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DISCIPLINA: Energia na Agricultura CURSO: Agronomia PROFESSORA: Me. Katia Zardo katiazardo@hotmail.com ENERGIA EÓLICA • Esclarecer o que é Energia Eólica; • Qual sua importância; • Suas vantagens e desvantagens; • Como funciona um aerogerador. OBJETIVO Moinhos de vento e Moinhos d’água: A força do vento tem sido usada por milhares de anos; Os primeiros moinhos de vento utilizavam o vento para moagem de grãos e também como bombas d’água para irrigação. Histórico da Geração Eólica A geração de energia eólica teve início no final do século XIX. As primeiras turbinas eólicas geradoras de energia elétrica foram construídas em 1882 por Charles Brush (EUA). A primeira turbina eólica foi integrada à rede em 1976 na Dinamarca. Capacidade eólica europeia em operação em 1996: 4.000 MW. Capacidade eólica europeia em operação em 2001: 11.500 MW. Capacidade eólica europeia em operação em 2009: 76.152 MW. Histórico da Geração Eólica A energia eólica é um setor em rápido crescimento: >30% por ano; A energia eólica se tornou um grande negócio: Fazendas eólicas de 100 MW ou maiores; Turbinas eólicas de 3 MW estão disponíveis comercialmente; Mercados mais importantes: Europa, EUA, América Latina; Energia eólica offshore se tornou um novo mercado Histórico da Geração Eólica As turbinas mais modernas tiveram início na década de 40 na Dinamarca. A recente modernização das turbinas assim como o avanço desta tecnologia começou no início de 1980. Histórico da Geração Eólica Primeiras Turbinas Eólicas: A potência das turbinas eólicas foi aumentada em mais de 5 MW; O diâmetro de alguns tipos de rotores aumentou em 120m! A potência e o diâmetro dos rotores não aumentam linearmente. Histórico da Geração Eólica Evolução das Turbinas Eólicas Modernas: Uma região pode ser caracterizada de acordo com a média anual da velocidade do seu vento em uma dada altura em uma das sete classes mostradas na figura. Regiões com classe três ou superior são tipicamente consideradas para o desenvolvimento da geração eólica: Caracterização Eólica Classes Eólicas: O vento é o ar em movimento, provocado pelo aquecimento desigual da terra. Causas; Escalas; Tipos. O VENTO Os meteorologistas definem a direção do vento como aquela da qual o vento sopra A direção predominante em uma rosa dos ventos é geralmente chamada de “vento predominante”. Por exemplo, na rosa dos ventos apresentada ao lado a direção sul-sudoeste é predominante Rosa dos ventos O VENTO O VENTO o perfil vertical da velocidade do vento é afetado pelas mudanças na cobertura do solo e pela estabilidade térmica da atmosfera A resistência do atrito reduz a velocidade do vento próximo do solo abaixo daquela do vento de gradiente perfil vertical da velocidade do vento Variação da Velocidade e Direção com a Altitude O Vento: as escalas de movimento do ar Escalas dos movimentos atmosféricos. O Vento: as escalas de movimento do ar O Vento: as escalas de movimento do ar O Vento: as radiações solar e terrestre como causas do vento O Vento: a força de coriolis É a aceleração aparente provocada pela rotação da terra e que tende a desviar todo objeto movendo-o livremente. É uma força que afeta o movimento do vento, alterando sua velocidade, e principalmente, sua direção. O Vento: geostrófico O vento geostrófico é um vento horizontal, não acelerado, que sopra ao longo de trajetórias retilíneas, que resulta de um equilíbrio entre a força de gradiente de pressão (horizontal) e a força de Coriolis. O vento geostrófico O Vento: ciclones e anticiclones Um Anticlone é um centro de pressão atmosférica em que o ar atmosférico, mais frio e mais pesado, em cima, desce, aumentando a pressão junto ao solo. Um ciclone é um centro de pressão atmosférica em que o ar atmosférico, mais quente e mais leve, em baixo, junto ao solo, sobe – como o balão de ar quente – baixando a pressão junto ao solo. O Vento: a circulação geral A circulação geral consiste no movimento do ar à escala planetária, tendo como objetivo uma REDISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E HUMIDADE. A redistribuição da energia e da humidade é completada pela circulação geral dos oceanos; São sistemas de circulação primária que ocorrem de uma forma persistente e em grande escala; Os fluxos básicos que mantém os sistemas climáticos são: O Vento: