Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Hormônios controladores do desenvolvimento 1 Controle hormonal do desenvolvimento O desenvolvimento das plantas cultivadas é controlado, além dos fatores genéticos e ambientais, por fatores fisiológicos ou hormonais; Os fito-hormônios são compostos orgânicos que em quantidades extremamente pequenas, promovem, inibem ou modificam qualitativamente processos fisiológicos envolvidos com o desenvolvimento das plantas. 2 Controle hormonal do desenvolvimento Em função do grande número de hormônios naturais existentes já identificados em diferentes espécies vegetais e a produção crescente de novas substâncias sintéticas com a mesma ou semelhante função, Went (1957) denominou os compostos sintéticos de reguladores. O termo hormônio é reservado somente para os compostos naturais. 3 Ação dos hormônios 4 Hormônio = composto orgânico, não nutriente, de ocorrência natural, produzido na planta, que em baixas concentrações promove, inibe ou modifica processos morfológicos e fisiológicos do vegetal; Reguladores vegetais = são substâncias sintéticas que, aplicadas exogenamente, possuem ações similares aos grupos de hormônios vegetais conhecidos (auxinas, giberelinas, citocininas, retardadores, inibidores e etileno);, Estimulantes vegetais = mistura de reguladores vegetais ou hormônios com outros compostos de natureza química diferente (aminoácidos, nutrientes, etc); são eficientes quando aplicados em baixas concentrações. Diferenciações 5 Grupos principais Auxinas: Principais sítios de síntese de auxina são os tecidos meristemáticos de diferentes órgãos (gemas em brotamento, folhas jovens, extremidades da raiz, flores e inflorescências em crescimento); Na célula promovem a expansão e materiais na parede celular aumentando a sua plasticidade; Considerado promotor vegetal por estar envolvida na divisão celular e crescimento; Embora existam diversas auxinas sintéticas e naturais, três de ocorrência natural foram identificadas: Ácido indol-3 - acético (AIA) Ácido indol-butírico (AIB) Indolil-3- acetonitrila 6 Auxinas Efeitos fisiológicos: Alongação celular: age diminuindo a resistência da parece celular ao alongamento, devido à quebra enzimática das ligações entre hemiceluloses e celuloses. O aumento da plasticidade permite maior influxo de água o que provoca a elongação; depois disso as ligações entre celulose e polissacarídeos são reformadas através de ação enzimática. Fototropismo: movimento do órgão da planta em resposta a um fluxo de luz; a luz causa o transporte de auxina para o lado sombreado promovendo maior alongamento desta região e provocando inclinação do vegetal para o lado iluminado. 7 8 Efeitos fisiológicos: Geotropismo: hastes na horizontal, em resposta à gravidade, acumulam IAA (Ácido indolilacético )no lado inferior resultando na curvatura para cima (geotropismo negativo); raízes = geotropismo positivo; Dominância apical: a inibição do crescimento das brotações laterais (gemas), nos pontos mais próximos da região apical da planta, é devida à alta concentração de auxina neste local de síntese; Primórdios radiculares: aplicações exógenas podem promover iniciação radicular, mas essa mesma concentração que estimula pode inibir o posterior crescimento das raízes; Auxinas 9 Efeitos fisiológicos: Crescimento de frutos: as auxinas estão envolvidas na extensão celular; Abscisão: altas concentrações de auxina impedem a abscisão, evitando a queda de folhas e frutos; Efeito herbicida: as auxinas sintéticas, entre elas o ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) e o Dicamba, ANA (ácido naftalenoacético) são utilizadas em determinadas concentrações para matar dicotiledôneas; 2,4,5 -T ( + 2,4 D = “agente laranja” no Vietnã; problema: Dioxina) Partenocarpia: desenvolvimento do ovário sem fecundação; Auxinas 10 Auxinas Uso comercial de auxinas sintéticas: Enraizamento de estacas (ANA); Floração do abacaxi (ANA); Desbaste de frutos; Abscisão de folhas no algodão para favorecer a colheita; 11 Giberelinas Funções fisiológicas e uso na agricultura: Germinação: controle da hidrólise das reservas Floração: indução da floração em espécies de dias longos (PDL) e em espécies que necessitam período de frio (Vernalização); giberelinas exógenas podem substituir as exigências acima; Expressão sexual: 100 ppm de GA3 aumentam o número de flores masculinas (produzidas em dias longos) em pepineiro; se forem plantadas variedades femininas pode-se, pulverizar cada terceira fileira com giberelina; Produção de frutos: Uva - aumenta o comprimento da haste do cacho ; Maçã – alongamento do fruto (Delicious) melhorando sua forma; Citrus – retardamento da senescência; Produção de uvas Thompson sem semente; Cana-de-açúcar – aumento na produção sacarose por aumentar distancia entre nós; 12 Giberelinas As giberelinas são sintetizadas no ápice de caules (gemas), folhas jovens, entrenós ativos, sementes e frutos em desenvolvimento. 13 Giberelinas Inibidores da síntese de GA: Usados na agricultura como retardantes do crescimento, para evitar acamamento em cereais: CCC (cloreto de chlormequat) trigo; Tolerância a estresse ambiental: AMO 1618 em repolho para proteção de geada; Indução do florescimento: Paclobutrazol (PBZ) em manga; 14 Uso de inibidores 15 Estrutura química dos retardantes 16 Mecanismos de ação As giberelinas alongam a célula (tamanho) e aumentam o número de células; 17 Citocininas Agem na divisão celular; Crescimento através do alongamento celular; Diferenciação celular juntamente com as auxinas; Retardamento da senescência prevenindo a de gradação da clorofila; Cultura de tecidos para a formação de gemas. 18 Etileno Gás, Responsável pela aceleração dos processos de amadurecimento dos frutos; Sua produção aumenta em órgãos feridos, flores e folhas cortadas, gemas dormentes, durantes a senescência e a abscisão de tecidos; Etileno Influência na produção de etileno em plantas sadias: Temperatura Gás carbônico- Pode inibir promover ou não ter efeito nenhum; Oxigênio – Baixas concentrações inibem a produção de etileno; Luz – pode aumentar ou diminuir a produção de etileno conforme a cultura; Insetos – danos aumentam a produção de etileno Seca – com déficit de água as plantas produzem mais etileno; _ Doenças; Ácido abscísico (ABA) Funções na planta Estímulo de produção de proteínas de reserva na semente; Tolerância a seca – estimula o fechamento dos estômatos em muitas espécies; Causador de dormência; Abscisão de folhas, flores e frutos está associada à alta concentração de ABA decorrentes de secas,temperaturas inadequadas, salinidade, baixa luminosidade além de doenças e pragas; Abortamento de frutos – desbaste natural. Ácido jasmônico Funções fisiológicas Resistência a enfermidades e ataques de insetos: Quando uma folha é ferida por fungo, bactéria ou por uma praga, é transmitida uma mensagem (sistemina), via floema até a membrana; os lipídios da membrana são hidrolisados, liberando ácido linolênico (ácidos graxos) precursor do ácido jasmônico responsável pela ativação de genes que se expressam pela síntese de inibidores da protease, o que retarda a degradação de proteínas e conseqüentemente a senescência dos órgãos atacados.
Compartilhar