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AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
Introdução à Auditoria - Breve histórico sobre o seu desenvolvimento 
 
1. Origem da Auditoria 
A origem da auditoria externa ou independente surgiu como um foco da evolução do 
capitalismo, sendo que no princípio as empresas eram exclusivamente fechadas e a participação em 
seu capital sucedia de um grupo familiar. Devido à grande expansão do mercado e a muitas 
concorrências surgiu como consequência da necessidade de confirmação dos registros contábeis, em 
virtude do aparecimento das grandes empresas e da taxação do imposto de renda, baseado no lucro 
expresso nas demonstrações contábeis. Sua evolução ocorreu com o desenvolvimento econômico e 
com as grandes empresas formadas por capital de muitas pessoas, a necessidade de expansão e 
crescimento para que as empresas conseguissem suportar o mercado e ampliar seus negócios 
garantindo a fidelidade de seus clientes. 
O termo auditor no latim, como substantivo, tinha o sentido apenas de significar "aquele que 
ouve, ou "ouvinte", nada podendo configurar que viria ser adotado para representar aquele que daria 
opinião sobre algo que comprovou ser verdade ou não. A denominação Auditor é antiga, mas não se 
conhece ao certo sua origem nem a data precisa em que se consagrou, admitindo-se que seu 
surgimento aconteceu primeiramente na Inglaterra, em 1314 já se praticava auditoria nas contas 
públicas, sendo assim, a primeira nação a possuir grandes empresas de comércio e primeira a instituir 
imposto sobre a renda. 
Sá (2002) diz que "A denominação Auditor é antiga, mas não se conhece ao certo sua origem 
nem a data precisa em que se consagrou, admitindo-se que pudesse ter sido adotada por volta do 
século XIII, na Inglaterra, no reinado de Eduardo I, O termo auditor no latim, tem o significado de 
aquele que ouve ou ouvinte". 
Devido a grande expansão do mercado e a muitas concorrências surgiu a necessidade de 
expansão e crescimento para que as empresas conseguissem suportar o mercado e ampliar seus 
negócios garantindo a fidelidade de seus clientes. Segundo Almeida (1996) "Com a expansão do 
mercado e o acirramento da concorrência, houve a necessidade de a empresa ampliar suas instalações 
fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e aprimorar os controles e 
procedimentos internos em geral, principalmente visando à redução de custos e, portanto, tornando 
mais competitivos seus productos no mercado". 
Sá (2002) retrata que "A Revolução Industrial, operada na segunda metade do Século XVII, 
imprimiu novas diretrizes às técnicas contábeis e especialmente às de auditoria, visando atender às 
necessidades criadas com o aparecimento de grandes empresas. Como consequência as 
demonstrações contábeis passaram a ter importância muito grande para os futuros aplicadores de 
recursos, como medida de segurança contra a possibilidade de manipulação de informações. Almeida 
(1996) descreve que os futuros investidores passaram a exigir que as demonstrações fossem 
examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica, 
surgindo então a profissão do auditor devido o conhecimento e técnica em examinar as demonstrações 
contábeis da empresa e emitir sua opinião sobre estas, é o auditor externo ou independente. 
Os imperadores romanos nomeavam altos funcionários que eram encarregados de supervisionar 
as operações financeiras de seus administradores provinciais e lhes prestar contas verbalmente. Na 
França, no século III, os barões tinham que realizar leitura pública das contas de seus domínios, na 
presença de funcionários designados pela Coroa. Na Inglaterra, por ato do Parlamento, o rei Eduardo I 
dava direito aos barões de nomear seus prepostos. Ele próprio mandou verificar as contas do 
testamento de sua falecida esposa. A aprovação desses auditores é atestada em um documento que 
constitui um dos primeiros relatórios de auditoria, denominado "probatur sobre as contas". 
No Brasil colonial, tínhamos a figura do juiz colonial, o olho do rei, que era destacado pela 
Coroa portuguesa para verificar o correto recolhimento dos tributos para o Tesouro, reprimindo e 
punindo fraudes. 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
O que podemos notar, em todos esses casos, é que a preocupação desses dirigentes era com a 
fraude. 
A Inglaterra, como dominadora dos mares e controladora do comércio mundial, foi quem mais 
desenvolveu a auditoria, pois possuía grandes companhias de comércio e instituía impostos sobre o 
lucro dessas empresas. 
Mas o grande salto da auditoria ocorreu após a crise econômica americana de 1929. No início 
dos anos 30, é criado o famoso Comitê May, um grupo de trabalho instituído com a finalidade de 
estabelecer regras para as empresas que tivessem suas ações cotadas em bolsa, tornando obrigatória 
a Auditória Contábil Independente nos demonstrativos financeiros dessas empresas. 
Esses auditores independentes no desenrolar de suas atividades, necessitavam ter acesso a 
informações e documentos que levassem ao conhecimento mais profundo e análises das diferentes 
contas e transações. Para tanto, foram designados funcionários da própria empresa. Estava lançada a 
semente da Auditoria Interna, pois os mesmos, com o decorrer do tempo, foram aprendendo e 
dominando as técnicas de Auditoria e utilizando-as em trabalhos solicitados pela própria administração 
da empresa. 
As empresas notaram que poderiam reduzir seus gastos com auditoria externa, se utilizassem 
melhor esses funcionários, criando um serviço de conferência e revisão interna, continua e 
permanente, a um custo mais reduzido. Os auditores externos, também ganharam com isso, pois 