a circulação geral O Vento: a circulação secundária Circulações secundárias ocorrem se centros de alta ou baixa pressão são causados pelo aquecimento ou resfriamento da atmosfera mais baixa. Incluem: Furacões; Monções; Ciclones Extratropicais. Circulação secundária: furacões Furacões são definidos como ciclones tropicais com velocidades de vento superficiais excedendo 80 m/s; Seus diâmetros são normalmente em torno de várias centenas de quilômetros; A profundidade da atmosfera envolvida é em torno de dez quilômetros; Eles capturam sua energia do calor latente liberado pela condensação do vapor de água. Circulação secundária: furacões Circulação secundária: Monções Durante o verão o continente asiático é aquecido consideravelmente, enquanto que durante o inverno ele está sujeito a um resfriamento forte. No inverno, o ar nas camadas mais baixas é mais pesado, criando uma zona de pressão alta sobre toda a Ásia. No Verão, as massas terrestres são aquecidas fortemente, criando pressão baixa. Circulação secundária: Monções Circulação monção é causada por essas diferenças de pressão. Circulações Terciárias Estas são circulações de pequena escala, mais ou menos localizadas, caracterizadas por ventos locais. Incluem: Brisas Oceânicas e Terrestres; Ventos de vale e montanha; Fluxo Tipo-monção; Ventos Foehn; Temporais; Tornados. Potência do Vento Fator padrão de energia; Estimativa do potencial eólico; Histograma, frequência e curvas de duração da velocidade do vento; Potência do Vento Potência do Vento A velocidade do vento varia ao longo do dia, do mês, do ano, e até ao longo dos anos. Sua variação no tempo é a principal característica a ser determinada. Estimativa de Potência do Vento Mapa de Ventos do Brasil O Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE), com apoio da ANEEL e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), desenvolveu um estudo para avaliar o potencial eólico brasileiro e, em 2001( Atlas do Potencial Eólico Brasileiro). O potencial eólico no Brasil é da ordem de 147.500 MW, para ventos com velocidade média superior a 7,5 m/s (Amarante, Brovver, Zack e Sá, 2001). A grande desvantagem desse tipo de energia é que os centros de demanda necessitam de sistemas alternativos de produção para os períodos de calmaria. Mapa de Ventos do Brasil Um mapa de vento preliminar do Brasil, gerado a partir de simulações computadorizadas com modelos atmosféricos é mostrado na figura ao lado. Potencial Eólico do Brasil – superior a 143.000 MW Energização Rural – Sistemas Convencionais e Alternativos – FCA/2004 Turbinas Eólicas Desde a década de 1970, pequenas e modernas turbinas de vento estão sendo implantadas. A experiência tem mostrado que essas turbinas podem produzir energia a custos razoáveis em áreas onde a velocidade do vento varia de 25 km/h a 50 km/h. A primeira turbina eólica com capacidade para geração comercial de energia elétrica foi ligada à rede pública em 1976, na Dinamarca (ANEEL, 2002). Turbinas Eólicas Lâmina do rotorComponentes Rotor Embreagem Torre Fundação Contrôles Gerador Tipos Eixo horizontal Mais comum Controles ou desenho movimentam o rotor contra ovento Eixo vertical Menos comum Turbinas Eólicas Turbinas eólicas de eixo vertical e horizontal. Diferenças entre as turbinas horizontais e as verticais HORIZONTAL: Precisa apontar para o vento. Alta velocidade na ponta da pá. Maior eficiência. Pode ser bem mais larga que a vertical. VERTICAL: Não precisa apontar para o vento. Os componentes mecânicos e elétricos podem ser localizados no solo. É menor e utiliza ventos de níveis inferiores. Mais apropriado para modelos menores e montagens em edificações. Turbinas Eólicas De acordo com a orientação do eixo as turbinas são classificadas em turbinas de eixo horizontal (HAWT – horizontal axis Wind turbines) e turbinas de eixo vertical (VAWT – vertical axis Wind turbines). Na figura são mostrados algumas turbinas para ilustração. Turbinas Eólicas Área de giro das lâminas Diâmetro do Rotor Diagrama Esquemático de Turbina com Eixo Horizontal Fundação (vista lateral) Ligações elétricas subterrâneas (vista frontal) Nascele com embreagem e Gerador Torre Altura do rotor Lâmina do rotor As horizontais são as mais difundidas no mercado, e têm como característica principal a necessidade de um sistema de controle para posicionar o rotor na direção