia, 2017. 
DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico e outros ensaios. 14. ed. São Paulo: Pa-
pirus, 2012.
FABRIS, A. O desafio do olhar: fotografia e artes visuais no período das vanguardas 
históricas, v. 1. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO. Manual de foto-
grafia digital. Porto: Universidade do Porto, 2008. 
FERNÁNDEZ, José A. Sem medo do Flash. Santa Catarina: iPhoto Editora, 2014. 
GENERICO, TONY. Estúdio – fotografia, arte, publicidade e splashes. Santa Ca-
tarina: Editora Photos, 2011.
GUIA DE FOTOGRAFIA PARA INICIANTES. 1. ed. São Paulo: Editora Europa, 
2014. 
RAMALHO, JOSÉ ANTONIO. Escola de fotografia – o guia básico, da técnica a 
estética. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2013.
________. Fotografia Digital. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
RUSSO, Danilo. Iluminação: teoria e prática. Santa Catarina: iPhoto Editora, 2016.
TRIGO, Thales. Equipamento fotográfico: teoria e prática. 2. ed. Revista e 
Ampliada. São Paulo: Ed. Senac, 2012.
VERNAGLIA JR., Armando. Fotometria + Flash. S.d. Disponível em: <http://
flashfotojornalismo.paginas.ufsc.br/files/2014/10/fotometriaflash_dg.pdf>.
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https://flashfotojornalismo.paginas.ufsc.br/files/2014/10/fotometriaflash_dg.pdf

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