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ESCOLA FRANCESA Escola Francesa Os teóricos dessa escola são racionalistas. Não considera a evolução histórica da cidade. A nacionalidade dos pensadores não é fator determinante: eles pertencem à mesma escola pela afinidade de seus pensamentos. Os pensadores enfatizam a racionalidade e a utopia. Segundo Choay, a escola francesa tem teorias mais próximas do modelo progressista. Charles Fourier (1772-1837) o Nasceu em Besançon, na França (1772-1837) o Em 1826, suas ideias passaram a ser divulgadas no jornal “Le phalanstère” o Socialista utópico, propôs mudanças na organização da sociedade francesa Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Fo urier Charles Fourier (1772-1837) Suas principais obras são: - A teoria dos quatro movimentos e destinos/determinações gerais (1808); - Teoria da unidade universal (1822); - O novo mundo industrial e societário (1829); - A harmonia universal e o falanstério, publicado apenas em 1848. Falanstério Com a introdução da falange – unidades auto- suficientes de produção e consumo - e a construção dos falanstérios, acreditava poder construir a sociedade justa. Desestruturação da velha ordem social Falanstério Fourier via o falanstério como um “instrumento mágico” Capital, talento e trabalho mesclados em proporção Direitos iguais entre homens e mulheres, crianças começariam seu processo de trabalho a partir dos 3 anos. Fourier acreditava que o falanstério poderia funcionar como um relógio. Falanstério Na idealização por Fourier, os prédios dos agricultores rodeariam o prédio central. O falanstério propriamente dito era o prédio central. O térreo seria reservado para as unidades de produção, trabalho pedagógico e salas de reunião. Georges-Eugène Haussmann (1809-1891) o Prefeito de Paris durante o segundo império (1853-1870), nomeado por Napoleão III. o Progressista. o Reformista. o Responsável pela reforma urbanística mais importante do século XIX. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Georges- Eug%C3%A8ne_Haussmann O que impulsionou o plano Haussmann: “Uma série de circunstâncias favoráveis – os poderes muito extensos do Imperador Napoleão III, a capacidade do Prefeito Haussmann, o alto nível dos técnicos, a existência de duas leis muito avançadas: a lei sobre a expropriação de 1840 e a lei sanitária de 1850 – permitem realizar um programa urbanístico coerente num tempo bastante curto: assim a nova Paris demonstra o sucesso da gestão pós-liberal, e se torna o modelo reconhecido por todas as cidades do mundo, da metade do século XIX em diante.” (BENEVOLO, 2011, P.589) O Plano Haussmann o Paris antes do plano: 1) Ruas estreitas. 2) Sistema de esgoto a céu aberto. 3) Malha urbana medieval. 4) Casas amontoadas no centro da cidade. Objetivos do plano: 1) Melhorias do espaço urbano. 2) Melhoria da higiene/ saúde pública. 3) Facilitar manobras militares. Paris em 1853, antes dos trabalhos de Haussmann O Plano Haussmann “Haussmann procura enobrecer o novo ambiente urbano com os instrumentos urbanísticos tradicionais: a busca da regularidade, a escolha de um edifício monumental antigo ou moderno como plano de fundo de cada nova rua, a obrigação de manter uniforme a arquitetura das fachadas nas praças e nas ruas mais importantes.” (BENEVOLO, 2011) O Plano Haussmann o Transformações de Paris: 1) Abertura de novas avenidas, ruas e bulevares 2) Sistema de esgoto, aqueduto, instalação de iluminação a gás 3) Nova estrutura administrativa da cidade: a cidade passa a ser dividida em 20 distritos, parcialmente autônomos. 4) Novos serviços secundários: escolas, hospitais, quartéis, prisões e dois parques públicos. A cidade passa a ter fachadas homogêneas. Fonte: Livro Hostória da Cidade. Pág. 592 Esquema das realizações de Haussmann Plano Haussmann Abertura de novas avenidas, no lugar da antiga malha urbana medieval. Nova divisão de Paris em 20 distritos, e o antigo cinturão alfandegário do séc. XVIII Le Corbusier (1887-1965) Fonte: FREITAG, B. Teorias da cidade. SP. Papirus, 2006 o Nascido na Suíça o Progressista o Autor da Carta de Atenas – trata-se dos mandamentos do urbanismo moderno. o Hoje a carta é contemplada como o melhor planejamento urbano que o século passado produziu. o Funções básicas a serem respeitadas na projeção, no planejamento e na reforma urbana: o 1) Habitar o 2) Trabalhar o 3) Circular o 4) Lazer o Em 1920, projeta a casa-modelo “Citrohan”, foi concebida como célula básica, reproduzível em série, podendo ser