predominante de vento. Visão Geral das Turbinas Eólicas Existem dois tipos de mecanismos de acionamento de turbinas eólicas, as acionadas por arraste, onde o vento empurra as hélices, ou elevação, onde as hélices atuam de modo parecido com as asas de um avião. As turbinas que funcionam por elevação trabalham com maior velocidade de rotação e são mais eficazes. Princípio aerodinâmico da turbina eólica Visão Geral das Turbinas Eólicas No sistema em arraste a velocidade máxima é a mesma dos ventos (TSR – Tip Speed Ratio), assim a velocidade das pás nunca supera a dos ventos, assim a TSR é sempre menor ou igual a 1. Assim temos uma forma de determinar se uma turbina eólica de eixo vertical é baseada em arraste ou elevação. Se a TSR for maior que 1, significa alguma quantidade de elevação, enquanto abaixo de 1, maior ênfase em arraste. Os projetos baseados em elevação geralmente fornecem maior potência, aliado a maior eficiência. Rotor Darrieus Turbina Helicoidal A turbina eólica helicoidal que tem sido desenvolvida para aplicações em sistemas de pequeno e médio porte, já que ela se integra melhor com o visual urbano. O rotor Darrieus é um sistema com eixo vertical baseado em elevação, onde cada palheta recebe torque máximo somente duas vezes por revolução. Turbinas Eólicas verticais Turbinas de arraste são aquelas em que o vento empurra as pás forçando o rotor a girar. Existem 3 tipos de pás: planas, tipo cálice e panemone. Nestas turbinas, a velocidade das pás não pode ser maior que a velocidade do vento, o que limita sua eficiência. São usadas freqüentemente em fazendas, para bombear pequenos volumes de água com ventos de baixa velocidade. Apresentam potência em torno de 0,5 kW para um rotor com diâmetro da ordem de cinco metros. Turbinas Eólicas de Arraste Turbinas Eólicas de Arraste Turbina de arraste (“rag Device”) As turbinas de sustentação usam aerofólios como pás, similares às asas dos aeroplanos. O vento V incide sobre a pá com um ângulo a em relação ao eixo da pá. A ação do vento sobre a pá provoca uma força de sustentação S e uma força de arrasto A. Há uma força resultante de sustentação aerodinâmica R. Turbinas Eólicas de Sustentação Fluxo na seção da pá de um rotor de uma turbina eólica de sustentação As turbinas de sustentação podem-se mover mais rápido que o vento e são mais eficientes. Várias turbinas modernas têm duas ou três pás. Turbinas Eólicas de Sustentação Turbinas de sustentação com uma, duas e três pás Visão Geral das Turbinas Eólicas Torre: Suporta o gerador e as pás. Nacele: Abriga o gerador e outros componentes. Conecta a torre à estrutura das pás. Gira 360º. Rotor: É a estrutura das pás. Conecta as três pás através do eixo do rotor. Pás: As pás individuais podem girar no seu eixo. Partes da Turbina: Visão Geral das Turbinas Eólicas A nacele abriga o gerador, as engrenagens e os sistemas de controle. A turbina eólica é controlada de acordo com diferentes dados de condições eólicas medidas (9, 10). Componentes Internos: Visão Geral das Turbinas Eólicas O desempenho de cada turbina é definido pela sua curva de potência. Curvas de potência representam a potência de saída em função da velocidade do vento. Curvas de potência podem ser teóricas ou medidas. Curvas de potência medidas são mais precisas! As turbinas só começam a produzir energia a certa velocidade –Em geral 3 – 5 m/s As turbinas desligam a uma determinada velocidade de corte do vento – Geralmente 20 – 25 m/s – Isto é feito para evitar danos. Visão Geral das Turbinas Eólicas Turbinas eólicas são projetadas para operar em diferentes condições, de acordo com a norma IEC 61400-1: Velocidade média anual de vento. Velocidades de vento de referência. Ocorre em média durante 10 minutos, para um período de recorrência de 50 anos. Diferenças entre Instalações On-Shore e Off-Shore: A maior parte das turbinas eólicas é atualmente instalada on-shore; Algumas das instalações são feitas off-shore em áreas onde: Não há terras suficientes; As condições do vento on-shore são marginais; As instalações eólicas off-shore em geral: Utilizam turbinas eólicas maiores (2+ MW); Têm maior fator de capacidade. Tem custos maiores. Em geral: parques eólicos off-shore tem um custo-benefício inferior a parques eólicos on-shore. O custo de fazendas eólicas off-shore aumenta devido à tecnologia requerida, construção, transmissão