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Curso Online: Libras - LBS 1 Conceito sobre a surdez......................................................................................2 Cultura, comunidade e identidades surdas..........................................................4 Variações linguísticas das línguas de sinais........................................................7 A educação de surdos e o ensino da libras no Brasil..........................................9 O reconhecimento da língua brasileira de sinais...............................................14 Gramática da língua brasileira de sinais............................................................16 Datilologia/alfabeto manual e numerais.............................................................21 O intérprete de língua de sinais.........................................................................24 Saudações.........................................................................................................26 Referências Bilbiográficas.................................................................................28 2 CONCEITO SOBRE A SURDEZ Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos que são enviados ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento e identificação daquilo que ouvimos. Tipos de Surdez Ligeira A palavra é ouvida, contudo certos elementos fonéticos escapam ao indivíduo. Este tipo de surdez não provoca atrasos na aquisição da linguagem, porém há dificuldades em ouvir uma conversa normal. Média - a palavra só é ouvida a uma intensidade muito forte; - dificuldades na aquisição da linguagem; - perturbação da articulação da palavra e da linguagem; - dificuldades em falar ao telefone; - necessidade de leitura labial para a compreensão do que é dito. Severa - a palavra em tom normal não é percebida; - é necessário gritar para ter sensação auditiva; - perturbações na voz e na fonética da palavra; - intensa necessidade de leitura labial. 3 Profunda - nenhuma sensação auditiva; - perturbações intensas na fala; - dificuldades intensas na aquisição da linguagem oral; - adquire facilmente Língua Gestual. Cofose Surdez completa; ausência total do som. A surdez pode ser classificada em dois grupos: Congênita – o indivíduo nasce surdo antes de ter adquirido a língua, nesse caso domina-se surdez pré-lingual; Adquirida – o indivíduo poderá adquiri-la ao longo da vida, inclusive após ter adquirido a fala, sendo denominada surdez pós-lingual. Outros fatores que podem provocar surdez: - casos de surdez na família; - nascimento prematuro; - baixo peso ao nascer; - uso de antibióticos tóxicos ao ouvido e de diuréticos no berçário; - infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola. Qual a importância da Língua Brasileira de Sinais para Surdos 4 CULTURA, COMUNIDADE E IDENTIDADES SURDAS Segundo e Autora Gladis Perlin: ―As diferentes identidades Surdas são bastante complexas, diversificadas. Isto pode ser constatado nesta divisão por identidades onde se tem ocasião para identificar outras muitas identidades Surdas, exemplo: Surdos filhos de pais Surdos; Surdos que não tem nenhum contato com Surdo, Surdos que nasceram na cidade, ou que tiveram contato com Língua de Sinais desde a infância etc... Como dissemos a identidade Surda não é estável, esta em continua mudança. Os Surdos não podem ser um grupo de identidade homogênea. Há que se respeitarem as diferentes identidades. Em todo caso, para a construção destas identidades impera sempre a identidade cultural, ou seja, a identidade Surda como ponto de partida para identificar as outras identidades Surdas. Esta identidade se caracteriza também como identidade política, pois esta no centro das produções culturais. Outro ponto de partida que não pode ser esquecido é que a identidade Surda é possível pela experiência visual. Isto é, se a pessoa tem audição já não pode ser Surda como no caso da identidade intermediaria. Isto tudo é importante à produção cultural como seja: necessidade de intérpretes, de Língua de Sinais, de convívio com pessoas de identidades iguais‖. Os aspectos culturais e identitários das pessoas surdas devem ser destacados ao contrário do desconhecimento que acaba por gerar pré-conceitos que rotulam estas pessoas como deficientes físicos com incapacidades geradas por conta da perda auditiva. Identidades Surdas (identidade política) - Trata-se de uma identidade fortemente marcada pela política Surda. São mais presentes em Surdos que pertencem à comunidade Surda e apresentam características culturais como sejam: Possuem a experiência visual que determina formas de comportamento, cultura, língua, etc.; 5 Carregam consigo a Língua de Sinais. Usam Sinais sempre, pois é sua forma de expressão. Eles têm o costume bastante presente que os diferencia dos ouvintes e que caracteriza a diferença Surda: a captação da mensagem é visual e não auditiva. O envio de mensagens não usa o aparelho fonador, usa as mãos; Aceitam-se como Surdos, sabem que são Surdos e assumem um comportamento de pessoas Surdas, Entram facilmente na política com identidade Surda, onde impera a diferença: necessidade de interpretes, de educação diferenciada, de Língua de Sinais, etc.; Esta identidade assume características bastante diferenciadas é preciso lembrar aqui que, por exemplo, a identidade Surda genealógica traz sinais vividos e provados durante gerações, por exemplo, na Itália há uma família de Surdos de mais de 40 gerações; os filhos de pais Surdos; os Surdos que nasceram Surdos têm família ouvinte e entraram em contato com a comunidade Surda já em idade adulta. Nem todos os surdos fazem e aceitam a língua de sinais, muitos deles transitam entre a identidade surda e a ouvinte, não necessariamente pertencendo à comunidade surda. Os Surdos que não têm contato com a comunidade Surda. Ou Surdos que viveram na inclusão ou que tiveram contato da surdez como preconceito ou desconhecimento social. São outra categoria de Surdos, visto de não contarem com os benefícios da cultura Surda. Eles também têm algumas características particulares. Estão em dependência no mundo dos ouvintes, seguem os seus princípios, respeitam-nos, colocam-nos acima dos princípios da comunidade Surda, às vezes competem com os ouvintes, pois que são induzidos no modelo da identidade ouvinte. As identidades Surdas embaraçadas são outros tipos que podemos encontrar diante da representação estereotipada da surdez ou desconhecimento da surdez como questão cultural. As Identidades de Diáspora divergem das identidades de transição. Estão presentes entre os Surdos que passam de um pais a outro ou, inclusive passam de um Estado brasileiro a outro, ou ainda de um grupo Surdo a outro. 