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Embriologia Humana e os processos Evolutivos Profa Marta Angela Marcondes Prof. Fábio Roberto Bellini Embriologia Humana • Mudanças que células, tecidos, órgãos e o corpo como um todo passam ao ir de uma célula germinativa de cada um dos pais a um adulto; • Estuda o início da vida humana e as transformações que ocorrem durante o desenvolvimento pré-natal; • Importância – ajuda na compreensão das causas das variações das estruturas humanas; • Elucida anatomia macroscópica e explica como se estabelecem as relações normais e se desenvolvem as anormalidades Gametogênese Masculina É uma sequência de eventos pelos quais as células germinativas primitivas se transformam em espermatozóides, tem início na puberdade (quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona) e vai até a velhice. Espermatogênese -Etapas Mitoses na fase de multiplicação que dura a vida inteira. Fase de Crescimento sem divisões celulares. Meiose somente na fase de maturação que origina espermátides que se transformarão em espermatozóides Espermiogênese Espermatogênese Etapas Período Germinativo Período de Crescimento Período de Maturação Período Diferenciação Espermatócito secundário Espermatides Espermatózóides Espermatogônias Espermatócito primário Etapas da Espermiogênese Formação do acrossoma. Grânulos do Golgi migram e juntam-se ao redor da membrana nuclear Alterações nucleares Desenvolvimento de flagelo ou cauda Reorganização do citoplasma e organelas Processo de liberação da célula de Sertoli, chamado de espermiação Espermiogênese Espermátide fase de Golgi fase acrossomal início meio maturação maturação núcleo Grânulo acrossômico mitocôndria núcleo núcleo Vesícula acrossomica capa acrossômica Peça final Peça principal Colo Mitocôndria Cabeça Espermatozóide (STPZ) Gametogênese Feminina Seqüência de eventos através dos quais as células germinativas primitivas, denominadas ovogônias se transformam em ovócitos maduros. Tem início antes do nascimento e termina após a maturação sexual. Após o nascimento as ovogônias já se diferenciaram em ovócitos primários (cuja meiose está interrompida em prófase I), que são envolvidos por uma camada única de células epiteliais achatadas constituindo o folículo primordial. Gametogênese Feminina Na puberdade, o ovócito cresce e as células foliculares tornam-se cubóides e depois colunares formando o folículo primário. O ovócito passa a ser envolvido por uma camada de glicoproteínas e glicosaminoglicanos chamada zona pelúcida. Quando adquire mais uma camada de células foliculares passa a se chamar folículo secundário ou em maturação. Etapas Período de multiplicação Ocorre no período embrionário até o nascimento.(100mil folículos) Período de Crescimento Crescem por acúmulo de subst. de reserva. É interrompido no parto( prófase I da meiose), reinicia na puberdade. Período de Maturação Ocorre na puberdade onde dos 5 a 12 ovócitos I são estimulados por mês, mas apenas um chega a sofrer divisão Cél. Germinativa Ovogônias Ovogônias Ovócito I Ovócito II Óvulo 2n 2n 2n Mitose Mitose 2n 2n 2n 2n 2n Meiose I Meiose II n n n n n n Glóbulos polares Crescimento sem divisão celular Metáfase II (OVULAÇÃO) Ovulação A ovulação começa no início da puberdade, geralmente com a maturação de um folículo por mês retomando o processo que ocorreu antes do nascimento da menina. A longa duração da primeira divisão meiótica, até 45 anos, pode ser responsável pela freqüência relativamente alta de erros na meiose. A primeira divisão meiótica se completa um pouco antes da ovulação, com a maturação do folículo – a divisão de citoplasma é desigual. Maturação Na fase de maturação, cada ovócito I (diplóide) dá, por meiose I (reducional) duas células haplóides: o ovócito II (secundário), relativamente grande, e o 1º glóbulo polar, de tamanho reduzido. Logo