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Patrimônio_Líquido_e_Dividendos_-_Complemento

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Patrimônio Líquido, Dividendos e Remuneração sobre Capital Próprio (JSCP)
 Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Ciências Contábeis
CONTABILIDADE AVANÇADA
Prof. Fernando M. Ramos
Unidade I
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Estrutura do PL Antes e Após a 11.638/07 
Patrimônio Líquido
 Capital Social
 Reservas de Capital
 Reservas de Reavaliação
 Reservas de Lucros
 Lucros ou Prejuízos
 Acumulados
Patrimônio Líquido
 Capital Social
 Reservas de Capital
 Ajustes de Avaliação 
 Patrimonial
 Reservas de Lucros
 Ações em Tesouraria
 Prejuízos Acumulados
Art. Xx Lei 11.638/07
Art. Xx Lei 6.404/76
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Reservas de Capital
As Reservas de Capital são constituídas com valores recebidos pela companhia e que não transitam pelo Resultado como Receitas, por se referirem a valores destinados a reforço de seu capital, sem terem como contrapartidas qualquer esforço de seu capital, sem terem como contrapartidas qualquer esforços da empresa em termos de entrega de bens ou de prestação de serviços.
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Reservas de Capital
Utilização das Reservas de Capital:
Absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucro.
Resgate, reembolso ou compra de ações.
Resgate de partes beneficiárias.
Incorporação ao capital social.
Pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada
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Ajustes de Avaliação Patrimonial
Lei 11.638/07 Art. 182 [...]
§3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuição de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência do valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela CVM [...] 
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Reservas de Lucros
São as contas de reservas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
Existem as seguintes Reservas de Lucros:
 Reserva Legal
 Reservas Estatutárias
 Reservas para Contingências
 Reservas de Incentivos Fiscais
 Reservas de Lucros a Realizar
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Reserva Legal
 Constitui-se a partir do lucro líquido do exercício, do qual 5% deverá ser aplicado diretamente na reserva legal antes de qualquer outra destinação.
 A destinação não poderá exceder 20% do capital social.
 A companhia poderá não realizar a reserva legal no exercício, quando o saldo dessa reserva, somado das reservas de capital exceder a 30% do capital social.
CONSTITUIÇÃO DA RESERVA
 Assegurar a integridade do capital social.
OBJETIVO DA RESERVA
UTILIZAÇÃO DA RESERVA
 Compensar prejuízos ou aumentar capital.
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Reserva Estatutária
Estar previsto no estatuto, desde que:
 Indique de modo preciso e completo a sua finalidade.
 Fixo os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e
 Estabeleça o limite máximo da reserva.
CONSTITUIÇÃO DA RESERVA
Finalidade deverá estar disposta no estatuto da sociedade.
OBJETIVO DA RESERVA
UTILIZAÇÃO DA RESERVA
 Previsto no estatuto.
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Reservas para Contingência
 Através da assembleia geral.
 Indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.
 Revertida no exercício em que as razões que justificaram sua constituição, deixarem de existir.
CONSTITUIÇÃO DA RESERVA
Compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
OBJETIVO DA RESERVA
UTILIZAÇÃO DA RESERVA
 Quando as justificativas que levaram a constituição se realizarem.
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Reservas Incentivos Fiscais
 Através da assembleia geral.
 Parcela do lucro líquido, decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos.
Poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório.
CONSTITUIÇÃO DA RESERVA
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Reservas de Lucros a Realizar
No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos moldes do estatuto ou legislação, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido, a assembleia geral poderá propor a constituição da reserva de lucros a realizar.
Destinação do excesso da diferença entre dividendos obrigatórios e lucro líquido realizado do exercício.
CONSTITUIÇÃO DA RESERVA
Soma do resultado líquido positivo da equivalência patrimonial e p lucro, rendimento ou ganho líquido em operações de contabilização de ativos e passivos pelo valor de mercado, cujo prazo de realização ocorrerá após o término do exercício social.
REALIZAÇÃO DE LUCRO
UTILIZAÇÃO DA RESERVA
Somente para pagamento de dividendo obrigatório e para efeitos de resgate de parte beneficiárias.
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Limite do Saldo das Reservas de Lucro
Art. 199. “O saldo das reservas de lucros, exceto para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo este limite a assembleia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.”
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Ações em Tesouraria
Denomina-se Ações em Tesouraria, as ações da companhia que são adquiridas pela mesma.
No PL estas deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta.
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Ações em Tesouraria
É permitido às companhias a compra de suas próprias ações quando:
Operações de resgate, reembolso ou amortizações;
ii) Aquisição para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até o valor do saldo de lucros ou reservas (exceto a legal) e sem diminuição do capital social ou recebimento dessas ações;
iii) Aquisição para diminuição do capital (limitado a restrições legais).
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Ações em Tesouraria
As companhias abertas, estas deverão atender o previsto as normas estabelecidas pela CVM que são particularmente:
Inst. CVM nº 10 de 14 de Fevereiro de 1980.
Art. 1 “Poderão adquirir ações de sua emissão, para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria, e posteriormente aliená-las, as companhias abertas cujo estatuto social atribuir ao conselho de administração poderes para autorizar tal procedimento.”
