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Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 12 ? Características Dinâmicas dos Tiristores ? Entrada em condução ( Circuito Fig. 1.18, Formas de onda Fig. 1.19) ? Instante to o interruptor S é fechado. R T + Tv - S VG iG E rG i t G 1 2 Curva 1 - Disparo Lento Curva 2 - Disparo Rápido (r maior)G (r menor)G (a) (b) Fig. 1.18 - (a)Circuito para estudo disparo do tiristor, (b)Formas de corrente de gate. vG t t IG i G G10% I vT 90% E 10% E t trtd ton Fig. 1.19 - Formas de onda relativas ao disparo do tiristor. ? Onde: ton - tempo de fechamento; td - tempo de retardo (Maior parcela); tr - tempo de descida da tensão ânodo-cátodo. t t ton d r= + (1.11) ? td depende da: (a) Amplitude da corrente de gatilho; (b) Velocidade de crescimento da corrente de gatilho. ? tr independe da corrente de gate. ? ton é superior a 1µs e inferior a 5µs. Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 13 ? Bloqueio do Tiristor( Circuito Fig. 1.20, Formas de onda Fig. 1.21) ? Tiristor T encontra-se conduzindo; ? Instante to o interruptor S é fechado. R l S E2 T iT E1 VT Fig. 1.20 - Circuito para o estudo do tiristor durante bloqueio. �������� �������� �������� �������� �������� E1 iT tq tinv t1t0 VT IRM E2 t Qrr 2E + V∆ Fig. 1.21 - Formas de onda relativas ao bloqueio do tiristor. ? Instante t1 o interruptor S é novamente aberto; ? Tiristor encontra-se bloqueado e retém a tensão E1; ? tq=Tempo mínimo de aplicação de tensão inversa (Dado Fabricante). (Para Tiristor readquirir capacidade de bloqueio, após a corrente ter-se anulado, o Tempo de aplicação de tensão inversa deve ser ≥ tq ) ? Quanto menor tq melhor é o Tiristor: Tiristores rápidos⇒10µs < tq < 200µs (Operação em freqüências maiores, menores perdas na comutação e circuitos de comando de menor custo) ? Comutação Forçada ⇒ tq é um dado fundamental. OBS: TIRISTOR NÃO PODE SER COMANDADO PARA O BLOQUEIO PELO GATE ⇒ GTOs (Gate Turn-off Thyristors) Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 19 1.3 - CÁLCULO TÉRMICO ? O Problema ? Corrente em circulação ⇒ produz calor (em Condução e nas Comutações); ? Calor deve ser transferido para o ambiente (Uso de dissipadores) ? Objetivo: Temperatura Junção ≤ TJmáxima (Dado fabricante) (Potência máxima processada - Diodo ou Tiristor ⇒ Limitada pela TJ ) ? Cálculo térmico é fundamental (Segurança e Vida média - MTBF) ? Cálculo Térmico - Regime Permanente (Circuito Térmico Eq. Fig. 1.22) P Rjc Rcd Rda TaTdTcTj componente dissipador Fig. 1.22 - Circuito térmico equivalente de um diodo ou tiristor. Onde:Tj - temperatura da junção (oC); Tc - temperatura da cápsula (oC); Td - temperatura do dissipador (oC); Ta - temperatura ambiente (oC); P - Potência térmica, circula no componente e é transferida ao ambiente (W); Rjc - resistência térmica