puderam se dedicar exclusivamente ao seu principal objetivo que era o exame da situação econômico-
financeira das empresas. 
Posteriormente, nas grandes empresas de transporte ferroviário foi também criado um corpo 
de fiscais denominado "travellingauditors" (auditores viajantes), que tinham a função de visitar as 
estações ferroviárias e assegurar que todo o produto da venda de passagens e de fretes de carga, 
estava adequadamente arrecadado e contabilizado. 
Após a fundação do The InstituteofInternalAuditors, em New York, a auditoria interna passou a 
ser vista de maneira diferente. De um corpo de funcionários de linha, quase sempre subordinados a 
contabilidade, pouco a pouco, passaram a ter um enforque de controle administrativo, cujo objetivo era 
avaliar a eficácia e a efetividade da aplicação dos controles internos. O seu campo de ação funcional, 
foi estendido para todas as áreas da empresa, e, para garantir sua total independência, passou a ter 
subordinação direta à alta administração da organização. 
O Auditor é o profissional que, possuindo competência legal como contador e conhecimentos 
em áreas correlatas, como tributos, modernas técnicas empresariais e outras, aliadas aos 
conhecimentos de normas e procedimentos de auditoria, procurará obter elementos de satisfação que 
levem a fundamentar sua opinião sobre o objeto de estudo (Sistemas de Controles Internos, DC, 
Processos Operacionais, Gestão etc...). 
Devendo assim, planejar seu trabalho consoante às Normas Profissionais do Auditor 
Independente, e de acordo com os prazos e demais compromissos contratualmente assumidos com as 
organizações. O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as atividades, os 
fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas operacionais da entidade, e o nível geral de 
competência de sua administração.Tem por finalidade compreender o exame de documentos, livros contábeis, registros, com 
objetivo de averiguar a exatidão dos mesmos, além de realização de inspeções e obtenção de 
informações de fontes internas e externas, tudo relacionado com o controle do patrimônio da entidade 
auditada. 
Além de ser uma técnica contábil, a auditoria também pode ser entendida como um ramo da 
Contabilidade. Os procedimentos de auditoria são o conjunto de técnicas que permitem ao auditor 
obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as 
demonstrações contábeis auditadas e abrangem testes substantivos. 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
A auditoria externa ou independente vem evoluindo nos últimos anos, fazendo com que muitos 
profissionais da área contábil busquem conhecimentos e habilidades específicas para atuar nesta área. 
A auditoria, em especial a auditoria externa ou independente é um instrumento de controle 
administrativo, onde se destaca como um ponto de convergência de todos os efeitos, fatos e 
informações originadas dos diversos segmentos da empresa, a execução de uma auditoria, não se isola 
somente ao controle da contabilidade, mas se estende aos diversos segmentos de uma empresa onde 
surgem cuidados especiais ou análises de resultados ou ainda fatores que venham trazer confiabilidade 
ou benefícios a empresa. 
No Setor público tem por finalidade avaliar a gestão pública pelos processos e resultados 
gerenciais, no intuito de corrigir os desperdícios, a improbidade, a negligência e a omissão. A 
Administração Pública executa suas tarefas em diversas áreas afim de produzir seu bem final para a 
sociedade. 
Tomemos como exemplo uma Unidade da Delegacia da Receita Federal do Brasil. Essa 
Unidade, no seu dia a dia, executa o orçamento que lhe foi destinado na Lei Orçamentária Anual a fim 
de realizar os pagamentos de energia, diárias, limpeza do prédio, vigilância, manutenção de 
computadores, reformas eventuais do prédio, registro e guarda dos computadores, veículos, mesas, 
cadeiras e outros equipamentos. Além disso, ainda deve apresentar suas metas, ou seja, a Delegacia 
da Receita Federal tem por objetivo a fiscalização e auditoria dos tributos federais na sua área de 
atuação. Cada DRF deve ter uma meta de arrecadação a ser atingida, de visitas (fiscalizações) em 
empresas, de atendimento aos contribuintes, caracterizando sua área operacional. 
O conjunto dessas tarefas é a gestão pública. Então, como a auditoria do setor público vai 
avaliar essa gestão pública com tantas tarefas diferentes? A resposta consiste no planejamento e 
gerenciamento da auditoria. Afim de que se pudesse aplicar procedimentos e técnicas de auditoria para 
melhor avaliar suas atividades, a gestão pública foi dividida em diversas áreas, a saber: Controles da 
Gestão; Gestão Orçamentária; Gestão Financeira; Gestão de Recursos Humanos; Gestão Patrimonial; 
Gestão de Suprimento de Bens e Serviços e Gestão Operacional. 
A transição econômica, cultural e social pela qual atravessa o Brasil, enseja uma mudança no 
perfil e políticas empresariais nas empresas, tanto privadas como públicas. Vivemos o momento das 
auditorias, momento este definido não pela onda de fusões, privatizações e escândalos financeiros, mas 
também pela necessidade de mais controle e planejamento empresarial. A auditoria vem galgando 
espaços junto às entidades, num processo natural de reconhecimento do seu valor e de crescente 
domínio da cidadania. Atualmente os auditores buscam agregar mais fatores de confiança ao 
conhecimento do negócio da empresa. Esta é uma profissão que vem crescendo muito em nosso país, 
cabendo aos profissionais da contabilidade a se especializarem nesta área, visando agregar maior valor 
em seu currículo e na sua formação. 
 
