Buscar

Membrana Plasmática

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

BIOLOGIA CELULAR
Membrana Plasmática
Membrana plasmática é uma película finíssima e muito frágil, composta, principalmente, por fosfolipídios e proteínas. 
A membrana plasmática cumpre várias funções: dá individualidade à célula, definindo meios intra e extra celular; forma ambientes únicos e especializados, cuja composição e concentração molecular são consequência de sua permeabilidade seletiva e dos diversos meios de comunicação com o meio extracelular. 
Além de delimitar  o ambiente celular, compartimentalizando moléculas, a membrana plasmática representa o primeiro elo de contato entre os meios intra e extracelular,  transduzindo informações para o interior da célula e permitindo que ela responda a estímulos externos que podem, inclusive, influenciar no cumprimento de suas funções biológicas. Também nas interações célula-célula e célula-matriz extracelular a membrana plasmática participa de forma decisiva. É, por exemplo, através de componentes da membrana que células semelhantes podem se reconhecer para, agrupando-se, formar tecidos. 
A manutenção da individualidade celular, assim como o bom desempenho das outras funções da membrana, requerem uma combinação de características estruturais da membrana plasmática: ao mesmo tempo que a membrana precisa formar um limite “estável”, ela precisa também ser dinâmica e flexível. A combinação destas características é possível devido à sua composição química. 
Composição química e estrutura 
As membranas celulares consistem de uma dupla camada contínua de lipídeos, principalmente fosfolipídeos, com a qual proteínas globulares diversas interagem de várias maneiras.
A bicamada lipídica confere estabilidade e flexibilidade à membrana. Os fosfolipídeos são os componentes que compõem a estrutura básica da membrana. Existem, de modo geral, três classes de lipídeos que compõem a membrana plasmática: fosfolipídeos, esteróis e glicolípideos, sendo que fosfofolípideos são os mais abundantes. Em células animais há, ainda, uma certa concentração de colesterol.
A molécula de fosfolipídeo possui uma característica bioquímica essencial para formar uma bicamada estável, ainda que fluida. Ela possui uma região hidrofílica e caudas hidrofóbicas. Enquanto a região hidrofílica interage bem com a água, altamente abundante nos meios intra e extracelular, a região hidrofóbica busca “esconder-se” da água. A intenção natural desta molécula anfipática ou anfótera, ou seja, composta por regiões hidrofóbica e hidrofílica, de atingir um estado que seja energeticamente estável e termodinamicamente favorável, faz com que elas arranjem-se na forma de uma bicamada. A estabilidade é, então, dada pela necessidade termodinâmica do fosfolipídeo em manter suas regiões hidrofílica e hidrofóbica em posições adequadas em relação à água. Desta forma, se a bicamada lipídica sofre um dano, onde algumas moléculas são removidas, sua tendência natural é a de se regenerar. 
Os lipídeos distribuem-se nas duas camadas lipídicas e estão em constante movimentação. Eles movem-se ao longo do seu próprio eixo, num movimento chamado rotacional e lateralmente ao longo da extensão da camada (ou seja, movimento lateral é aquele em que moléculas de lipídeos da mesma camada trocam de posição). Estes dois movimentos não representam qualquer alteração à termodinâmica natural da membrana e, portanto, ocorrem constantemente. Outro movimento, chamado flip-flop, que consiste em mudar de uma camada à outra, é menos frequente, pois envolve a passagem da cabeça polar (hidrofílica) dentro da região apolar (hidrofóbica) da bicamada. 
A fluidez da membrana é controlada por diversos fatores físicos e químicos. A temperatura influencia na fluidez: quanto mais alta ou baixa, mais ou menos fluida será a membrana, respectivamente. 
O número de duplas ligações nas caudas hidrofóbicas dos lipídeos também influencia a fluidez: quanto maior o número de insaturações, menos fluida a membrana, pois menor será a possibilidade de interação entre moléculas vizinhas. 
Também a concentração de colesterol influencia na fluidez: quanto mais colesterol, menos fluida. O colesterol, por ser menor e mais rígido, interage mais fortemente com os lipídeos adjacentes, diminuindo sua capacidade de movimentação. 
Considerando-se a interação das proteínas com a bicamada lipídica, elas podem ser classificadas como: ancoradas, periféricas ou transmembrana (integrais). 
As proteínas periféricas apresentam-se parcialmente mergulhadas na bicamada lipídica; as ancoradas localizam-se na face interna ou externa da membrana, ou seja, em contato direto com o meio intracelular ou extracelular, respectivamente. As proteínas transmembrana são aquelas que estão totalmente mergulhadas na bicamada lipídica. 
Da mesma forma que os lipídeos, as moléculas protéicas não são estáticas na membrana, também se movimentando constantemente. Assim, o seu posicionamento (ancorada, periférica ou transmembrana) não é fixo, o que permite a formação de poros, pelos quais é possível o transporte de substâncias.
As proteínas também possuem características estruturais que as permitem interagir com a bicamada lipídica: algumas delas possuem regiões polares e apolares, sendo também anfipáticas. 
