Buscar

Glossário e aplicabilidade da anamnese 2013

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GLOSSÁRIO E 
APLICABILIDADE DA ANAMNESE 
 
 
DICIPLINA: Estomatologia 
 
Professores: Ademar Takahama Junior, Danielle Resende Camisasca, Karla Bianca 
Fernandes da Costa Fontes e Rebeca de Souza Azevedo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O Exame clínico tem como objetivo a coleta de dados que constituirão a base do 
diagnóstico. Para um bom exame clínico é necessário apuro dos sentidos, capacidade de 
observação, bom senso e conhecimento básico sobre as doenças. O exame clínico 
divide-se em anamnese e exame físico. A anamnese, ou exame subjetivo, é baseada no 
diálogo entre o examinador e o paciente e consiste na coleta de todas as informações, 
presentes e passadas, que possam ser úteis na elaboração do diagnóstico, prognóstico e 
planejamento terapêutico. O exame físico geralmente sucede a anamnese e representa a 
parte objetiva do exame clínico que consiste na pesquisa de sinais e sintomas. 
Este manual, desenvolvido pela equipe de Estomatologia da Faculdade de 
Odontologia da Universidade Federal Fluminense, Pólo Universitário de Nova Friburgo 
(FOUFF-NF), tem como objetivo facilitar a realização da anamnese, através da 
apresentação de um glossário com os principais termos médicos presentes no prontuário 
único desta instituição e as alterações mais importantes dos diferentes sistemas do 
organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALGUNS TERMOS MÉDICOS EMPREGADOS NO PRONTUÁRIO ÚNICO DA 
FOUFF-NF 
CERVICALGIA: Dor na região do pescoço. Pode ser sinal de desordem da 
articulação têmporomandibular ou Síndrome de Eagle. 
DISFAGIA: Dificuldade de deglutir, que ocorre principalmente em decorrência 
de um fenômeno obstrutivo na região faríngea e esofagiana. 
DISGEUSIA: É a distorção ou diminuição do paladar, que pode estar associada 
à deficiência de zinco, uso de medicamentos para controle de hipertensão ou ansiedade. 
É também encontrada em pacientes com insuficiência renal severa, doenças endócrinas, 
anorexia, xerostomia, dentre outros. 
EPISTAXE: É a perda de sangue pelo nariz. Ocorre mais frequentemente em 
crianças, devido ao traumatismo digital (dedo no nariz) e fragilidade da região. 
HEMOPTISE: É a expectoração sanguínea ou sanguinolenta através da tosse de 
sangue originário do trato respiratório. É comum ocorrer em várias doenças cardíacas e 
pulmonares. O escarro com estrias de sangue é bastante comum e normalmente não é 
grave, ocorrendo geralmente em casos de infecções como bronquite aguda ou crônica. 
ODINOFAGIA: Dor ao deglutir, que geralmente está associada a algum 
processo infeccioso. 
RINORREIA: Saída de secreção pelo nariz, corrimento excessivo de muco 
nasal. Pode ser sinal de infecção das vias aéreas superiores ou processo alérgico. 
XEROFTALMIA: É a sensação de olhos secos, que pode representar uma 
redução do fluxo lacrimal em que o paciente refere sensação de corpo estranho nos 
olhos, associada principalmente à síndrome de Sjögren. 
XEROSTOMIA: É a sensação de boca seca, que pode representar uma 
hipossalivação em decorrência do uso de alguns medicamentos e diferentes alterações 
sistêmicas, em especial a síndrome de Sjögren, que também se caracteriza pela presença 
de xeroftalmia. 
APLICABILIDADE DAS ALTERAÇÕES DOS DIFERENTES APARELHOS E 
SISTEMAS DO ORGANISMO 
APARELHO CIRCULATÓRIO 
Hipertensão Arterial Sistêmica: A hipertensão é uma doença comum 
caracterizada pelo aumento da pressão arterial (PA). Pacientes hipertensos devem ser 
tratados de forma que se minimize, ao máximo, o seu estresse, pois a tensão de um 
tratamento odontológico pode interferir em seu estado geral. É necessário que a PA seja 
aferida antes de qualquer atendimento, sendo contraindicado o tratamento odontológico 
eletivo em pacientes hipertensos descontrolados. 
Hipotensão: Resulta de uma diminuição do débito cardíaco ou da diminuição da 
resistência vascular periférica. Não pode ser considerada essencialmente patológica, a 
menos que acarrete deficiência circulatória em órgãos importantes, como cérebro, 
coração e rins. 
Angina Pectoris e Dor Pré-Cordial: Caracterizam-se por ser uma dor no peito 
de curta duração associada à isquemia e/ou hipóxia. Este paciente precisa de cuidados 
especiais, com o objetivo de controlar o estresse durante os procedimentos 
odontológicos a fim de se evitar o desencadeamento de um infarto agudo do miocárdio. 
Infarto Agudo do Miocárdio: Caracteriza-se por ser a necrose de células do 
miocárdio resultante da oferta inadequada de sangue ao músculo cardíaco. Pacientes que 
já sofreram infarto agudo do miocárdio geralmente fazem uso de drogas anticoagulantes 
que alteram consideravelmente o fenômeno de hemostasia e podem levar a sérios 
acidentes hemorrágicos durante cirurgias odontológicas, se medidas adequadas não 
forem tomadas previamente, como o uso de técnica cirúrgica atraumática e a utilização 
de materiais com ação hemostática local, como os selantes de fibrina. Se necessário, a 
diminuição da dose ou interrupção do uso dos anticoagulantes só deverão ser indicados 
com o consentimento do médico. 
 Febre reumática: Complicação tardia e autoimune em resposta a infecções por 
estreptococos, que afeta frequentemente as articulações e o coração. O conhecimento da 
história pregressa de febre reumática pode indicar a necessidade de se fazer uma 
profilaxia antibiótica da endocardite bacteriana, dependendo da presença da lesão 
valvular. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica (bronquite crônica, enfisema, 
bronquiectasia e asma): Representa um grupo de condições que compartilham um 
importante sintoma, a dispnéia. O dentista deve indagar especificamente sobre os 
eventos que podem resultar em crises. É muito importante nestes pacientes o controle 
do estresse emocional. O uso prolongado de corticóides por estes pacientes pode 
resultar em supressão insuficiência adrenal durante situações estressantes, podendo 
levar a um quadro importante de fraqueza, náusea, tontura, hipotensão arterial e até 
choque. Devemos executar o tratamento odontológico apenas nos pacientes 
assintomáticos, sendo adiados naqueles que apresentam sibilos, tosse, mesmo na 
ausência de comprometimento respiratório 
Tuberculose: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma 
micobactéria transmitida por aerossóis (gotículas de ar). Atinge principalmente os 
pulmões podendo se disseminar para todo o organismo. Os pacientes apresentam 
sintomas como febre, suores noturnos, tosse produtiva e perda de peso. Os pacientes 
com tuberculose devem ser questionados sobre o grau de envolvimento da doença, tipo 
e duração da terapia recebida e estado atual da atividade da doença. O médico do 
paciente deve ser consultado para a confirmação. No tratamento odontológico destes 
pacientes devemos ter uma atenção especial no risco de infecção cruzada. A tuberculose 
é uma doença de notificação compulsória. 
 