Conceitos e classificação da auditoria 
2. Conceito de Auditoria 
O termo auditoria nos remete ao pensamento de examinar, verificar, conferir, aferir, mensurar, 
enfim qualquer que seja o verbo que usarmos a ideia que se tem é de que se irá fazer, ou se está 
fazendo verificações sobre registros de operações realizadas sobre determinado objeto, bem e serviço. 
E realmente o pensamento é este mesmo, a auditoria é utilizada em conexão com ampla gama de 
atividades praticadas que interferem na vida social das pessoas e cujos reflexos estão relacionados 
aos tipos de auditorias praticadas. 
A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que 
tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais 
de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação 
específica. 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
Em sentindo amplo, a palavra auditoria designa qualquer forma de verificação de conformidade 
de ações ou omissões com padrões (regras, princípios) predeterminados. Ela pode ser vista sob pelo 
menos duas perspectivas: 
a) Como um processo dinâmico de verificação; 
b) Como produto obtido ao fim e ao cabo daquele processo (ANDRADE FILHO, 2009). 
O parecer do auditor está limitado à análise das demonstrações contábeis e não fornece 
quaisquer garantias relacionadas à competência dos administradores ou a futura viabilidade da 
entidade. 
 
Formas de auditoria 
 
DEFINIÇÔES 
 Auditoria Externa: 
A Auditoria Externa consiste no exame das demonstrações financeiras feitas com o propósito 
de expressar uma opinião sobre a propriedade com que as mesmas apresentam, a situação patrimonial 
e financeira da empresa e o resultado das operações no período do exame. 
Sendo exercida por Contadores Independentes ou equivalentes (Empresas de Auditoria), sua atividade 
é regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários através da instrução número 216 de junho de 
1.994. 
 
 Auditoria Interna: 
A Auditoria Interna é definida segundo o Instituto de Auditores Internos de New York como a 
“atividade de avaliação independente dentro da organização, para a revisão de contabilidade, finanças 
e outras operações, como base para servir à administração. É um controle administrativo, que mede e 
avalia e verifica a eficiência de outros controles”. A função da auditoria interna é assessorar a 
administração no desempenho eficiente de suas funções, fornecendo-lhe análises, avaliações, 
recomendações e comentários sobre as atividades auditadas. 
A definição acima demonstra que a atividade do auditor interno, apesar de voltada para 
administração da empresa, é muito mais abrangente que a atividade do auditor externo, mesmo este 
podendo prestar outros serviços a seus clientes, até como forma de agregar valor a sua atividade, sua 
função primordial é expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras. 
A atividade de Auditoria Interna é exercida por funcionários da empresa, sendo que a formação 
acadêmica destes funcionários é diversa, desde que atendam as necessidades da empresa. 
Os auditores internos são “regulamentados” pelo regime interno da empresa onde trabalham. 
 
COMPARAÇÃO 
Para o estudante da matéria, as semelhanças entre esses dois campos, auditoria interna e 
auditoria externa, sobrepõem grandemente as diferenças. Os profissionais que atuam em qualquer um 
dos campos operam com documentos comprobatórios, revisam as medidas do controle interno, aplicam 
as técnicas básicas de verificação, na forma de procedimento de auditoria, e emitem seus pareceres 
sobre a fidelidade das informações contábeis, assim como sobre a adequada aplicaçãodas técnicas e 
procedimentos de contabilidade. 
Embora os dois campos tenham muito em comum, há também significativas diferenças, que 
separam um do outro. 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
Para os nossos objetivos, essas diferenças podem ser classificadas em alguns itens principais 
que serão analisados a seguir. 
 
 Objetivo: 
A auditoria é a técnica contábil utilizada para avaliar essas informações, constituindo, assim, 
complemento indispensável para que a contabilidade atinja plenamente a sua finalidade. A auditoria 
compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e confirmações, internas e 
externas, relacionados com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses 
registros e das demonstrações contábeis dele decorrentes. Os exames são efetuados de acordo com as 
normas de auditoria usualmente aceitas e incluem os procedimentos que os auditores julgarem 
necessários, em cada circunstância, para obter elementos de convicção, com o objetivo de comprovar 
se os registros contábeis foram executados de acordo com os princípios de contabilidade geralmente 
aceitos e se as demonstrações contábeis dele decorrentes refletem adequadamente a situação 
econômico financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e outras 
situações neles demonstrado. 
Muito embora os auditores internos se prestem a melhorar a confiabilidade das informações 
contábeis e dos sistemas de controle interno, os relatórios e processos por eles emitidos têm sua 
utilidade limitada à administração interna da companhia, uma vez que não dispõem de característica 
fundamental da independência. Como muitas companhias têm necessidade de um relatório e de um 
parecer de auditoria devido a interesses externos, tais como acionistas credores ou legislação, nada 
mais correto do que a obtenção de um relatório e parecer externo de pessoal independente e não 
influenciável pela administração da companhia. 
Dentro das limitações de seu objetivo, o auditor deve estar atento à possibilidade de 
irregularidades, bem como procurar dar sugestões de melhoria dos controles internos e de 
planejamento fiscal adequado com possíveis economias de impostos. 
A auditoria deixou de ser, para as entidades, e especialmente para empresas da atualidade, 
apenas mais um instrumento criado pela administração para aumentar seus controles sobre o pessoal 
administrativo. Atualmente é meio indispensável de confirmação da eficiência dos controles e fator de 
maior tranqüilidade para a administração e de maior garantia para os investidores, bem como para o 
próprio fisco, que tem na auditoria o colaborador eficiente e insuspeito, que contribui indiretamente 
para melhor aplicação das leis fiscais. 
 
