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Resumo AV1 Direito Constitucional 2

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Resumo – Direito Constitucional II – Carlos Magno 
 
Federalismo 
O Federalismo se relaciona com a forma de organização e funcionamento do Estado, que é a 
matéria de estudo do Direito Constitucional, desta maneira apresenta a divisão do território do 
Estado em diferentes estados-federados, exercendo cada qual sua parcela de competência 
constitucionalmente estabelecida. Em resumo, podemos dizer que a federação é um modelo 
de descentralização política, a partir da repartição constitucional de competências entre as 
entidades federadas autônomas que o integram; o poder político, em vez de permanecer 
concentrado na entidade central, é dividido entre as diferentes entidades federadas dotadas 
de autonomia. 
Características 
- A decisão constituinte criadora do Estado Federal e de suas partes indissociáveis, a federação 
ou União, e os estados-membros; 
- A repartição de competências entre a federação e os estados-membros; 
- O poder de auto-organização constitucional dos estados-membros, atribuindo-lhes 
autonomia constitucional; 
- A intervenção federal, instrumento para restabelecer o equilíbrio federativo, em casos 
constitucionalmente definidos; 
- A Câmara dos Estados, como órgão do Poder Legislativo Federal, para permitir a participação 
do estado-membro na formação da legislação federal; 
- A titularidade dos estados-membros, através de suas Assembleias Legislativas, em número 
qualificado, para propor emenda à Constituição Federal; 
- A criação de novo Estado ou modificação territorial de estado existente dependendo da 
aquiescência da população do estado afetado; 
- A existência do Poder Judiciário Federal de um Supremo Tribunal Federal ou Corte Suprema, 
para interpretar e proteger a Constituição Federal, e dirimir litígios ou conflitos entre a União, 
os Estados e outras pessoas jurídicas de direito interno. 
 
Federalismo norte-americano 
 
O desenvolvimento do federalismo norte-americano visava proporcionar um governo efetivo 
e operoso em todo o território norte-americano e, ao mesmo tempo, manter o republicanismo 
que acabara de ser conquistado. Em linhas gerais, desejava-se um governo nacional 
suficientemente forte para exercer certos poderes gerais, mas não tão poderoso que pudesse 
ameaçar as liberdades individuais. 
Federalismo brasileiro 
Ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, contudo, onde o equilíbrio federativo nunca 
chegou a se romper, a experiência brasileira após a Constituição de 1967 e até 1988 
apresentou quase o Estado unitário ressuscitado, apesar de mantido nominalmente o regime 
federativo. Apresentou-se nessa Constituição um rol significativo de competências para a 
União que lhe permitisse amplamente condicionar, planejar, dirigir e controlar a atuação dos 
Estados, ensejando inclusive a adaptação de Constituições estaduais. 
A grande novidade do federalismo brasileiro foi a de incluir o município a um ente autônomo 
da federação, sendo definido pelo art. 18 da Constituição Federal, onde apresenta o município 
como parte integrante da organização política administrativa da República Federativa do 
Brasil. 
Entes federativos 
A Constituição Federal de 1988 traz, logo em seu primeiro artigo, que a República Federativa 
do Brasil é composta pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal. 
O art. 18 da Constituição diz que “a organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos”, e ainda traz em seu texto que os Territórios Federais integram a União. Além de 
a Constituição organizar a União, prevê a auto-organização dos Estados, Municípios e Distrito 
Federal, conferindo-lhes ainda competências e rendas. Cabe ressaltar que os Municípios 
apesar de ganharem o poder de auto-organização, ficam subordinados tanto aos princípios 
da Constituição Federal como aos da Constituição Federal do Estado de que faz parte e que o 
Distrito Federal fica restrito à organização administrativa. 
 