a seguir, o ovócito II se divide por meiose II (equacional), dando duas células também diferentes em tamanho: ovótide, bem desenvolvida, e o 2º glóbulo polar, muito menor. Essa fase acontece caso venha a ocorrer a fecundação. Algumas vezes, o 1º glóbulo polar também se divide por meiose II. A ovótide se transforma em óvulo. Portanto, cada ovócito I dará origem a um óvulo e a três glóbulos polares, geralmente estéreis. Tubas uterinas Infundíbulo Ovário Ovário Ligamento dos ovários Útero Colo do útero Vagina Aparelho reprodutor feminino Endométrio Ampola Maturação Ovulação liberação do óvulo do ovário para a tuba uterina VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO Hipófi se ovário Fase menstrual ovulação Fase folicular VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO Hipófi se ovário Fase menstrual ovulação Fase folicular VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO Hipófi se ovário ovulação Fase menstrual Fase folicular VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO Hipófi se ovário Ovulação Fase menstrual Fase luteínica VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO Hipófi se ovário Ovulação Fase menstrual Fase luteínica VARIAÇÕES HORMONAIS NO CICLO OVARIANO Fase menstrual Tº basal do corpo ovulação Hipófi se ovário Ovócito no momento da Ovulação Relembrando... FECUNDAÇÃO O Início de Tudo - Fecundação Fecundação ..ou fertilização é o processo que ocorre quando os gametas masculinos e femininos encontram-se e o espermatozóide penetra o óvulo. Quando isto acontece, os nucléolos dessas células haplóides (1n) fundem-se num só, formando a primeira célula diplóide (2n) do novo ser vivo, o ovo ou zigoto. Ao penetrar o óvulo, o espermatozóide perde seu flagelo e passa a ser chamado pronúcleo masculino. A união dos pronúcleos masculinos e femininos chama-se cariogamia ou anfimixia (do grego amphi, dois, mixis, mistura). Etapas da Fecundação Passagem do Espermatozóide pelas células da corona radiata; Adesão do espermatozóide à superfície da zona pelúcida; Passagem através da zona pelúcida; Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide e Penetração do espermatozóide fecundante no ovócito com a conseqüente descondensação e dispersão de sua cromatina. E após a fusão do gametas.... Alterações do córtex do citoplasma ovular, com a finalidade de impedir a penetração de outros espermatozóides. Ativação do ovo Consiste no conjunto de modificações celulares e moleculares associadas ao início da embriogênese: Reinício de meiose, que se encontrava suspensa; Eliminação do segundo glóbulo polar; Associação dos genomas maternos e paternos (singamia), forma-se um único núcleo..núcleo de segmentação!! ..inicia-se a embriogênese...Evolução do ovo Zigoto Mórula Blástula Gástrula órgãos Nêurula Tecidos Órgãos Período de Pré-implantação Este período compreende nas seguintes fases: Mórula Blastocisto Nidação Mórula Blastocisto Etapas 1ªs Fases do desenvolvimento 1ª clivagem 2ª clivagem 3ª clivagem 2 blastômeros 4 blastômeros 8 blastômeros 1- Inicia com as mitoses do ovo e cada uma das células resultantes é chamada de blastômero 2 - Forma-se um aglomerado de células denominado de MÓRULA MÓRULA 1ªs Fases do desenvolvimento 8 blastômeros 16 blastômeros 16 blastômeros 32 blastômeros 4ª clivagem 5ª clivagem MÓRULA 32 A 64 CÉLULAS As mudanças na Mórula... Durante a passagem pela tuba uterina a mórula absorve líquidos através da membrana pelúcida Este líquido vai dissociando as células mais centrais e provocando a formação de uma cavidade situada no centro do primitivo maciço celular (mórula) O volume total da mórula aumenta provocando uma distensão da membrana pelúcida que acaba por romper-se. Blastocisto Agora é uma pequena vesícula revestida por uma camada de células distendidas, tendo em um dos pólos uma pequena massa celular. Massa celular