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CONSERVAÇÃO DA ARQUITETURA MODERNA: Um estudo sobre a significância cultural patrimonial do Edifício Breda no bairro do centro em Maceió/AL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo 
 
 
 
Darlane Tavares da Silva 
 
 
Lúcia Tone Ferreira Hidaka 
 
 
 
 
M A I O, 2 0 1 7. 
Darlane Tavares da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação orientado pela Prof.ª Dr.ª 
Lúcia Tone Ferreira Hidaka para obtenção do título de 
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de 
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de 
Alagoas. 
 
 
 
Orientadora: Professora Dr.ª Lúcia Tone Ferreira Hidaka 
 
 
 
 
M a c e i ó 
 2 0 1 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho à minha família. Em especial à Márcia Cristina, 
minha mãe, por ser a grande responsável pela minha formação pessoal, 
agradeço com todo meu amor e gratidão. À Filipe Santana, meu noivo, por 
toda paciência, compreensão, carinho e amor. 
AGRADECIMENTOS 
 
À minha família, por me ajudarem, direta ou indiretamente, nesta minha 
etapa. Obrigada por estarem ao meu lado e por acreditarem em mim. 
A Filipe, pelo incentivo na busca por novos horizontes principalmente no 
último quando, mais do que nunca, eu precisei da sua compreensão e 
da sua paciência. 
Aos amigos da FAU que, mais do que amigos, acabaram se tornando 
parte da minha família, por todo tempo que passamos juntos, pelos 
bons momentos, mas também por todas as aflições e angústias que 
dividimos desde 2011. Em especial para Paula, Taciane e Vinicius, em 
que dividi madrugadas de companheirismo e amizade. 
Aos amigos que a UFAL me presenteou, Clariza, Milena, Erine, João, 
Laura, Amanda, Ivan, Artur (in memorian), Gabriela, Adriana e tantos 
outros que compartilharam um café e um abraço. 
Aos amigos-irmãos, Andressa, Thayse, JThalysson e Nathalie pela 
confiança e compreensão com as minhas ausências. 
À professora orientadora Lúcia Tone pela atenção, dedicação e por 
não desistir de mim. 
Enfim, a todos que, direta ou indiretamente contribuíram de alguma 
forma para a realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A conservação de um monumento antigo não significa a conservação 
de uma vitrina de museu, mas a integração do antigo na vida de hoje. 
Neste sentido, um edifício não tem que ser isolado, monumentalizado, ao 
contrário, tem que ser humanizado. ” 
BARDI, Lina Bo. 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho tem como objetivo propor um plano de 
conservação para a conservação da significância do Edifício Breda. 
O objeto de estudo empírico do trabalho é o Edifício Breda. A obra 
localiza-se no bairro do Centro em Maceió/AL. A abordagem da 
significância cultural se fundamenta na Carta de Burra (Austrália 
ICOMOS, 1999) e os procedimentos metodológicos consistem no 
desenvolvimento de cinco etapas: analisar a trajetória histórica do 
prédio, identificar e caracterizar os atributos e valores, validar e 
hierarquizar os valores e significados, elaborar uma declaração de 
significância e construir um plano de conservação. A construção do 
referencial teórico se baseia no Plano de Conservação da 
Significância, documento que define o que é significativo em um 
bem e quais políticas são apropriadas para sua conservação. Seu 
planejamento se divide em três passos que devem ser seguidos para 
o alcance da conservação da significância cultural de um bem, são 
eles: compreender o significado; desenvolver a política e gerenciar. 
O trabalho compreende até a fase de desenvolver política, que é o 
estabelecimento de alternativas de intervenções. O Plano tem como 
objetivo definir como as metas, identificadas no processo da 
significância cultural, serão alcançadas. A partir disto, foi possível 
elaborar um plano de conservação da significância que sirva de 
auxílio para intervenções no prédio, assegurando que o Edifício 
Breda seja conservado para as futuras gerações. 
Palavras-chave: conservação de edifícios, arquitetura moderna, 
Plano de Conservação; Significância Cultural. 
The present work aims to propose a conservation plan for the 
conservation of the significance of the Breda Building. The object of 
empirical study of the work is the Breda Building. The work is located 
in the district of Centro in Maceió / AL. The approach to cultural 
significance is based on the Burra Charter (Australia ICOMOS, 1999) 
and methodological procedures consist of five stages: analyzing 
the historical trajectory of the building, identifying and 
characterizing attributes and values, validating and prioritizing 
values and meanings. Draw up a declaration of significance and 
construct a conservation plan. The construction of the theoretical 
framework is based on the Plan of Conservation of Significance, 
document that defines what is significant in a good and which 
policies are appropriate for its conservation. Their planning is divided 
into three steps that must be followed to reach the conservation of 
the cultural significance of a good, they are: understanding the 
meaning; Develop policy and manage. The work includes up to the 
stage of developing policy, which is the establishment of alternative 
interventions. The Plan aims to define how the goals identified in the 
process of cultural significance will be achieved. From this, it was 
possible to draw up a plan for the conservation of significance that 
could be used to assist interventions in the building, ensuring that the 
Breda Building is conserved for future generations. 
Keywords: conservation of buildings, modern architecture, 
Conservation Plan; Cultural Significance. 
ABSTRACT 
 
Imagem 1. Plano de Paris (1851-1870), Georges Eugène Haussmann………………………………………………………………………………………… 16 
Imagem 2. Frederick C. Robie House (1908-1910), Frank Lloyd Wright………………………………………………………………………………………… 18 
Imagem 3. Casa da Cascata (1939), Frank Lloyd Wright………………………………………………………………………………………………………… 18 
Imagem 4. Construction of Colors (1923), Théo van Doesburg…………………………………………………………………………………………………. 19 
Imagem 5. Residência Rietveld Schröder (1925), Gerrit Rietveld…………………………………………………………………………………………...…... 19 
Imagem 6. Fábrica Van Nelle (1928), Johannes Brinkman e Van Der Vlugt……………………………………………………………….……………....…. 20 
Imagem 7. Haus am Horn (1923), Adolf Meyer……………………………………………………………………………………………………………………… 20 
Imagem 8 e 9: Dessau Bauhaus (1926), Walter Gropius..................................................................................................................................................... 21 
Imagem 10. Fabrica Fagus (1925), Walter Gropius............................................................................................................................................................. 21 
Imagem 11. Casa Farnsworth (1951), Mies van der Rohe................................................................................................................................................. 22 
Imagem 12. Pavilhão Nacional da Alemanha (1929), Mies van der Rohe..................................................................................................................... 22 
Imagem 13. Maquete para uma indústria têxtil em Leningrado (1925), Erich Mendelsohn........................................................................................ 23 
Imagem 14. Modelo para o Monumento à Terceira Internacional (1919-1920), Wladimir Tatlin................................................................................. 24 
Imagem 15. Figuração do Modulor, Le Corbusier.............................................................................................................................................................24 
Imagem 16. Villa Savoye (1929), Le Corbusier………………………………………………………………………………………………………………………. 25 
Imagem 17. Capela de Ronchamp (1955), Le Corbusier................................................................................................................................................. 26 
Imagem 18. Casa Experimental Muuratsalo (1953), Alvar Aalto...................................................................................................................................... 27 
Imagem 19. Jyväskylä University (1959), Alvar Aalto.......................................................................................................................................................... 27 
Imagem 20. Implosão de Pruitt-Igoe (1972)........................................................................................................................................................................ 28 
Imagem 21 e 22. Casa Modernista da Rua Santa Cruz (1928), Gregori Warchavchik................................................................................................. 30 
Imagem 23 e 24. Casa Modernista da Rua Itápolis (1930), Gregori Warchavchik........................................................................................................ 30 
Imagem 25. Ministério da Educação e Saúde (1945), Lucio Costa e equipe................................................................................................................ 32 
Imagem 26. Pavilhão brasileiro da Feira Mundial de Nova York (1939), Lucio Costa e Oscar Niemeyer................................................................... 32 
Imagem 27. Croqui da paisagem descortinada do Grande Hotel de Ouro Preto, Oscar Niemeyer......................................................................... 33 
Imagem 28. Igreja de São Francisco de Assis na Pampulha (1943), Oscar Niemeyer................................................................................................... 33 
Imagem 29. Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho) (1947), Affonso Eduardo Reidy......................................................... 34 
Imagem 30. Croqui: Brasília e sua escala monumental, Lúcio Costa.............................................................................................................................. 34 
Imagem 31. Foto aérea de Brasília, Lúcio Costa................................................................................................................................................................ 35 
Imagem 32 e 33. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) (1961), João Vilanova Artigas e 
Carlos Cascaldi................................................................................................................................................................................................................................... 36 
Imagem 34. Teatro Guaíra (1952), Rubens Meister............................................................................................................................................................. 37 
Imagem 35. Faculdade de Arquitetura da UFBA (1963), Diógenes Rebouças.............................................................................................................. 37 
Imagem 36. Pró-reitoria de Extensão da UFC (1961), José Liberal de Castro................................................................................................................. 38 
Imagem 37. Edifício Passos, Manoel Gusmão..................................................................................................................................................................... 40 
Imagem 38. Hospital Agro-industrial do Açúcar, Manoel Gusmão.................................................................................................................................. 41 
Imagem 39. Palácio do Trabalhador, Saint’Yves Simon................................................................................................................................................... 41 
Imagem 40. Hospital José Carneiro, Saint’Yves Simon....................................................................................................................................................... 42 
Imagem 41 e 42. Casa José Lyra, Lygia Fernandes............................................................................................................................................................ 42 
Imagem 43. Sociedade de Medicina, Lygia Fernandes................................................................................................................................................... 43 
Imagem 44. Residência Jarbas Gomes, Israel Barros........................................................................................................................................................ 43 
Imagem 45. Edifício Lagoa Mar, Israel Barros.................................................................................................................................................................... 44 
Imagem 46. Parque Hotel, Zélia Maia................................................................................................................................................................................. 45 
Imagem 47. Reitoria, Zélia Maia............................................................................................................................................................................................ 45 
Imagem 48. Residência Ruth Nogueira, Ivo Lyra................................................................................................................................................................ 46 
 
