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Aula 13 - Política Economica entre 1930-45

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Formação Econômica Brasileira
Prof.: Marcelo Colomer
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Política Econômica pós 1930
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Antecendentes
Falência da caixa de Coversão 
Abandono do Projeto Cruzeiro-Ouro 
Desvalorização Cambial
Desequilíbrio BP
Contração Monetária
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“A revolução de 30 teria correspondido à versão brasileira de revolução burguesa, culminando um longo processo de oposição de interesses econômicos como as posições da classe média e da indústria emergente sobrepondo-se às da oligarquia cafeeira na formulação e implementação das políticas econômicas” 
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Revolução de 30
Marca a passagem de uma política econômica orientada pelos interesses da oligarquia cafeeira para uma política econômica claramente desenvolvimentista 
Alteração na Política Cafeeira
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Estado de Compromisso
Conciliação dos diferentes interesses políticos -> embora tenha adotado políticas claramente pró-indústria;
A recuperação da economia brasileira foi singularmente rápida;
A suavidade do ajuste à crise é creditada as politicas do governo provisório (defesa do café)
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Política Econômica 1930-1945
Característica do período:
Crise de 29
2ª Guerra Mundial
1930 – 1934: Governo Provisório (saída da crise)
1934 – 1937: Governo Constitucional de Vargas (liberalização)
1937 – 1945: Estado Novo (adaptação ao período de guerra)
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Mesmo no período onde o crescimento da economia dependia de fatores internos, as restrições externas foram a principal linha condutora das políticas econômicas. 
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Orientação da Política Econômica
Reorientação Política marcada pela revolução de 30;
Necessidade de equilíbrio no balanço de pagamento;
Aumento dos Déficits Públicos;
Aumento da competição inter-imperialista;
1930-34
Reduzido desempenho econômico internacional
1934-37
Melhora no cenário Internacional
Restrição as importações
1937-45
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Política Econômica de 1930-34 
Política Cambial -> Controle de Cambiais;
Política Externa -> aproximação dos EUA e renegociação da dívida externa;
Política Industrial -> proteção do mercado interno e controle de cambiais;
Política de defesa do café -> Centralização no governo federal; 
Política monetária e cambial -> criação da CAMOB ;
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Política Cambial 1930-1934
Crise de 29
Redução do preço das exportações
Queda nas importações
Redução dos estoques de divisas
Desvalorização Cambial
Controle dos Cambiais das exportações 
Compras oficiais e pagamento do serviço da dívida pública externa; importações essenciais, remessa de lucro/dividendos e atrasados comerciais
Redução do fluxo internacional de K
Monopólio cambial do BB
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Dificuldades para pagar os serviços da dívida externa principalmente até agosto de 1931 (dólar e libra mantêm seu preço fixo em ouro até esta data)
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Política Externa
A desvalorização cambial aumenta a carga da dívida pública externa sobre o orçamento nos três níveis de governo;
1931: Funding Loan parcial -> só adia o problema do endividamento;
Aumento do estoque da dívida e acumulação de atrasados comerciais -> fator de atrito entre o Brasil e seus principais parceiros;
Redução da participação da capital britânico e expansão dos investimentos e empréstimos norte-americano;
EUA adotam uma postura mais acomodatícia da dívida brasileira enquanto a Inglaterra busca maximizar os pagamentos; 
Elevado peso do mercado norte-americano na balança comercial brasileira (café); 
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Política expansionista de gasto públicos, principalmente na compra dos estoques de café -> sustenta a demanda agregada;
Reorientação da demanda a partir da desvalorização cambial e do controle de importações; 
O instituto do Café de SP foi gradualmente sendo marginalizado na política de defesa do café. Os órgãos federais CNC e DNC passaram adotar uma política mais permanente de defesa do café através da queima de estoques financiada por créditos do BB e por taxação das exportações. Esse padrão de intervenção prevalece até 1937;
 
Política de Defesa do Café 1930-1934 (II)
Safra de 1931/32 -> queima de 10% 
Safra de 1937/38 -> queima de 40%
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Política Industrial do Governo Provisório
Aumento de impostos específicos;
Aumento do ágio Cambial;