O Embrião , cinco a seis dias após a fertilização, chamado de blastocisto, é aberto para a remoção da massa celular interna (massa avermelhada), que produz células-tronco embrionárias. Blastocisto O Blastocisto é constituído de: Cavidade chamada de blastocele; Células distentidas que formam sua parede chamadas de trofoblasto. O trofoblasto representa um papel muito importante na nutrição do embrião. Um pequeno maciço celular preso a um dos pólos chamado de nó embrionário, deles terão origem todas as células que vão constituir o embrião propriamente dito. Nó embrionário também é denominado embrioblásto ou massa celular interna. E na passagem de mórula para blastocisto que o embrião chega até o útero.... É possível que o embrião permaneça um dia na cavidade uterina sem acolar ou nidar.... Já sem a membrana pelúcida, as células trofoblásticas vão estabelecer contato com a superfície o que provocará a erosão da mucosa uterina, permitindo que o embrião penetre no interior do endométrio, consistindo, assim, a implantação ou nidação! Nidação Implantação Endométrio Fecundação 2º dia 5º dia 4º dia 3º dia 1º dia Massa celular interna Camada superficial de células Parede uterina Trofoblasto Cavidade uterina Estádio de Mórula Cavidade do blastocisto Botão embrionário Estádio de Blastocisto Nidação – o início da gravidez... Revisando... Dia 13 Dia 21 Fornecimento de sangue para o embrião O que facilita a nidação.... Preparo realizado na mucosa uterina, lembrando que... O útero sob a ação da progesterona e estrógeno, produzidos pelo corpo lúteo, nesta ocasião está em plena fase secretora! Nesta fase as glândulas uterinas acumulam secreção (principalmente glicogênio), o embrião que não possui substâncias de reserva, dependerá, para a sua sobrevida, de material nutritivo que possa obter do endométrio. Este material nutritivo acumulado na mucosa uterina é denominado embriotrofo. Final da primeira semana... O blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio através da região do embrioblasto, nutrindo-se do sangue materno e dos tecidos endometriais erudidos. Formação do saco coriônico Aproximadamente no 12º dia surgem células que revestem o retículo extra-embrionário (mesoderma extra-embrionário) que passarão a formar cavidades preenchidas por fluido e que posteriormente serão unidas formando a cavidade coriônica. Formação da Cavidade Coriônica A expansão da cavidade coriônica provoca a separação do âmnio e do citotrofoblasto. Na vesícula vitelínica ocorre a proliferação do hipoblasto seguida de contração de parte da cavidade, formando vesículas exocelômicas que se destacam e são degeneradas. Formação da placa precordal A placa precordal é o primórdio da membrana bucofaríngea, localizada no futuro local da boca. Terceira Semana Disco Germinativo Trilaminar Ectoderma Mesoderma Endoderma Eventos da Gastrulação O embrioblasto formado da fase de blastocisto começa a se dividir em 2 camadas (epiblasto e o hipoblasto); Há a formação da cavidade amniótica sobre o epiblasto; Células do epiblasto migram e dão origem a mesoderme; Disco Trilaminar Ectoderma - Epiblasto Endoderma - Hipoblasto Local de Implantação ao final da segunda semana Início da terceira semana (final da segunda) Cavidade amniótica foi aberta para permitir a visualização do lado dorsal do epiblasto. O Hipoblasto e o Epiblasto estão em contato direto um com o outro. A linha primitiva forma um sulco raso na região caudal. Epiblasto Hipoblasto As células do epiblasto invaginam e formam a linha primitiva Gastrulação Gastrulação Ectoderma Endoderma Mesoderma Notocorda Endoderma Notocorda Define o eixo primitivo do embrião dando-lhe uma certa rigidez; Serve de base para o desenvolvimento do esqueleto axial e Indica o local dos futuros corpos vertebrais. Ectoderma neural Ectoderma da superfície Endoderma embrionário ●Encéfalo em