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Zoonoses Prof. Herzem Ramos Carioca Junior Centro de Ciências Biológicas e da Natureza Medicina Veterinária- Bacharelado Salmonelose humana Agnes de Souza Lima 2 Introdução A Salmonelose humana é uma doença comum; Uma das maiores preocupações da saúde pública; Custo significante para a sociedade; Salmonella enteriditis mais frequente sorotipo de Salmonella spp. isolado em humanos; Principal causa de surtos de toxinfecção por alimentos em todo o mundo; Maior frequência em ovos crus. 3 Aspectos gerais Pertencente à família “Enterobacteriaceae”; São bactérias gram-negativas; Anaeróbicas facultativas ; Forma em bastonetes ; Medindo de (0,5 a 0,7 por 1 a 3 micrômetros); Não fermentam lactose; Movidas por flagelos peritríquios. Figura 1- Salmonella spp. Fonte: Pharmaceutical Microbiology. 5 Aspectos gerais Salmonella entérica 2500 sorovares encontrados; Sorogrupos de A a H; Temperatura ideal 37°C; pH 7,0; Acomete humanos e animais de sangue quente. Salmonella bongori Raramente em humanos; Animais de sangue frio e ambiente. , S.newport, S. infantis, S. agona, S. montevideo e a S. saint paul 6 Salmonella enteriditis passou de sexto sorotipo de Salmonella spp. isolado em humanos para o terceiro, no período de 1963 a 1967; Na década de 80 já representava uma preocupação máxima para a segurança alimentar ; Nos anos 90 passou a ser o sorotipo mais frequente isolado em infecções alimentares, sobretudo envolvendo ovos crus. Histórico 7 Patogenia Após a contaminação por via oral, as salmonelas aderem-se e proliferam no intestino delgado (região ileocecal), invadem a mucosa intestinal, migram para a lâmina própria levando à resposta inflamatória, produzindo secreção ativa de fluidos, o que resulta em diarreia A bactéria é envolvida por um fagossoma, e se dissemina para os tecidos adjacentes, ocasionando a infecção do trato gastrointestinal. A via oral-fecal é a principal via, no entanto ela pode ocorrer por outras vias, como pele, trato respiratorio, mucosa lesionada. 8 Figura 2. Patogenia Salmonelose. Fonte: sdnk.med Fontes de contaminação Aves Ovos Carne Peixes Frutos do mar Laticínios (leite e queijo não pasteurizados) Sorvete Água contaminada Frutas frescas Vegetais Instrumentos médicos contaminados (endoscópio) Não é usual a transmissão de pessoa a pessoa 10 Epidemiologia Sua epidemiologia é muito complexa, pois a origem da contaminação pode ocorrer por duas vias: alimentos de origem animal contaminados desde sua origem; por meio de contaminação cruzada, que consiste na infecção do alimento por meio de equipamentos, manipuladores, roedores, insetos ou até mesmo de outros alimentos. Alta morbidade, baixa letalidade. 11 Figura 3. Principais surtos causados por Salmonella. Como os hábitos alimentares diferem de uma região para a outra não há um padrão da zoonose, dificultando seu controle. 12 Saúde pública A salmonelose é uma das principais zoonoses para a saúde pública em todo o mundo. Programa de Monitoramento Microbiológico e Controle de Salmonella spp. em Carcaças de Frangos e Perus, pela Instrução Normativa n° 70, de 10 de Outubro de 2003. O Brasil como grande exportador viu-se obrigado a criar um programa que reduzisse a incidência de Salmonella. que visa a realização de análises microbiológicas em carcaças de aves coletadas nos estabelecimentos de abate. 13 Sinais clínicos Período de incubação: 6 a 48 horas ; Inicia com sinais de náusea, vômito e progride para dores abdominais e diarreia, que varia de brandas a severas; Presença ou ausência de sangue na diarreia, como também febre de 38 a 40ºC; Os sintomas duram de 1 a 4 dias; Não se deve medicar os pacientes. É necessária uma grande quantidade do patógeno para causar uma infecção e surgimento dos sintomas da doença (100.000). antidiarreicos e antiemeticos. 14 Diagnóstico Sinais clínicos; Diagnóstico laboratorial: Isolamento em cultura de Salmonella spp. Exame de sangue (líquor). Coprocultura. Tratamento Na maior parte das vezes são auto limitantes, não sendo necessário o tratamento com terapia antimicrobiana. Porém em casos mais severos são aconselhados o tratamento com os seguintes antimicrobianos: Ciprofloxacina; Cloranfenicol; Ampicilina; Amoxacilina; Sulfa+Trimetoprim; Ceftriaxone. Resistencia antimicrobiana, primeiro em aves, depois em porcos, bois, relatado em humanos, resistência por uso indiscriminado. 16 Profilaxia e controle Correta lavagem das mãos; Lavagem de frutas e verduras; Cuidados na preparação de alimentos; Higienização de utensílios e equipamentos; Consumo de água potável. populaçoes carentes 17 Considerações finais A prevenção e intervenção eficiente no controle de Salmonella é indispensável para diminuição dos surtos alimentares. A adoção de hábitos higiênicos sanitários da população faz com que haja uma diminuição dos casos. O registro de DTA ́s fornecem subsídios para implementação de pesquisas e políticas legislativas e de prevenção do agente etiológico. Referências bibliográficas DOMINGOS, I.BRUNELLI, S.R. BALDOTTO, S.B. Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas. Salmonella spp. Uma revisão. 2015. NASCIMENTO. J.M. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO. Salmoneloses: avaliação epidemiológica, clínica e laboratorial dos pacientes do Instituto de Infectologia Emilio Ribas com infeccção por Salmonella spp. no período de Janeiro de 1992 a Dezembro de 2002. São Paulo, 2007. OLIVEIRA, A.P. SOLA, M.C. FEISTEL, J.C. MOREIRA, N.M. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA. Salmonella entérica: genes de virulência e ilhas de patogenicidade. Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16. 2013. 19 OBRIGADA! 20
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