 
16 
18 
18 
19 
19 
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20 
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45 
45 
46 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Imagem 49. Residência Péricles Neves, Ivo Lyra................................................................................................................................................................ 46 
Imagem 50. Colégio Marista, José Nobre............................................................................................................................................................................ 47 
Imagem 51 e 52. Clube do Trabalhador, José Nobre........................................................................................................................................................ 47 
Imagem 53. Edifício Sede do Banco Econômico, Walter Cunha.................................................................................................................................... 48 
Imagem 54. Edifício São Carlos, Walter Cunha................................................................................................................................................................... 49 
Imagem 55. Procedimento metodológico para conservação de um bem segundo a Carta de Burra................................................................... 56 
Imagem 56 e 57. Propriedades residenciais modernistas de Berlim................................................................................................................................ 59 
Imagem 58 e 59. Villa Tugendhat, Mies van der Rohe…………………………………………………………………………………………………………….. 60 
Imagem 60. Conjunto Franciscano de Olinda................................................................................................................................................................... 61 
Imagem 61. Estudo de usos e fluxos do Plano Diretor de Conservação............................................................................................................................................................ 61Imagem 62. Estudo de usos e fluxos do Plano Diretor de Conservação............................................................................................................................................................. 62 
 Imagem 63. Localização do bairro do Centro na Cidade de Maceió............................................................................................................................................................ 63 
Imagem 64. Localização do Edifício Breda no bairro do Centro...............................................................................................................................................................................63 
Imagem 65. Fotografia da Rua Doutor Luís Pontes de Miranda no começo do século....................................................................................................................64 
Imagem 66. Anúncio do jornal, no início das vendas das salas............................................................................................................................................................................ 64 
Imagem 67. Edifício Breda na década de 60.............................................................................................................................................................................. 65 
Imagem 70. Planta Baixa do Mezanino segundo documento de refêrencia................................................................................................................. 70 
Imagem 69. Planta Baixa do Térreo segundo documento de refêrencia................................................................................................................................... 70 
Imagem 71. Planta Baixa do Pav. tipo segundo documento de refêrencia.............................................................................................................................. 71 
Imagem 72. Conjunto de circulação vertical no térreo e 1º andar................................................................................................................................. 71 
Imagem 73. Conjunto de circulação vertical nos pav. tipo............................................................................................................................................. 71 
Imagem 74. Conjunto de circulação vertical no Térreo e Mezanino................................................................................................................................ 71 
Imagem 75. Planta Baixa da Cobertura segundo documento de refêrencia................................................................................................................. 72 
Imagem 76: Fotografia mostrando o pilar interno.............................................................................................................................................................. 72 
Imagem 76: Esquadria basculante original........................................................................................................................................................................ 73 
Imagem 77: Desenho das esquadrias originais em madeira............................................................................................................................................ 73 
Imagem 79: Utilização de brise-soleil na fachada............................................................................................................................................................. 73 
Imagem 80: Planta mostrando os acessos para o hall do prédio................. ....................................................................................................................................................74. 
Imagem 82: Acesso na Rua Loteamento Bráulio Cavalcante. ....................................................................................................................................... 74 
Imagem 81: Acesso na Rua Doutor Luís Pontes de Miranda. .......................................................................................................................................... 74 
Imagem 83: Planta mostrando o acesso para o térreo do prédio.....................................................................................................................................74 
Imagem 84: Pastilhas das paredes.......................................................................................................................................................................................75. 
Imagem 85: Revestimento do piso.......................................................................................................................................................................................75 
Imagem 86: Revestimento da escada.......................................................................................................................................................................................................................... 75 
Imagem 87. Anúncios de Jornais no ano de 1963.................................................................................................................................................................... 75 
Imagem 88. Planta Baixa da Galeria Breda Center........................................................................................................................................................... 
Imagem 90. Planta Baixa do Mezanino da Galeria Breda Center atualmente............................................................................................................. 
Imagem 89. Planta Baixa da Galeria Breda Center atualmente..................................................................................................................................... 76 
Imagem 91. Planta Baixa do posto municipal de atendimento odontológico – PAO Breda....................................................................................... 77 
Imagem 92. Planta Baixa da Cobertura atual, modificada para instalação das associações...................................................................................... 77 
Imagem 93 e 94: Vista Panorâmica Norte e Sul da cobertura do Edifício Breda.......................................................................................................... 78 
46 
47 
47 
48 
49 
56 
59 
60 
61 
61 
62 
63 
63 
64 
64 
65 
70 
70 
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71 
71 
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74 
74 
74 
74 
75 
75 
75 
75 
76 
76 
76 
77 
77 
78 
 
 
Imagem 97: Vista do prédio na Rua Dr. Luiz Pontes de Miranda.................................................................................................................................... 
Imagem 96: Vista do prédio na Rua Oliveira e Silva......................................................................................................................................................... 
Imagem 95: Vista do prédio na Rua Boa Vista.................................................................................................................................................................. 
Imagem 98: Vista do prédio na Praça Bráulio Cavalcante............................................................................................................................................ 79 
Imagem 99: Entorno do prédio........................................................................................................................................................................................... 80 
Imagem 100: Linha do tempo com a origem, transformação e estado atual do edifício....................................................................................... 80 
Imagem 101: Evolução do entorno do Edifício Breda em diferentes anos.................................................................................................................. 81 
Imagem102: Condicionantes físicas do Edifício Breda...................................................................................................................................................... 81 
Imagem 103: Gráfico de usos do Edifício Breda...............................................................................................................................................................82 
Imagem 104: Mapa com a delimitação do SPR-01, no entorno do edifício.................................................................................................................. 83 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1: Tabela de ocupação do Edifício Breda............................................................................................................................................................. 82 
Tabela 2: Lista de Atributos por ordem de importância e seus respectivos pesos para conservação da significância cultural............................. 91 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 1: Danos existentes na envoltória do Edifício Breda......................................................................................................................................... 85 
Quadro 2: Quadro com os atributos e valores identificados do edifício Breda.......................................................................................................... 89 
Quadro 3: Quadro relacionando os valores e os danos encontrados no edifício Breda........................................................................................... 95 
 
 
 
79 
79 
79 
79 
80 
80 
81 
81 
82 
83 
 
LISTA DE TABELAS 
82 
91 
 
LISTA DE QUADROS 
85 
89 
95 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
CECI – Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada 
DOCOMOMO – Documentation and Consercation of buildings, sites and neighbourhoods of the Modern Movement 
FAU/USP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo 
ICCROM – International Centre for the Study of the Preservation and Restoration of the Cultural Properties 
ICOM – Conselho Internacional de Museus 
ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios 
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
OG – Operational Guidelines (for the Implementation of the World Heritage Convention) 
SEMPLA – Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento de Alagoas 
SPR – Setor de Preservação Rigorosa 
UFBA – Universidade Federal da Bahia 
UFC – Universidade Federal do Ceará 
UNESCO – United Naations Educational, Scientific and Cultural Organization 
WHL – World Heritage List 
ZEP – Zona Especial de Preservação Cultural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 14 
1 ARQUITETURA MODERNA 16 
1.1 O ESTILO INTERNACIONAL 16 
1.2 ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA 31 
1.3 ARQUITETURA MODERNA EM ALAGOAS 43 
2 CONSERVAÇÃO DA ARQUITETURA MODERNA 51 
2.1 CARTAS PATRIMONIAIS 51 
2.2 SIGNIFICÂNCIA DA ARQUITETURA MODERNA 49 
2.3 PRÉDIOS EMBLEMÁTICOS 55 
3 O EDFICIO BREDA 61 
3.1 CONTEXTO HISTÓRICO 61 
3.2 O PROJETO 
4 PLANO DE CONSERVAÇÃO 68 
3.3 SIGNIFICÂNCIA CULTURAL, ATRIBUTOS, VALORES E INTEGRIDADE 78 
3.4 PLANO DE CONSERVAÇÃO 103 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 106 
 
