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Material AVA Uninove Processo Penal - 2016

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Conceitos. Fundamentos.
O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A
APRESENTAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
INTRODUÇÃO 
 
A PRISÃO TEMPORÁRIA é uma das modalidades de prisões cautelares. Prisão cautelar "carcer ad
custodiam" é aquela prisão decretada antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória com o
escopo de resguardar a eficácia das investigações ou do processo penal. Trata-se de modalidade de medida
cautelar pessoal, destinada à assegurar e acautelar o bom andamento do processo penal (LIMA, 2014, p.
644).
A prisão temporária está disciplinada na Lei 7.960, de 21 de dezembro de 1989, e tem o objetivo
principal de assegurar a eficácia das investigações criminais nos casos de crimes graves. Ademais, referida
lei foi criada com o escopo de por fim à famigerada prisão para averiguações, consistente na prisão de
pessoas para averiguar a vinculação das mesmas a alguma infração penal, independentemente da existência
de prisão em flagrante ou de autorização judicial (LIMA, 2014, p. 646).
A doutrina, em geral, aponte a INCONSTITUCIONALIDADE da Lei 7.960/89, por VÍCIO
FORMAL, haja vista que se originou da conversão da MEDIDA PROVISÓRIA Nº 111, de 24 de novembro
de 1989. A conversão da Medida Provisória em Lei que regulamente matéria de Direito Processual Penal
viola o disposto no Art. 22, inciso I, bem como o Art. 62, §1º, inciso I, alínea "b", ambos da Constituição da
República (LOPES Jr., 2012, p. 877). 
No entanto, em que pese a inconstitucionalidade apontada pela doutrina, a Lei 7.960/89, permanece
em vigor e produzindo efeitos.
 
CONCEITO
 
A prisão temporária é a prisão de natureza cautelar, com prazo preestabelecido de duração, cabível
exclusivamente durante o inquérito policial ou de qualquer investigação preliminar equivalente, objetivando
o encarceramento em virtude de infrações previstas, expressamente na lei (ALENCAR; TÁVORA, 2013, p.
594). Nesse sentido, é interessante citar as lições de RENATO BRASILEIRO DE LIMA:
 
"Cuida-se de espécie de prisão cautelar decretada pela autoridade judiciária competente, com prazo
preestabelecido de furação, cabível exclusivamente durante a fase preliminar de investigações quando a
privação da liberdade de locomoção do indivíduo for indispensável para a identificação de fontes de
prova e obtenção de elementos de informação quanto à autoria e materialidade das infrações penais
mencionadas no Art. 1º, inciso III, da Lei nº 7960/89, assim como em relação aos crimes hediondos e
equiparados (Lei nº 8.072/90, Art. 2º § 4º), viabilizando a instauração da persecutio criminis in judicio"
(LIMA, 2014, p. 648).
 
Atualmente a prisão temporária está prevista no Art. 283 do Código de Processso Penal, com a
redação determinada pela Lei 12.403, de 4 de maio de 2011, que dispõe: "Ninguém poderá ser preso senão
em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em
decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo,
em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva".
No entanto, as hipóteses de cabimento, bem como os fundamentos para a decretação da prisão
temporária continuam previstos e regulamentados na Lei 7.960/89.
 
FUNDAMENTOS PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO
TEMPORÁRIA
 
A prisão temporária, como qualquer medida cautelar pessoal, ou seja, as prisões provisórias, deverá
ser decretada quando houver "fumus commissi delicti", bem como "periculum libertatis", ou seja, fumaça
da prática do delito (indicios mínimos de autoria ou participação) e perigo da liberdade. Assim sendo, para a
decretação da prisão temporária, devem, necessariamente ser atendidos os requisitos específicos, previstos
no Art. 282 do Código de Processo Penal, que impõe, para decretação da prisão temporária, que haja
NECESSIDADE e ADEQUAÇÃO da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições
pessoais do indiciado ou investigado (ALENCAR; TÁVORA, 2013, p. 595).
Ademais, os requisitos ou pressupostos legais de aplicação da prisão temporária estão previstos
expressamente no Art. 1º, incisos I, II e III da Lei 7.960/89, senão vejamos:
 
- IMPRESCINDIBILIDADE PARA AS INVESTIGAÇÕES DO INQUÉRITO POLICIAL;
 
