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Resumo: Agentes diuréticos - natriuréticos são habitualmente chamados diuréticos Farmacologua básica dos agentes diuréticos: • Inibidores da anidrase carbônica: - anidrase carbônica: enzima de local principal nas céls epiteliais do TCP - esses fármacos reduzem a reabsorção de NaHCO3 e causam diurese - são raramente prescritos atualmente - acetazolamida > Farmacocinética: - bem absorvidos por via oral - aumento do pH urinário - diurese de HCO3- - excreção do fármaco no sgmento S2 do túbulo proximal - reduzir a dose em presença de insuficiência renal > Farmacodinâmica: - DEPRIME A REABSORÇÃO DE HCO3- NO TPC (chega à 85% de inibução) - lembrar que parte de HCO3- ainda pode ser reabsorvida em outras partes do néfron (não na TCP) e de forma não dependente da enzima anidrase carbônica - a depleção de HCO3- leva a reabsorção de NaCl > o que diminui sua eficácia ao longo de vários dias de asministração > Indicações clínicas: a) Glaucoma b) Alcalinização urinária c) Alcaloze metabólica d) Doença das montanhas aguda e) Outros usos > Toxicidade: - Acidose metabólica hiperclorêmica: resultante da redução crônica das reservas corporais de HCO3- - Cálculos renais: os sais de cálcio são insolúveis em pH alcalino - Perda renal de potássio: retém Na na forma de NaHCO3, o que gera potencial elétrico negativo no lúmen, intensificando a secreção de K+ • Antagonistas dos receptores A1 de adenosina: - prevenção da retroalimentação tubuloglomerular - inrerferem na ativação NHE3 e PCT, bem como no aumento mediado pela adenosina da secreção de K+ no tubulo coletor - cafeína e teofilina - efeitos fracos de inibução da adenosina - evitam efeitos da perda de K+ - neurotoxicidade • Diuréticos de Alça: > Inibem seletivamente a reabsorção de NaCl no RAE (ramo ascendente espesso) > Mais eficazes diuréticos > Química: - furosemida e ácido etacrínico - bumetanida e torsemida > Farmacocinética: - absorvidos rapidamente, eliminados pelos rins - sua atividade diurética correlaciona-se com sua secreção pelo túbulo proximal - a redução da secreção de diuréticos de alça pode estar relacionada a administração simultânea de AINEs ou probenecida, que competem pela secreção de ácidos fracos no túbulo proximal > Farmacodinâmica: - os diuréticos de alça inibem o NKCC2, o transportador luminal de Na/K/2Cl no RAE da alça de henle - reduzindo a reabsorção de NaCl - relação com o potencial gerado pela reciclagem de K - aumento da excreção de magnésio e cálcio - uso prolongado pode provocar hipomagnesemia significativa - induzem a excreção de COX-2 - imunologia - prostaglandinas - principalmente em indivíduos com síndrome nefrótica ou com cirrose hepática - exercem efeitos diretos sobre o fluxo sanguíneo - furosemida - aumenta o fluxo sanguíneo renal por meio das ações das prostaglandinas - reduzem a congestão pulmonar e a pressão de enchimento do ventrículo esquerdo na insuficiência cardíaca - indicações clínicas: edema pulmonar agudo, outras indicações de edema, hipercalcemia aguda, hiperpotassemia, insuficiência renal aguda e superdosagem de ânions. • Tiazídicos: - ação predominante no TCD - inibição do transporte de NaCl - podem ter uma atividade de inibição sob anidrase carbônica - hidroclorotiazida (HCTZ) > Química e farmacocinética: - todos os tiazídicos são secretados pelo sistema secretor de ácidos orgânicos no túbulo proximal e competem com a secreção de ácido purico para esse sistema - o uso de tiazídicos pode reduzir a secreção de ácido purico e elevar seus níveis séricos > Farmacodinâmica: - inibem a reabsorção de NaCl do lado luminal das células epiteliais no TCD - bloqueando o transportador de Na/Cl (NCC) - aumentam efetivamente a reabsorção de Ca - tratamento de cálculos renais causados por hipercalciúria - dependem em parte da produção renal de prostaglandinas - podendo ser inibidos pelos AINEs em certas condições - hipertensão, insuficiência cardíaca, nefrolitíase (devido à hipercalciúria idiopática), diabetes insípido nefrogênico. • Diuréticos poupadores de potássio: - antagonizam os efeitos da aldosterona nos túbulos coletores - impedem secreção de K+ > Farmacocinética: - espironolactona - antagonista competitivo da aldosterona - início de ação bastante lento - vários dias para obtenção de efeito terapêutico - amilorida e triantereno - inibidores diretos do influxo de Na+ no TCC > Farmacodinâmica: - reduzem a absorção de Na+ no túbulos e ductos coletores - antagonismo da aldosterona - K+ - relação com o processamento de H+ - acidose metabólica - amilorida e triantereno - não bloqueiam a aldosterona - interferem diretamente na entrada de Na+ na membrana do túbulo coletor - como a secreção de K+ está aclopada a entrada de Na+, esses agentes também são poupadores de potássio - são os mais úteis em estado de excesso de mineralocorticóides ou hiperaldosteronismo (primário ou secundário) • Agentes que alteram a excreção de água: A. Diuréticos osmóticos: - o túbulo proximal e o ramo descendente da alça de Henle são livremente permeáveis à água - quando alguum agente osmoticamente ativo é filtrado pelo glomérulo, mas não é reabsorvido, provoca retenção hídrica nesses segmentos e promove diurese hídrica. - usados para reduzir a pressão intracraniana e remoção imediata de toxinas renais - manitol - glicose não é usada clinicamente como diurético, mas provoca esse efeito > Farmacocinética: - pouco absorvido oral - provoca diarréias - administrado por via intravenosa > Farmacodinâmica: - principal efeito no túbulo proximal e no ramo descendente da alça de Henle - opõem-se a ação do ADH - perda excessiva de água - hipernatremia B. Agonista do hormônio antidiurético: - vasopressina e desmopressina - tratamente de diabetes insípido central C. Antagonismo do hormônio antidiurético: - pacientes em ICC ou síndrome de secreção inapropriada de ADH (SIADH) possuem retenção de água em consequência da secreção inapropriada de ADH - esses pacientes em uso de diuréticos com frequência desenvolvem hiponatremia secundário à secreção excessiva de ADH. - demociclina, lítio (efeitos adversos), vaptanas (antagonista específico) - existem 3 receptores de vasopressina conhecidos: V1a, V1b, V2 - V1 são expressos na rede vascular e no SNC, o V2 é espresso nos rins - conivaptanas - V2 - uso intravenoso - tolvaptana, lixivaptana e satavaptana - selestivos à V2
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