REFÊRENCIAS BIBLIOGRAFICAS 107 
APÊNDICES 110 
14 
16 
16 
29 
39 
51 
51 
53 
58 
63 
63 
76 
87 
87 
93 
99 
 
101 
103 
14 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
A presente monografia, denominada “Conservação da 
Arquitetura Moderna: Um estudo sobre a significância cultural 
patrimonial do Edifício Breda no bairro do centro em Maceió/AL“ 
apresenta como tema central a conservação da significância em 
edifícios modernos, com a finalidade realizar um estudo sobre a 
temática do Plano de Conservação a partir da construção da 
significância cultural. Desta forma, o trabalho visa propor um plano 
de conservação para a conservação da significância do Edifício 
Breda no bairro do Centro de Maceió/AL. 
O objeto de estudo empírico do trabalho é o Edifício Breda. 
A obra localiza-se na esquina da Rua Loteamento Bráulio 
Cavalcante com a Rua Dr. Pontes de Miranda, permitindo destaque 
junto ao entorno. Porém, sua estima não é apenas paisagística, por 
ser um prédio que se encontra em atividade, exerce uma função 
importante para os usuários, tornando seu valor mais peculiar por 
estar inerente na dinâmica da cidade. 
Para seu desenvolvimento, foram definidos cinco objetivos 
específicos para a pesquisa: a) analisar a trajetória histórica do 
prédio a fim de reconhecer as permanências e mudanças ocorridas 
ao longo dos anos; b) identificar e caracterizar os atributos material 
e imaterial identificando valores e significados; c) analisar a relação 
dos atores envolvidos com os atributos com a finalidade de validar 
 
 
 
os valores e significados; d) elaborar uma declaração de 
significância; e) construção do plano de conservação. 
O conceito de conservação utilizado neste trabalho baseia-
se na Carta de Burra, onde trata-se da conservação de bens 
patrimoniais com significância cultural. Refere-se aos cuidados a 
serem dispensados a um bem para preservar as características que 
apresentem significação cultural. "valor estético, histórico, científico 
ou social de um bem para as gerações passadas, presentes ou 
futuras" (ICOMOS, 1999, p. 2). A carta não se refere apenas aos 
fatores materiais, mas a todos aqueles que incorporam significado 
ao bem, como o contexto, história e valores sociais e imateriais. 
O processo metodológico utilizado tem como base a Carta 
de Burra (ICOMOS, 2013). Esta carta demonstra uma estrutura para 
intervenção conservativa de um bem com significância cultural 
através de procedimentos que se dividem em três etapas: 
compreender a significância, desenvolver política e gerenciar 
A construção da significância cultural começa a partir do 
processo de identificação dos valores e atributos do bem, em 
seguida, descobre o que precisa ser conservado, ou seja, quais 
elementos do bem precisam permanecer para que não se perca 
sua significância cultural. "A significância torna-se passível de 
apreensão somente pela adoção de uma declaração de 
significância, que é um recorte circunstanciado temporalmente dos 
15 
 
significados atribuídos." (ZANCHETTI, LORETTO, MOREIRA, TINOCO, 
2011, P.2) 
O objetivo da conservação, segundo a carta de Burra, é 
manter a significância cultural do bem sem afetar o valor histórico 
nele presente, em que as opções de conservaçãodevem ser 
definidas com base na compreensão de sua significação cultural e 
de sua condição material. “Deve implicar em medidas de 
segurança e manutenção, assim como disposições que prevejam 
sua futura destinação. ” (ICOMOS, 1980, p.2). O plano de 
conservação busca a manutenção das condições de interpretação 
da significância, passada e presente, pelas gerações atuais e futuras 
(ZANCHETI & HIDAKA, 2011). 
Visando atingir o objetivo proposto, esta monografia foi 
estruturada em quatro capítulos, onde o primeiro capítulo apresenta 
a narrativa histórica da arquitetura moderna, revelando a 
construção dessa arquitetura ao longo do tempo enfatizando sua 
tipologia. Este capítulo busca compreender o processo de 
concepção que esse movimento apresenta. Subdivide-se em três 
partes: (1.1) O estilo internacional, discorre sobre a formação da 
arquitetura moderna internacional; (1.2) Arquitetura moderna 
brasileira, elucida a produção nacional e como se desenvolveu; e, 
finalmente, a (1.3) Arquitetura moderna alagoana, que explana 
sobre a produção alagoana e como foi influenciada. 
O segundo capítulo expõe o referencial teórico da 
pesquisa, discorre sobre as cartas patrimoniais e os meios de 
proteção internacional. Conceitua a significância cultural e aborda 
sobre outros conceitos presentes no ideário do campo da 
conservação. Decompõe-se em três partes: (2.1) Cartas 
patrimoniais, discorre sobre as cartas patrimoniais, seus conceitos e 
abrangências; (2.2) Significância da arquitetura moderna, explica o 
conceito de significância e por que é importante para a elaboração 
do Plano, demonstrando os procedimentos que serão adotados 
para a sua construção; (2.3) Prédios emblemáticos, explana a alguns 
bens reconhecidos pela Unesco como patrimônio. 
No terceiro capítulo apresenta o objeto de estudo empírico 
do trabalho: o Edifício Breda. Esse capítulo aborda toda a 
caracterização do prédio até os dias atuais, a construção da sua 
paisagem ao longo do tempo enfatizando a tipologia do mesmo. 
Fragmenta-se em duas partes: (3.1) Contexto histórico, discorre sobre 
a época de sua construção, seu projeto original e o contexto 
inserido; (3.2) O projeto, esclarece a atual situação do prédio e 
discorre sobre as transformações sofridas ao longo do tempo. 
O quarto capítulo apresenta os valores e significados 
encontrados no Edifício Breda, bem como a declaração de 
significância e, por fim, o Plano de Conservação do Edifício Breda. 
Subdivide-se em duas partes: (4.1) Significância cultural, atributos, 
valores e integridade, explana os valores, atributos e significados 
identificados a partir das análises realizadas, e sua declaração de 
significância, em que, em um único texto corrido, abarcará todos os 
valores, atributos e significados identificados; (4.2) O plano de 
conservação, que discorre em termos gerais e específicos (por 
valores) quais as diretrizes para a conservação do imóvel. 
16 
 
FONTE: BENEVOLO, 2011. 
1.1 O ESTILO INTERNACIONAL 
A Arquitetura Moderna é o conjunto de movimentos e 
escolas arquitetônicas que caracterizaram a produção na 
arquitetura durante o final do século XIX e começo do século XX. As 
ideias modernas possuem características encontradas em origens 
diversas, como a Bauhaus, na Alemanha; em Le Corbusier, na 
França; em Frank Lloyd Wright nos Estados Unidos ou nos 
construtivistas russos alguns ligados à escola Vuthemas, entre outros. 
Segundo Benevolo e Argan, não é possível encontrar uma origem 
pontual, a sua gênese histórica é traçada em uma série de 
movimentos ocorridos paralelamente em meados do século XIX, 
como o movimento Arts & Crafts1. 
O Modernismo propôs renovar a arquitetura de modo a 
rejeitar toda a arquitetura anterior ao movimento, principalmente o 
Ecletismo, a arquitetura difundida durante o século XIX. Essa escola 
interpreta e apoia o esforço progressista, econômico-tecnológico 
da sociedade industrial (ARGAN, 1992, p.185). 
Nos séculos XIX e XX o urbanismo passa a existir como 
ciência moderna, devido a necessidade de enfrentar 
sistematicamente problemas decorrentes das modificações na 
estrutura social, política e econômica devido a "Revolução 
Industrial". Um grande número de pessoas abandonaram os campos 
 
1 O Arts & Crafts (artes e ofícios), foi um movimento estético que teve sua 
origem na Inglaterra em meados do século XIX. 
para buscar trabalho nas indústrias urbanas, ocorre uma carência 
habitacional, pois, não encontravam espaço na cidade burguesa, 
assim, surgindo a ideia das primeiras vilas operárias. 
Robert Owen 2(1771 - 1858) e Charles Fourier (1772 - 1837) 
iniciaram uma nova linha de pensamento e de ação ligados a 
ideologia socialista, propondo a construção de unidades 
residenciais para habitação operária, porém, maior parte das suas 
ideias permaneceram utópicas. Em Paris, acontece rapidamente o 
plano de reforma (imagem 1) idealizado por Georges-Eugène 
Haussmann (1809 - 1891), demonstra como o poder interfere na 
imagem e funcionalidade da cidade. O plano consiste em grandes 
artérias de tráfegos, nomeadas boulevards, obtidas da demolição 
de bairros populares. 
2 Robert Owen foi um reformista social galês, considerado um dos 
fundadores do socialismo e do cooperativismo. 
Imagem 1. Plano de Paris (1851-1870), Georges Eugène Haussmann. 
17 
 