 Independência: 
Para a auditoria ser eficiente e merecer confiança, precisa ser executada por alguém que seja 
suficientemente independente das pessoas cujo trabalho está sob seu exame, de forma que ele não 
seja impressionado pela posição dessas pessoas, que não simpatize com seus pontos de vista, ou seja, 
intimidado por seu poder, a ponto de influenciar sua própria certeza de que seus procedimentos ou 
conclusões possam ser, de qualquer forma, afetados. 
Os auditores internos são empregados da empresa, cujos registros e procedimentos examinam. 
Eles devem sua fidelidade principalmente à empresa. Seus trabalhos, suas remunerações e suas 
oportunidades para as promoções são todos controlados pela mesma administração que controla e 
supervisiona o departamento de contabilidade sob exame. Isto não quer dizer, que os auditores 
internos não possuam independência. A independência é tanto um estado de espírito quanto uma 
questão de separação organizacional. O alto grau de independência, tanto em organização como em 
atitude, é perfeitamente possível em um departamento de auditoria interna. 
Se o departamento de auditoria interna é organizado separadamente da contabilidade e do 
departamento de tesouraria, se o chefe do departamento relata diretamente à diretoria ou a um alto 
funcionário - que detém uma função pelo menos equivalente à dos chefes desses dois departamentos - 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
se os empregados dentro do departamento de auditoria interna são auditores competentes - sem 
receio de que um relatório crítico resultará em prejuízo - os exames executados por tais 
departamentos podem ter um grau elevado de independência. Eles carecem, entretanto, do grau de 
independência final, que é a independência em relação à administração. Apesar da competência e 
habilidade profissional de seus membros e de sua independência organizacional dentro da empresa, o 
departamento de auditoria interna não pode, em virtude de sua própria natureza, ser completamente 
independente da administração, cujos registros examina. 
Uma empresa de auditores independentes é uma organização inteiramente independente da 
empresa que ela examina. Como organização de profissionais liberais, ela se reserva o direito de 
dirigir e controlar seus próprios empregados, sem interferência das empresas, suas clientes. Uma vez 
contratado o trabalho para exame, o auditor independente é livre para usar os métodos mais 
convenientes, e aumentar ou reduzir, a seu próprio critério, o volume e a natureza do trabalho que 
executa. Além disso, no relatório que apresenta, ao concluir seu exame, ele pode também se expressar 
sem recear outras conseqüências, a não ser a perda do cliente. Isto lhe dá considerável independência 
com relação àqueles cujos relatórios e atos estão sob seu exame, posição essa de menor subordinação 
que aquela do auditor interno. 
Existem dois outros fatores que contribuem para ampliar a independência do auditor externo. 
Em primeiro lugar, o Código de Ética de suas Organizações Profissionais, as exigências da C.V.M. 
(Comissão de Valores Mobiliários) e outros órgãos governamentais similares - que fazem uso dos 
resultados de alguns de seus exames - assim como as exigências de outras entidades, tais como 
Bancos - que igualmente examinam e confiam nos seus relatórios - são tais que qualquer desvio nos 
padrões de independência pode custar-lhe a posição profissional e a perda de seus clientes. Em 
segundo lugar, o parecer que ele fornece a seus clientes, com respeito à fidelidade de suas 
demonstrações contábeis, é freqüentemente reproduzido pelos cliente e transmitido a outras partes 
interessadas. Essas terceiras pessoas podem, assim, confiar no parecer do auditor para tomarem 
decisões em relação à empresa examinada. 
Se o auditor independente não executar seus exames com o devido cuidado profissional e 
independência, pode causar prejuízos a terceiros. Os tribunais têm decidido que o auditor independente 
pode ser responsabilizado por tais prejuízos. Cada um desses fatores é um importante estímulo para a 
independência. 
Deve ser salientado que a diferença na independência desfrutada pelos dois tipos de auditores, 
independente e interno, é apenas de grau. Os auditores internos podem alcançar alto grau de 
independência; não podem, porém, atingir completa independência. Os auditores Independentes, como 
está implícito em seu nome, podem alcançar esse grau final de independência, embora possam 
sacrificá-la por indevida subserviência a seus clientes. 
 