6 Ela pode ser identificada como o Surdo carioca, o Surdo brasileiro, o Surdo norte-americano. É uma identidade muito presente e marcada. O que vai determinar a identidade Surda é sempre a experiência visual. Neste caso, em vista desta característica diferente distinguimos a identidade ouvinte da identidade Surda. Temos também a identidade intermediaria. Geralmente esta identidade é identificada como sendoSurda. Essas pessoas têm outra identidade, pois tem uma característica que não lhes permite a identidade Surda isto é a sua captação de mensagens não é totalmente na experiência visual que determina a identidade Surda. ―A diferença, como significação política, é construída histórica e socialmente; é um processo e um produto de conflitos e movimentos sociais, de resistências às assimetrias de poder e de saber, de uma outra interpretação sobre a alteridade e sobre o significado dos outros no discurso dominante‖ (SKLIAR, 2005b, p. 6). Os deslocamentos de linguagem que aos poucos se promovem no terreno dos Estudos Surdos são, muito mais que revisões terminológicas, rompimentos com as epistemes que sustentam discursos ouvintistas. Velhos termos são problematizados, colocados em questão. Outros são ressignificados, promovidos e trazidos à baila na torrente de transformações dos olhares sobre a surdez. Ao contrário de visões caritativas, filantrópicas e paternalistas em relação aos sujeitos surdos, fundadas sobre a preeminência da falta, as novas compreensões concretizam a afirmação do Ser Surdo como uma forma positiva de existir, que se desdobra em uma série de expressões identitárias, a confrontar a ideia de condição limitante e patológica que precisa ser superada. Por isso, se antes eram percebidos como ―portadores‖ de uma enfermidade que os apequenava diante de um mundo ouvinte, ou como deficientes (na acepção vulgar e redutora do termo) acolhidos com caridade por instituições filantrópicas-assistenciais, hoje muitos surdos enlaçam-se em lutas políticas, organizados em associações e movimentos populares, a reafirmar e reivindicar direitos. 7 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS DAS LÍNGUAS DE SINAIS Cada país possui sua própria língua de sinais, diferentemente da língua falada desses locais. As línguas de sinais não são uma língua universal, nesse sentido, as comunidades surdas de quase todos os países do mundo possuem sua língua na modalidade gestual visual. A língua de sinais é uma língua visual, que surge nas comunidades de pessoas surdas ou se deriva de outras línguas de sinais. Assim como as línguas orais-auditivas, uma língua de sinais é considerada pela linguística como língua natural, pois atende a todos os critérios linguísticos como qualquer língua. Por seu canal comunicativo ser diferente das línguas orais-auditivas, as línguas de sinais são denominadas como línguas de modalidade visuoespacial. Os sinais, ou seja, as palavras, são articulados essencialmente pelas mãos e percebidos através da visão. Em uma língua de sinais, os sinais não são gestos. Os sinais são símbolos arbitrários, legitimados e convencionados pelos falantes de uma língua de sinais, assim como as palavras são em uma língua oral. Por meio de uma língua de sinais, o surdo ou pessoa com deficiência auditiva têm acesso à informação e à comunicação. Há no mundo muitas línguas de sinais e em muitos países línguas de sinais têm recebido o status de língua oficial. Cada país tem a sua, ou até mais de uma, língua de sinais. Tomando como exemplo alguns países lusófonos, vemos que utilizam diferentes línguas de sinais: no Brasil existe a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e a Língua de Sinais Kaapor Brasileira, em Portugal existe a Língua Gestual Portuguesa (LGP), em Angola existe a Língua Angolana de Sinais (LAS), em Moçambique existe a Língua Moçambicana de Sinais (LMS). Assim como acontece nas línguas faladas oralmente, existem variações linguísticas dentro da própria língua de sinais, isto é, regionalismos e/ou sotaques. Essas variações se devem a ligeiras diferenças culturais e influências diversas no sistema de ensino do país, por exemplo. Há também outros fatores que favorecem à diversidade e à mudança linguística, como, por exemplo, a extensão e a descontinuidade territorial e os contatos com outras línguas. Além disso, deve-se levar em conta que https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Surdo https://pt.wikipedia.org/wiki/Lingu%C3%ADstica https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_natural https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra https://pt.wikipedia.org/wiki/Gesto https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_oficial https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_Brasileira_de_Sinais https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_Brasileira_de_Sinais https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_Sinais_Kaapor_Brasileira https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_Gestual_Portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_Angolana_de_Sinais https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_Angolana_de_Sinais https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%ADngua_Mo%C3%A7ambicana_de_Sinais&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas https://pt.wikipedia.org/wiki/Regionalismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sotaque https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino 8 diferenças culturais são determinantes nos modos de representação do mundo. Assim, os surdos sentem as mesmas dificuldades que os ouvintes quando necessitam comunicar com outros que utilizam uma língua diferente. É comum aos ouvintes pressupor que as línguas de sinais sejam versões sinalizadas das línguas orais. Por exemplo, muitos acreditam que a LIBRAS é a versão sinalizada da língua portuguesa do Brasil; que a Língua de Sinais Americana é a versão sinalizada da língua inglesa; que a Língua de Sinais Japonesa é a versão sinalizada da língua japonesa; e assim por diante. No entanto, embora haja semelhanças ou aspectos comuns entre as línguas de sinais, devido a um certo contato linguístico, as línguas de sinais são autónomas, possuem estruturas gramatical própria, não derivam das línguas orais e possuem peculiaridades que as distinguem umas das outras e das línguas orais. A língua de sinais são completas em si mesmas, dispondo de recursos expressivos suficientes para permitir aos seus usuários expressar-se sobre qualquer assunto, em qualquer situação, domínio do conhecimento e esfera de atividade. Por meio de uma língua de sinais é possível criar poesias, contar e inventar histórias, discutir sobre filosofia, política, assuntos do cotidiano etc. Emmanuelle Laborit, atriz surda, afirma no seu livro O Vôo da Gaivota, que tudo pode ser expressado por meio dos sinais, sem perder nenhum de conteúdo. Mais importante, ainda: é uma língua adaptada à capacidade de expressão dos surdos. Há também o Sistema de Escrita para Línguas de Sinais (Escrita SEL). O sistema de escrita foi desenvolvido pela Profa. Dra. Adriana S. C. 