SISTEMA NERVOSO 
Acidente vascular cerebral (AVC): É caracterizado pela interrupção da 
irrigação sanguínea das estruturas do encéfalo, ocasionando a perda da funcionalidade 
dos neurônios. Estes pacientes geralmente fazem uso de anticoagulantes orais como a 
aspirina e o warfarin, o que eleva o risco de hemorragia em procedimentos cirúrgicos. O 
dentista deve estar atento ao uso destes medicamentos e, deve também sempre discutir 
com o médico o esquema da redução do estresse e a escolha dos analgésicos nos 
pacientes que já sofreram AVC. 
Epilepsia: A epilepsia não é uma doença, mas sim um complexo de sintomas 
resultantes de diversas complicações neurológicas, as quais variam de alteração da 
consciência e da atividade motora a fenômenos sensoriaise comportamentos aberrantes. 
Na maioria dos casos, os pacientes apresentam perda abrupta da consciência e 
atividades motoras anormais, incluindo contrações tônicas dos músculos das 
extremidades que duram de dois a cinco minutos. Após o episódio os pacientes 
costumam ficar sonolentos e confusos. A avaliação odontológica deve incluir perguntas 
sobre a frequência das convulsões e os medicamentos utilizados. Algumas drogas 
anticonvulsivantes como a fenitoína podem induzir o aumento gengival. 
 
SISTEMA ENDÓCRINO 
Diabetes: Os pacientes com endocrinopatias podem apresentar padrões 
anormais de crescimento, alterações de peso sem causa conhecida, alterações do padrão 
do sono, distribuição anormal de gordura e mudanças nas características sexuais 
secundárias. Estas alterações ocorrem, geralmente, de forma lenta e gradual, podendo 
passar despercebidas pelo paciente, como por exemplo, o diabetes melitus. O paciente 
com sintomas de polidipsia, poliúria e polifagia pode ser diabético, necessitando assim 
de cuidados especiais, especialmente em decorrência da diminuição de seu padrão 
imunológico. Periodontite, abscesso dentoalveolar recorrente, candidíase e xerostomia 
são algumas das alterações bucais frequentes nestes pacientes. Além disso, estes 
pacientes necessitam de acompanhamento médico para que mantenham os níveis de 
glicose controlados, minimizando assim a possibilidade de maiores complicações, como 
o choque hipoglicêmico. 
 