 Interesses atendidos: 
Os auditores de ambos os grupos trabalham a fim de melhorar a confiança nas informações 
contábeis e operacionais. Agindo assim, eles prestam grande ajuda à administração e a todos os 
interessados. Contudo, devida à relativa independênciade suas posições, cada grupo tende a servir a 
um diferente tipo de interesse. Os auditores internos não podem ser completamente independentes da 
administração e daí seus relatórios e pareceres serem de utilidade limitada para interessados 
externos, tais como acionistas e credores, os quais precisam receber relatórios não sujeitos, de 
qualquer forma, à influência ou persuasão da administração. 
Os auditores independentes têm maior grau de independência; daí serem seus relatórios e 
pareceres de maior utilidade para terceiros. 
Os auditores internos, sendo empregados, têm uma vantagem sobre os auditores 
independentes. Eles permanecem no emprego o ano todo, adquirindo maior familiaridade com os 
problemas e operações da empresa, podendo assim, ser designados pela administração para uma 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
variedade de incumbências e exames especiais. Porém, devido às limitações de seus relatórios, do 
ponto de vista de terceiros, conclui-se que seus trabalhos serão dirigidos mais aos problemas 
internos, que aos assuntos de interesse de terceiros. 
Sendo assim, pode-se dizer, de maneira geral, que os auditores internos tendem mais 
diretamente a servir a administração, enquanto os auditores independentes a servir os interesses de 
terceiros. 
Ainda assim, é apenas questão de grau. Várias pequenas e médias empresas não têm pessoal 
especializado em auditoria interna. Nesses casos, elas freqüentemente entregam a seus contadores ou 
auditores independentes esse tipo de revisão, análise ou investigação que deveria, de outra maneira, 
ser confiado a um auditor interno. 
 
 Ênfase na Aplicação de Técnicas 
Como os relatórios dos auditores independentes destinam-se aos interesses externos, seus 
exames tendem a salientar o tipo de informação na qual terceiros estejam interessados, tais como as 
importâncias de ativo, passivo, receitas, despesas e participação do sócios. Assim, grande parte do 
trabalho dos auditores independentes é dirigido mais a verificação de fatos que de procedimentos. Os 
auditores internos, por outro lado, tendem a dar proporcionalmente maior atenção ao exame dos 
procedimentos e práticas operacionais. A fim de servir a administração de forma mais eficiente, eles 
fazem estudos de procedimentos operacionais e de contabilidade, objetivando descobrir quaisquer 
desvios das normas e diretrizes estabelecidas pela empresa, bem como encontrar métodos mais 
eficientes de execução dos registros contábeis. 
A auditoria interna, portanto, salienta os aspectos processuais da contabilidade, embora 
também se interesse pela exatidão dos fatos registrados pelo departamento de contabilidade. A 
auditoria independente, por outro lado, concentra-se menos nos procedimentos operacionais e 
contábeis e, relativamente mais na verificação da fidelidade das informações. 
 
Profundidade 
O auditor interno e o auditor externo realizam testes de procedimentos, variando a 
profundidade e extensão de acordo com os objetivos a serem atingidos. Entretanto, o auditor interno 
realiza um trabalho mais aprofundado do que o auditor externo, motivado por duas razões: 
1. O custo do trabalho do auditor externo é mais alto do que o do auditor interno e não há 
necessidade do auditor externo ser tão minucioso, pois os objetivos dos trabalhos são distintos; 
2. A extensão e o enfoque do trabalho do auditor externo podem ser reduzidos de acordo com os 
trabalhos realizados pela auditoria interna, desde que esta última tenha pessoal qualificado e 
independente. 
 
Levantamento de Fraudes 
Auditoria Externa: 
O auditor externo deve examinar as demonstrações contábeis de acordo com as normas de 
auditoria geralmente aceitas; portanto, não é seu objetivo principal detectar irregularidades (roubos, 
erros propositais etc.), mas essas podem vir a seu conhecimento durante a execução do serviço de 
auditoria. Se o auditor externo fosse dirigir seu trabalho no sentido de detectar irregularidades, o 
preço de seu serviço seria muito alto; mesmo assim, ele não poderia assegurar-se de que todas as 
irregularidades foram descobertas, devido ao fato de que é muito difícil detectar irregularidades não 
registradas (como, por exemplo, o contador da empresa recebe uma comissão por fora e a nota fiscal 
de compra sai pelo valor correto), roubos em conluio etc. 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
 
Auditoria Interna: 
A prevenção e a descoberta de fraudes devem repousar, principalmente, sobre a confiança 
inspirada por um sistema contábil adequado e um controle interno apropriado, que constituam uma 
proteção, para a organização, contra as fraquezas humanas e também causem um efeito 
desencorajador sobre os empregados. Rotinas de verificação e revisão são características de um bom 
controle interno, que reduzem a possibilidade de que erros ou tentativas fraudulentas permaneçam 
encobertas por muito tempo e permitem à administração possuir maior confiança na adequação dos 
dados. 
Cabe a auditoria interna, testar os controles internos e identificar os possíveis erros e 
deficiências existentes e apontar soluções. 
 