'Lessa-de- Oliveira em 1999 e posteriormente melhorado em 2011. A Escrita SEL foi desenvolvida para a Libras. Entretanto, segundo a criadora, pode ser utilizado para escrever outras línguas de sinais. Mas, em alguns casos é necessária adaptação simples. I – E – S –T – U – D – A –R https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvinte https://pt.wikipedia.org/wiki/LIBRAS https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_americana https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_americana https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_japonesa https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais_japonesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Emmanuelle_Laborit https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs9 A EDUCAÇÃO DE SURDOS E O ENSINO DA LIBRAS NO BRASIL A língua brasileira de sinais (Libras) é a língua de sinaisPB (língua gestualPE) usada por surdos dos centros urbanos brasileiros e legalmente reconhecida como meio de comunicação e expressão. É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone, que é natural da região ou do território em que habita, quanto da língua gestual francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como o comprova o fato de que em Portugal usa-se uma língua de sinais diferente, a língua gestual portuguesa (LGP). Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos como: Fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber visual-espacial, ou cinésico- visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo a comunicação de forma correta, evitando o uso do "Português sinalizado". Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos — e também de expressões faciais e corporais que transmitem os sentimentos que para os ouvintes são transmitidos pela entonação da voz, os quais juntos compõem as unidades básicas dessa língua. Assim, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Como em qualquer língua, também na libras existem diferenças regionais. Portanto, deve-se ter atenção às suas variações em cada unidade federativa do Brasil. https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugu%C3%AAs_europeu https://pt.wikipedia.org/wiki/Surdez https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiros https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiros https://pt.wikipedia.org/wiki/Antiga_l%C3%ADngua_de_sinais_francesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_Gestual_Portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_(lingu%C3%ADstica) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sintaxe https://pt.wikipedia.org/wiki/Sem%C3%A2ntica https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavras https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9xico https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinais https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Lingu%C3%ADstico 10 A difusão do alfabeto dactilológico, também conhecido como alfabeto manual, a pressuposição de que esse alfabeto é a própria língua de sinais, que há uma única língua de sinais e que essa língua é universal. No entanto, o alfabeto dactilológico é apenas um código de representação das letras alfabéticas, cuja função é a soletração de palavras das línguas orais, de algum vocábulo da língua oral que ainda não possua um sinal correspondente na língua de sinais, etc. De acordo om o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), o alfabeto dactilológico usado atualmente no Brasil é um conjunto de 27 formatos, ou configurações diferentes de uma das mãos, cada configuração correspondendo a uma letra do alfabeto do português escrito, incluindo o ―Ç‖. O alfabeto manual também não é universal. Por ser convencionado, cada língua de sinais possui o seu alfabeto dactilológico. Há também o alfabeto manual para pessoas surdas- cegos. Nesse caso, os indivíduos os surdos-cegos precisam pegar na mão de quem está sinalizando. É muito aconselhável soletrar devagar, formando as palavras com nitidez. Entre as palavras soletradas, é melhor fazer uma pausa curta ou mover a mão direita para o lado esquerdo, como se estivesse empurrando a palavra já soletrada para o lado. Normalmente o alfabeto manual é utilizado para soletrar os nomes de pessoas, de lugares, de rótulos, sinais de pontuação, tais como, vírgulas, ponto final e de interrogação, às vezes, são desenhados no ar. Preposições e outras classes de palavras de que a língua não dispõe são inseridas na sinalização por meio da dactilologia, ou do alfabeto manual. Portanto, a partir desta Lei, a Língua Brasileira de Sinais passou a ser considerada como um meio de comunicação e expressão e não interpretada apenas por gestos ou mímicas. Mesmo com o passar dos anos a Libras (Língua Brasileira de Sinais) continua fazendo parte de uma minoria linguística na qual é constituída por surdos e o meio social em que ele vive, através dessa língua ele consegue mostrar sua capacidade e seu desenvolvimento no meio social. Contudo, a lei existe, mas não é executada da maneira correta em diversos lugares, não só nas escolas, como por exemplo nos bancos, consultórios médicos e supermercados, ou seja, ainda falta infraestrutura e profissionais qualificados que possam atender os surdos como está constituído nesta lei. É importante saber que a atualidade é um período de plena informação e tecnologia avançada, mas encontramos ainda a crença de que no Brasil todos falam português, se esquecendo das línguas indígenas, imigrantes e da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que foi reconhecida como a língua oriunda das comunidades surdas do país, através da lei nº10.436/2002, garantido o direito https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto https://pt.wikipedia.org/wiki/Dactilologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Idioma