APARELHO DIGESTÓRIO 
Gastrite, gastroduodenite e úlcera: São desordens comuns resultantes da lesão 
do revestimento epitelial do estômago ou do duodeno. Podem apresentar-se como 
sintomas de dor, sangramento, obstrução ou perfuração gastrointestinal. O tratamento 
odontológico destes pacientes deve evitar o agravamento dos sintomas e, assim, a 
aspirina e os antiinflamatórios não-esteroidais devem ser evitados devido à irritação da 
mucosa gastrointestinal. 
Hepatite: Alteração hepática geralmente de origem infecciosa causada por 
vírus. Os principais vírus são o HAV, HBV e HCV, causando respectivamente as 
hepatites A, B e C. A hepatite A é transmitida por contato direto, através de água e 
alimentos contaminados. As hepatites B e C são transmitidas pelo sangue contaminado 
e podem ser agudas ou crônicas. Pacientes com hepatite podem apresentar deficiência 
de fatores da coagulação e de metabolismo de algumas drogas. 
 
SISTEMA OSTEOMUSCULAR 
Artrite – É o resultado de um processo inflamatório ou degenerativo das 
articulações. Os pacientes apresentam dor, deformidade e mobilidade limitada das 
articulações. Pode ser causada por infecção, gota ou distúrbios imunológicos como no 
caso da artrite reumatóide e o lúpus eritematoso sistêmico. Muitos pacientes com artrite 
fazem uso crônico e prolongado de altas doses de antiinflamatórios não-esteroidais e 
aspirina, que podem interferir na agregação plaquetária, elevando o risco de hemorragia. 
A artrite reumatóide e o lúpus eritematoso sistêmico podem estar relacionados com a 
síndrome de Sjögren, onde os pacientes podem apresentar também xerostomia e 
xeroftalmia. A artrite pode atingir a ATM, causando dor, trismo e edema na região. 
Osteoporose: Doença óssea metabólica mais comum, que acomete 
principalmente mulheres após a menopausa. Clinicamente, a manifestação mais 
frequente ocorre nas vértebras, que sofrem fraturas espontâneas e provocam dor intensa 
nas costas. É também possível ocorrerem fraturas espontâneas dos ossos longos. O uso 
de drogas do grupo dos bifosfonatos no tratamento da osteoporose, como o alendronato 
de sódio, pode resultar na osteonecrose dos ossos maxilares após intervenções 
cirúrgicas, como exodontias. 
 
 
 
 
 
SISTEMA GENITOURINÁRIO 
Insuficiência renal crônica: Causada por hipertensão de longa duração, 
diabetes melito ou por uso de drogas metabolizadas no rim. Os pacientes com 
insuficiência renal crônica, os que se submetem a hemodiálise e os transplantados renais 
necessitam de estratégias especiais no tratamento odontológico. Deve ser feita uma 
avaliação médica anterior ao tratamento odontológico, e os pacientes em hemodiálise 
recebem anticoagulantes durante o procedimento e o seu efeito persiste por cerca de 
duas a quatro horas após o término. Dessa forma, o prudente seria marcar as consultas 
para o dia seguinte ao da diálise. 
AIDS: Sigla que designa síndrome da imunodeficiência adquirida, 
imunodeficiência causada pelo retrovírus HIV e, caracterizada por imunossupressão 
severa que leva ao aparecimento de infecções oportunistas, neoplasias secundárias e 
manifestações neurológicas. As principais manifestações orais associadas à infecção 
pelo HIV são: candidíase, leucoplasia pilosa, sarcoma de Kaposi, linfoma não-Hodgkin 
e doença periodontal. Além do maior risco de desenvolver infecções, os pacientes com 
AIDS podem apresentar também trombocitopenia, elevando o risco de hemorragia em 
procedimentos cirúrgicos. A AIDS também é uma doença de notificação compulsória. 
 
