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Arranjos Moleculares (Estrutura polimérica) MOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOS POLÍMEROS Naturais: madeira, borracha, algodão, lã, couro e seda, proteínas, enzimas, celulose e amidos Sintéticos: maioria dos plásticos, borrachas e fibras • Maior evidência após a 2ª Guerra Mundial; • Substitui a maioria das peças metálicas e de madeira sem grandes perdas de propriedades; • Redução considerável de custos. MOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOS • A maioria dos polímeros é de origem orgânica; • Materiais orgânicos são hidrocarbonetos; • Ligações intramoleculares são covalentes; • Cada átomo de C pode realizar 4 ligações covalentes; • Cada átomo de H pode realizar apenas 1 ligação covalente. • As ligações entre C podem ser simples, duplas ou tripas: Compostos de H e C Metano (CH4) Etileno (C2H4) Acetileno (C2H2) MOLÉCULAS DE HIDROCARBONETOS • As moléculas que possuem ligações duplas e triplas INSATURADAS • As moléculas que possuem todas as ligações simples SATURADAS Hidrocarbonetos simples pertencem a família das parafinas Compostos com fórmula molecular (CnH2n+2) MOLÉCULAS POLIMÉRICAS • São gigantescas em comparação com os hidrocarbonetos; • Por causa do tamanho são chamadas de MACROMOLÉCULAS; •Os átomos da molécula estão ligados entre si por ligações covalentes; • Essas longas moléculas são compostas por unidades estruturais que se repetem ao longo de toda a cadeia MEROS; • MONÔMERO é a molécula (hidrocarboneto) a partir da qual o polímero é sintetizado QUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICAS ou Polietileno O ângulo entre os átomos de C é de 109º e não 180º Estrutura em ziguezague e o comprimento da ligação C – C é de 0,154 nm. QUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICAS Monômero tetrafluoretileno (CF2=CF2) POLITETRAFLUORETILENO TEFLON™ Monômero cloreto de vinila (CH2=CHCl) POLICLORETO DE VINILA PVC FORMA GENÉRICA R representa um átomo (H, Cl, F, etc.) ou um grupo orgânico (CH3, C2H5, C6H5, ....) Se R for o CH3 o polímero é o polipropileno PP QUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICAS POLITETRAFLUORETILENO POLICLORETO DE VINILA POLIPROPILENO POLIETILENO (PE) H H H H C C n O polietileno é um dos polímeros mais comuns, de uso diário devido ao seu baixo custo. Possui alta resistência à umidade e ao ataque químico, mas tem baixa resistência mecânica. POLIPROPILENO (PP) H H H CH3 C C n É obtido a partir do propileno (propeno). Mais duro e resistente ao calor, quando comparado com o polietileno. Apresenta algumas características tais como: Boa resistência química, a abrasão, atóxico, baixo custo, estabilidade térmica. Desvantagem: Sensibilidade a agentes de oxidação e a luz UV. POLIESTIRENO (PS) H H H C C n O poliestireno é usado na produção de objetos moldados, como pratos, copos, xícaras, seringas, material de laboratório e outros materiais rígidos transparentes. Quando sofre expansão provocada por gases, origina um material conhecido por isopor, que é utilizado como isolante térmico, acústico e elétrico. POLICLORETO DE VINILA (PVC) H H H Cl C C n O PVC tem boa resistência térmica e elétrica; resistente à ação de fungos, bactérias, insetos e roedores; resistente à maioria dos reagentes químicos; impermeável a gases e líquidos; resistente a intempéries; durável; não propaga chamas; baixo custo. POLI(TETRAFLUORETILENO ) (PTFE) – “TEFLON” F F F F C C n É produto da polimerização do tetrafluoreteno ou tetrafluoretileno. Apresenta boa resistência mecânica, térmica e química; fácil reciclabilidade; baixo