A cidade industrial é segregada, de um lado o poder 
imagina a cidade como a imagem da autoridade do Estado, e de 
outro os urbanistas querem reformular – respeitando a cidade antiga 
– para uma sociedade integral e orgânica, unificando também a 
classe operaria como parte da comunidade (ARGAN, 1992, p.187). 
Após a Primeira Guerra Mundial, surgiu a questão de pensar 
o espaço urbano como emergente e precedente em relação à 
arquitetura, onde a tarefa do arquiteto é projetar um ambiente 
resultado de vários elementos coordenados. 
"Se o edifício é apenas uma unidade numa série, 
e a construção em série exige a maior utilização 
possível de elementos industrialmente pré-
fabricados, o processo que industrializa a 
produção de edifícios é o mesmo que transforma 
arquitetura em urbanismo." (ARGAN, 1992, p.187) 
O Modernismo traz a ideia da cidade viva, com uma 
sociedade ativa e moderna. Combatendo a ideia do falso 
historicismo e da cidade como representação da autoridade do 
Estado, no Ecletismo. O Movimento também se opõe a cidade 
deturpada pela industrialização, com os muros enegrecidos pela 
fumaça, os armazéns e os bairros operários miseráveis. 
 
3 Trata-se do surgimento da tipologia do arranha-céu, criando edifícios de 
imagem verticalizada impactante. É caracterizada por prédios de estrutura 
metálica e fechamentos em alvenaria ornamentada. 
Na América do Norte, no início do século, o principal 
problema era diferenciar a cultura americana da europeia e eliminar 
qualquer resquício de colonialismo. Enquanto a Europa declinava 
pós-guerra, o arquiteto Frank Loyd Wright (1869-1959), procurava dar 
a arquitetura americana um estilo único. Trabalhou no início de sua 
carreira com Louis Sullivan (1856-1924), um dos pioneiros em arranha-
céus da Escola de Chicago3. Segundo Argan, Wright afirma, 
implicitamente, que apenas o povo americano pode realizar uma 
arte plenamente criativa, pois, não trazia o peso de uma história. 
Até 1910, ele se apoia na classe média, onde encontra a 
força impulsionadora do progresso americano. Em 1909 projetou a 
Robie House (imagem 2) em um período das obras Prairie houses4. 
Para Wright, a casa não deve ser um espaço dado e rigidamente 
dividido,deve ser um meio de contato com a realidade, essa que 
cada qual realiza a si mesmo (ARGAN, 1992, p.296). Nesse momento 
sua arquitetura sofre uma mudança no plano formal, com plantas 
livremente articuladas, redução das determinantes formais, 
eliminação da "caixa" espacial, concentração das forças de 
sustentação e a anulação das separações entre externo e interno. 
Em 1934, ele determina suas ideias a respeito do urbanismo em um 
plano de cidade ideal, a Broadacre City. 
4 Prairie Houses que dizer “casas da pradaria”, são casas urbanas nos 
subúrbios de diversas cidades nos estados de Wisconsin e Illinois. O nome 
reflete a característica de sua implantação horizontal em grande área 
plana. 
18 
 
Imagem 2. Frederick C. Robie House (1908-1910), Frank Lloyd Wright. 
 
A Casa da Cascata ou Casa Kaufmann (imagem 3), 
construída entre 1936 e 1939 é um marco da arquitetura de Wright, 
a casa é uma extensão do externo, feita com grandes varandas em 
balanço. Projetadas em ângulos retos, são elementos esculturais da 
casa, além de sua função. O princípio fundamental da arquitetura 
orgânica é que a construção deve ser natural como um crescimento 
(ARGAN, 1992, p.296). Wright trouxe o pensamento de que a 
arquitetura não é pensada como determinante de objetos, mas sim, 
como ação de um sujeito. Seus pensamentos são concretizados na 
obra da sede do Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova York, 
projetado em 1958. 
 
5 Exposição da obra de Wright, em Berlim, no ano de 1910. 
Em 1917, a Holanda possuía uma das escolas arquitetônicas 
mais avançadas do mundo, dirigida por Hendrik Petrus Berlage 
(1856-1934). Foi ele que estabeleceu a primeira ligação ente a 
arquitetura holandesa e Wright, antes mesmo da exposição em 
Berlim5. Neste ano, Theo Van Doesburg (1883-1931) cria o movimento 
do Neoplasticismo, também conhecido como De Stijl (imagem 4), 
que foi um dos episódios importantes da história da arte 
contemporânea. 
FONTE: ARCHDAILY, 2013. 
Imagem 3. Casa da Cascata (1939), Frank Lloyd Wright 
 FONTE: ARCHDAILY, 2012. 
19 
 
De Stijl não é uma revolução a fim de renovar, mas sim, uma 
revolução no interior de uma cultura moderna com o intuito de 
imuniza-la contra os perigos de qualquer corrupção ou impureza 
possível (ARGAN, 1992, p. 286). Esse movimento investigava se era 
possível fazer arte sem referências históricas, ou seja, eliminar todas 
as "formas históricas" e purifica-las. No neoplasticismo, o ato 
construtivo é estético. Esse princípio foi adotado pelos arquitetos 
Gerrit Rietveld (1888-1964), Jacobus Oud (1890-1963) e Cornelis van 
Eesteren (1897-1988). 
A problemática desse movimento vem da função social da 
arquitetura, constrói-se para vida. A arquitetura funcionalista na 
Holanda não é somente ligada ao movimento De Stijl, teve uma 
fundamental importância para a arquitetura moderna europeia, 
formando toda uma nova tipologia da construção civil (ARGAN, 
1992, p. 288). Em 1924, Rietveld constrói a Casa Schroder (Imagem 5), 
um típico modelo de habitação neoplástica. 
Para Oud, o neoplasticismo é uma simplificação dos 
processos construtivos, portanto, facilitando a possibilidade de 
construir em série. Com essa ideia, ele projeta os bairros de casa 
enfileiradas para famílias operarias em Scheveningen e Rotterdam. 
A Fábrica Van Nelle (Imagem 6), projetada em 1928 pelos 
arquitetos Johannes Brinkman (1902-1949) e Van Der Vlugt (1894-
1936), é uma inovação na tipologia da arquitetura industrial, mesmo 
projetando seguindo as exigências da função, a obra não possui um 
aspecto maquinista. Outra obra que possui uma inovação na 
tipologia foi o Sanatório Zonnestraal, nas proximidades de Hilversum, 
projetado pelo arquiteto Johannes Duiker (1890-1935). Willem Dudok 
Imagem 4. Construction of Colors (1923), Théo van Doesburg. 
FONTE: HARVARD, 2016. 
Imagem 5. Residência Rietveld Schröder (1925), Gerrit Rietveld. 
FONTE: ARCHDAILY, 2012. 
20 
 
(1884-1974) é o arquiteto holandês que mais se aproximou da lição 
de Wright mesmo sem sair do próprio ambiente natural. 
O funcionalismo alemão teve como peça marcante W. 
Gropius (1883-1969), e sua origem se deu no Expressionismo do Grupo 
de Novembro6. Além de ser um grande artista, possuía o aspecto de 
animador cultural, era firme defensor de um "método". Em 1919, 
Gropius funda e dirige a primeira escola "democrática" - a Bahaus, 
coordena um programa de ação com uma corrente política 
determinada, a socialdemocracia. "Gropius não crê na 
universalidade da arte, mas convoca em torno de si, na Bauhaus de 
Weimar [...]"(ARGAN, 1992, p.269). 
 