junção-cápsula (oC/W); Rcd - resistência térmica cápsula-dissipador (oC/W); Rda - resistência térmica dissipador-ambiente (oC/W), Rja - resistência térmica junção-ambiente (oC/W). R R R Rja jc cd da= + + (1.12) ? Cálculo Térmico (Regime Permanente) T T R Pj a ja− = (1.13) ? Analogia Circuito elétrico (Fig. 1.23) R V2 I V1 Fig. 1.23 - Circuito elétrico análogo. ? Procedimento: a) P - Calculada com dados do componente e da corrente que por ele circula; b) Tj - Fornecida pelo fabricante do componente; Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 20 c) Ta - Valor adotado pelo projetista; d) Com a expressão (1.14) determina-se a resistência térmica total, R T T Pja j a= − (1.14) e) com (1.15) determina-se a resistência térmica do dissipador. R R R Rda ja jc cd= − − (1.15) ? Resistências térmicas Rjc e Rcd (dados fabricante do diodo ou tiristor). ? Catálogo de dissipadores: Rda(comercial) ≤ Rda(calculado) ? ? Transitório Térmico- Conceito de Impedância Térmica ? Seja um Diodo onde: Para t < to (Não há circulação de corrente) ⇒TJ = Ta ; ? Em to começa a dissipar uma potência constante P; ? Capacidade térmica diodo impede crescimento abrupto da temperatura; Crescimento é exponencial (Figura 1.24), onde: P = Potência Instantânea. T j P t o t T a T∆ Fig. 1.24 - Transitório térmico em um componente. ? Diferença de temperatura instantânea - Equação (1.16). ∆T Z Pt= (1.16) Onde: Zt = Impedância térmica (Variável com o tempo). ? Impedância térmica é análoga à impedância elétrica. ? Circuito térmico equivalente incluindo a capacidade térmica (Figura 1.25) P C P P1 P R Tj 2 Ta Fig. 1.25 - Circuito térmico transitório. ? P P P= +1 2 (1.17) ? R P C P dt T T Tj a2 1 1= = − =∫ ∆ (1.18) ? R dPdt P C 2 1= (1.19) Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 21 Logo: R dP dt P C P C 2 2+ = (1.20) dP dt P RC P RC 2 2+ = (1.21) ? Resolvendo-se (1.21) obtém-se a Equação (1.22). ∆T P R e Z t RC t= − = − 1 (1.22) ? Valor de Zt é fornecido pelo fabricante do componente. ? Conceito de impedância térmica é muito importante para correntes impulsivas (grande intensidade e curta duração). 1.4 - CURVAS PARA CÁLCULO TÉRMICO DE DIODOS E TIRISTORES a) Diodos (a) (b) Fig. 1.26 - (a)Potência dissipada PFmed em função da corrente direta média Imed, para corrente contínua pura (cont.), para meia-onda senoidal (sin.180) e para ondas retangulares (rec.60) e (rec.120); (b)Temperatura da cápsula Tc em função da temperatura ambiente Ta para diferentes resistências térmicas Rthca. Fig. 1.27 - Impedância térmica transitória Z(th)t para corrente contínua pura, em função do tempo t. A impedância térmica para correntes impulsivas Z(th)p, é obtida pela soma dos valores dados pela tabela Z(th)z com aqueles dados pela curva Z(th)t. Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 22 b) Tiristores (a) (b) Fig. 1.28 - (a)Potência dissipada PTmed em função da corrente média ITmed, para diferentes ângulos de condução, para correntes senoidais; (b)Potência dissipada PTmed em função da temperatura ambiente Ta, para diferentes resistências térmicas totais junção-ambiente, Rthja. Fig. 1.29 - Potência dissipada PTmed em função da corrente média ITmed, para diferentes ângulos de condução, para correntes retangulares. Fig. 1.30 - Resistência térmica entre junção e a cápsula, Rthjc, em função do ângulo de condução para correntes senoidais e retangulares. Para corrente contínua pura, deve ser tomada Rthjc cont. Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 23 Fig. 1.31 - Impedância térmica em função do tempo. ? Tempos grandes: Impedância térmica ⇒ Resistência térmica em Regime Permanente; ? Tempos pequenos: Impedância Independe ⇒ Dissipador empregado e das condições de Ventilação. ? Relação de Dissipadores Semikron (R R Rthja thjc thca= + ) DIODOS DISSIPADORES Massa Resistência Térmica Rthca (Incluindo a Resistência de contato cápsula- dissipador) Aproximada Convecção Natural Ventilação Forçada 6m/s SKN12, SKR12 K9 - M4 50g 10,5oC/W - SKN20, SKR20 SKN26, SKR26 SKNa20 K9 – M6 K5 - M6 K3 - M6 K1,1 - M6 50g 100g 200g 700g 9,5oC/W 5,7oC/W 3,8oC/W 2,2oC/W - - - - SKN45, SKR45 SKN70, SKR70 K5 - M8 K3 - M8 K1,1 - M8 P1/120 - M8 100g 200g 700g 1300g 5,0oC/W 3,0oC/W 1,3oC/W 0,85oC/W- - 0,60oC/W 0,40oC/W SKN100, SKR100 SKN130, SKR130 K3 - M12 K1,1 - M12 P1/120 - M12 K0,55 - M12 200g 700g 1300g 2000g 3,1oC/W 1,2oC/W 0,65oC/W 0,65OC/W - 0,40oC/W 0,27oC/W 0,25oC/W SKN240, SKR240 K1,1 - M16x1,5 K0,55 - M16x1,5 P1/120 - M16x1,5 P1/120 - M16x1,5 P4/200 - M16x1,5 700g 2000g 1300g 2200g 4000g 1,1oC/W 0,55oC/W 0,58oC/W 0,40OC/W 0,29OC/W 0,35oC/W 0,17oC/W 0,21oC/W 0,17OC/W - SKN320, SKR320 K0,55 - M24x1,5 K0,1 F K0,05 W P1/200 - M24x1,5 P4/200 - M24x1,5 P4/300 - M24x1,5 2000g 2150g 900g 2200g 4000g 6000g 0,55oC/W - - 0,40oC/W 0,29OC/W 0,25OC/W 0,17oC/W 0,11oC/W 0,065oC/W* 0,16OC/W - - (*) - Refrigeração por água. (**) - O formato e as dimensões (Catálogo Fabricante) Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 24 1.5 - EXEMPLO DE CÁLCULOS TÉRMICOS a) Retificador de Meia Onda a Diodo (Fig. 1.32) D Rv t( )ω f Hz60= R 10= Ω v sen t= ⋅2 220 ( )ωt( )ω D = SKN20/04 Fig. 1.32 - Retificador de meia onda a diodo. ? Calcular Rda para manter Tj < Tjmáxima Dados: Rjc = 2oC/W (Rthjc); Rcd = 1oC/W (Rthch); Tj = 180oC (Tvj) V(TO) = 0,85V; rT = 11mΩ, Ta = 50oC (Ta = temperatura ambiente) ? Corrente no diodo (Fig. 1.34) 2ππ 3π0 ωt Vo2 Fig. 1.34 - Corrente no diodo. ? I VR ADmed o= = ⋅ =0 45 0 45 22010 9 9 , , , ; ? I VR ADef o= = ⋅ =0 707 0 707 22010 15 55 , , , ? Potência média dissipada (Equacionamento) P V I r ITO Dmed T Def= +( ) 2 ⇒ P W= ⋅ + ⋅ ⋅ =−0 85 9 9 11 10 15 55 11 073 2, , ( , ) , ? Ábacos (P=Potência média) Imed ⇒ Fig. 1.26a - (onda 180o) ⇒ P ≅ 11W ? Cálculo Rda ∆T P R R Rjc cd da= + +( ) ⇒ R TP R R T Pda jc cd= − − = − − = − ∆ ∆ 2 1 130 11 3 R C Wda o≤ 8 8, / ⇒ R R C Wda cd o+ = + =8 8 1 9 8, , / ? Ábacos (Rda) Ta = 50oC e P ≅ 11W ⇒ Fig. 1.26b ⇒ Rca ≅ 10oC/W ⇒ Rda ≅ 10 - 1 = 9oC/W. ? Dissipador Especificado: K5-M6 ⇒ Rca = 5,7 oC/W. ? Confirmação: Tj < Tjmáxima P=11W = 2,0Rjc oC/W Rcd = 1,0oC/W Rda = 4,7oC/W T Ca o= 50TdTcTj ? 