 
Regulamentação da Profissão 
Auditoria Externa 
A Lei 6.385 de 07/12/1976 regulamentou em termos modernos o mercado de valores 
mobiliários e criou a Comissão de Valores Mobiliários. 
No artigo primeiro, ela delimita seus objetivos que, entre outros, disciplina a atividade de 
auditoria das companhias abertas. No artigo seguinte, elenca os valores mobiliários sujeitos a ela. No 
artigo quinto, institui a CVM, entidade autárquica, com competência para, entre outras, de fiscalizar e 
inspecionar as companhias abertas, dando prioridade àquelas que não apresentarem lucro em balanço 
ou às que deixarem de pagar o dividendo mínimo obrigatório (percebe-se aqui a preocupação de 
proteger os investidores minoritários) e o artigo 26, estipula que somente as empresas de auditoria 
contábil ou auditores contábeis independentes, registrados na CVM, poderão auditar as Cias abertas e, 
no parágrafo segundo, adverte que a empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis 
independentes respondem civilmente, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou 
dolo no exercício das funções previstas no artigo. 
 
Instrução CVM número 216 de 29/07/1994 
 
A instrução 216/94 é a última instrução da CVM sobre a regulamentação dos serviços da 
auditoria. O auditor independente (auditor externo) está sujeito a registro na CVM. 
Pelo artigo segundo, só contadores ou sociedades civis de contadores devidamente registrados 
no CRC podem pleitear registro de auditor independente na CVM, que tem duas categorias: auditor 
independente pessoa física e o auditor independente pessoa jurídica. 
Em seu artigo 29, determina os deveres e responsabilidades dos auditores independentes 
conforme segue: 
 
“São deveres do auditor independente no exercício de suas atividades no âmbito do mercado de 
valores mobiliários: 
I - verificar se as informações e análises apresentadas no relatório da administração estão em 
consonância com as demonstrações contábeis auditadas e informar à Comissão de Valores Mobiliários 
- CVM caso não estejam; 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
II - elaborar relatório circunstanciado, a ser endereçado à administração da entidade auditada, 
contendo observações a respeitodas deficiências ou da ineficácia dos controles internos e 
procedimentos contábeis da entidade auditada; 
III - comunicar à Comissão de Valores Mobiliários - CVM circunstâncias que possam configurar atos 
praticados pelos administradores em desacordo com as disposições legais e regulamentares aplicáveis 
às atividades da entidade auditada e/ou relativas à sua condição de entidade integrante do mercado de 
valores mobiliários, atos estes que tenham, ou possam vir a ter reflexos sobre as demonstrações 
contábeis auditadas e eventuais impactos nas operações da entidade.” (...) 
Além disso, esta mesma instrução, em seu artigo 31, trata das penalidades administrativas a 
que os auditores independentes estão sujeitos a saber: 
 
“ O Auditor Independente - Pessoa Física, o Auditor Independente - Pessoa Jurídica e os seus 
responsáveis técnicos poderão ser advertidos, multados, ou ter o seu registro na Comissão de Valores 
Mobiliários - CVM suspenso ou cancelado, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis, quando: 
a) atuarem em desacordo com as normas legais e regulamentares que disciplinam o mercado de 
valores mobiliários; 
b) realizarem auditoria inepta ou fraudulenta, falsearem dados ou números ou sonegarem informações 
que sejam de seu dever revelar; 
c) utilizarem, em benefício próprio ou de terceiros, informações a que tenham tido acesso em 
decorrência do exercício da atividade de auditoria. ” 
 
Auditoria Interna 
A CVM não regulamenta a auditoria interna, pois tal atividade está no âmbito da liberdade de 
decisão concedida pela constituição às pessoas. (Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer senão 
em virtude de lei). 
Assim, os auditores internos são “regulamentados” pelo regime interno da empresa onde 
trabalham. Geralmente em empresas organizadas, essas regulamentações são encontradas no Manual 
da Organização. 
O Manual da Organização é o instrumento que contém o organograma da empresa, bem como, 
informações complementares necessárias à sua compreensão e interpretação. Ex: missão, metas, 
objetivos, responsabilidades, funções, cargos, operacionalidade, punições e penalidades, entre outros. 
 
Formação Profissional 
Auditoria Externa 
Para exercer a profissão de Auditor Independente, é exigido pela CVM a formação superior em 
Ciências Contábeis, mas para o bom desempenho de suas atividades é necessário que ele possua 
outros conhecimentos que complementem sua formação acadêmica, como: 
 Comunicações; 
 Informática; 
 Sistemas e Métodos; 
 Economia; 
 Métodos quantitativos; 
 Aspecto Legais de negócios; 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
 Processo administrativo e atividades gerenciais; 
 Práticas internacionais de negócios; 
 Tecnologia de Produção; 
 Automatização e robotização; 
 Práticas comerciais e de negócios; 
 Ciências do comportamento; 
 Fatores motivacionais; 
 
