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Introdução à Computação - João Amâncio Gonçalves de Oliveira Júnior - UNIGRAN 59 Aula 07 ARMAZENAMENTOS DE INFORMAÇÕES 1. INTRODUÇÃO Entre as partes mais importantes de um sistema computacional estão os dispositivos que lhe permitem salvar seus arquivos. Os componentes físicos onde os dados são armazenados chamam-se meios de armazenamento. Os primeiros computadores IBM PC´s vinham equipados com uma ou duas unidades de disquete, além de um conector interno que podia ser ligado a um gravador para armazenar dados em fi tas cassete comuns. Com o surgimento do IBM PC-XT vieram os discos rígidos (Hard disk ou winchester), com uma capacidade maior de armazenamento Introdução à Computação - João Amâncio Gonçalves de Oliveira Júnior - UNIGRAN 60 e mais rápido que os disquetes. Os primeiros discos rígidos tinham a capacidade de 5 e 10 MB, que equivale a 3,5 e 7 disquetes de 1,44 MB respectivamente. Hoje a capacidade mínima dos discos rígidos vendidos é de 160 GB. A demanda por capacidade de armazenamento sempre crescente deu origem a muitas novas tecnologias e dispositivos como o CD-ROM, DVD e Pen-drive, mas o disco rígido ainda é o depósito de dados mais utilizado. 2. DISCO RÍGIDO (HARD DISK OU HD) Como o disco rígido é capaz de armazenar muitos dados, às vezes são chamados de dispositivos de armazenamento de massa. É dividido em duas partes: mecânica e eletrônica. O disco rígido é uma caixa de metal vedada com uma placa eletrônica de controle fi xada em um dos lados. Todos os componentes eletrônicos estão contidos na placa que é removível do resto da unidade conforme mostra a fi gura abaixo: Os componentes eletrônicos controlam o mecanismo de leitura/gravação, os motores do disco rígido, o envio e recebimento de dados entre os discos e o computador, etc. Os discos fi cam empilhados dentro de uma caixa de metal que é selada para evitar a entrada de material externo. As cabeças de leitura passam tão perto da superfície do disco que, se uma partícula de poeira, um fi o de cabelo ou partícula de fumaça fosse colocada no disco, o espaço entre o disco e a cabeça seria preenchido, provocando um choque, destruindo os dados armazenados e até mesmo a cabeça de leitura e gravação. Isso signifi ca que se você abrir seu disco rígido em um ambiente despreparado e sem o uso dos equipamentos e das técnicas apropriadas, as chances de você perdê-lo são extremamente grandes. Veja a fi gura a seguir: Cabeça de leitura e gravação Partícula de poeira Diâmetro de um fi o de cabelo Partícula de fumaça Introdução à Computação - João Amâncio Gonçalves de Oliveira Júnior - UNIGRAN 61 2.1 Trilhas, setores e cilindros Para organizar o processo de gravação e leitura dos dados gravados no disco rígido, a superfície dos discos é dividida em trilhas e setores. As trilhas são círculos concêntricos, que começam no fi nal do disco e vão se tornando menores conforme se aproximam do centro. Cada trilha recebe um número, que permite sua fácil localização. A trilha mais externa recebe o número 0 e as seguintes recebem os números 1, 2, 3, e assim por diante. Facilitando ainda mais o acesso aos dados, as trilhas se dividem em setores, que são pequenos pedaços onde são armazenados os dados, sendo que cada setor guarda 512 bytes de informações. Para defi nir o limite entre uma trilha e outra, assim como onde termina um setor e onde começa o próximo, são usadas marcas de endereçamento, pequenas marcas com um sinal magnético que orientam a cabeça de leitura, permitindo à controladora do disco localizar os dados desejados. Além das trilhas e setores, temos também as faces de disco. Um disco rígido é formado internamente por vários discos empilhados, sendo o mais comum atualmente o uso de 2 discos. Assim como num disquete, são usados os dois lados do disco para gravar dados, que são chamados de face. Em um disco rígido com 2 discos por exemplo, temos 4 faces. Como uma face é isolada da outra, temos num disco rígido várias cabeças de leitura, uma para cada face. Apesar de um disco rígido possuir várias cabeças de leitura, elas não possuem movimento independente, já que estão presas ao mesmo braço de leitura. Este é o motivo da divisão dos discos também em cilindros, que é a posição das cabeças sobre as mesmas trilhas de seus respectivos discos. Isso signifi ca que, quando a cabeça é direcionada à trilha 27 do lado superior do disco 1, todas as demais cabeças fi cam posicionadas sob a mesma trilha, só que em seus respectivos discos. Organização lógica de um disco rígido em trilhas, cilindros e setores. Cilindro Trilha Lado 0 Lado 1 Lado 2 Lado 3 Lado 4 Lado 5 Setor Introdução à Computação - João Amâncio Gonçalves de Oliveira Júnior - UNIGRAN 62 2.2 Funcionamento