https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Nacional_de_Educa%C3%A7%C3%A3o_de_Surdos https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%87 https://pt.wikipedia.org/wiki/Surdo-cegueira https://pt.wikipedia.org/wiki/Lugar https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%B3tulo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pontua%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrgula https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_final https://pt.wikipedia.org/wiki/Interroga%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Preposi%C3%A7%C3%B5es 11 do reconhecimento da Libras como língua de manifestação e expressão das pessoas surdas no acesso à educação, à saúde, à cultura e ao trabalho. Estão garantidas no Brasil, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da língua brasileira de sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. O governo do estado brasileiro de São Paulo produziu um dicionário voltado para os surdos, elaborado com o intuito de diminuir ao máximo a exclusão digital. Produzido em CD-ROM, o dicionário tem 43 606 verbetes, 3 000 vídeos, 4 500 sinônimos e cerca de 3 500 imagens. A Libras, como as outras línguas de sinais, não tem um sistema de escrita largamente adotado, embora existam algumas propostas, como a SignWriting e a "ELiS", que estão sendo usadas em algumas escolas e publicações. Na falta de uma escrita própria, a Libras tem sido transcrita usando palavras em português que correspondam ao significado dos sinais. Para designar que a palavra em português indica um sinal, é grafada convencionalmente em letras maiúsculas. Além disso, o signwriting é também uma linguagem simbólica, que é representada por elementos geométricos e desenhos representativos em forma de gráfico que busca determinar o sinal feito pelos parâmetros estabelecidos pela língua de sinais a ser expressada manualmente. Ao falarmos em língua de sinais estamos a referir-nos a língua materna/naturalde uma comunidade de surdos, isto é, uma língua de produção manuo-motora e de recepção visual, com vocabulário e gramática próprios, não dependente da língua oral, usada pela comunidade surda, que envolve também ouvintes, tais como familiares de surdos, intérpretes, professores e outros. Aspectos comuns: Arbitrariedade: As línguas orais são maioritariamente arbitrárias, não se depreende a palavra simplesmente pelo sua representatividade, mas é necessário conhecer o seu significado. As palavras e os sinais apresentam conexões arbitrárias entre a forma e o significado. A iconicidade encontra-se presente nas línguas de sinais, mais do que nas orais, mas a sua arbitrariedade continua a ser dominante. Embora, nas línguas de sinais, alguns sinais sejam totalmente icônicos, é impossível, como nas línguas orais, depreender o significado da grande maioria dos sinais, apenas pela sua representação. https://pt.wikipedia.org/wiki/SignWriting https://pt.wikipedia.org/wiki/ELiS https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_materna https://pt.wikipedia.org/wiki/Vocabul%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica 12 Comunidade: As línguas orais têm uma comunidade que as adquirem, como língua materna, cujo desenvolvimento se faz através de uma comunidade de origem, passando pela família, a escola e as associações. Todas as línguas orais têm variações linguísticas. Todas as línguas gestuais possuem estas mesmas características. Sistema linguístico: As línguas orais são sistemas regidos por regras. O mesmo acontece com as línguas de sinais, conforme referenciado por Stokoe (1960). Produtividade: As línguas orais possuem a características da produtividade e da recursividade, sendo possível aos seus falantes nativos produzirem e compreenderem um número infinito de enunciados, mesmo que estes nunca tenham sido produzidos antes. Acontece o mesmo com as línguas de sinais, sendo encontradas a criatividade e produtividade nas produções. Podemos falar diversas coisas de diversas formas a partir das regras de cada língua. Por exemplo, da LGP, pelos seus gestuantes nativos, parecendo não haver limite criativo. Aspectos contrastivos: As línguas orais possuem aspectos contrastivos, isto é, as unidades fonológicas do sistema de determinada língua estabelecem-se por oposições contrastivas, ou seja, em pares de palavras, em que a substituição de uma unidade fonológica (um fonema) por outra altera o significado da palavra (por exemplo: parra e barra). Acontece o mesmo nas línguas de sinais, sendo que em vez de unidade fonológica, muda um pequeno aspecto do gesto (por exemplo, na LGP: método e liberdade). Evolução e renovação: As línguas orais modificam-se, como no caso das palavras que caem em desuso, outras que são adquiridas, a fim de aumentar o vocabulário e ainda no caso da mudança de significado das palavras. O mesmo acontece nas línguas de sinais, a fim de responder às necessidades que a evolução socio-cultural impõe (por exemplo, na LGP, os seis gestos de "comboio", ou os gestos de "filme"). Aquisição da linguagem: A aquisição de qualquer língua oral é natural, desde que haja um ambiente propício desde nascença. Na língua de sinais acontece https://pt.wikipedia.org/wiki/LGP https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquisi%C3%A7%C3%A3o_da_linguagem 13 de igual forma, não tendo o indivíduo surdo que exercer esforço para aprender uma língua de sinais, ou necessidade de qualquer preparação especial. Funções da linguagem: As línguas orais podem ser analisadas de acordo com as suas funções. O mesmo acontece com as línguas de sinais. As funções são: a função referencial, a emotiva, a conativa, a fática, a metalinguística, e a poética. Processamento: Embora usando modalidades de produção e percepção, as línguas orais e de sinais são processadas na mesma área cerebral, no lado esquerdo do cérebro. Segundo Chomsky, todas a línguas possuem um sistema de combinação. A partir de unidades simples, formam-se unidade mais complexas. As frases e sentenças são formadas a partir de palavras; as palavras são formadas a partir de unidades menores, morfemas; e os morfemas, são formadas a partir de fonemas. As línguas de sinais e de sinais se diferem quanto a forma como as unidade são construídas. Segundo Gesser (2009), enquanto as línguas orais tendem a organizar as unidades sequencialmente/linearmente; as línguas de sinais, de uma maneira geral, incorporam as unidades simultaneamente, pois um signo pode ser articulado com uma mão, e outro com a outra, de forma simultânea. Além disso, enquanto as