- INDICIADO QUE NÃO TEM RESIDÊNCIA FIXA OU NÃO FORNECE ELEMENTOS
PARA SUA IDENTIFICAÇÃO;
 
- QUANDO HOUVER FUNDADAS RAZÕES, DE ACORDO COM QUALQUER PROVA
ADMITIDA NA LEGISLAÇÃO, DE AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO DO INDICIADO NOS
SEGUINTES CRIMES :
a) homicídio doloso (Art. 121, caput, e seu § 2º do CP);
b) sequestro ou cárcere privado (Art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º do CP);
c) roubo (Art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º do CP);
d) extorsão (Art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º do CP);
e) extorsão mediante sequestro (Art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º do CP)
f) estupro (Art. 213,caput, §§ 1º e 2º do CP)
g) estupro de vulnerável (Art. 217-A §1º do CP, conforme entendimento majoritário da doutrina)
(LIMA, 2014, p, 654);
h) epidemia com resultado morte (Art. 263, § 1º do CP);
i) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicional qualificada pela morte
(Art. 270, caput, combinado com o Art. 285, ambos do CP);
j) associação criminosa (Art. 288 do CP);
l) genocídio (Arts. 1º, 2º e 3º da Lei 2.889/56);
m) tráfico ilícito de drogas (correspondendo atualmente aos Art. 33, caput, e §1º, bem como os Arts.
34 a 37 da Lei 11.343/2006);
n) crimes contra o sistema financeiro (Lei 7.492/86);
o) todos os crimes hediondos e os equiprados (Arts. 1º e 2 § 4º da lei 8.072/90).
 
Apesar da previsão de cabimento da prisão temporária, existe celeuma doutrinária a respeito os
requisitos supracitados. A discussão repousa na necessidade ou não de conjugação dos três incisos, previstos
no Art. 1º da Lei 7.960/89. Existem cerca de seis posições distintas a respeito dessa problemática, no
entanto, abordaremos, apenas, a posição majortiária.
A posição francamente majoritária a respeito dos fundamentos da prisão temporária é defendida, por
exemplo por GUILHERME DE SOUZA NUCCI, ANTÔNIO SACARANCE FERNANDES, NESTOR
TÁVORA etc. 
Segundo tal posição a prisão temporária é admitida com base na presença necessária do inciso III do
Art. 1º, pois este inciso materializa o denomoinado "fumus commissi delicti", bem como sua conjugação com
os incisos I ou II. Assim sendo, para a DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA É
NECESSÁRIO: INCISO III SOMADO AO INCISO I OU II, todos do Art. 1º da Lei 7.960/89
(ALENCAR; TÁVORA, 2013, p. 598).
As outras posições são flagrantemente minoritárias não prevalecendo na jurisprudência pátria. 
Ademais, é importante salientar que a prisão temporária só terá cabimento DURANTE A FASE
DE INVESTIGAÇÃO, não se coadunando com a fase judicial. 
 
 
 
 
prisão temporária
Quiz 
 1
A prisão temporária poderá ser decretada em face de:
Crime de aborto sem o consentimento da gestante.
Crime de homicídio privilegiado. 
Crimes contra a ordem tributária. 
Crime de epidemia com resultado morte. 
 2
A prisão temporária poderá ser decretado, no caso de:
Homicídio simples.
Homicídio privilegiado.
Constrangimento ilegal. 
Corrupção ativa
 3
Referente à prisão temporária aponte a alternativa CORRETA: 
Caberá prisão temporária durante a fase do inquérito policial, bem como da ação penal. 
A prisão temporária é cabível para qualquer crime, bastante decisão fundametnada do juiz. 
Caberá prisão temporária apenas durante a fase do inquérito policial ou de qualquer outra
investigação preliminar. 
nenhuma das alternativas anteriores. 
Referências
ALENCAR, Rosmar Rodrigues; TÁVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal. 8.ed. Salvador,
BA: JusPODIVM, 2013.
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de processo penal. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.LIMA, Renato Brasileiro, Legislação criminal especial comentada. 2.ed. Salvador, BA, Editora
JusPODIVM, 2014.
LOPES, Aury. Direito Processual Penal. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 5d. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2010.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado. 14.ed. Rio de Janeiro: Forense,
2015.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2013.
REIS, Alexandre Cebrian Araújo. Direito Processual Penal esquematizado. 3.ed. São Paulo: Saraiva,
2014.

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