do disco rígido Os discos são compostos de duas camadas. A primeira é chamada de substrato, e nada mais é do que um disco metálico, geralmente feito de ligas de alumínio. A fi m de permitir o armazenamento de dados, este disco é recoberto por uma segunda camada, agora de material magnético. Os discos são montados em um eixo que por sua vez gira graças a um motor especial. A cabeça (ou cabeçote) de leitura e gravação, que nada mais é do que um eletroímã de grande precisão, se desloca a uma distância mínima sobre a superfície magnética em rotação, num movimento semelhante ao da agulha de um antigo toca-discos. Ao contrário do que acontece com os velhos discos de vinil, onde uma aspiral impressa no disco conduz a agulha em direção ao centro, a cabeça de leitura e gravação move-se em contato com o disco magnético e é conduzida passo-a-passo, em movimentos lineares extremamente curtos, presa a um braço mecânico móvel (de grande precisão), o que permite o seu acesso a todo o disco, controlado por um dispositivo especial, chamado de atuador, que coordena o movimento das cabeças de leitura, Cada passo avançado pela cabeça determina uma trilha na superfície magnética, onde dados podem ser escritos e recuperados. Todas as cabeças são montadas sobre o mesmo braço e dessa forma movem-se todas juntas. O conjunto de todas as trilhas na mesma posição recebe o nome de cilindro. Como uma trilha pode armazenar uma quantidade grande de dados, são logicamente divididas em porções menores denominadas setores, com o tamanho de 512 bytes. A fi gura a seguir mostra a parte traseira de um disco rígido padrão IDE. Observe que existem dois conectores. Um deles é ligado à fonte de alimentação e o outro deve ser ligado à interface IDE, através do cabo fl at IDE. Você encontrará ainda alguns jumpers. Serão usados caso você pretenda instalar dois dispositivos IDE ligados na mesma interface. Caso não deseje fazer esse tipo de instalação, pode deixar os jumpers confi gurados como vieram de fábrica. Actuator Braço de leitura Eixo Discos magnéticosCabeças de leitura Introdução à Computação - João Amâncio Gonçalves de Oliveira Júnior - UNIGRAN 63 2.3 A formatação Formatar signifi ca dividir logicamente o disco em setores endereçáveis, permitindo que os dados possam ser gravados e posteriormente lidos de maneira organizada. Para se tornar funcional, o disco rígido precisa ser formatado no Sistema Operacional escolhido para que as informações possam ser gravadas e lidas de modo organizado. É a formatação que cria essa estrutura. O processo de formatação tem três etapas distintas: formatação física, particionamento e formatação lógica. A formatação física é a divisão da superfície magnética dos discos em trilhas e setores, a qual já é realizada na fábrica. Os próprios fabricantes de disco rígido fornecem programas de formatação de baixo nível (física). O particionamento do disco, como o próprio nome sugere, implica em sua segmentação. Podemos segmentá-lo em uma ou mais partições, as quais serão utilizadas para conterdiferentes Sistemas Operacionais, ou quando o usuário deseja organizar melhor as suas informações alocando-as em partições separadas. Após o particionamento, para que o disco seja reconhecido e utilizado pelo sistema operacional, é necessária uma nova formatação, chamada de formatação lógica. A formatação lógica consiste em escrever no disco a estrutura do sistema de arquivos utilizado pelo sistema operacional. Um sistema de arquivos é um conjunto de estruturas lógicas e de rotinas que permitem ao sistema operacional controlar o acesso ao disco rígido, organizando-o de modo que permita armazenar e acessar os dados de maneira mais efi ciente, de acordo com os recursos, limitações e objetivos do sistema. Diferentes sistemas operacionais usam diferentes sistemas de arquivos, como a FAT32 (Windows 98), NTFS (Windows NT/2000/ XP), EXT2 e EXT3 (Linux). Para formatar logicamente um disco a ser utilizado pelo Windows 98, por exemplo, é necessário dar boot através de um disquete e rodar o programa FDISK, seguido do comando FORMAT C: (ou a letra da unidade a ser formatada). Outros sistemas operacionais algumas Fonte Jumpers Cabo fl at Introdução à Computação - João Amâncio Gonçalves de Oliveira Júnior - UNIGRAN 64 vezes incluem até mesmo Wizzards que orientam o usuário sobre a formatação lógica do disco durante o processo de instalação. ATIVIDADES As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na ferramenta “Sala Virtual - Atividades”. Após respondê-las, enviem-nas por meio do Portfólio- ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. Em caso de dúvidas, utilize as ferramentas apropriadas para se comunicar com o professor.
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