Consumo compulsório de matéria-prima de produção doméstica;
Proibição da importação de equipamentos para determinadas indústrias;
O controle cambial se sobrepunha a qualquer política tarifária protecionista; 
Produto industrial cresce em média 10% ao ano entre 1932 e 1939;
Queda do coeficiente de importação de 45 para 20% em 1939;
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Regulação Monetária e Bancária
CAMOB -> introduz reservas obrigatórias mínimas e obrigatoriedade de depósitos no BB; atua de forma complementar a carteira de redesconto do BB financiando as necessidades do tesouro nacional e do departamento nacional do café; 
Expansão monetária moderada;
Controle dos níveis de preço; 
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É a disposição de acomodar os choque fiscais através do aumento da dívida pública que caracteriza a política econômica do gov. provisório como pré-Keynesiana 
Apesar do rompimento com o Padrão Ouro em 1930, a base monetária continuou a cair até 1931. Dessa forma, os níveis de preço mantiveram-se relativamente estáveis até 1933 
Fortalecimento dos bancos comerciais brasileiros: criação da CAMOB assim como a reativação da carteira de redesconto do BB em 1930
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Política Econômica entre 1934-37 
Política Cambial -> Pressões Norte-Americana e Inglesa -> 35% das receitas cambiais de exportação seriam destinadas ao BB à taxa oficial para o pagamento dos compromissos do governo; 65% seriam negociadas livremente no mercado;
Controle do câmbio para importação e liberalização para exportação;
A política cambial adotada e a política cafeeira resultou em uma melhora no valor das exportações. O BB conseguiu entre 36 e 37 acumular reservas cambiais consideráveis.
Relaxamento da política restritiva de remessa de lucro e de importação + recessão norte-americana de 37-38 traz novas dificuldades no BP. 
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Boom Econômico de 1934-37
Apesar das dificuldades no BP, a economia continuou a crescer entre 1934 e 1937;
A desvalorização real da moeda estimulou a SI;
A política cafeeira e fiscal expansionista manteve elevada a demanda agregada;
Apesar das políticas expansionistas, a moderada política monetária manteve os preços relativamente estáveis até 1937; 
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Importação 1929=100
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Orientação da Política Externa (I) 
Acordo comercial com os EUA em 1935 -> concessões tarifárias aos produtos norte-americano com a contrapartida de não tributação dos produtos brasileiros;
Explica em parte o aumento das importações de bens não essenciais durante 1934-1937;
Expansão do comércio Teuto-Brasileiro a despeito das pressão Norte-Americana;
“independência ideológica” de Vargas;
Necessidade de fortalecimento da influência Norte-Americana no continente;
Acordo de 1934 entre Brasil e Alemanha -> Comércio de Compensação;
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Orientação da Política Externa (II) 
A posição ambígua do Brasil nas relações externas pode ser explicada pelos diversos interesses políticos e pela tentativa de Vargas em atendê-los.
Queda da participação dos produtos britânicos em relação aos produtos alemães;
 Alteração na estrutura de exportação, perda relativa da importância do café e aumento do peso do algodão. Maior importância das compras alemãs, japonesas e britânicas. Queda de importância das compras norte-americanas.
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Política Externa
Regularização das remessas de lucros e dividendos de companhia norte-americanas;
1937-> Redução do comércio de compensação com a Alemanha em função dos temores relacionados ao marco; 
Pressão sobre a política cambial adotada -> leva a reforma cambial de 1939;
Três taxas de câmbios-> Mercado Livre (70%); taxa oficial (30%); e livre-especial (transações financeiras e remessa de lucro); 
Tx Oficial < Tx Mercado Livre < Taxa livre-especial
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Estado Novo e Economia de Guerra
Reversão da tendência descentralizadora republicana e fortalecimento do poder central -> criação de agencias governamentais;
Reversão das políticas cambial, de defesa do café, e dívida externa;
Legislação social pró trabalhador;
Inicio do projeto da CSN marca uma mudança do papel do governo no processo de industrialização;
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Mudança na Política Cambial entre 1937 -39
O programa de investimento público e a redução da intervenção no mercado de café exigiam uma mudança na politica cambial em função da escassez de divisas;
Estabelecimento de uma taxa de câmbio única e desvalorizada; novo sistema de controle de cambiais;
Controle cambial e de importação como instrumentos de política comercial;
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