Geralmente as empresas de auditoria externa possuem um plano de carreira que é seguido para 
todos os funcionários. Cada funcionário fica dentro de uma faixa por um determinado tempo. Durante 
esse tempo, o seu desempenho é avaliado e estando de acordo com as pretensões exigidas pela 
empresa, ele será promovido a próxima faixa. Caso contrário o funcionário é demitido, pois não 
interessa a empresa manter um funcionário que não esteja agradando. 
De acordo com a palestra do Sr. Lino Campion, sócio da KPMG, o plano de carreira utilizado 
por esta empresa é o seguinte: 
 Trainee ( 1 ano ) 
 Assistente ( 1 ano ) 
 Semi-senior ( 1 ano ) 
 Senior ( 1 ano ) 
 Supervising-senior ( 2 ano ) 
 Gerente ( 2 ano ) 
 Gerente-senior 
 Sócio 
 
Auditoria Interna 
Para exercer a atividade de Auditor Interno não é imprescindível a formação em superior 
Ciências Contábeis, sendo que formações diversas são necessárias conforme as atividades 
desenvolvidas. 
Mas para o bom desempenho de suas atividades, é necessário que ele possua conhecimento da 
operação da empresa, sendo que os conhecimentos complementares são comuns ao do auditor 
externo. 
O auditor interno poderá ter ou não um plano de carreira de acordo com a empresa de que ele é 
funcionário. 
 
Sigilo Profissional 
Cumpre ressaltar que durante a execução do serviço de auditoria, o auditor tem acesso a 
muitas informações confidenciais da empresa (salários, sistema de apuração de custos, sistema de 
produção, política de vendas etc.). Como qualquer outro profissional, o auditor deve manter sigilo 
destas informações, mesmo dentro da própria empresa. 
Como medida de sigilo profissional, o auditor não deve permitir que terceiros tenham acesso 
aos seus papéis de trabalho sobre a empresa. 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
3. Tipos de Auditoria 
1 - AUDITORIA DE GESTÃO - atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, certificando a 
regularidade das contas, verificando a execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes, avaliando 
a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, 
bem como a economicidade e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos 
públicos, compreendendo entre outros os seguintes aspectos: 
1.1 - exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas; 
1.2 - exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; 
1.3 - verificação da existência física de bens e outros valores; 
1.4 - verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativos; 
1.5 - verificação do cumprimento da legislação pertinente; 
1.6 - análise da realização físico-financeira em face dos objetivos e metas estabelecidos; 
1.7 - análise dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento produzidos com vistas à 
avaliação dos resultados alcançados e a eficiência gerencial; 
1.8 -análise da adequação dos instrumentos de gestão - contratos, convênios, acordos, ajustes e 
outros congêneres - para consecução dos planos, programas, projetos e atividades desenvolvidas pelo 
gestor, inclusive quanto à legalidade e diretrizes estabelecidas; 
1.9 - análise da compatibilização das contratações, desligamentos e remunerações de pessoal, com a 
Legislação Vigente. 
 
2 – AUDITORIA DE PROGRAMAS – objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execução de programas 
e projetos governamentais específicos, bem como a aplicação de recursos descentralizados, 
compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos: 
2.1 – análise da realização físico-financeira em face dos objetivos e metas estabelecidos; 
2.2 – análise dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento produzidos com vistas à 
avaliação dos resultados alcançados e a eficiência gerencial; 
2.3 – verificação da documentação instrutiva e comprobatória, quanto a propriedade dos gastos 
realizados, e 
2.4 –análise da adequação dos instrumentos de gestão – contratos, convênios, acordos, ajustes e 
outros congêneres – para consecução dos planos, programas, projetos e atividades desenvolvidas pelo 
gestor, inclusive quanto à legalidade e diretrizes estabelecidas. 
 
3 - AUDITORIA CONTÁBIL - utilizada no exame dos registros e documentos e na coleta de 
informações e confirmações, mediante procedimentos específicos, pertinentes ao controle do 
patrimônio de um órgão ou entidade, objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que 
permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais 
de contabilidade e se as demonstrações deles origináriasrefletem, adequadamente, a situação 
econômico financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais 
situações nelas demonstradas. 
 
4 - AUDITORIA DE SISTEMA - objetiva assegurar a adequação, privacidade dos dados e informações 
oriundas dos sistemas eletrônicos de processamento de dados, observando as diretrizes estabelecidas 
e a legislação específica. 
 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
5 - AUDITORIA ESPECIAL - objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de 
natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação dos dirigentes dos 
órgãos/entidades ou pela própria Corregedoria-Geral do Distrito Federal. abrange a realização de 
trabalhos especiais de auditoria, não compreendidos na programação normativa da área, solicitados 
pelos dirigentes dos órgãos/entidades ou pela própria Controladoria. Os trabalhos de Auditoria 
Especial independem de designação formal, devendo, porém, ser objeto de relatório próprio, específico 
e circunstanciado dos fatos examinados, elaborados em caráter restrito ou confidencial. Incluem-se 
nesta modalidade os exames de fraudes, irregularidades, desmobilização, contratos especiais de 
grande vulto, entre outros. 
 
6 - AUDITORIA PROGRAMADA - é aquela decorrente de programação e realizada no decurso do 
exercício, com vistas a comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e 
economicidade da gestão orçamentária, financeira, contábil e patrimonial nos órgãos e entidades da 
Administração do Distrito Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de 
direito privado. 
 