mãos sinalizam itens lexicais, as expressões faciais e corporais fornecem informações discursivas e gramaticais. Mesmo assim, mesmo nas línguas de sinais, a linearidade está presente em todos os níveis de análise: do fonológico ao discursivo. Como por exemplo, nos sinais compostos. Nos sinais compostos, duas unidades preexistentes na língua se juntam para criar um novo vocábulo. Nesses casos, o sinal é realizado em uma ordem linear. Não é possível invertê-la. Embora existam aspectos universais, pelos quais se regem todas as línguas de sinais, a comunicação visual dos Surdos não é universal. As línguas de sinais não seguem a ordem e estrutura frásicas das línguas orais. As línguas de sinais, assim como as orais, pertencem às comunidades onde são usadas, tendo apresentado diferenças consideráveis entre as determinadas línguas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%B5es_da_linguagem https://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%B5es_da_linguagem https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro https://pt.wikipedia.org/wiki/Frase 14 O RECONHECIMENTO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS A Libras foi criada, então, junto com o INES, a partir de uma mistura entre a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos brasileiros. Ela foi ganhando espaço pouco a pouco, mas sofreu uma grande derrota em 1880. Um congresso sobre surdez em Milão proibiu o uso das línguas de sinais no mundo, acreditando que a leitura labial era a melhor forma de comunicação para os surdos. Isso não fez com que eles parassem de se comunicar por sinais, mas atrasou a difusão da língua no país. Com a persistência do uso e uma crescente busca por legitimidade da língua de sinais, a Libras voltou a ser aceita. A luta pelo reconhecimento da língua, no entanto, não parou. Em 1993 uma nova batalha começou, com um projeto de lei que buscava regulamentar o idioma no país. Quase dez anos depois, em 2002, a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente reconhecida como uma língua oficial do Brasil. Essa conquista se somou a outras mais atuais, que sempre passaram pelo campo da legislação. Nos últimos anos não foram poucas as leis e recomendações que buscaram regulamentar aspectos da língua de sinais para propagar seu o uso e garantir direitos à comunidade surda: 2004: Lei que determina o uso de recursos visuais e legendas nas propagandas oficiais do governo; 2008: Instituído o Dia Nacional do Surdo, comemorado em 26 de Setembro, considerado o mês dos surdos; 2010: Foi regulamentada a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras; 2015: Publicação da Lei Brasileira de Inclusão (ou Estatuto da Pessoa com Deficiência), que trata da acessibilidade em áreas como educação, saúde, lazer, cultura, trabalho etc.; 2016: Anatel publica resolução com as regras para o atendimento das pessoas com deficiência por parte das empresas de telecomunicações; Mesmo com todos esses avanços, a Libras ainda é pouco conhecida e usada entre os ouvintes. Seu status de língua oficial não é validado na prática. Para mudar essa realidade precisamos tratar a Língua Brasileira de Sinais como realmente nossa, defendendo-a e procurando aprender mais sobre ela. http://blog.handtalk.me/dia-nacional-surdo/?utm_source=Blog&utm_medium=Historia_Libras_Linkhttp://blog.handtalk.me/setembro-azul-mes-dos-surdos/?utm_source=Blog&utm_medium=Historia_Libras_Link http://blog.handtalk.me/estatuto-da-pessoa-com-deficiencia/?utm_source=Blog&utm_medium=Historia_Libras_Link http://blog.handtalk.me/estatuto-da-pessoa-com-deficiencia/?utm_source=Blog&utm_medium=Historia_Libras_Link http://blog.handtalk.me/lei-brasileira-de-inclusao-educacao/?utm_source=Blog&utm_medium=Historia_Libras_Link 15 Criada somente em 24 de abril de 2002, a lei 10.436, que reconhece a Libras (Língua Brasileira de Sinais) como meio legal de comunicação e expressão, é um marco importante para a comunidade surda brasileira. A lei também determina que o poder público deve apoiar seu uso e difundir a língua, que passados 17 anos de sua publicação ainda enfrenta desafios para ser plenamente cumprida. Língua Materna se refere aos surdos que nascem em famílias de surdos, em que a língua comum é a Libras. Já para surdos que nascem em famílias ouvintes, em que não há comunicação em Libras entendemos como Língua natural. Entre as ações que ainda não estão plenamente aplicadas, há a obrigatoriedade de que instituições e concessionárias de serviços públicos ofereçam atendimento e tratamento adequados aos surdos. A lei também determina que as redes públicas de ensino devem incluir a língua nos cursos de formação de educação especial, fonoaudiologia e magistério em níveis médio e superior. Antes da lei, o surdo ficava apenas em casa com a família, que também não sabia Libras. Quase não havia comunicação. A lei aumentou o conhecimento e visibilidade sobre a língua de sinais. Não só o surdo pode se comunicar em Libras. Todos podem, nas lojas, nos hospitais, e escolas. 16 GRAMÁTICA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Segundo Cunha e Cintra (2008, p. 41), nas línguas orais ―a disciplina que estuda minuciosamente os sons da fala, as múltiplas realizações dos fonemas, chama-se fonética. A parte da gramática que estuda o comportamento dos FONEMAS numa língua denomina-se fonologia ou fonémica‖. Já nas Línguas de Sinais, a Fonética e a Fonologia estudam as unidades mínimas que formam os sinais e que isoladamente não apresentam nenhum significado (QUADROS; KARNOPP, 2004). Segundo Quadros e Karnopp (2004, p. 81-82), essas duas áreas se relacionam, já que possuem o mesmo objeto de estudo, porém há pontos de vista diferentes: A principal preocupação da fonética é descrever as unidades mínimas dos sinais. A fonética descreve as propriedades físicas, articulatórias e perceptivas de configuração e orientação de mão, movimento locação, expressão corporal e facial. [...] A fonologia estuda as diferenças percebidas e produzidas relacionadas com as diferenças de significado. Nos anos de 1960 a 1970, aconteceram as primeiras investigações linguísticas em relação à Língua de Sinais, realizadas por um grupo de pesquisadores, dentre eles Stokoe, que realizou a primeira descrição estrutural da Língua de Sinais Americana (ASL) e propôs a decomposição dos sinais dessa língua em três parâmetros: a configuração de mão (CM), a locação da mão (L) e o movimento da mão (M). Dessa forma, esses parâmetros foram considerados como unidades mínimas de formação dos sinais, tais como os fonemas nas línguas orais. A partir dos trabalhos desenvolvidos por Stokoe, outros parâmetros foram adicionados à fonologia das Línguas de Sinais: a orientação da mão (Or) e as expressões não-manuais (ENM) (QUADROS; KARNOPP, 2004). 