Transporte através da membrana
Para a maioria das substâncias, há uma relação direta entre sua solubilidade nos lipídios da membrana e sua penetração nas células. De modo geral, os compostos hidrofóbicos, solúveis nos lipídeos, como ácidos graxos e hormônios esteróides e anestésicos, atravessam facilmente a membrana. Já as substâncias hidrofílicas, insolúveis nos lipídeos, penetram nas células com mais dificuldade, dependendo do tamanho da molécula e de suas características químicas.
A substância deverá ser transportada por meio de um dos seguintes mecanismos: transporte passivo ou ativo.
1. Transporte passivo: ocorre a favor do gradiente de concentração e, por isto, não há consumo energético. Pode ser de três tipos:
 a) Difusão simples: é a passagem de moléculas do soluto, do meio hipertônico para o hipotônico. Ou seja, como a distribuição do soluto tende a ser uniforme em todos os pontos do solvente (solução isotônica), o soluto penetra na célula quando sua concentração é menor no interior celular que no meio externo e sai da célula no caso contrário.
 b) Difusão facilitada: numerosas substâncias, como alguns aminoácidos, penetram na célula por difusão facilitada. A difusão facilitada se processa com as mesmas características da simples, porém, com velocidade maior. A molécula a ser transportada se combina com uma proteína transportadora da membrana (denominada permease), a qual fará o transporte, do meio hipertônico para o hipotônico.
 c) Osmose: a membrana celular é muito permeável à água. Por isto, a osmose é, entre as formas de transporte passivo, a mais rápida. Osmose é a passagem de água, do meio hipotônico para o hipertônico. Colocadas em solução hipertônica, as células diminuem de volume, devido à saída de água. Este fenômeno é chamado plasmólise e diz-se que as células que perderam água ficaram plasmolisadas.
Inversamente, quando colocadas em solução hipotônica, as células aumentam de volume, devido à penetração de água. O fenômeno se chama turgescência e as células com volume aumentado são denominadas túrgidas. Se o aumento de volume for muito acentuado, a membrana plasmática se rompe e o conteúdo da célula extravasa, fenômeno conhecido como plasmoptise ou lise celular. 
Em soluções isotônicas, o volume e a forma da célula não se alteram.
Nas células de plantas ocorre fenômeno semelhante ao observado nas dos animais, mas as conseqüências são diferentes, devido à existência, nestas células, da parede celular. Quando colocada em meio hipotônico, a célula vegetal aumenta de volume como a animal, mas não se rompe, devido à parede celular, que é rígida. Esta parede limita o aumento do volume da célula e o mantém dentro de uma faixa que não excede a resistência da membrana plasmática.2. Transporte ativo: neste caso, há consumo de energia e o transporte ocorre contra o gradiente de concentração, ou seja, a substância é transportada de um local de baixa concentração para outro, de alta concentração. A energia química gasta no transporte provém do ATP, que é hidrolisado em ADP.
Um exemplo deste tipo de transporte ocorre nos neurônios e é conhecido como Bomba de potássio e sódio: o meio intracelular é hipertônico para potássio (K+) e hipotônico para sódio (Na+), em relação ao meio extracelular. Isto significa que a concentração interna de K+ é muito mais alta do que a externa, ocorrendo o contrário como o Na+ , cuja concentração externa é bem maior que a interna. Desta forma, por transporte passivo (difusão simples), K+ tende a se difundir para o meio extracelular, enquanto Na+ tende a migrar para o meio intracelular. Como a diferença de concentração entre os meios interno e externo tem que ser mantida, a célula utiliza energia do ATP para bombear K+ de volta para o seu interior, e Na+ para o exterior, mantendo o gradiente de concentração.
Diferenciações da membrana plasmática:
Muitas vezes, há uma nítida associação entre a forma e a função de uma célula. Aumentando a eficiência no desempenho de algumas atividades, a célula pode ter modificações em sua membrana, como as microvilosidades, as interdigitações, os desmossomos e os plasmodesmos.
Microvilosidades: são expansões digitiformes, muito numerosas, encontradas no epitélio intestinal interno. Estas expansões aumentam a superfície de contato com o bolo alimentar e, portanto, a absorção de nutrientes.
Interdigitações: são também expansões digitiformes, que ocorrem na vizinhança de duas células da epiderme animal, com função de aumentar a adesão entre elas.
Desmossomos: são filamentos protéicos que se originam no citoplasma de uma célula epitelial, atravessam as membranas das células vizinhas e mergulham no citoplasma da outra célula, também com a finalidade de aumentar a adesão entre as duas células.
Plasmodesmos: são pontes citoplasmáticas, encontradas entre células vegetais, que atravessam orifícios da parede celular e constituem pontos de passagem livre de substâncias de uma célula para outra.

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

3 pág.
3 pág.
Aula_0__Citologia_I-037-039

Ifect Do Rn Ifrn Campus Mossoro

User badge image

mudrubodd

Perguntas Recentes