7 – AUDITORIA OPERACIONAL – atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, avaliando a 
eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, 
bem como a economicidade e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos 
públicos. Sua filosofia de abordagem dos fatos é de apoio, pela avaliação do atendimento às diretrizes 
e normas, bem como pela apresentação de sugestões para seu aprimoramento. 
 
4) Objetivo e Objeto de Estudo 
Tipo de Auditoria Objetivo Objeto 
Auditoria Independente ou 
Externa 
Dar veracidade as informações 
contábeis que constituem as 
demonstrações contábeis e 
verificar a eficiência e eficácia dos 
controles internos. 
Demonstrações Contábeis e 
Financeiras (BP, DRE, DMPL, 
DVA, DFC e notas explicativas). 
Auditoria Interna ou 
Operacional 
Verificar a conformidade dos 
processos internos de uma 
instituição, analisando se as 
rotinas estão de acordo com as 
normas internas da entidade. 
Rotinas, normas e processos 
internos. 
Auditoria Tributária ou 
Fiscal 
Analisar se arrecadação tributária 
está sendo realizada 
adequadamente por empresas. 
Tributos e todas as suas 
ramificações. 
Auditoria Ambiental Identificar os impactos ambientais 
causados por indústrias. 
Meio ambiente. 
Auditoria de Gestão Visa identificar fatores 
relacionados a gestão de entidades 
e a sua realizada em conformidade. 
Processos e contas 
administrativas – Órgãos Públicos. 
Auditoria de Softwares 
ou 
Auditoria de Sistemas 
Atestar a veracidade do 
processamento de dados de 
sistemas de gestão. 
Softwares. 
Auditoria da Qualidade Normas internas e regulamentos 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
(ISSO) 
ou 
Auditoria Operacional 
ou 
Auditoria de Programa 
Certificação da qualidade de 
procedimentos e serviços. 
Verificação da aplicação de 
recursos destinados à Programas 
específicos 
internacionais da qualidade. 
 
Programas internos ou externos 
 
Auditoria Contábil Certificação de que a escrituração 
contábil atende às Normas e 
Princípios Contábeis 
Registros dos atos e fatos 
contábeis 
Auditoria Especial Verificação de fatos ou situações 
consideradas relevantes, de 
natureza incomum ou 
extraordinária 
Qualquer área na empresa 
Auditoria Programada Comprovar a legalidade e avaliar 
os resultados, quanto à eficácia, 
eficiência e economicidade da 
gestão orçamentária, financeira, 
contábil e patrimonial 
Em qualquer área na empresa 
 
 
 
5) Órgãos Regulamentadores, Nacionais e Internacionais 
 BACEN – Banco Central do Brasil 
 CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. 
 CVM – Comissão de Valores Mobiliários. 
 CFC – Conselho Federal de Contabilidade. 
 IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. 
 
Órgãos Internacionais: 
 AIC – Asociación Interamericana de Contabilidad. 
 BIS – Bank for International Settlements. 
 CAPA – Confederation of Asian And Pacific Accountants. 
 EU – Europe Union 
 FEE – Fédération Des Experts ComptablesEuropéens. 
 IASB – International Accounting Standards Board. 
 IFAC – International Federation of Accountants. 
 ISAR/ONU – Intergovernmental Workink Group of Experts On International Standards Of 
Accounting And Reporting. 
 IOSCO – International Organization Of Securities. 
 OECD – Organization for Economic Cooperation and Development. 
 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
EstadosUnidos: 
 AICPA – American Institute of Certified Public Accountants. 
 FASB – Financial Accounting Standards Board. 
 NYSE – New York Stock Exchange. 
 SEC – Securities and Exchange Commission. 
 
ReinoUnido: 
 ACCA – Association of Chartered Certified Accountants. 
 ASB – Accounting Standards Board. 
 CIMA – Chartered Institute of Management Accountants 
 CIPFA – Chartered Institute of Public Finance and Accountancy. 
 ICAEW – Institute of Chartered Accountants in England and Wales. 
 ICAS – Institute of Chartered Accountants I Scotland. 
 ICAI – Institute of Chartered Accountants In Ireland. 
As normas contábeis tem sido ao longo do tempo, objeto de estudo no sentindo de padronização 
de sua linguagem, em nível internacional. Os termos US GAAP são utilizados nos Estados Unidos para 
indicar o que chamamos no Brasil de Princípios Contábeis geralmente aceitos. 
Os princípios fundamentais de contabilidade, em nosso país, são disciplinados pelo IBRACON, 
pela CVM e pelo CFC. Com a evolução do sistema, foi instituído no Brasil o CPC, com a finalidade de 
padronizar as normas contábeis brasileiras em relação às internacionais, fato este que tende a resultar 
em redução do custo-Brasil estimulando o comércio transnacional e ampliação das negociações do país 
no mercado de capitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA – Unidade I – Introdução a Auditoria 
 
Ciências Contábeis – 7ª Fase – UnC Concórdia – Prof. Marco Antonio Scariot 
(adaptação da apostila do Prof. Fernando Ramos/Prof.ª Cristiane Zucchi) 
 
ALUNOS:___________________________________________________________________________ 
 
Auditoria Interna Auditoria Externa

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