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Ações em Tesouraria
É vedada a aquisição pela Cia de Ações para manter em tesouraria quando:
importar diminuição do capital social;
requerer a utilização de recursos superiores ao saldo de lucros ou reservas disponíveis, constantes do último balanço;
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Ações em Tesouraria
criar por ação ou omissão, direta ou indiretamente, condições artificiais de demanda, oferta ou preço das ações ou envolver práticas não equitativas;
tiver por objeto ações não integralizadas ou pertencentes ao acionista controlador;
estiver em curso oferta pública de aquisição de suas ações.
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Ações em Tesouraria
Limite
Quantidade superior a 5% (cinco por cento) de cada classe de ações em circulação no mercado.
Aspectos Gerais 
Notas Explicativas
objetivo ao adquirir suas próprias ações;
a quantidade de ações adquiridas ou alienadas no curso do exercício, destacando espécie e classe;
o custo médio ponderado de aquisição, bem como custo mínimo e máximo;
o resultado líquido das alienações ocorridas no exercício;
o valor de mercado das espécies e classes das ações em tesouraria, calculado com base na última cotação, em bolsa ou balcão, anterior à data de encerramento do exercício social;
O montante de correção monetária das ações em tesouraria.
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DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS
Distribuição de lucros a detentores de instrumentos patrimoniais na proporção das suas participações em uma classe particular do capital. 
(CPC 30)
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Patrimônio Líquido e Distribuição de dividendos
Dividendos
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DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS
Conforme Costa Jr. (2004), representa uma importante parcela da remuneração conferida ao investidor, em retorno à poupança alocada a uma dada sociedade. Corresponde a uma destinação dos lucros da entidade.
(SANTOS; RESENDE; MARQUES 2005)
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Patrimônio Líquido e Distribuição de dividendos
Dividendos
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DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS
A lei societária prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído ou pode ser distribuído por valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade, quando não houver lucro realizado em montante suficiente (art. 202, inciso II). 
(ICPC 08)
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Patrimônio Líquido e Distribuição de dividendos
Dividendo obrigatório
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DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS
Quando o dividendo obrigatório, devido por força do estatuto social ou da própria lei, excede o montante do lucro líquido do exercício realizado financeiramente, pode a parcela não distribuída ser destinada à constituição da reserva de lucros a realizar.
 (ICPC 08)
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Patrimônio Líquido e Distribuição de dividendos
Dividendo obrigatório
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DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS
A Lei 6.404/76 ainda prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído quando os órgãos da administração informarem à Assembleia Geral Ordinária, ser ele incompatível com a situação financeira da companhia (art. 202, § 4º). 
(ICPC 08)
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Patrimônio Líquido e Distribuição de dividendos
Dividendo obrigatório
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DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS
“os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização.” (Art. 202, inciso III).
 (ICPC 08)
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Patrimônio Líquido e Distribuição de dividendos
Dividendo obrigatório
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Dividendos – limite legal
Decreto-lei nº 2.627/40:
“Art. 131. se os estatutos não fixarem o dividendo que deva ser distribuído pelos acionistas ou a maneira de distribuírem-se os lucros líquidos, a assembleia geral, por proposta da diretoria, e ouvido o conselho fiscal, determinará o respectivo montante”.
(IUDÍCIBUS, et al, 2010)
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Dividendos – limite legal
Lei nº 6.404/76:
Art. 202. os acionistas tem direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros líquidos estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas:
I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores:
Importância destinada à construção da reserva legal (art. 193); e
Importância destinada à formação de reservas para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores;
(IUDÍCIBUS, et al, 2010)
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Dividendos – limite legal
Lei nº 6.404/76:
II – o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar ( art. 197);
III – os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização.
(IUDÍCIBUS, et al, 2010)
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Dividendos – limite legal
Lei nº 6.404/76:
“§ 2º Quando o estatuto for omisso e a assembleia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo”.
(IUDÍCIBUS, et al, 2010)
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Juro Sobre Capital Próprio
Os JSCP constituem-se em uma espécie de remuneração do capital do sócio e/ou acionista pelo capital investido no empreendimento, sem prejuízo da distribuição dos lucros que tem direito.
Instituído na Contabilidade Tributária pela Lei 9.249/95 e também para contabilização segue a IN CVM 207/97
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Juro Sobre Capital Próprio
A vantagem tributária do JSCP é a possibilidade de dedução do mesmo da base de cálculo do IR e CSLL.
Porém, este não pode afetar o lucro liquido da empresa, e portanto após a sua contabilização como despesa, deve ser realizada a sua reversão.
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Juro Sobre Capital Próprio
Cuidados necessário para o cálculo do JSCP:
 Não deve-se computar no PL o valor do lucro líquido do período de apuração.
 Não considerar na base de cálculo o valor da reserva de reavaliação.
Não considerar na base de cálculo as contas de Ajuste de Avaliação Patrimonial.
 Retenção na Fonte – Os remuneratórios do Capital Próprio estão sujeitos as retenção do IR à alíquota de 15% na da do pagamento ou crédito.
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Juro Sobre Capital Próprio
Tratamento dos juros recebidos pelos beneficiários
Tributado pelo LR – Reconhecimento do juros recebidos como uma receita financeira, e o valor do IR retido como compensação
Tributado pelo LP – Reconhecimento dos juros como receita e como integrante da BC do IR e o IRRF será considerado como antecipação do valor devido.
Pessoa Física – Não reconhece como rendimento tributável e também não informa do valor do IRRF na DIRPF.
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Juro Sobre Capital Próprio
Condições para dedução dos juros na Base de Cálculo do IRPJ:
50% do resultado antes dos juros e do IRPJ
50% das Reservas de Lucros + Lucros Acumulados

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