desenvolvimento ●Região cardiogênica ●Intestino primitivo Prosencéfalo Coração (início) Tubo Neural Superfície escamosa das céls. ectodérmicas e as células colunares do tubo neural Estomodeu (cavidade oral primitiva), Coração, porção intestinal anterior, porção intestinal posterior Nêurula São os processos envolvidos na formação da placa neural, das pregas neurais e no fechamento das pregas para formar o tubo neural. Neurulação Formação da placa neural (células ectodérmicas) Formação do sulco neural Crista neural (originar os gânglios paravertebrais) Fechamento do sulco neural - formação do tubo neural Tubo neural Notocorda Ectoderma Neuroporo anterior Neuroporo posterior Dia 17 Dia 19 Dia 20 Dia 21 Folheto Mesodérmico O fino folheto mesodérmico dá origem a: Mesoderma paraxial, de onde surgem os futuros somitos; Mesoderma intermediário, futuras unidades excretoras; Mesoderma lateral, que se divide em camadas mesodérmicas parietal e visceral que revestem a cavidade intra-embrionária (celoma intra-embrionário) Flexura mesencefálica Anexos Embrionários Estruturas que se formam juntamente com o embrião. Funções: são destinadas à realização de importantes papéis , mas que se tornam inúteis após o seu nascimento, sendo então, desprezadas. Como também não pertencem à mãe, os anexos, são expulsos do útero logo após o parto. Saco Vitelínico ou Vesícula Vitelínica Função principal armazenar substâncias nutritivas (vitelo); No início da embriogênese o saco vitelinoé encarregado pela produção das hemácias e Em humanos é pouco desenvolvido e atrofiado. Âmnio ou Bolsa Amniótica Membrana que reveste totalmente o embrião Apresenta-se repleto de um líquido claro conhecido como líquido amniótico Âmnio ou Bolsa Amniótica Funções proteção: contra choques mecânicos, desidratação, infecções de agentes externos como vírus e bactérias, estabilização da temperatura interna Cório Mesma origem do âmnio, o cório é uma membrana de proteção que se localiza mais externamente Placenta É o mais importante dos anexos embrionários nos mamíferos. E representa o principal passo evolutivo dos mamíferos no que se refere na reprodução. É um órgão transitório, de múltiplas funções para o embrião. Funções da Placenta Realizar trocas respiratórias entre o organismo materno e o organismo fetal Realizar as trocas nutritivas e metabólicas entre mãe e filho Produzir hormônios Transmitir ao feto alguns anticorpos Mascarar o embrião em relação a anticorpos de defesa da mãe Cordão Umbilical Origina-se a partir do pedúnculo embrionário. Procede como estrutura de comunicação entre o embrião e a placenta. Longo, mais ou menos cilíndrico, encerra três grossos vasos: uma veia (que conduz sangue arterial) e duas artérias (que conduz sangue venoso). Separação do Período Embrionário do Período Fetal Organogênese Ectoderma Epiderme Anexos epidérmicos: pêlos, unhas, glândulas cutâneas(sudoríparas e sebáceas) Glândulas mamárias Sistema nervoso central e periférico Hipófise Córnea, cristalino e retina Organogênese Mesoderma Ossos e cartilagens Músculos Derme Tecido adiposo e outros tecidos conjuntivos Sistema urinário Gônadas e outras estruturas do sistema genital Céluas do sangue Sistema cardiovascular Baço Pericárdio, pleura e peritônio Organogênese Endoderma Revestimento interno: traquéia, brônquios, vias digestórias, bexiga urinária, uretra, faringe Fígado pâncreas Alvéolos pulmonares Tireóide Paratireóides Período embrionário 5 semanas 7 semanas 6 semanas Período fetal 9 semanas 13 semanas 17 semanas 21 semanas 36 semanas 30 semanas 25 semanas Período fetal Referências figuras e imagens http://anatomiaclinica.com/Embrio1Semana.h tm http://www.gineco.com.br/amv2.htm CEFET,RS – Sapucaia do Sul- BIOLOGIA Profª Lacina M. Freitas Teixeira Profa Dra Flávia Thomaz Verechia Pereira
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