17 Imagem: br.123rf.com De acordo com Quadros e Karnopp (2004): Configuração de mão (CM): as várias formas que a mão adquire durante a realização dos sinais; Movimento (M): envolve várias formas e direções, eles podem ser: internos da mão, do pulso ou direcionais no espaço; Locação (L): também chamado de ponto de articulação (PA), diz respeito à área do corpo ou do espaço em que o sinal é realizado; 18 Orientação da mão (Or): é a direção para a qual a palma da mão aponta durante a realização do sinal, ela pode ser: para cima, para baixo, para o corpo, para a frente, para a direita ou para a esquerda; Expressões não-manuais (ENM): são os movimentos realizados pela face, pelos olhos, pela cabeça ou pelo tronco durante a realização dos sinais. Assim como a gramática convencional é entendida como conjunto de regras necessárias que o indivíduo deva seguir na estruturação de textos, tais como: Morfologia, sintaxe, coesão e coerência, acrescentando nesse repertório à fonologia, a semântica e a pragmática, a gramática de LIBRAS, também, possui regras para estruturação de textos, similares e contrastiva com a gramática da Língua Portuguesa, relacionadas à morfologia, coesão, coerência e semântica, conforme afirma (QUADROS, 2007 apud KATO, 1988). que há similaridades comportamentais que não precisam ser explicitadas por constituírem a base comum das línguas naturais; que se duas línguas compartilham muitas similaridades tipológicas, estas poderão servir de base para as primeiras inferências quanto ao significado das formas em língua estrangeiras; quanto às diferenças, por serem sistemáticas, admitem um tratamento inferencial e heurístico. A língua de sinais é uma língua espacial-visual e existem muitas formas criativas de explorá-la - Configurações de mão, movimentos, expressões faciais gramaticais, localizações, movimentos do corpo, espaço de sinalização, classificadores são alguns dos recursos discursivos que tal língua oferece para serem explorados durante o desenvolvimento da criança surda e que devem ser explorados para um processo de alfabetização com êxito. (QUADROS, 2007). As línguas de sinais são de modalidade gestual-visual, e o espaço é o canal de comunicação. Nele, frases, textos e discursos são produzidos e articulados através dos sinais. São consideradas línguas naturais, pois surgiram da interação espontânea entre indivíduos. Elas possuem gramática própria, além dos níveis linguísticos, fonológico, morfológico, semântico, sintático e pragmático, o que possibilita aos seus utentes expressarem diferentes tipos de 19 significados, dependendo da necessidade comunicativa e expressiva do indivíduo. Além disso, as línguas de sinais não descendem e nem dependem das línguas orais. Iconicidade e Arbitrariedade Iconicidade e arbitrariedade do signo linguístico são inerentes às línguas naturais. Reflexões acerca das definições destes fenômenos das línguas ocorreram desde a época de Platão e se estendem até os dias de hoje. Podem-se citar, dentre as reflexões do filósofo grego, questões sobre a linguagem e sobre a relação dela com o mundo. Crátilo, Hermógenes e Sócrates foram um dos interlocutores que dialogaram acerca desta relação, discutindo a ligação existente entre nome, idéia e coisa. Crátilo defendia o conceito de iconicidade; Hermógenes, de arbitrariedade. Sócrates, por seu turno, integrava as duas concepções. Variações linguísticas A língua está em constante evolução, é dinâmica, um produto social em permanente inconclusão, ―(...) é intrinsecamente heterogênea, múltipla, variável, instável e está sempre em desconstrução e em reconstrução‖ (BAGNO, 2007, p.35, grifos do autor). Devido a este caráter de ordem heterogênea, nas línguas naturais pode ser identificado um fenômeno linguístico denominado variação. As línguas de sinais, por serem naturais, apresentam tais manifestações. Segundo Bagno (2007) existem fatores sociais ou extralinguísticos que podem proporcionar à identificação do fenômeno variação linguística, são eles: Origem geográfica: a língua varia de um lugar para o outro; assim, podemos investigar, por exemplo, a fala característica das diferentes regiões brasileiras, dos diferentes estados, de diferentes áreas geográficas dentro deum mesmo estado etc.; outro fator importante também é a origem rural ou urbana da pessoa; Status socioeconômico: as pessoas que têm um nível de renda muito baixo não falam do mesmo modo das que têm um nível de renda médio ou muito alto, e vice-versa; 20 Grau de escolarização: o acesso maior ou menor à educação formal e, com ele, à cultura letrada, à prática da leitura e aos usos da escrita, é um fator muito importante na configuração dos usos linguísticos dos diferentes indivíduos; Idade: os adolescentes não falam do mesmo modo como seus pais, nem estes pais falam do mesmo modo como as pessoas das gerações anteriores; Sexo: homens e mulheres fazem usos diferenciados dos recursos que a língua oferece; Mercado de trabalho: o vínculo da pessoa com determinadas profissões e ofícios incide na sua atividade linguística: uma advogada não usa os mesmos recursos linguísticos de um encanador, nem este os mesmos de um cortador de cana; Redes sociais: cada pessoa adota comportamentos semelhantes aos das pessoas com quem convive em sua rede social; entre esses comportamentos está também o comportamento linguístico. Leitura Complementar: Livro: Ferramenta didática e lúdica para intensificar o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais eBook Kindle. Editora: Editus. Autor: Melquisedeque Oliveira Silva Almeida (Autor) Podemos dizer que o meio ou canal que distingue as línguas orais das línguas de sinais pode privilegiar e explorar características próprias do canal na constituição das estruturas linguísticas e na sua articulação e percepção. https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_ebooks_1?ie=UTF8&field-author=Melquisedeque+Oliveira+Silva+Almeida&text=Melquisedeque+Oliveira+Silva+Almeida&sort=relevancerank&search-alias=digital-text 21 DATILOLOGIA/ALFABETO MANUAL E NUMERAIS Datilologia ou Dactilologia é um sistema de representação, quer simbólica, quer icónica, das letras dos alfabetos das línguas orais escritas, por meio das mãos. É útil para se entender melhor a comunidade surda, faz parte da sua cultura e surge da necessidade de contato com os cidadãos ouvintes. Em geral, é