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Aula 1 Introdução à Libras Alfabeto Manual- Datilologia A) Língua de gestos dos surdos B) Linguagem de sinais brasileira C) Língua brasileira de sinais A) Universais, ou seja, em qualquer país ela é a mesma; B) Cada país possuí a sua Língua de sinais; C) Cada estado possuí a sua Língua de sinais A) Surdinhos B) Surdos C) Surdo-mudo A) Executar traduções da Libras para a Língua portuguesa e vice-versa; B) Auxiliar o aluno surdo a estudar as disciplinas; C) Acompanhar o aluno surdo da escola até a casa do aluno A) Pessoas que concluíram o Libras 1; B) Pessoas com curso específico na área de tradução na Libras; C) Pessoas que possuam fluência na Libras e são parentes de surdos http://materialufpellibras.blogspot.com.br/ A língua de sinais é universal? Essa é umas dos mitos mais recorrentes associados às línguas de sinais. Comumente pensa-se que todos os surdos utilizam a mesma língua de sinais em qualquer parte do mundo. Essa diferença acontece como nas línguas orais em que cada país possui sua própria língua. Libras- Língua Brasileira de Sinais ASL- American Sign Language LSF- Langue de Signes Française BSL- Bristish Sign Language LGP- Língua Gestual Portuguesa Portanto, as línguas de sinas não são universais, pois em qualquer lugar que haja surdos interagindo haverá línguas de sinais. O que é universal é o impulso dos indivíduos para a comunicação e, no caso dos surdos esse impulso é sinalizado. A língua de sinais dos surdos é natural, pois evoluiu como parte de uma grupo cultural do povo surdo. Um fator que explicita a característica natural das línguas de sinais é a organização cerebral. Estudos desenvolvidos no laboratório de Neurociências Cognitivas da Universidade da Califórnia comprovaram que as línguas de sinais são organizadas no hemisfério esquerdo do cérebro, o mesmo que as línguas orais. Com esses estudos comprovou-se que as línguas de sinais são línguas naturais. Consideram-se “artificiais” as línguas construídas e estabelecidas por um grupo de indivíduos com algum propósito específico. Ex: O esperanto (língua oral) e o gestuno ou Língua de sinais internacional, cujo objetivo é estabelecer a comunicação internacional. Podem ser consideradas como língua auxiliar ou língua franca. Sim. O reconhecimento linguístico teve seu marco com os estudos descritivistas do linguista americano William Stokoe em 1960. Stokoe observou surdos sinalizando (ASL) na universidade em que lecionava e resolveu investigar se aquele conjunto de sinais constituiam uma língua ou não. Conclusões dos estudos de Stokoe: A língua de sinais dos surdos têm estrutura e função semelhante as demais línguas, veiculada através de um meio sensorial diferente. Stokoe apresentou três parâmetros da ASL, Configuração de mão (CM), Ponto de articulação ou locação (L) e movimento (M). Sim. Houve por muito tempo uma ideia de que as línguas de sinais constituem-se como pantomimas e que não era possível expressar conceitos abstratos. Hoje sabemos que é possível expressar sentimentos, emoções e quaisquer ideias e conceitos abstratos. Mito. Há uma tendência de se pensar assim, pois as pessoas relacionam o fato da língua de sinais ser de modalidade espaçovisual. Na Libras há muitos sinais icônicos, ex: Os surdos foram proibidos de usarem sua língua durante muito tempo. Muitas escolas proibiram o uso da língua de sinais forçando os surdos a falarem. Quando desobedeciam eram castigados fisicamente e tinham as mãos amarradas dentro das salas de aula. (PADDEN & HUMPHRIES, 1988) Muitos surdos eram educados em mosteiros, asilos ou escola de regime internato. Versalhes, 1712 Houve sempre uma forte tensão entre o uso da língua oral e o uso da língua de sinais. Por ser proibido o uso da língua de sinais, alguns surdos reuniam-se escondidos para sinalizarem e por isso, a LS ficou conhecida como um código secreto. A LS era vista como algo exótico, obsceno e extremamente agressivo, pois o surdo expunha o corpo ao sinalizar. O Abade Charles Michel de L´Épee educando os surdos em Paris, 1789. Não, mas até bem pouco tempo pensava-se que as línguas de sinais não tinham escrita. Na década de 70 uma coreógrafa americana chamada de Valerie Sutton criou um sistema para descrição para registrar danças. Não. O alfabeto manual é utilizado para soletrar manualmente as palavras (também chamado de soletramento digital ou datilologia), sendo apenas um recurso por usuários das línguas de sinais. Acreditar que a língua de sinais é o alfabeto manual é fixar-se na ideia de que a língua de sinais é limitada. Imaginemos quanto tempo levariamos para falar uma sentença ou termos uma conversa se só utilizássemos a datilologia? Vídeo do Billy Kelmam https://www.youtube.com/watch?v=fYAVL1D xokk É importante ressaltar que o soletramento, tanto na sua forma receptiva quanto produtiva supõe letramento. O soletrante que não for alfabetizado (leitura e escrita) na língua oral de sua comunidade terá dificuldades de utilizar esse recurso.
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