DESORDENS HEMATOLÓGICAS: 
Anemia – Desordem relativamente comum definida pela diminuição de 
eritrócitos e de hemoglobina circulante, pela redução na produção ou aumento na 
destruição dos eritrócitos. Pode ser assintomática ou com sintomas de dispnéia e 
fraqueza. Ao exame físico, pode-se observar palidez de pele e mucosas, glossite atrófica 
e queilite angular. A anemia grave pode acarretar em coagulopatias e, portanto, deve-se 
sempre fazer avaliação do hemograma e coagulograma antes de iniciar o tratamento 
odontológico do paciente com história de anemia. 
Distúrbios hemorrágicos – A hemostasia envolve vários eventos fisiológicos e, 
os defeitos hemostáticos são causados por anormalidades das plaquetas ou dos fatores 
de coagulação. Pacientes com história de sangramento anormal, espontâneo, pós-
traumático ou pós-cirúrgico e história familial de desordens hemorrágicas devem ser 
submetidos à avaliação de distúrbios hemorrágicos antes de qualquer intervenção 
odontológica. Segue abaixo as principais causas de distúrbios hemorrágicos. 
Trombocitopenia – A diminuição do número de plaquetas pode resultar em 
sangramento clinicamente significativo. Drogas, distúrbios imunológicos, insuficiência 
da medula óssea (aplasia, leucemia), ou hiperesplenismo ou AIDS podem causar 
trombocitopenias. 
Hemofilia – A deficiência do fator VIII da coagulação configura a hemofilia A, 
uma condição hereditária recessiva ligada ao cromossomo X. A hemofilia B é 
caracterizada pela deficiência do fator IX, também uma doença hereditária recessiva 
ligada ao cromossomo X. Já a doença de Von Willebrand, os pacientes apresentam 
função anormal das plaquetas e deficiência do fator VIII. Todos estes pacientes 
apresentam risco de hemorragia grave. 
Doenças hepáticas – Na insuficiência grave do fígado, que pode ser causada por 
hepatite ou cirrose, a síntese de alguns fatores da coagulação (II, VII, IX e X), 
dependentes da vitamina K, pode estar comprometida, levando a um risco de 
hemorragia grave. 
Uso de anticoagulantes orais – Refere-se aos medicamentos que resultam na 
inibição da ação da vitamina K (cumarínicos), inativação da trombina (heparina) ou 
inibição da agregação plaquetária (aspirina). Pacientes que utilizam regularmente estes 
medicamentos apresentam risco de hemorragia grave. 
 
NEOPLASIAS MALIGNAS: A neoplasia maligna (câncer) está entre as três primeiras 
causas de morte no Brasil. A cada ano, oito milhões de pessoas recebem o diagnóstico 
de câncer no mundo inteiro. As principais modalidades de tratamento das neoplasias 
malignas são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia, que podem apresentar efeitos 
colaterais importantes e interferir no plano de tratamentoodontológico destes pacientes. 
Quimioterapia – A quimioterapia é o método que utiliza drogas, os 
quimioterápicos, que atuam sobre as células que se encontram em proliferação, como as 
células tumorais. No entanto, células normais também são afetadas, principalmente 
células epiteliais e hematopoiéticas. Alguns pacientes durante o tratamento 
quimioterápico podem apresentar trombocitopenia, anemia e neutropenia (quantidade 
anormalmente baixa de neutrófilos no sangue), podendo ocasionar distúrbios 
hemorrágicos e infecções. Outro efeito colateral importante da quimioterapia é a 
mucosite, caracterizada por atrofia e ulceração da superfície da mucosa, sendo 
frequentemente extremamente dolorosa. 
Radioterapia – A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais 
empregando feixe de radiação ionizante. Assim como na quimioterapia, a radiação 
também age sobre o tecido normal no campo de irradiação, levando a efeitos colaterais 
importantes como a xerostomia, a mucosite, a cárie de radiação e a osterradionecrose. A 
osteorradionecrose é uma complicação séria da radioterapia caracterizada por necrose e 
exposição óssea, principalmente após procedimentos cirúrgicos invasivos como 
exodontias, em área previamente irradiada. Portanto, todos os dentes duvidosos devem 
ser extraídos ou restaurados anteriormente ao tratamento radioterápico que envolva a 
região de maxila e mandíbula. 
 
 
 
Bibliografia: 
1. SONIS ST, FAZIO RS, FANG GL. Princípios e práticas de medicina oral. 2ª Ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 
2. REGEZI JA, SCIUBBA JJ, JORDAN RC. Patologia Oral: correlações 
clinicopatológicas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
3. NEVILLE BW, DAMM DD, ALLEN CM, BOUQUOT JE. Patologia Oral e 
Maxilofacial. 3ª ed. Rio de Janeiro; Elsevier, 2009. 
4. Secretaria de Vigilância em Saúde. Portaria número 5, de 21 de fevereiro de 
2006.

Continue navegando