coeficiente de fricção; baixa aderência; boa resistência ao impacto POLIAMIDAS OU NYLONS (NÁLION) Apresentam boas propriedades mecânicas; resistência a abrasivos; baixo coeficiente de atrito; absorve água e outros líquidos QUÍMICA DAS MOLÉCULAS POLIMÉRICAS • Se todas as unidades de repetição ao longo da cadeia forem do mesmo tipo o polímero resultante é um HOMOPOLÍMERO; • Caso as cadeias sejam compostas por duas ou mais unidades de repetição diferentes teremos um COPOLÍMERO; • FUNCIONALIDADE É o número de ligações que um dado monômero pode formar Monômero bifuncional duas ligações covalentes Monômero trifuncional três ligações covalentes • Mi: Massa de um mol de cadeias • Durante o processo de polimerização, nem todas as cadeias crescem até o mesmo comprimento; isto resulta em uma distribuição diferente de comprimentos de cadeias ou de pesos moleculares. • Ordinariamente, especifica-se um peso molecular médio: Mi peso molecular médio para uma determinada faixa de tamanhos Baixa Mi Alta Mi PESO MOLECULAR (MASSA MOLECULAR) iin MxM Mi xi wi Mi PESO MOLECULAR (MASSA MOLECULAR) Massa molecular numérica média iip MwM Massa molecular ponderal média • n = número de meros por cadeia mero do médiomolecular peso onde m m M nwGP m M nxGP p iip n iin C C C C C C C CH H H H H H H H H H H H H H H H H C C C C H H H H H H H H H( )ni = 6 GRAU DE POLIMERIZAÇÃO (GP) • Conformação – A orientação molecular pode ser mudada pela rotação em torno das ligação FORMA MOLECULAR “r = distância do inicio ao fim da cadeia” ESTRUTURA MOLECULAR Polímeros linearer Polímeros ramificados Polímero com ligações cruzadas Polímeros em rede • Em geral, os polímeros não têm um único tipo específico de estrutura !!! • Um polímero predominantemente linear pode ter uma certa quantidade de ramificações e de ligações cruzadas • Arranjo dos grupos laterais: R grupo lateral diferente do hidrogênio (ex.: Cl, CH3) Cabeça-à-cauda (head-to-tail) Cabeça-à-cabeça (head-to- head) “Menos comum devido a repulsão entre os grupos R” CONFIGURAÇÕES MOLECULARES • Estereoisomerismo ou Taticidade regularidade das cadeias Isotático – todos os grupos R estão no mesmo lado da cadeia Sindiotático – os grupos R alternam de lado Atático – os grupos R estão distribuídos de forma randômica “aleatória” ESTERIOISOMERISMO • Na realidade, um polímero específico não exibe apenas uma dessas configurações; • A forma predominante depende do método de síntese C C HCH3 CH2 CH2 C C CH3 CH2 CH2 H cis cis-isopreno (borracha natural) O grupo CH3 e o H estão do mesmo lado da dupla ligação trans trans-isopreno (guta percha) O grupo CH3 e o H estão em lados opostos da dupla ligação ISOMERISMO GEOMÉTRICO POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS E TERMORRÍGIDOS • A classificação desses materiais é feita com base no comportamento frente ao aumento de temperatura; • TERMOPLÁSTICOS amolecem quando são aquecidos e endurecem quando resfriados (processos reversíveis e podem ser repetidos recicláveis), geralmente são polímeros lineares ou aqueles que apresentam alguma ramificação flexível; • TERMOFIXOS OU TERMORÍGIDOS são polímeros em rede, que se tornam permanentemente duros durante a sua formação e não amolecem com um aquecimento. Simbologia específicapara a identificação de plásticos Polietileno Tereftalato Polietileno de Alta Densidade Policloreto de Vinila (PVC) Polietileno de Baixa Densidade Polipropileno Poliestireno Outros materiais • Dois ou mais monômeros diferentes polimerizados juntos Aleatório – A e B aleatoriamente distribuídos na cadeia Alternado – A e B alternando na cadeia polimérica Em bloco – blocos de A alternando com blocos de B Enxertado – cadeias de B enxertadas na cadeia de A COPOLÍMEROS COPOLÍMEROS • As borrachas sintéticas são em sua maioria copolímeros; • A borracha estireno-butadieno (SBR) é um copolímero aleatório (pneus de automóveis); • A borracha nitrílica (NBR) é um outro copolímero aleatório (mangueiras de gasolina) • Os polímeros são considerados materiais semi-cristalinos compostos por regiões amorfas e regiões cristalinas “onde as cadeias se empacotam para produzir um arranjo atômico ordenado” “A cristalinidade nos polímeros pode variar de 0 até aproximadamente 95 %” Ex: Célula unitária ortorrômbica do polietileno “CRISTALINIDADE” DOS POLÍMEROS • % Cristalinidade % do material que é cristalino. Região cristalina Região amorfa O recozimento “tratamento térmico” causa o crescimento das regiões cristalinas: grau de cristalinidade ρc massa especifica polímero totalmente cristalino ρa massa especifica polímero totalmente amorfo ρe massa especifica da amostra que se deseja determinar o grau de cristalinidade 100 )( )( % xdadecristalini ace aec CRISTALINIDADE DOS POLÍMEROS • Cristalitos: pequenas regiões cristalinas, cada uma delas com um alinhamento preciso, as quais estão emaranhadas por regiões amorfas compostas por moléculas com orientação aleatória. Existem apenas se o crescimento for suficientemente lento. Monocristal de Polietileno (PE) “Modelo de cadeia dobrada” CRISTAIS POLIMÉRICOS • Esferulitas : Muitos polímeros que são cristalizados a partir de uma massa fundida são semicristalinos e formam este tipo de estrutura. • O nome esferulita sugere crescimento até se alcançar uma forma apropriadamente esférica. • Consiste de uma agregado de cristalitos com cadeias dobradas em formato de fitas (lamelas), com aproximadamente 10 nm de espessura, que se estendem radialmente para fora a partir de um único sitio de nucleação localizado no centro. • O PE, o PP, o PVC, o náilon e o PTFE são exemplos de polímeros que formam uma estrutura esferulítica quando se cristalizam a partir de uma massa fundida. CRISTAIS POLIMÉRICOS Crescimento das Esferulitas Molécula de ligação Sitio de nucleação Contorno interesferulitico Cristalito lamelar com cadeias dobradas Material amorfo Direção do crescimento da esferulita Temperatura de Transição Vítrea (Tg): Plásticos possuem fases amorfas em grande proporção. A temperatura de transição da fase amorfa rígida (sólido) para a fase amorfa com características de líquido é a temperatura de transição vítrea (Tg, de glass transition). Temperatura de Fusão (Tm):o ponto de fusão de um conjunto de cristais que se encontram em equilíbrio com o polímero líquido, tão grandes que os efeitos de tamanho e de superfície são desprezíveis. Definições importantes – Temperaturas Polímeros Amorfos sólido (quebradiço) Borracha (flexível) Tg sólido Borracha + cristal Polímeros Semicristalino e/ou Cristalino Borracha + fluido Tg Tm Exercícios 1. Considere que a distribuição de pesos moleculares abaixo é para o PVC e calcule: a) O peso molecular médio numérico (R = 21100 g/mol) b) O grau de polimerização (R = 338) c) O peso molecular médio ponderal (R = 23200 g/mol) 2. As cristalinidades percentuais e as densidades associadas a dois materiais feitos em PE são as seguintes: (a) Calcular as densidades do PE totalmente cristalino e do PE totalmente amorfo. (R: a = 0,87 g/cm 3 / c = 0,998 g/cm 3 ) (b) Determinar o percentual de cristalinidade de uma amostra com densidade de 0,95 g/cm3 (% crist. = 65,66%) (g/cm3) Cristalinidade (%) 0,965 76,8 0,925 46,4
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