6 Formado em Berlim, o Grupo de Novembro ou Novembergruppe aspirava 
a união de todos os artistas. Seu primeiro manifesto de 1918, estabeleceu 
A Bahaus foi uma escola fundada sobre o princípio da 
colaboração, da pesquisa conjunta entre professores e alunos. A 
estrutura da escola era funcional, não hierárquica. O nome Bahaus 
significa "casa da construção", que indica o conceito que a "forma 
de uma sociedade é a cidade e, ao construir a cidade, a sociedade 
constrói a sí mesma" (ARGAN, 1992, p.269). O norteador do ensino é 
o urbanismo, ensinando a construir e viver racionalmente. Segundo 
Argan, na visão de Groupios é o dinamismo da função que 
determina a forma e a tipologia dos edifícios. A Haus am Horn 
(Imagem 7) foi o protótipo das ideias da Bauhaus sobre habitação 
residencial nessa época. 
que: "o futuro da arte e a seriedade do presente compele-nos, 
revolucionários de espírito, para uma unidade e concordância". 
Imagem 6. Fábrica Van Nelle (1928), Johannes Brinkman e Van Der Vlugt. 
FONTE: ARCHITECTUUL, 2011. 
Imagem 7. Haus am Horn (1923), Adolf Meyer. 
FONTE: ARCHITECTUUL, 2011. 
21 
 
Em 1925, a Bahaus ganha a sede em Dessau (Imagem 8 e 
9), uma das obras do funcionalismo arquitetônico europeu. Na 
escola, tudo que se inclui no âmbito da "comunicação visual" é 
objeto de análise e projeto. Sua teoria e didática existe uma 
predominância na geometrização das formas, entendendo como, a 
figura geométrica é uma forma pré-padronizada independente do 
seu significado conceitual. Apesar do proposito racionalista da 
Bahaus, sempre se deu importância para as atividades que 
estimulavam a imaginação. 
A obra de Gropius não pode ser considerada como pura e 
simples aplicação de uma fórmula racionalista. Já em 1911, com seu 
projeto da fábrica Fagus (Imagem 10) modifica a concepção da 
arquitetura industrial. Em 1914, projeta a "fábrica modelo" para a 
exposição do Werkbund, que mostra ter aproveitado várias 
sugestões da obra de Wright - o qual começava a ser reconhecido 
na Europa. 
Toda a obra de Gropius se resume na definição de uma 
metodologia de projeto, onde o espaço não é pura, inclassificável e 
ilimitada extensão. Realizou projetos na escala urbana como os 
bairros de Karlsnahe e Berlim, em escala de construção civil com a 
Casa Gropius e em desenho industrial como a carroceria do 
automóvel Adler. Em 1928, deixa a direção da Bauhaus e foge para 
Inglaterra alguns anos depois. Trabalha em colaboração com 
Maxwell Fry (1899 – 1987), que o convida para lecionar na Harvard 
University, nos Estados Unidos; e também com Breuer e K. 
Wachsmann. Depois da mudança, as obras de Gropius deixa o 
caráter político que possuía suas obras alemãs entre 1920 e 1930. 
Imagem 8 e 9: Dessau Bauhaus (1926), Walter Gropius. 
FONTE: ARCHIDAILY, 2010. 
Imagem 10. Fabrica Fagus (1925), Walter Gropius. 
FONTE: ARCHDAILY, 2015. 
22 
 
FONTE: ARCHDAILY, 2012. 
FONTE: ARCHDAILY, 2011.Outro protagonista do racionalismo da Alemanha é L. Mies 
Van Der Rohe (1886-1969), assume a direção da Bauhaus em 1930. A 
partir de 1920, começa a projetar arranha-céus - invólucro de vidro 
ao redor de uma alma estrutural, porém, na Europa esse tipo de 
construção era considerado um elemento característico da 
arquitetura americana. Contudo, Mies o considera como o resultado 
da ideologia do Grupo de novembro, como a "casa de vidro" 
límpida como um cristal, elevando-se até o céu. 
Na sua produção arquitetônica admite dois eixos estruturais 
- um vertical e um horizontal - e uma entidade formal, o plano. 
Levando o racionalismo as últimas consequências, sua arquitetura 
pode parecer, mais do que futurista, extremista. Em 1937, Mies Van 
Der Rohe deixa a Alemanha e continua seus projetos nos Estados 
Unidos. 
 
Além de ter construído obras como a Villa Tugendhat (1930), 
a Casa Farnsworth (1951) (Imagem 11) e o edifício Seagram (1958), 
em 1929 projeta o Pavilhão Nacional da Alemanha (Imagem 12) 
para a Exposição Internacional de Barcelona, o seu projeto mais 
emblemático, onde alcançou a máxima expressão de seu estilo. 
Logo após ter dirigido a Bauhaus até 1933, assumiu a faculdade de 
arquitetura do Illinois Technology Institute em Chicago, a qual viria a 
remodelar, tornando-se mais uma de suas importantes obras. 
 
A mudança da produção do racionalismo alemão para os 
Estados Unidos, devido as perseguições nazistas, foi o motivo de uma 
crise que possuía razões profundas. Gropius, juntamente com Breuer 
sacrifica o rigor da pesquisa para desenvolver uma metodologia 
técnica da pré-fabricação, junto com Wachsmann. A falha na raiz 
ideológica na corrente do racionalismo alemão é "uma reação 
humana e civilizada a prepotência autoritária do capitalismo [..]" 
(ARGAN, 1992, p. 278), afeta todas as premissas teóricas, 
Imagem 11. Casa Farnsworth (1951), Mies van der Rohe. 
Imagem 12. Pavilhão Nacional da Alemanha (1929), Mies van der Rohe. 
23 
 
FONTE: ARGAN, 1992. 
programáticas e didáticas da Bauhaus. O rigor racionalista leva a 
substituir a composição pela repetição em série. Esse aspecto da 
crise se manifestou principalmente na obra de Breuer, por ser o maior 
designer oriundo da Bauhaus. Outro protagonista da crise do 
racionalismo foi K. Wachsmann, também um colaborador direto de 
Gropius. 
Na Rússia, a vanguarda arquitetônica se enquadra no 
movimento construtivista, todavia, as artes não possuem 
investimento e os arquitetos carecem de qualquer preparação 
profissional. A arquitetura soviética deve sua tendência às soluções 
formais ousadas, dinâmicas, intensamente emotivas, devido as 
correntes da arquitetura ocidental serem tendencialmente 
socialistas. 
 
7 Associação dos Novos Arquitetos, fundada em 1923, na qual se discute os 
preceitos gerais da nova arquitetura. 
Em 1925, Erich Mendelsohn (1887-1953) constrói uma grande 
fábrica em Lenigrado (Imagem 13), que é particularmente 
importante para a corrente russa, pois, “o construtivismo, que visa 
expressar nas formas arquitetônicas o ímpeto dinâmico da 
revolução, possui um forte componente expressionista” (ARGAN, 
1992, p.283). 
"A estética do Construtivismo pretende que 'todos 
os acréscimos que a rua da grande cidade traz à 
construção (placas, propagandas, relógios, alto-
falantes e até os elevadores internos) sejam 
incluídos na composição como pontos de igual 
importância': exatamente como fazia 
Mendelsohn para expressar na forma o conteúdo 
do edifício" (ARGAN, 1992, p.283). 
A nova arquitetura soviética se concretiza com o projeto de 
Vladimir Tatlin (1885-1953) para o Monumento à Terceira 
Internacional (Imagem 14) - com todas as premissas do 
construtivismo, em 1919. O arquiteto El Lissitzky (1890-1941) 
desenvolve também uma atividade de “relações públicas”, viaja e 
está em permanente contato com Gropius, Mies, Van Doesburg. 
Lissitzy e os outros arquitetos do grupo Asnova7 defende o 
geometrismo, pois a geometria expressa o espirito racionalista da 
revolução. 
 
Imagem 13. Maquete para uma indústria têxtil em Leningrado (1925), Erich Mendelsohn. 
24 
 
FONTE: ARGAN, 1992. 
Em 1925, inicia-se o sucesso da vanguarda russa na Europa 
Ocidental, com o premiado pavilhão soviético executado por 
Konstantin Melnikov (1890-1974) para a Exposição Internacional das 
Artes Decorativas, em Paris. No ano de 1930 aconteceu dois 
concursos para os projetos do Teatro estatal de Charkow e para o 
edifício do soviete em Moscou, onde participaram muitos arquitetos 
modernistas europeus. Porém, no auge da arquitetura moderna 
 
8 “Máquina de morar”. 
soviética, a burocracia do partido conquista a supremacia e se 
contrapõe a vanguarda revolucionária. 
Em 1928 na França, Le Corbusier (1887-1965) começa a 
projetar. Sua conduta é política, “uma grande política, generosa e 
esclarecida, do urbanismo e da arquitetura” (ARGAN, 1992, p. 265). 
Para Le Corbusier, o centro da cultura mundial é a França, por conta 
do seu desenvolvimento iluminista. Uma de suas principais 
contribuições foi o entendimento da casa como uma machine à 
habiter8, em concordância com os avanços industriais. Sua principal 
preocupação era a funcionalidade. Com seu estudo sobre a forma, 
ele desenvolve o homem como medida de todas as coisas, o 
Modulor9 (Imagem 15). 
9 Uma série de medidas proporcionais, que dividia o corpo humano de 
forma harmônica e equilibrada. Baseava-se nisso para orientar os seus 
projetos e suas pinturas. 
Imagem 14. Modelo para o Monumento à Terceira Internacional (1919-1920), 
Wladimir Tatlin. 
FONTE: ARGAN, 1992. 
Imagem 15. Figuração do Modulor, Le Corbusier. 
25 
 
“O edifício não atrapalhará a natureza aberta 
colocando-se como um bloco hermético: a 
natureza não se deterá à soleira, entrará na casa. 
O espaço é contínuo, a forma deve se inserir, 
como espaço da civilização, no espaço da 
natureza. ” (ARGAN, 1992, p. 266). 
Le Corbusier propõe um novo repertório arquitetônico, 
conhecido como os “cinco pontos para uma nova arquitetura”, 
potencializando utilizações das novas soluções tecnológicas. 
 