Competências 
Modelos de competências 
A doutrina tem identificado alguns modelos de repartição de competência. São eles: 
• Modelo clássico: enumera somente as competências da União, deixando as demais 
competências, não enumeradas na Constituição, aos estados-membros. Podemos denominar 
de competência remanescente ou competência residual. É o princípio de organização da 
federação norte-americana. 
• Modelo moderno: as competências da União e as competências dos estados-membros 
estão enumeradas na Constituição. (Prevalece na CF/88) 
 • Modelo horizontal: não existe subordinação entre os entes federados no exercício da 
competência. Isto é, todos os entes federativos possuem autonomia para exercer suas 
competências que lhes são atribuídas pela Constituição. Trata-se das competências 
estabelecidas no arts. 21, 22, 23, 25 e 30 da CF. (Prevalece na CF/88) 
 • Modelo vertical: existe uma subordinação entre os entes federativos quanto às matérias 
situadas em seu campo de atuação. Essa relação de subordinação é fruto das competências 
nas quais os entes federados possuem competências para atuar acerca das mesmas matérias. 
Trata-se da competência concorrente estabelecida no art. 24 da CF. (Prevalece na CF/88) 
- Competências administrativas: dizem respeito à atuação político-administrativa dos entes 
federativos, implicando a execução de tarefas e atividades designadas pela Constituição. Por 
exemplo, nos termos do art. 21, XII, compete à União executar os serviços de polícia marítima, 
aeroportuária e de fronteiras. 
- Competências legislativas: estabelecem o poder de normatizar, editando os atos normativos 
(tais como as leis) devidos a fim de disciplinar a matéria prevista no texto constitucional. Por 
exemplo, nos termos do art. 22, compete privativamente à União legislar sobre direito civil, 
comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 
Repartição de competências 
- Competência da União enumerada e expressa. (arts. 21 e 22 da CF) 
- Competência dos Municípios enumeradas e expressas. (art. 30 da CF) 
- Competência do DF em regra, é a competência dos Estados e dos Municípios. (art. 32, §1º da 
CF) 
- Competências dos Estados não enumeradas expressamente, reservando a estes as 
competências que não lhe forem vedadas pela Constituição. São as competências 
remanescentes, não enumeradas ou residuais. (art. 25, §1º da CF) 
- Competência administrativa comum na qual todos os entes atuam paralelamente, em 
situação de igualdade. (art. 23 da CF) 
- Competência legislativa concorrente, estabelecendo uma concorrência vertical legislativa 
entre a União, os Estados e o DF. Os Municípios não foram contemplados nessa competência 
concorrente. (art.24) 
 
Mutação dos entes federalistas 
 
A divisão político-administrativa da República Federativa do Brasil não é imutável (CF art. 18, 
par. 3o), contudo a divisão político-administrativa interna poderá ser alterada com a 
constituição de novos Estados-membros, pois a estrutura territorial interna não é perpétua. 
São quatro as hipótese de mutação divisional interna do território brasileiro 
- Incorporação (Fusão): Dois ou mais Estados se unem adotando novo nome. Consiste na 
reunião de um Estado a outro, perdendo ambos os Estados incorporados sua personalidade, 
por se integrarem a um novo Estado. 
- Subdivisão: ocorre quando um Estado dividi-se em vários novos Estados-membros, todos 
com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-originário. Significa 
separar um todo em várias partes, formando cada qual uma unidade nova e independente das 
demais. 
- Desmembramento: Consiste em separaruma ou mais partes de um Estado-membro, sem 
que ocorra a perda da identidade do ente federativo primitivo, ou seja, o Estado que sofre a 
mutação não deixa de existir, mantendo sua personalidade primitiva. 
- Desmembramento-anexação: A parte desmembrada poderá anexar-se a um outro ente 
federativo; 
- Desmembramento-formação: A parte desmembrada poderá constituir novo Estado, ou 
ainda, formar um Território Federal. 
 
Requisitos para a mutação 
- Consulta prévia a população diretmente interessada através de presbicito; 
- A oitiva das assembleías legislativas 
- Lei complementar federal 
- Lei federal prevendo os requisitos genéricos para a mutação 
 
Poder Executivo 
 
O Poder Executivo tem sua disciplina constitucional nos arts. 76 a 91 e se desdobra nas 
instituições políticas encarregadas de governar, ou seja, de executar as tarefas concretas 
atribuídas ao Estado tais como a defesa nacional, os serviços de educação, a saúde, a 
segurança pública, cobrança e arrecadação de impostos, entre outras. 
Em razão do nosso sistema federativo, esse Poder no nível Federal é exercício pelo Presidente 
da República (art. 76 CRFB/88) e auxiliado pelos ministros de Estados (art. 87 da CRFB/88); no 
nível Estadual e Distrital esse Poder é exercido pelos Governadores de Estado e seus 
Secretários (art. 27 da CRFB/88) e no nível Municipal, pelos Prefeitos e seus Secretários (art. 39 
da CRFB/88). 
Em nosso sistema constitucional, originariamente prevalecia o princípio da não reeleição. 
Porém em 1997, a Emenda Constitucional nº 16 alterou o pará- grafo 5º.do art. 14. Assim, 
hoje, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos 
e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para 
um único período subsequente. E para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos 
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
 
Presidencialismo (Questão subjetiva) 
 
O Brasil adota, então, o sistema presidencialista de governo. Ele é caracterizado pela reunião 
na figura do Presidente da República das funções de Chefe de Estado (responsável pela 
representação interna e externa do Estado) e de Chefe de Governo (que dá a orientação 
política interna e condução da máquina pública). 
 