um erro comparar o alfabeto manual com a língua gestual (no Brasil: língua de sinais), quando, na realidade, pois este é a anotação, por meio das mãos, das letras das línguas orais e dos seus principais caracteres. A datilologia classifica-se em dois tipos Bimanual Unimanual Bimanual, onde se representam convencionalmente os caracteres nas distintas falanges e juntas da mão passiva (geralmente a esquerda), usando-se o indicador da outra mão (dominante) como ponteiro sinalizador. É utilizado, actualmente pelos surdos no Reino Unido, Austrália, África do Sul, Nova Zelândia e nalgumas zonas do Canadá. O alfabeto do Reino Unido é muito antigo, pois já era utilizado pelos monges da Irlanda, no século VII. Unimanual, em que a mão dominante (geralmente a direita), representa graficamente as letras impressas em minúsculas, do alfabeto latino. A sua origem é espanhola, provavelmente das comunidades de judeus convertidos do início do século XVI. Na maioria dos países cujas línguas oficiais se escrevem com o alfabeto latino — e, inclusive nos países árabes, como Egito e Marrocos, se bem que https://pt.wikipedia.org/wiki/Letra https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_surda https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvinte https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais https://pt.wikipedia.org/wiki/Caracteres https://pt.wikipedia.org/wiki/Falange https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido https://pt.wikipedia.org/wiki/Austr%C3%A1lia https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Zel%C3%A2ndia https://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Zel%C3%A2ndia https://pt.wikipedia.org/wiki/Canad%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Irlanda 22 adaptado à grafia árabe — os surdos usam um alfabeto unimanual para representar os caracteres baseado no alfabeto manual espanhol. A dactilologia foi inserida nas línguas gestuais, por educadores, tanto ouvintes como surdos; ela serve de ponte entre a língua gestual e a língua oral que a rodeia. A dactilologia é usada em muitas línguas gestuais, com vários propósitos: representar palavras (especialmente nomes de pessoas ou de localidades) que não têm gesto (br: sinal) equivalente, ou para ênfase ou clarificação, ou para se ensinar ou aprender uma determinada língua gestual. Imagem: br.123rf.com A dactilologia tem a sua origem em Espanha. A sua fonte conhecida mais antiga, a obra do monge franciscano Mechor Sánchez de Yebra (1526-1586), foi publicada em 1593. Este afirma no seu livro que a fonte original desse alfabeto é San Buenaventura (Frei Juan de Fidanza, 1221-1274). Obs.: Foram descobertos alfabetos manuais em centenas de pinturas renascentistas medievais. 23 Outro monge espanhol, contemporâneo de Sánchez Yebra, Pedro Ponce de León (1508-1584), também tinha feito uso de um alfabeto manual para educar vários meninos surdos. A difusão alcançada pelo alfabeto manual de Sánchez de Yebra, contudo, não se deve a Ponce de Léon — que não chegou a trazer a público os seus trabalhos, a não ser um, publicado em 1620 — mas a outro espanhol, Juan Pablo Bonet. Pablo Bonet era secretário da família Fernandez de Velasco, que tinha vários surdos, por causa dos frequentes casamentos entre parentes, realizados para manter o património vinculado à família. No século XVIII, a dactilologia surgiu em França, através de Jacob Rodrigues Pereira e em 1816, através de Thomas Hopkins Gallaudet, e foi levada para os EUA. Os surdos, por norma são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, e podem ter ainda uma cultura característica. Alguns fatores podem afetar o processo de aprendizagem de pessoas surdas, como por exemplo: o período em que os pais reconhecem a perda auditiva, o envolvimento dos pais na educação das crianças, os problemas físicos associados, os encaminhamentos feitos, o tipo de atendimento realizado, entre outros. O surdo difere do ouvinte, não apenas porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psico-culturais próprias. Somos todos pessoas diferentes. No Brasil os surdos desenvolveram a LIBRAS com influência da língua de sinais francesa, portanto, elas não são universais; cada país, ou comunidade de surdos possui sua própria língua de sinais. Em Portugal, por exemplo, existe a LGP. Em Angola, os surdos locais desenvolveram a Língua Gestual Angolana (LGA), também largamente designada por Língua Angolana de Sinais (LAS). Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos mímicos. Conheça mais sobre o assunto e aprenda com o Curso Tradução e Interpretações de Libras da iEstudar. Click no botão ao lado para estudo https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Ponce_de_Le%C3%B3n https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Ponce_de_Le%C3%B3n https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacob_Rodrigues_Pereira https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacob_Rodrigues_Pereira https://pt.wikipedia.org/wiki/1816 https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hopkins_Gallaudet https://pt.wikipedia.org/wiki/EUA https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_surda https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Audi%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Fala https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura https://pt.wikipedia.org/wiki/LIBRAS https://pt.wikipedia.org/wiki/LGP https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%ADmica https://iestudar.com/curso-online-gratis/aperfeicoamento-em-traducao-e-interpretacoes-de-libras 24 O INTÉRPRETEDE LÍNGUA DE SINAIS Intérprete - Pessoa que interpreta de uma língua (língua fonte) para outra (língua alvo) o que foi dito. Intérprete de língua de sinais - Pessoa que interpreta de uma dada língua de sinais para outra língua, ou desta outra língua para uma determinada língua de sinais. Linguas de sinais - São línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas. As línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas naturais, sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As línguas de sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das pessoas surdas. Lingua brasileira de sinais - A língua brasileira de sinais é a língua utilizada pelas comunidades surdas brasileiras. LSB - É outra sigla para referir-se à língua brasileira de sinais: Língua de Sinais Brasileira. Esta sigla segue os padrões internacionais de denominação das línguas de sinais. Modalidades de tradução-interpretação – língua brasileira de sinais para