“1. Pilotis, liberando o edifício do solo e tornando 
público o uso deste espaço antes ocupado, 
permitindo inclusive a circulação de automóveis; 
2. Terraço jardim, transformando as coberturas em 
terraços habitáveis, em contraposição aos 
telhados inclinados das construções tradicionais; 
3. Planta livre, resultado direto da independência 
entre estruturas e vedações, possibilitando maior 
diversidade dos espaços internos, bem como mais 
flexibilidade na sua articulação; 
4. Fachada livre, também permitida pela 
separação entre estrutura e vedação, 
possibilitando a máxima abertura das paredes 
externas em vidro, em contraposição às maciças 
alvenarias que outrora recebiam todos os esforços 
estruturais dos edifícios; e 
5. A janela em fita, ou fenêtre en longueur, 
também conseqüência da independência entre 
estrutura e vedações, se trata de aberturas 
longilíneas que cortam toda a extensão do 
edifício, permitindo iluminação mais uniforme e 
vistas panorâmicas do exterior. ” (MACIEL, 2012) 
 
Em 1928, é construída a Villa Savoye, maison Savoye ou 
residência Savoye (Imagem 16), considerada um marco da 
arquitetura moderna. A residência é à síntese das ideias pregadas 
por Le Corbusier com relação à nova arquitetura - marcada pela 
máquina, pela razão e pelo progresso. De toda sua produção 
apenas a Villa Savoye os cinco pontos são integralmente 
concretizados. 
 
Imagem 16. Villa Savoye (1929), Le Corbusier.FONTE: ARCHDAILY, 2010. 
26 
 
Le Corbusier produziu projetos urbanistas para várias 
cidades do mundo, entre elas, Chandigarh, nova capital do Punjab, 
em 1950. Suas “unidades habitacionais” em Marselha e Nantes são 
verdadeiras cidades-casas, onde combina-se a exigência de 
intimidade individual, juntamente com a de viver em comunidade. 
Na escala da Construção civil produziu edifícios públicos e 
destinados a assistência social, escolas, museus e casas. Em 1953, Le 
Corbusier constrói seu primeiro edifício sagrado, a capela de 
peregrinação (Imagem 17) em Ronchamp, Notre-Dame-du-Haut. As 
edificações eram projetadas para serem usadas. Definiu a 
arquitetura como o jogo dos volumes sob a luz, motivada na 
utilização dos novos materiais como concreto armado, vidro plano 
em grandes dimensões e outros produtos artificiais. 
Le Corbusier e Gropius, sentiram a necessidade de um fórum 
internacional de debates que fortalecesse a união dos arquitetos do 
Movimento, por conta do desinteresse principalmente nos concursos 
internacionais, sobretudo no da Sociedade das Nações, em 
Genebra, 1927. Em 1928, criaram os CIAMs (Congrés Internationaux 
d’Architecture Moderne), onde aconteciam discussões e pesquisas 
inéditas até então, que revolucionaram o pensamento estético, 
cultural e social do período. Introduziram e ajudaram a difundir uma 
arquitetura considerada limpa, sintética, funcional e racional. 
Entre os anos de 1928 a 1956, houveram diversos congressos, 
tratando de temas como o habitat mínimo, o edifício racional, a 
cidade funcional, a habitação coletiva, o núcleo da cidade. Seu 
mais conhecido produto foi a “Carta de Atenas”, produzida no CIAM 
IV, de 1933. O CIAM enfrentou críticas juntamente com a arquitetura 
moderna, como a generalização das necessidades do indivíduo, 
termina por projetar espaços coletivos que acabam por 
transformarem-se em espaços abandonados e destituídos de 
identidade, devido à falta de propriedade definida. Os aspectos 
culturais e climatológicos eram ignorados. 
Com a crise do racionalismo arquitetônico internacional, os 
arquitetos escandinavos mudaram a concepção do racionalismo. O 
principal arquiteto dessa corrente, Alvar Aalto (1898-1976) partiu do 
Imagem 17. Capela de Ronchamp (1955), Le Corbusier. 
FONTE: ARCHDAILY, 2012. 
27 
 
racionalismo para depois se aproximar do princípio orgânico de 
Wright, o que lhe permitiu estudar os espaços internos. 
Aalto projeta a partir do objeto, para ele todo espaço é 
interno, mesmo os volumes externos estão envolvidos por um espaço 
concreto. Utiliza materiais locais em seus projetos, porém, não com a 
intenção de continuidade do lugar, mas porque esses materiais "tem 
qualidade de elasticidade e de 'textura' que os tornam sensíveis a 
luz, quase congênitos ao espaço 'empírico' da casa ou da 
natureza"(ARGAN, 1992, p. 292). A contribuição dos países 
escandinavos se deu no campo do desenho industrial, em uma 
maior precisão no projeto. 
Ficou conhecido como o projetista de todas as escalas, a 
sua produção arquitetônica apresenta uma visão da arquitetura 
como uma obra de arte completa, considerando desde o mobiliário 
até o controle da luz e do espaço. Projetou desde edifícios cívicos à 
centros universitários, suas principais obras foram a Casa 
Experimental Muuratsalo (Imagem 18), a Universidade Jyväskylä 
(Imagem 19) e a Villa Mairea. 
O declínio dos ideais modernistas iniciou-se a partir do final 
da década de 1950, representado primeiramente pelo trabalho de 
arquitetos como Louis Kahn (1901-1974) e Philip Johnson (1906-2005), 
que começaram a demonstrar discordância da postura 
demasiadamente dogmática dos princípios do Movimento 
Moderno. Durante a década de 60, o arquiteto Charles Jencks 
(1939- ), determinou até uma data exata para o fim do Movimento 
Moderno, com a demolição do projeto produzido pelo arquiteto 
FONTE: ARCHDAILY, 2012. 
Imagem 18. Casa Experimental Muuratsalo (1953), Alvar Aalto. 
Imagem 19. Jyväskylä University (1959), Alvar Aalto. 
FONTE: ARCHDAILY, 2013. 
28 
 
Minoru Yamasaki (1912-1986), o complexo habitacional Pruitt-Igoe, 
construído em 1951, segundo os preceitos dos CIAM. A demolição 
teve início em março de 1972. 
A partir de 1974, Peter Blake (1920-2006) publica uma série 
de artigos na revista Atlantic os quais evidenciavam a degradação 
dos ideais modernistas. Ele publica também o livro intitulado, “Form 
Follows Fiasco: Why Modern Architecture Hasn’t Worked” (A forma 
segue o fiasco: Por que a arquitetura moderna não funcionou). 
Porém, as críticas do Blake não definem a arquitetura moderna, 
apenas seu conceito inicial. Ao longo deste movimento podemos 
identificar uma série de tendências: o estilo internacional, no qual a 
função passa a adquirir primordial importância nas questões 
projetuais; o organicismo, no qual se destaca Frank Lloyd Wright, o 
construtivismo russo, onde se observa o uso de novos materiais e da 
arquitetura-objeto, a arquitetura brutalista, na segunda metade do 
século XX, cujo desenvolvimento foi promovido por arquitetos como 
Frank Lloyd Wright, Le Corbusier e Philip Johnson, dentre outras 
vertentes. 
 
 
 
Imagem 20. Implosão de Pruitt-Igoe (1972). 
FONTE: ARCHDAILY, 2012. 
29 
 
 
1.2 ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA 
 
A Arquitetura Moderna no Brasil teve início com um grupo 
de jovens e com construções realizadas em um período curto de 
tempo. Em poucos anos, a ideia criou raízes em São Paulo e no Rio 
de Janeiro, alcançando uma maturidade paradoxal (MINDLIN, 1999, 
p. 23). Lúcio Costa (1902 - 1998), o arquiteto cujo papel na história do 
Modernismo Brasileiro é fundamental, analisa o período que vai de 
1930 a 1940 e que antecede a construção do Ministério da 
Educação e Saúde em seu ensaio sobre arquitetura brasileira, 
assinala com propriedade que “a arquitetura jamais passou, noutro 
igual espaço de tempo, por tamanha transformação” (MINDLIN, 
1999, p. 23). 
"São Paulo, na década de 1910, já se gabaritava 
como a grande metrópole Brasileira do século 20. 
Lugar onde a riqueza do café patrocinava um 
quadro de prosperidade material e capacitação 
industrial num Brasil ainda dominantemente rural. 
Era um ambiente provinciano, mas a elite urbana 
 
10 Manifesto da Poesia Pau-Brasil é um manifesto redigido pelo escritor 
brasileiro Oswald de Andrade, apresentando as noções estéticas que iriam 
nortear o seu trabalho em poesia e o de outros modernistas brasileiros. 
espelhava-se nos centros irradiadores de cultura 
fora do país." (SEGAWA, 1999, p.41-42) 
Durante a década de 20 acontecia no Brasil o movimento 
arquitetônico neocolonial. O marco inicial do movimento moderno 
aconteceu em São Paulo, segundo historiadores, no ano de 1917, 
com a exposição de pinturas da Anita Malfatti (1896-1964). Durante 
esses anos ocorreram eventos isolados, porém, não tão visíveis 
quanto ao de 1917, como a exposição de Lasar Segall (1891-1957) 
em 1913 e a “descoberta” do escultor Vítor Brecheret (1894-1955), 
em 1920. A pintura catalisou o movimento que visava algo além das 
artes plásticas e da literatura, a causa era a renovação do ambiente 
cultural. 
Durante esse tempo, apesar das críticas iniciais à 
vanguarda artística brasileira, em 1922, aconteceu a Semana de 
Arte Moderna, um período de fervor intelectual com Manifestos 
como o Pau-Brasil10 e o Antropofágico11, foram apresentadas 
inúmeras inovações em diversos campos da expressão artística, com 
a produção de uma arte moderna e um modernismo literário 
caracteristicamente brasileiro. Esse acontecimento questionouo 
academicismo existente no período, essa oposição já havia se 
iniciado anteriormente. A arquitetura não apresentava o mesmo 
11 O movimento antropofágico foi uma manifestação artística brasileira da 
década de 1920, fundada e teorizada pelo poeta paulista Oswald de 
Andrade. 
 