Características 
- Legitimidade popular direta do Chefe do Poder Executivo (77, 28, caput e 29, I e II, CF). 
- Unipessoalidade da Chefia do Executivo (84, CF). 
- Separação entre Poder Executivo e Poder Legislativo (2º, CF): independência entre os 
poderes. 
 
Requisitos para exercer o cargo de Presidente e Vice-Presidente da República: Ser brasileiro 
nato, possuir idade mínima de 35 anos, estar no pleno exercício dos direitos políticos, haver 
filiação partidária. 
 
A ordem sucessória, em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância 
dos respectivos cargos, determina que serão sucessivamente chamados ao exercício da 
Presidência em 1º. o Presidente da Câmara dos Deputados; em 2º. o Presidente do Senado 
Federal e por fim o Presidente do Supremo Tribunal Federal. Se ocorrer a hipótese de dupla 
vacância deverá ser observado o disposto no art. 81, fazendo-se novas eleições em noventa 
dias depois de aberta a última vaga. Se a vacância ocorrer nos últimos dois anos do período 
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo 
Congresso Nacional, na forma da lei. Tem-se aqui uma hipótese de exceção ao voto direto. Em 
qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 
 
Governador e o Vice-Governador 
O Governador é o Chefe do Executivo na esfera dos estados-membros, com mandato de 4 
anos. Os requisitos constitucionais para o exercício do cargo estão previstos no art.14, § 3º da 
CF. Os requisitos gerais são: a nacionalidade brasileira; pleno exercício dos direitos políticos; o 
alistamento eleitoral; o domicílio eleitoral na circunscrição e filiação partidária. O critério 
etário é a idade mínima de trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado, idade 
esta também exigida para caso do Governador do Distrito Federal, sendo adotado o mesmo 
sistema eleitoral. 
Prefeito 
Os requisitos constitucionais para o exercício do cargo de Prefeito e Vice-Prefeito estão 
previstos no art. 14, §3º da CF e são os mesmos exigidos para os demais Chefes do Executivo 
que compõem a Federação. Há apenas uma redução no limite etário que passa para 21 anos. 
Cargo Sistema Eleitoral Mandato Idade mínima Segundo Turno 
Presidente e Vice-
Presidente 
Majoritário 4 anos 35 anos Possível se nenhum 
candidato obtiver maioria 
simples 
Governador e 
Vice- Governador 
Majoritário 4 anos 30 anos Possível se nenhum 
candidato obtiver maioria 
simples 
Prefeito e Vice-
Prefeito 
Majoritário 4 anos 21 anos Possível apenas em 
municípios com mais de 
200 mil eleitores 
Poder Legislativo 
 
O Poder Legislativo é responsável pela elaboração das leis em sentido formal, como também 
exercer a fiscalização política do Poder Executivo e a fiscalização orçamentária de todos os que 
lidam com as verbas públicas, através do auxílio do Tribunal de Contas da União. 
 
Congresso Nacional 
 
O Poder Legislativo é composto, em nível federal, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de 
Contas da União. O Congresso Nacional é constituído por duas casas: a Câmara dos Deputados 
(constituída pelos representantes do povo brasileiro eleitos proporcionalmente à população 
de cada Estado Membro e do Distrito Federal32, no mínimo de 8 e no máximo de 70, com 
mandatos de 4 anos33) e o Senado Federal (com representantes eleitos majoritariamente dos 
Estados e do Distrito Federal, em número de 3 por ente federativo com mandatos de 8 anos e 
eleitos alternadamente de 4 em 4 anos por um e dois terços. 
 
O quórum de deliberação de cada uma das casas legislativas e de suas comissões, como regra, 
de acordo com o art. 47 da CRFB/88, será tomado por maioria simples ou relativa (50% até o 
próximo número inteiro dos membros presentes), presente a maioria absoluta dos membros 
da casa. 
 
Estatuto dos Congressistas 
 
Traduz o conjunto de regras constitucionais que estatui o regime jurídico dos membros do 
Congresso Nacional, prevendo suas prerrogativas e direitos, seus deveres e incompatibilidades 
(art. 53 a 56 da CRFB/88). Os Deputados Federais e Senadores têm garantias constitucionais 
que objetivam, no contexto da democracia brasileira e da independência do Poder Legislativo, 
protegê-los no exercício de suas funções. As principais dessas garantias denominam-se 
imunidades.

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