multiplicada em blocos. Fonte: http://www.urbanidades.arq.br o “Ville Contemporaine” – cidade concebida para 3 milhões de habitantes, consiste em sua essência, de uma cruz ortogonal de estradas que definem o centro da cidade. o Le Corbusier criticava as ruas estreitas e os cortiços confinados e escuros das cidades da época. o O remodelamento completo do centro de Paris constava na verticalização, propondo a construção de 18 arranha-céus de 200 m de altura. o Propôs projetos semelhantes para São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Montevidéu. o Ignora as tradições culturais para estruturar o presente e o futuro, levando em consideração a tecnologia, os novos materiais de construção e ideias progressistas, são os princípios de higiene, luz, ventilação e circulação. Le Corbusier (1887-1965) Claude Lévi-Strauss (1908 - 2009) o Nasceu em Bruxelas o Presença no Brasil na década de 30 o Radicou-se em Paris o Obras que merecem destaque: As estruturas elementares de parentesco (1949); Tristes trópicos (1955); Antropologia estrutural (1958); O pensamento selvagem (1962); O cru e o cozido (1964). o Concentrou seus estudos nas civilizações ágrafas o Representante da antropologia estruturalista o Ceticismo à antropologia funcionalista Fonte: FREITAG, B. Teorias da cidade. SP. Papirus, 2006 Claude Lévi-Strauss (1908 - 2009) Propõe uma análise ideal da norma e da universalidade, em que a norma se apresenta como a marca da cultura enquanto que a universalidade se apresenta como uma característica da natureza. A distinção entre a natureza e a cultura, para o autor, se justifica enquanto um instrumento de método que pode ser utilizado eficazmente pela pesquisa antropológica. Assim, comportamento humano apresentará aspectos sempre constantes que não fazem parte do domínio dos costumes e, portanto, da cultura. Este é o caráter universal e natural do ser humano. 17º Prêmio Internacional Catalunha (2005): " Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente". Alain Touraine e Henri Lefebvre o Sociólogos franceses o Modelos utópicos e empíricos de estudo. o Principais objetos de estudo: o 1) Cidades satélites e periferias o 2) Vida e organização das pessoas na cidade o Rejeitam as formas autoritárias e repressivas de urbanistas progressistas. o Segundo Françoise Choay, apresentam características de urbanistas “culturalistas”. Alain Touraine (1925 – ) o Introduziu a discussão sobre movimentos sociais urbanos no Brasil e serviu de inspiração para vários sociólogos brasileiros. o Mudanças/progresso social através dos movimentos sociais o “Sociedade pós-industrial”: movimentos sociais não somente econômicos, mas culturais. Estado guardião da nacionalidade, contra a invasão de bens e de cultura estrangeira (Regime nacional-popular). Henri Lefebvre (1900 – 1991) o Filósofo e sociólogo. Releitura do pensamento de Marx. o Nos anos 70, discutiu a questão urbana em pelo menos três de suas obras, analisandoa influência do sistema econômico capitalista no espaço urbano. o O espaço: envolve as contradições da realidade à medida que é um produto social. O espaço torna-se uma mercadoria e traduz as diferenças e as particularidades contextuais. o Espaço: conjunto de diferenças e local de conflitos Manuel Castells (1943 – ) o Nasceu em Córdoba, Espanha o Foi militante nos movimentos urbanos de Barcelona e Madri, contra a ditadura franquista. o Refugiado político na França, estudou com Touraine. o Informação e sociedades em rede: elementos de transformação. o Estudo dos movimentos urbanos na sociedade capitalista serviu de referência para a maior parte dos estudos urbanos no Brasil. o Livro A questão urbana (1970): cartilha para sociólogos e urbanistas latino-americanos. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Castells Manuel Castells (1943 – ) “O espaço público reúne a sociedade em sua diversidade. A direita, a esquerda, os malucos, os sonhadores, os realistas, os ativistas, os piadistas, os revoltados — todo mundo. Anormal seriam legiões em ordem, organizadas por uma única bandeira e lideradas por burocratas partidários. É o caos criativo, não a ordem preestabelecida.” Enfatiza o papel dos movimentos sociais na transformação conflitiva da paisagem urbana. Referências o BENEVOLO, L. História da Cidade. SP. Perspectiva, 2011 o FREITAG, B. Teorias da cidade. SP. Papirus, 2006 o CHOAY, F. O urbanismo. SP. Perspectiva, 2000 o Henri Lefbvre: site sobre o autor www.henrilefebvre.org
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