Visão Geral das Turbinas Eólicas Dimensões das Turbinas O custo de turbinas por kW geralmente decresce com a sua capacidade. Isto também é valido para os custos de planejamento e construção. A produção de energia por hectare geralmente cresce com o aumento da capacidade das turbinas. A maioria das fazendas eólicas utiliza turbinas tão grandes quanto possível, enquanto ainda tecnicamente viável para entrega e instalação. Visão Geral das Turbinas Eólicas Os dados sobre o vento devem ser coletados por um ano no local, para análise e dimensionamento do parque eólico. A torre de medição deve ser construída no local, ou perto do local esperado para as turbinas. Recomenda-se a investigação de três a cinco locais na região selecionada. Os dados devem ter um controle de qualidade e devem ser limpos antes da modelagem, eliminando-se os valores considerados espúrios. Medições do Vento Instrumento utilizado para medir a velocidade do vento. A NRG (http://www.nrgsystems.com) produz anemômetros para medição de dados atmosféricos. São instalados tipicamente dois anemômetros por torre (a 40 e 60 metros) para medição da velocidade do vento e um para determinar a direção do vento, permitindo considerar os efeitos de sombra da torre e de cisalhamento do vento. Instrumentos da Torre de Medição Anemômetro: Dispositivo que se conecta ao anemômetro para gravação de dados meteorológicos. Os loggers da NRG, por exemplo, gravam os dados a cada 2 segundos e as informações de freqüência dos últimos 10 minutos (i.e. média, desvio padrão, mínimo e máximo) são escritas em um arquivo a cada 10 minutos. Instrumentos da Torre de Medição Data Logger (Registradores de Dados): “Biruta”: Determina a direção do vento. É montado sobre um braço suporte, conectado à torre. Telefone Celular ou via satélite: Conecta-se ao data logger. O usuário pode programar o data logger de modo que este envie os dados periodicamente (dia/semana/mês) para análise. Dispositivos de Pressão e Temperatura: Além dosanemômetros, a maioria dos data loggers vem com um dispositivo de medição de pressão e temperatura opcional. Instrumentos da Torre de Medição Sensores e Loggers da NRG Instalação: Custos podem variar significativamente entre diferentes tipos de terrenodevido à rugosidade do terreno e problemas de fundação. Custos variam de estação para estação, sendo a época de chuvas a mais cara e difícil para instalação. Custos de Instalação de Torres de Medição Configuração do Software O software (i.e. o data logger) precisa ser configurado devidamente antes da instalação. Os data loggers precisam ser manuseados com cuidado e geralmente necessitam de serviços de satélite ou telefone celular para busca periódica dos dados. Custos de Instalação de Torres de Medição Custos Totais de Instalação: Aproximadamente US$ 40-60k por torre (Fonte: EAPC Wind Energy Services – América do Norte) Os dados de vento devem ser tratados e limpos antes da modelagem. Dados sobre a velocidade do vento podem ser facilmente visualizados através de uma “rosa- dos-ventos”, que mede a velocidade media do vento e a frequência em uma certa direção: Análise de Dados do Vento Dados de Sensores Defeituosos: Devido a eventos de falhas no sensor os dados devem ser filtrados. Isto pode ser descoberto procurando por observações nos data-loggers onde o desvio padrão na média dos 10 minutos é zero. Os loggers da NRG são fornecidos com software para realização da filtragem das medições. Análise de Dados do Vento Sombra da Torre: Para corrigir o efeito de sombra da torre, os braços devem ser montados em ângulos não paralelos (isto é: ~ 90 graus) em uma direção diferente da direção de vento principal Análise de Dados do Vento O vento pode perder ou ganhar velocidade com a variação da rugosidade do terreno. A velocidade do vento aumenta à medida que aumenta a distância em relação ao solo até alcançar a camada de ventos livres. Uma elevação abrupta no terreno faz com que a velocidade do vento aumente perto do cume. Este fenômeno tem sido bem estudado e muitas turbinas estão situadas no topo destes picos para aproveitar este efeito. A classe de rugosidade em cada direção de uma determinada região irá influenciar a velocidade do vento nesta direção, em uma determinada altura Variação da velocidade do vento
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