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Preconceito racial
Angola viveu um periodo de exploração e colonização portuguesa.
Um homem negro com uma venda nos olhos e outra na boca foi desenhado a preto e branco, assim como uns contentores com Lisboa e Portugal escritos a preto. A sequência de imagens e palavras não é necessariamente esta, mas a mensagem que nasce da associação entre elas é óbvia — a exploração da terra e do povo pelos colonos portugueses.
No periodo colonial brancos detinham poder financeiro, governamental e estatal dentro de angola.
No Apartheid havia separa鈬o das ra軋s, social e tamb駑 espacial, nas cidades estavam o casco urbano, onde viviam os brancos, e nos an駟s circundantes os musseques, onde viviam os negros.
"Alguns negros tinham acesso aos autocarros para brancos, mas muito poucos �eram os chamados 殿ssimilados�. os mais velhos afastarem-se do passeio para deixar passar os brancos mais novos quando o hábito era, na verdade, os mais novos, em geral, darem lugar aos mais velhos. Nas farmácias, era comum ver negros ou mestiços à porta a espreitarem para verificar se estavam brancos — se estivessem, esperavam “e vergavam-se para poderem ser atendidos”. 
Não houve descolonização de mentes"
Ainda existe o racismo em angola não como no periodo colonial, mas as pessoas brancas consideram-se superiores
Em Angola, se um negro e um branco chegarem ao mesmo tempo a um restaurante, é muito possível que a pessoa que está a atender vá primeiro ter com o branco, exemplifica Lúcia da Silveira, presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia, 40 anos. “Mas isso é uma construção. E é muito difícil tirar isso da cabeça das pessoas. O privilégio branco é visível em qualquer parte do mundo e aqui também.” 
O indioma português é melhor visto
A televisão nacional começou a transmitir uma parte das notícias em línguas nacionais e há músicos que cantam nelas, em umbundo e quimbundo. Mas continua-se, mesmo depois da independência, a ridicularizar aspectos importantes da cultura angolana como a forma de vestir, de comer ou a utilização de roupas com tecidos africanos, exemplifica. Faltam políticas para a promoção da “identidade angolana, africana, que não deixa de ser negra”, defende.
 
Ainda hoje, quanto mais claro é o angolano, maior o grau de instrução, resultado da colonização que criou uma tendência que ainda se sentirá durante mais algum tempo, analisa. “No período colonial, na universidade, em cada 100 estudantes talvez encontrássemos dois negros; hoje é o oposto, portanto a situação inverte-se mas demora algum tempo. Genericamente falando, as pessoas mais brancas não estão discriminadas no acesso aos bens — pelo contrário.” 
Paulo de Carvalho, que se considera negro, apesar de ser visto como mestiço, já se sentiu discriminado “como angolano”. Foi numa ONG internacional para a qual trabalhava e onde lhe foi proposta uma “ascensão” de administrador para delegado em Luanda — ascensão entre aspas porque a ideia era manter o salário que tinha, sem regalia adicional pela nova função, enquanto se viesse “um estrangeiro receberia um salário umas quatro vezes superior, teria direito a casa, carro” e Paulo de Carvalho, “por ser angolano, não tinha direito a absolutamente nada”. Apresentou a demissão e fez queixa à empresa-mãe 
Em Angola,existe racismos aprendidos socialmente, seja na família, seja no grupo étnico, seja nos grupos de amigos, seja ainda através de alguns meios de comunicação social cujo objetivos é criar a divisão no seio dos angolanos.
E existe o io angolano de negros aos brancos, se consideram os verdadeiros angolanos. Paulo de Carvalho lembra uma histia: tinha uns sete ou oito anos, e houve uma campanha de vacina鈬o em que teve de preencher o item ra軋. Algu駑 lhe disse para colocar um 釘�de branco. O pai quando viu o seu cart縊 de vacinas perguntou: 轍uem te disse que tu 駸 branco? Tu n縊 駸 branco. Se alguma vez te disserem para escreveres que 駸 branco, tu dizes que n縊. Se insistirem, tu dizes que 双 meu pai disse que eu n縊 sou branco��
EFUNDULA - é a maior festa das raparigas na puberdade, e da circuncisão entre os Lunda tchokwe com um grande batuque designado txissela. Durante o qual é da regra a maior liberdade entre os dois sexos. Esta dança actual, evoca bastante a conhecida pintura pré-histórica de cônsul (lerida), figurando mulheres dançando ritualmente em torno de um sátiro, o que traduz a manifestação do culto de fertilidade. 
DANÇA DO CONGO - É uma dança teatralizada que tem lugar na gravana, ao ar livre, realizada durante as festas religiosas e populares. Cada grupo de Dança do Congo é constituído por uma seção musical (três ou quatro tambores, flautas e canzás) e um número variável de figurantes, todos eles hábeis dançarinos: o capitão congo, o logozu, o anju môlê (anjo que morreu), o anju cantá (anjo cantador), o opé pó (figura que executa diversas acrobacias), ulogi o feiticeiro, o zuguzugu (ajudante de feiticeiro), três ou quatro bobos, o djabu (diabo) e dez a dezoito soldados dançarinos.