30 
 
vigor nem o espaço do debate literário e pictórico, 
consequentemente, durante a semana não houve registro de 
qualquer discussão sobre a arquitetura. 
 Lúcio Costa vinculou-se ao pensamento intelectual e 
político presente nesses movimentos e propôs uma arquitetura 
moderna brasileira com uma expressão nativa. Em meados dos anos 
1920 acontece uma parceria entre Lúcio Costa e Gregori 
Warchavchik (1986-1972) um arquiteto russo emigrado que havia 
sido influenciado pelo Futurismo durante seus estudos em Roma e 
que foi responsável pelas primeiras casas cubistas no Brasil. Em 1928, 
construiu sua casa no subúrbio da Vila Mariana (Imagem 21 e 22), 
em São Paulo, a mesma “constituiu a primeira expressão de 
arquitetura moderna nos termos do proselitismo do arquiteto" 
(SEGAWA, 1999, p. 44-45). 
 
Entre os anos de 1928 e 1931, o arquiteto projetou 
residências e conjuntos de moradias econômicas em São Paulo e no 
Rio de Janeiro. Entre essas obras, a casa em Itápolis (Imagem 23 e 
24), em São Paulo, foi a que mais se aproximou do ideal da Bauhaus 
de integração das artes. Em 1929, foi convidado por Le Corbusier 
para ser delegado para a América do Sul do CIAM (Congres 
International d’Architecture Moderne) enquanto esteve em São 
Paulo. 
O surgimento do modernismo foi em uma época de 
contradições e ambiguidades políticas, o período governamental 
de Vargas a Kubistchek, do rádio a televisão, do Rio de Janeiro como 
capital até antes do concurso de Brasília, entre outras. No início da 
década de 1930, surgiu um novo regime que iria afetar 
profundamente a vida administrativa, social e econômica do país. 
Imagem 21 e 22. Casa Modernista da Rua Santa Cruz (1928), Gregori Warchavchik. 
FONTE: ARCHDAILY, 2013. 
Imagem 23 e 24. Casa Modernista da Rua Itápolis (1930), Gregori 
Warchavchik. 
FONTE: ARCHDAILY, 2013. 
31 
 
"[...]a revolução liderada por Getúlio Vargas impôs 
um novo regime e um novo estado de espirito. O 
movimento de 30 foi desencadeado sobretudo 
por jovens militares e civis, e lançou um sopro 
renovador em todos os setores da vida política, 
social e econômica do país." (MINDLIN, 2000, p. 26) 
O governo de Getúlio Vargas com o desejo de deixar sua 
marca nas formas da capital federal na época, decide construir 
palácios para abrigar os ministérios e órgãos públicos. Nesse período 
as empresas e elites só adotavam um estilo depois que ele tivesse 
sido testado em obras públicas, tornando essa decisão um fator 
importante para difundir a arquitetura moderna. 
"Com a revolução liderada por Getúlio Vargas em 
1930 e a nomeação de Costa como diretor da 
Escola de Belas-Artes, a arquitetura moderna 
passou a ser acolhida, no Brasil, como uma 
questão de política nacional." (FRAMPTON, 1997, 
p. 310) 
Nesta época a Europa passava por uma crise social, política 
e econômica relacionada com a Grande Depressão, afetando as 
oportunidades para os arquitetos modernos como Le Corbusier, que 
vieram até o Brasil estabelecer relações com o Estado. O Brasil não 
foi tão afetado pela guerra, pelo contrário, foi ela e a conturbada 
década que a precede, que haviam permitido, em parte, com que 
a produção brasileira preenchesse o vácuo criado no cenário 
arquitetônico internacional. 
Nesse contexto a arquitetura moderna brasileira que se 
materializou com o projeto do Ministério da Educação e Saúde 
(Imagem 25), teve como idealista o arquiteto Lúcio Costa e a 
consultoria de Le Corbusier. Sua construção aconteceu em 1937, 
compondo-se de elementos que buscam expressar o caráter 
peculiar da cultura brasileira. "A obra incorporava toda a sintaxe 
corbusieriana – sobretudo, ‘cinco pontos da arquitetura nova’" 
(SEGAWA, 1999, p. 91). 
"Mas a versão final, erguida sobre um peristilo de 
pilotis, deu ensejo a primeira aplicação 
monumental de muitos dos elementos 
corbusianos característicos, inclusive o toit-jardin, 
o brise-soleil e o pan-verre. Os jovens seguidores 
brasileiros de Le Corbusier transformaram 
imediatamente esses componentes puristas numa 
expressão nativa extremamente sensual que fazia 
eco, em sua exuberância plástica, ao Barroco 
brasileiro do século XVIII." (FRAMPTON, 1997, p. 310) 
Apesar do edifício ser considerado a expressão 
materializada do modernismo brasileiro, aconteceram experiências 
arquitetônicas modernistas em outras capitais e algumas antes 
mesmo do projeto do MES ser realizado. 
 
 
 
32 
 
Enquanto acontecia a construção da sede do Ministério da 
Educação e Saúde, os norte-americanos organizaram duas feiras - 
uma em Nova York e outra em São Francisco, das quais o Brasil 
participou. O pavilhão brasileiro da Feira Mundial de Nova York 
(Imagem 26) ganhou destaque mundial, a obra juntou aspectos dos 
arquitetos modernistas Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. A versão final 
possuía pilotis, rampa de acesso e os elementos vazados de fachada 
proposta por Costa, enquanto a curvatura da parede 
acompanhando o terreno e o jardim na parte posterior foi proposta 
por Niemeyer. 
O sucesso internacional do pavilhão se deu a postura 
serena quanto ao significado da arquitetura brasileira no contexto 
mundial. A arquitetura superou o racionalismo mais ortodoxo, com a 
consciência de uma nova dimensão estética da arquitetura acima 
da aridez e do rebatimento da função sobre a forma. A obra que 
teve um uso efêmero e gerou alguns dos discursos arquétipos que iria 
povoar a arquitetura brasileira (SEGAWA, 1999, p. 95). 
 
Imagem 25. Ministério da Educação e Saúde (1945), Lucio 
Costa e equipe. 
 
 
 
FONTE: ARCHDAILY, 2013. 
FONTE: ARCHDAILY, 2014. 
Imagem 26. Pavilhão brasileiro da Feira Mundial de Nova York 
(1939), Lucio Costa e Oscar Niemeyer. 
 
 
 