50)7,52(11TRPT ajaj ++⋅=+= ⇒ T Cj o= 134 7, ⇒ c/ K9-M6 ; Tj=176,5oC ? T P R R Tc cd da a= + + = ⋅ +( ) ,11 5 7 50 ⇒ T CC o= 112 7, Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 25 b) Retificador Monofásico a Tiristor (Fig. 1.33) T Rv t( )ω f Hz60= v sen t= ⋅2 220 ( )ωt( )ω T = SKT16 R = 8 Ω ; α=60ο Fig. 1.33 - Retificador monofásico a Tiristor. Dados: Rjc = 0,94oC/W (obtida na Figura 1.30) Rcd = 0,5oC/W Tj = 130oC θ = 120o Seja Ta = 50oC (valor adotado) ? I VRTmed o= + = ⋅ +0 225 1 0 225 22010 1 0 5 , ( cos ) , ( , )α ⇒ I ATmed = 9 28, ? Ábacos (P=Potência média) ITmed ⇒ Fig. 1.28a - (θ = 120o) ⇒ P ≅ 17,5W ? Cálculo Rda Ta = 50oC e P = 17,5W ⇒ Fig. 1.28b ⇒ R C Wja o= 4 5, / R R R Rda ja jc cd= − − = − −4 5 0 94 0 5, , , ⇒ R C Wda o= 3 06, / ? Catálogo Fabricante ⇒ Escolhe-se o Dissipador (K3 – Limite!!!) (K1,1 elevado volume e peso; Usar Ventilação ou Tiristor maior Capacidade) c) Impedância Transitória ? Seja Diodo SKN20 (com dissipador K5) submetido ao regime da Fig. 1.34. ? Determinar Máximo valor de I tal que ⇒ TJ ≤ 180oC. T o180 Cj 1s iF o30 C I Fig. 1.34 - Corrente impulsiva - SKN20+K5 ( V V e r mTO T( ) ,= =0 85 11 Ω ) ? t = 1s (tempo grande, considerando-se CC)⇒ Fig. 1.27 ⇒ Z(th)t ≅ 1,5oC/W. Z P T Tth t j a( ) = − ⇒ P T TZ W j a th t = − = − = ( ) , 180 30 1 5 100 P V I r ITO T= +( ) 2 ⇒ I A≅ 64 Cap. 1- Estudo dos Componentes Empregados em Eletrônica de Potência Eletrônica Industrial-Eletrônica de Potência 26 d) Temperatura Média Instantânea de Junção ? Seja Tiristor SKT16 submetido ao regime da Fig. 1.35 (Dissipador K5) ? Determinar ⇒ TJ (média) e TJ (máxima). I=20A ∆t f=50Hz θ=180o Fig. 1.35 - Corrente através do Tiristor SKT16+K5 ( V V e r mTO T( ) ,= =1 0 20 Ω ) ? P V I r IT TO T= +( ) 2 ⇒ P W= ⋅ + ⋅ =1 20 0 020 20 282, (Potência Instantânea) ? ∆t T f ms= = = ⋅ =2 1 2 1 2 50 10 P P Wmed = = ⋅ + ⋅ = =2 1 10 0 02 14 14 2 28 2 14 2( ) , ( , ) ? Dissipador K5 : W/C45,65,595,0R othja =+= (Rthjc; θ=180o e Onda Retangular) ? Adotando-se: Ta = 30oC C3,120301445,6T oj =+⋅= (Temperatura Média) ? ∆t = 10ms ⇒ Fig. 1.31 ⇒ W/C15,0Z ot)th( = e W/C15,0Z oz)th( = (Considerou-se: Zp=Zt+Zz) ? Assim, C4,830,028Z.PT op)th(j =⋅==∆ ? Portanto: T o124,5 C t o116,1 C j o120,3 C 10ms 20ms ? TJ (máxima) = 124,5oC ; TJ (mínima) = 116,1oC ⇒ TJ (média) = 120,3oC ? Para f = 50Hz ⇒ Constantes de tempo térmicas são baixas.
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