ÚSSUA - Dança de salão, de grande elegância (uma espécie de mazurka africana), em que os pares são conduzidos por um mestre de cerimônias, ao ritmo lento do tambor, do pito doxi (flauta) e da corneta. Todos os dançarinos usam trajes tradicionais: as mulheres saia e quimono, xale ou pano de manta; os homens trazem chapéus de palhinha e usam no braço uma toalha bordada (que serve para limpar o suor do rosto).
DEXA - Típica da ilha do Príncipe de raízes angolanas. Ao ritmo de um tambor e de uma corneta, diversos pares executam danças de roda. As letras são quase sempre humorísticas, e implicam uma réplica da parte do visado. A dexa é dançada durante horas inteiras, apenas com ligeiras modificações.
PUITA E D'JAMBI - Provavelmente com raízes angolanas, a puita é uma dança fortemente erótica, em que o tambor avança de forma frenética, obsessiva, sensual, pela noite dentro. Homens e mulheres formam filas indianas e, à mistura com alguns semi rodopios, fazem entrechocar os corpos de forma sexualmente explícita. Quando um parente deixa este mundo é de praxe executar-se uma puita em sua homenagem. A falta de cumprimento a este ritual pode ocasionar desventuras na família. Mas a puíta é tocada em muitas outras ocasiões, sendo uma das formas de música mais populares em São Tomé.
BLIGÁ (ou jogo do cacete) - É um misto de dança e jogo lúdico, em que a destreza e o vigor fisico se aliam a uma sofisticada corporalidade e gestualidade que fazem por vezes lembrar certas artes marciais orientais. O bligá (que significa brigar) foi certamente, tal como a capoeira no Brasil, um modo de os escravos exercitarem uma arte de autodefesa sem que as autoridades disso se apercebessem.
Mas os estilos mais predominantes são:
REBITA - É um género de música e dança de salão angolana que demonstra a vaidade dos cavalheiros e o adorno das damas. Dançada em pares em coreografias coordenadas pelo chefe da roda, executam gestos de generosidades gesticulando a leve cidade das suas damas, marcando o compasso do passo da massemba. O charme dos cavalheiros e a vaidade das damas são notórios; enquanto dança se vai desenvolvendo no salão as trocas de olhares e os sorrisos entre o par são freqüentes. É dançada em marcação de dois tempos, através da melodia da música e o ritmo dos instrumentos.
KIZOMBA - É uma terminologia Angolana da expressão linguística Kimbundo que significa"festa" surgido em angola na década de 80 sendo uma fusão do semba (um predecessor do samba) com outros estilos musicais, a saber o Zouk. É dançado idealmente acompanhado por um parceiro, muito próximo um do outro e lentamente, podendo também ser rapidamente. Exige uma grande flexibilidade nos joelhos, devido à exigência freqüente dos casais (pares) se movimentarem para cima e para baixo, lembrando uma verdadeira música de salão. A influência do kizomba de Angola é sentida na maioria da África Lusófona e em Portugal. 
KUDURO: Estilo de música e dança Angolana, recreativa, de exibição individual ou em grupo. Fusão da música batida, com estilos tipicamente africanos,criados e misturada por jovens Angolanos, entusiastas e impulsionadores do estilo musical, adaptando-se a forma de dançar, soltando a anca para os lados em dois tempos sutilmente, caracterizando o movimento do bailonço duplo. Da dança Sul-Africana denominada “Xigumbaza”, que significa confusão, que era dançada pelos escravos mineiros, enquanto trabalhavam mudos, e surdos só as vozes das botas se faziam ouvir como um canto de revolta, adaptando-se ao estilo musical Kuduro.
TARRACHINHA: é uma das danças modernas da Angola moderna. Ao contrário da Kizomba, a Tarrachina é uma forma de dançar mais lenta e sensual.
CABETULA - Estilo de dança executado na região de Luanda em ocasiões festivas mas propriamente no período carnavalesco, por essa razão por vezes é conhecida como a dança do Grupo Carnavalesco União Mundo da Ilha.
SUNGURA - Dança usual entre os povos da região sul de Angola (região do Huambo e Bié), também executada em cerimónias e rituais tradicionais, normalmente dançada em grupo.
KIMUALA - é uma dança dedicada ao espírito Dinyânga (caçador) exibida por ocasião da morte de um grande mestre de caça. Nas regiões de Viana e Ilha de Luanda o mesmo tipo de dança é denominado Mabalakata. O seu estilo rítmico deu lugar ao tipo de dança Semba no carnaval luandense.
SEMBA - é um dos estilos musicais angolanos mais populares. A palavra semba significa umbigada em quimbundo. Foi também chamado batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe e batucada, entre outros. Uma dança caracterizada por movimentos em que o homem segura a senhora pela cintura e puxa-a para si, provocando um choque entre os dois (semba).