33 
 
Com a consagração do pavilhão brasileiro, Lúcio Costa 
ampliou o prestigio já consolidado, enquanto, Oscar Niemeyer 
(1907-2012) teve sua ascensão. Em 1939, Niemeyer foi convidado 
para projetar o "Grande Hotel de Ouro Preto" (Imagem 27), tratava-
se de um edifício novo de grande porte. O projeto resultou em uma 
obra cujo o volume e a implantação eram destoantes da paisagem 
existente, com isso, configurou-se como um uma atitude inicial em 
que a convivência do "novo" dentro do "velho", atribuía para uma 
identidade própria. 
Juscelino Kubitschek convidou Niemeyer para desenvolver 
o projeto do Teatro Municipal de Belo Horizonte e um conjunto de 
edifícios em um novo bairro afastado, a Pampulha. Porém, o projeto 
final contou apenas com os três primeiros edifícios e a capela, 
conhecida como a Igreja de Pampulha (Imagem 28). Nessa obra 
Niemeyer produziu uma arquitetura própria, afastando-se da 
influência corbusieriana. A qualidade dessa produção moderna foi 
a chave da sua futura atuação em Brasília, pela confiança que o 
presidente Kubitschek depositava no seu trabalho. 
Em 1943, o prestígio internacional pela arquitetura moderna 
brasileira voltou a ter destaque, com a exposição Brazil Builds, no 
MoMA, em Nova York, levando críticos da Europa e Estados Unidos a 
rotular as manifestações dos arquitetos do Rio de Janeiro como 
Brasilian School, Cariocan School, First National Style in Modern 
Architecture. Enquanto no Brasil, o escritor Mário de Andrade, pela 
primeira vez, se referiu ao movimento como "Escola Carioca" 
(SEGAWA, 1999, p.102). 
Em 1947, o Conjunto ResidencialPrefeito Mendes de 
Moraes, conhecido como Pedregulho (Imagem 29), no Rio de 
Janeiro, foi projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy. O 
Pedregulho compõe o conjunto de projetos de Reidy, ao lado da 
Unidade Residencial da Gávea (1952) e do Teatro Armando 
Gonzaga (1950), em Marechal Hermes. A partir de 1932, torna-se 
Imagem 27. Croqui da paisagem descortinada do Grande Hotel de Ouro 
Preto, Oscar Niemeyer. 
FONTE: SEGAWA, 1999. 
Imagem 28. Igreja de São Francisco de Assis na Pampulha (1943), Oscar 
Niemeyer. 
FONTE: ARCHDAILY, 2012. 
34 
 
responsável pelos serviços de arquitetura e urbanismo da Prefeitura 
do Rio de Janeiro, inclusive, o do Aterro do Flamengo. 
No ano de 1956 iniciaria a consagração definitiva da 
arquitetura moderna brasileira, com o projeto de Brasília. Nesse 
mesmo ano, foi aberto um Concurso Público para elaborar o Plano 
Piloto de Brasília - futura Capital do Brasil. O Presidente Kubitschek 
convocou Niemeyer para “projetar todo os edifícios públicos” da 
nova capital e também para ser jurado no concurso. "Brasília está no 
bojo desse projeto desenvolvimentista e constitui o marco final dessa 
vanguarda arquitetônica alimentada por uma política de 
'conciliações' ideológicas" (SEGAWA, 1999, p.114). 
O edital do concurso exigia o traçado básico da cidade, e 
a proposta de Lúcio Costa foi apresentada em uma única planta e 
em um memorial ilustrado com croquis (Imagem 30), com 
simplicidade estabeleceu o princípio básico que norteou os eixos 
principais de Brasília: o Eixo Monumental e o Eixo Rodoviário-
Residencial. 
"O relatório de Lucio Costa era direto quanto à 
apresentação das soluções: propunha a cidade 
'não apenas como urbs, mas como civitas, 
possuidora dos atributos inerentes a uma capital'. 
Seu desenho inicial nasceu de uma poética 
analogia ao 'gesto primário de quem assina-la um 
lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se 
em angulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz'" 
(SEGAWA, 1999, p.124). 
 
 
O estudo de Lúcio Costa é interessante observar que, 
apesar da simplicidade da apresentação, revelava a integração 
entre o urbanismo e a arquitetura de forma clara. A arquitetura de 
Oscar Niemeyer em Brasília que viria a influenciar toda uma geração 
de arquitetos no país provocou também desgaste do repertório 
moderno, pela reprodução desenfreada das formas, inclusive pelo 
Imagem 29. Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho) (1947), 
Affonso Eduardo Reidy. 
FONTE: ARCHDAILY, 2011. 
Imagem 30. Croqui: Brasília e sua escala monumental, Lúcio 
Costa. 
FONTE: SEGAWA, 1999. 
35 
 
próprio arquiteto, que passaram a simbolizar a modernidade local 
(Imagem 31). 
 
Em São Paulo, com o destaque da "Escola Carioca", o 
sucesso de Brazil Builds e a crítica de Mário de Andrade - com o 
"complexo de inferioridade" por parte dos arquitetos paulistas - serviu 
como um argumento para um exercício de autoestima e 
imensurável autovalorização dos arquitetos na época (SEGAWA, 
1999, p.101). 
No começo do século, o arquiteto Vítor Dubugras (1868 - 
1933) desenvolvia suas obras em São Paulo na vertente neocolonial, 
porém, ele sempre demonstrou uma preocupação com a revisão 
das técnicas construtivas tradicionais. Sua produção caracterizou-
se pela busca constante de um racionalismo – apesar da linguagem 
adotada. O arquiteto projetava obras utilizando o repertório art 
nouveau, o eclético, o neocolonial e o protomoderno, com obras 
como a Estação de Mayrink, de 1905. 
João Batista Vilanova Artigas (1915-1985), sofreu 
modificações ideológicas em três momentos na sua produção, onde 
manifestam-se a influência de Frank Lloyd Wright; a influência de Le 
Corbusier e da Escola Carioca - a busca por uma maior 
racionalidade; e a influência do brutalismo inglês. 
"Não se pode negar que arquitetos brasileiros 
também foram tributários do Brutalismo; muitos 
paulistas caminharam por essa senda, e talvez 
nela tenham identificado um recurso conceitual 
de legitimação de uma prática. Todavia, distinguir 
a produção paulista como 'brutalista' força uma 
relação de ascendência que minimiza as demais 
influências ou condicionantes significativas na 
formação desse pensamento arquitetônico." 
(SEGAWA, 1999, p. 151) 
É a partir do projeto da Casa Baeta, em 1956, que o 
arquiteto ganha destaque e passa a liderar a produção da 
arquitetura de São Paulo, marcada pela ênfase na técnica 
Imagem 31. Foto aérea de Brasília, Lúcio Costa. 
FONTE: ARCHDAILY, 2015. 
36 
 
construtiva, pela adoção do concreto armado aparente e 
valorização da estrutura. 
 Entre 1959 e 1961, realizou uma sequência de projetos - 
Casa Mário Taques Bitencourt, Ginásio de Itanhaém, Ginásio de 
Guarulhos, Anhembi Tênis Clube, Garagem de Barcos do Iate Clube 
Santa Paula e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da 
Universidade de São Paulo (FAU/USP) - que ajudaram a definir o 
caráter arquitetônico da escola paulista. 
A partir de 1957, aconteceram encontros de arquitetos em 
que surgiram debates acerca da formulação de um currículo mínimo 
para os cursos de arquitetura. O currículo da Faculdade de 
Arquitetura na Universidade de São Paulo, na proposição de 
Vilanova Artigas, tinha o projeto como estruturador do curso. 
O projeto do Edifício da FAU (Imagem 32 e 33) inicia-se em 
1961, Artigas com a colaboração de Carlos Cascaldi. Professor da 
Escola de Arquitetura da USP, realiza um projeto que demonstra as 
influências de sua concepção de arquitetura, assim como suas 
ideias a respeito da formação do arquiteto. 
A arquitetura moderna de São Paulo também teve a 
contribuição dos arquitetos Rino Levi (1901-1965); Oswaldo Bratke 
(1907 – 1997); Jacques Pilon (1905 - 1962); Fábio Penteado (1929 - 
2011) e Lina Bo Bardi (1914 - 1992). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 32 e 33. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São 
Paulo (FAU-USP) (1961), João Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. 
FONTE: ARCHDAILY, 2011. 
37 
 
Em Curitiba, aconteceu a prole mais expressiva do 
pensamento de São Paulo, devido à duas coisas: a porção paulista 
do corpo docente do curso de Arquitetura na cidade e a 
proximidade entre o Paraná e São Paulo que asseguraram um 
intenso intercâmbio de conhecimento e influência profissional 
(SEGAWA, 1999, p.152). Os arquitetos que mais se destacaram foram 
Luiz Forte Netto; José Maria Gandolfi; Roberto Luis Gandolfi; Joel 
Ramalho Jr; Jorge Wilheim e Rosa Kliass. Na segunda metade dos 
anos 40, o engenheiro Rubens Meister (1922 – 2009), projetou o Teatro 
Guaíra (Imagem 34), em comemoração ao centenário de 
emancipação política do Estado do Paraná. 
O desenvolvimento da arquitetura moderna nos outros 
estados, deu-se principalmente pela troca de conhecimento, como 
pela presença de arquitetos cariocas e paulistas que contribuíram 
para a arquitetura local, como também, arquitetos locais que saíram 
para estudar em outra cidade e retornaram posteriormente. 
Em Salvador, durante as décadas de 1950 e 1960 a 
produção do arquiteto Diógenes Rebouças (1914 - 1994), resultou em 
grande parte dos edifícios modernistas da cidade. As melhores obras 
de Rebouças foram feitas em parceria, como o Hotel da Bahia 
projetado em 1947, com a coautoria de Paulo Antunes Ribeiro, e a 
Faculdade de Arquitetura da UFBA (Imagem 35), em 1963, foram 
marcos da arquitetura modernista de Salvador. 
 
Imagem 34. Teatro Guaíra (1952), Rubens Meister. 
FONTE: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, 2016. 
Imagem 35. Faculdade de Arquitetura da UFBA (1963), Diógenes Rebouças. 
FONTE: ARCHDAILY, 2014. 
38 
 
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