português oral, sinais para escrita, português para a língua de sinais oral, escrita para sinais - Uma tradução sempre envolve uma língua escrita. Assim, poder-se-á ter uma tradução de uma língua de sinais para a língua escrita de uma língua falada, da língua escrita de sinais para a língua falada, da escrita da língua falada para a língua de sinais, da língua de sinais para a escrita da língua falada, da escrita da língua de sinais para a escrita da língua falada e da escrita da língua falada para a escrita da língua de sinais. A interpretação sempre envolve as línguas faladas/ sinalizadas, ou seja, nas modalidades orais-auditivas e visuais-espaciais. Assim, poder-se-á ter a interpretação da língua de sinais para a língua falada e vice-versa, da língua falada para a 25 língua de sinais. Vale destacar que o termo tradutor é usado de forma mais generalizada e inclui o termo interpretação. Tradutor-intérprete de língua de sinais - Pessoa que traduz e interpreta a língua de sinais para a língua falada e vice-versa em quaisquer modalidades que se apresentar (oral ou escrita). Tradução-interpretação simultânea - É o processo de tradução interpretação de uma língua para outra que acontece simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Isso significa que o tradutor-intérprete precisa ouvir/ver a enunciação em uma língua (língua fonte), processá-la e passar para a outra língua (língua alvo) no tempo da enunciação. Tradução-interpretação consecutiva - É o processo de tradução interpretação de uma língua para outra que acontece de forma consecutiva, ou seja, o tradutor-intérprete ouve/vê o enunciado em uma língua (língua fonte), processa a informação e, posteriormente, faz a passagem para a outra língua (língua alvo). Tradutor-intérprete de língua de sinais - Pessoa que traduz e interpreta a língua de sinais para a língua falada e vice-versa em quaisquer modalidades que se apresentar (oral ou escrita). Tradução-interpretação simultânea - É o processo de tradução interpretação de uma língua para outra que acontece simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Isso significa que o tradutor-intérprete precisa ouvir/ver a enunciação em uma língua (língua fonte), processá-la e passar para a outra língua (língua alvo) no tempo da enunciação. Tradução-interpretação consecutiva - É o processo de tradução interpretação de uma língua para outra que acontece de forma consecutiva, ou seja, o tradutor-intérprete ouve/vê o enunciado em uma língua (língua fonte), processa a informação e, posteriormente, faz a passagem para a outra língua (língua alvo). 26 SAUDAÇÕES Art. 1° É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados. Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual- motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. Art. 3° As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente. Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. Vamos aprender Saudações com a iEstudar 27 Imagem: criandoumbloggliracir.blogspot.com A disciplina de Libras (Língua Brasileira de Sinais) é importante para os estudantes das áreas de Educação e Idiomas. Na falta de uma escrita própria, a Libras tem sido transcrita usando palavras em português que correspondam ao significado dos sinais. Com a iEstudar você aprendeu que a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que foi reconhecida como a língua oriunda das comunidades surdas do país, através da lei nº 10.436/2002, garantido o direito do reconhecimento da Libras como língua de manifestação e expressão das pessoas surdas no acesso à educação, à saúde, à cultura e ao trabalho. https://iestudar.com/curso-online-gratis/libras-lbs 28 Referências Bilbiográficas Sobre o autor: Ministério da Saúde.Espaço Aberto: Revista Eletrônica da USP, n. 141, ago., 2012.Surdo Cidadão.Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2506-surdez Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: mirandalibras.AS DIFERENTES IDENTIDADES SURDAS. Disponível em: http://mirandalibrassemfronteiras.weebly.com/-as-diferentes-identidades- surdas.html Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: Hugo Eiji.Identidades Surdas. Disponível em: https://culturasurda.net/identidades-surdas/ Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_de_sinais Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 29 Sobre o autor: Hugo Eiji.Identidades Surdas. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_brasileira_de_sinais Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: João Vitor Bogas.A história da Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Disponível em: http://blog.handtalk.me/historia-lingua-de-sinais/ Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: REDAÇÃO ND, FLORIANÓPOLIS. Lei de reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais completa 17 anos. Disponível em: https://ndmais.com.br/noticias/lei-reconhecimento-lingua-brasileira-sinais- completa-17-anos/ Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: Eva dos Reis Araújo Barbosa (2013). Fonética e Fonologia das Línguas de Sinais. Disponível em: http://nomundodalibras.blogspot.com/2013/12/foneticae-fonologia-das-linguas- de.html Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 30 Sobre o autor: CREA - MT.Gramática de Libras – Conhecer para entender uma língua diferente – Parte II Disponível em: https://www.crea-mt.org.br/portal/gramatica-de-libras-conhecer-para-entender-uma-lingua-diferente-parte-ii-2/ Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: Danielle Sousa. Professora do Centro de Ensino e Apoio a Pessoa com Surdez. Disponível em: http://www.porsinal.pt/index.php?ps=artigos&idt=artc&cat=9&idart=129 Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dactilologia Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: Jenny fazendo arte. Datilologia-Alfabeto manual e números. Disponível em: http://libraspocosdecaldas.blogspot.com/2016/12/datilologia.html Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 31 Sobre o autor: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_dos_surdos Pesquisa equipe IEstudar em: 21/02/2020 Sobre o autor: O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília : MEC ; SEESP, 2004. 94 p. : il.1. Língua de sinais. 2. Professor intérprete.I. Título.CDU 376 Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ Sobre o autor: Fred Linardi; Ilustrações: Eduardo Vieira. Revista Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-sao-os-gestos-de-saudacao- mais-usados-no-mundo/ http://portal.mec.gov.br/
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