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SEMANA 2
A Constituição de 1988 desenhou em seu texto um Estado de bem -estar social, consagrando princípios próprios do modelo liberal clássico de forma conjugada com outros, típicos do modelo socialista. Esse pluralismo principiológico se faz sentir ao longo de todo o texto constitucional, especialmente no art. 170, CRFB, que adota a livre iniciativa como princípio da ordem econômica, sem desprezar, no entanto, o papel do Estado na regulação do mercado. Considerando tal constatação, responda:
 a) Como o pluralismo principiológico pode favorecer a estabilidade da CRFB/88?
 b) Diante de tal característica, como a doutrina classificaria a CRFB/88?
a) Porque ela cria possibilidade de evolução ao longo do tempo, possibilitando “acomodação” de mudanças de pensamento da sociedade em função de ter várias ideias dentro dela. Ela é compromissória, assumindo compromisso com várias ideologias.
b)Quanto ao conteúdo: Formal 
As constituições formais, além do conteúdo material, tratam de assuntos extras, colocados na constituição por escolha do legislador constituinte, mas que poderiam estar previstos em outras normas. A constituição da República de 1988 é uma constituição formal, pois por ser prolixa, além de possuir o conteúdo materialmente constitucional também trata de assuntos que poderiam ser tratados por leis infraconstitucionais.
Quanto à forma: escrita 
As constituições escritas são aquelas materializadas em um documento escrito a fim de se buscar instrumentalizar e garantir a obediência de suas determinações. Todas as constituições brasileiras são escritas.
Quanto ao modo de elaboração: dogmática 
As constituições poderão ser elaboradas de formas diferentes e em momentos diferentes e esparsos. A constituição nomeada como “dogmática” é aquela elaborada em um único período, de uma só vez, sofrendo influências da época e do momento em que foi elaborada
Quanto à origem: promulgada
 A constituição é chamada de “promulgada”, “democrática” ou “popular” quando é elaborada com a participação do povo que irá ordenar, por meio da democracia direta ou da democracia representativa (eleição direta de uma Assembleia Nacional Constituinte). No Brasil, foram instituídas de forma democrática as constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988. Promulgada – com a participação do povo para sua eleição (Assembleia constituinte).
As “constituições rígidas” são aquelas que admitem a modificação de seus textos, mas que exigem que a alteração ocorra somente após um processo legislativo mais dificultoso do que o utilizado para a elaboração de leis ordinárias.
A constituição brasileira de 1988 é classificada como uma constituição rígida pela maioria dos autores, pois possui um processo legislativo dificultado para a modificação do texto constitucional. Entretanto, para Alexandre de Moraes ela se classifica como uma constituição super-brígida, pois além de possuir essa rigidez, possui artigos que são imutáveis, conhecidos como Cláusulas Pétreas (Art. 60, § 4º, Constituição)
Quanto à extensão: analítica 
As constituições extensas são classificadas como “prolixas” ou “analíticas” e são aquelas que, além de versar sobre os conteúdos básicos de uma constituição, optam por abordar outros assuntos no texto constitucional, e por isso ficam bastante estendidas. No Brasil, a Constituição da República de 1988 é extremamente extensa, pois o regime anterior à constituição era ditatorial e o constituinte entendeu ser mais seguro defender e determinar como seriam as relações estatais no Estado Democrático, por meio do texto constitucional, norma suprema do Estado. Essas constituições prolixas tendem a ser menos estáveis, pois como tratam de assuntos diversos acabam precisando com mais frequência de uma adaptação legislativa do texto à evolução humana.
Quanto à finalidade: dirigente 
As constituições podem ser classificadas ao se analisar a finalidade da elaboração do texto constitucional. É nomeada como “constituição garantia” aquela que pretende garantir os direitos fundamentais frente ao Estado, determinando limites para a atuação do Estado. A constituição será “dirigente” ou “programática” quando os seus artigos definirem objetivos para o futuro e para a atuação estatal.
O legislador constituinte “dirige” a atuação futura dos órgãos governamentais.
As constituições dirigentes possuem, portanto, as chamadas “normas programáticas”, que requerem uma atuação futura do governo para serem efetivadas.
Quanto à sistemática:
As constituições variadas são as que são compostas por mais de um texto normativo, sendo formadas por um conjunto de leis.
Inicialmente, a Constituição de 1988 classifica-se como codificada, mas os autores estão questionando essa classificação devido à possibilidade de tratados internacionais de direitos humanos poderem ser recepcionados com status de emenda constitucional, após a aprovação da Emenda Constitucional 45 de 2004. Nesse sentido, a constituição brasileira não seria somente o código escrito em 1988, mas englobaria também os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil após referendo do Legislativo com o quórum de 3/5 em dois turnos.
Fonte: Livro didático da Estácio de Direito Constitucional I

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