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AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 2 DLPA E DMPL. OBRIGATORIEDADE E APRESENTAÇÃO. A demonstração das mutações do patrimônio líquido é a demonstração que evidencia, como o próprio nome sugere, as modificações neste grupo patrimonial. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados demonstra as movimentações da conta lucros ou prejuízos acumulados, passando desde o saldo do início do período (se for prejuízo) até a recepção do lucro (que vem da DRE) e sua distribuição. O primeiro ponto a destacar é que a demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) não é obrigatória segundo a Lei das Sociedades por Ações. Confira: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; Assim, a demonstração obrigatória, segundo a lei das SA, é a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA). Todavia, a DMPL é obrigatória segundo o CPC 26, sendo que este Pronunciamento Técnico não faz qualquer referência à DLPA. 10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: (c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; 11. A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as demonstrações contábeis que façam parte do conjunto completo de demonstrações contábeis. Vamos estudá-las a seguir. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 136.000 – 117.000 + 38.000 + 380.000 – 19.000 – 156.000 – X = 0 X = 262.000,00 Gabarito C (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discrimina as reversões de reservas, as transferências para reservas, os dividendos do período e a parcela dos lucros incorporada ao capital. Comentário: Conforme a Lei 6404/76: Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. Gabarito Correto. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RO/2010) NÃO se evidencia na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados a) a distribuição de dividendos. b) a constituição da reserva legal. c) o aumento do capital social. d) o lucro líquido do exercício. e) a reversão da reserva para contingências. Comentários: Dos itens apontados, o que não é evidenciado na DLPA é o aumento do capital social. Gabarito C. Explanemos cada um dos itens a seguir. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Gabarito Errado (CESPE/CGE PI/Auditoria Governamental/2015) De acordo com a Lei n.º 6.404/1976, julgue o próximo item, a respeito da elaboração e apresentação das principais demonstrações contábeis. Os ajustes de exercícios anteriores devem ser evidenciados na demonstração de lucros ou prejuízos acumulados quando motivados por mudança de critério contábil ou por retificação de erro atribuível a um exercício anterior, e não puderem ser atribuídos a fatos subsequentes. Comentário: Art. 186. § 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. Gabarito Correto. Ademais, tal assunto está tratado no CPC - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Temos de saber discernir entre as políticas contábeis, estimativas contábeis e retificação de erro. Senão vejamos, de acordo com o CPC 23: Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações contábeis. Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br nas estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são retificações de erros. Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que: (a) estava disponível quando da autorização para divulgação das demonstrações contábeis desses períodos; e (b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis. Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes. As políticas são mais amplas e gerais que as estimativas. Referem- se à escolha da base de avaliação, das regras que a entidade irá usar para elaboração das suas demonstrações contábeis. Assim, alteração na política contábil configura uma mudança na forma de avaliação, em virtude de alteração em princípios, bases, convenções, regras ou práticas específicas aplicadas. Por exemplo, mudar do PEPS para o Custo Médio Ponderado para a avaliação de estoques é uma mudança de política contábil. A mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos. Ou seja, a empresa faz uma estimativa baseada na última informação disponível. Passado algum tempo, novas informações estão disponíveis, mais atualizadas, que podem evidenciar a necessidade de alterar a estimativa anterior. Nesse sentido, uma revisão de estimativa não é AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br retificação de erro. Não houve erro na estimativa anterior, que foi feita com a melhor informação então disponível. Por exemplo, uma empresa estima que um veículo terá vida útil de seis anos, com valor residual de XX. Após três anos de uso, a empresa verifica que o veículo está sendo utilizado em condições mais severas, e que irá durar cinco anos, em vez de seis. Trata-se de uma mudança de estimativa, que vale para aquele veículo em particular. E não é retificação de erro. A estimativa inicial (feita com as informações da época) não está errada. É impossível acertar exatamente o desgaste de todos os ativos da empresa. Portanto, alterações posteriores são mudanças de estimativa, e não correção de erros. É importante ressaltar que serão realizadas apenas as alterações de estimativas que sejam relevantes, que possam afetar a decisão do usuário. Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que estava disponível que ou poderia ser razoavelmente obtida. Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos e fraudes. Vale ressaltar ainda a diferença entre aplicação retrospectiva e aplicação prospectiva: Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil, como se essa política tivesse sido sempre aplicada. Refere-se portanto a ajustes de transações e eventos passados. Por exemplo, se a empresa muda o método de avaliação de estoques, de PEPS para custo médio ponderado, deve ajustar o estoqueinicial, como se já utilizasse o custo médio ponderado no final do exercício anterior. Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento do efeito de mudança em estimativa contábil representa, respectivamente: (a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorram após a data em que a política é alterada; e AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Saliente-se, ainda, que as ações em tesouraria não recebem dividendos. Vamos ver como ficar por meio de uma questão muito boa? É antiga, mas elucidará perfeitamente o que queremos dizer. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2005) No balanço Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, na linha que indicar os dividendos propostos, deve ser informado o montante, em reais, do dividendo distribuído por ação do capital social. A empresa Cia. de Alimentação & Merendas tem capital formado de onze milhões de ações, das quais, um milhão estão em Tesouraria. Dessas ações, dois milhões são preferenciais classe A, com dividendo fixo de R$ 0,06 por ação; dois milhões são preferenciais classe B, com dividendo mínimo de R$ 0,12 por ação; e as restantes são ordinárias, inclusive, as que estão em Tesouraria. Considerando-se o caso da empresa supracitada, em que o valor total do dividendo proposto foi de R$ 920.000,00, na aludida demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, deve constar a seguinte informação: a) Dividendos propostos (R$ 0,084 por ação do capital social) R$ 920.000,00. b) Dividendos propostos (R$ 0,092 por ação do capital social) R$ 920.000,00. c) Dividendos propostos (R$ 0,090 por ação preferencial e R$ 0,093 por ação ordinária) R$ 920.000,00. d) Dividendos propostos (R$ 0,060 por ação preferencial classe A; R$ 0,120 por ação preferencial classe B; e R$ 0,093 por ação ordinária) R$ 920.000,00. e) Dividendos propostos (R$ 0,060 por ação preferencial classe A; R$ 0,120 por ação preferencial classe B; R$ 0,080 por ação em Tesouraria e R$0,080 por ação ordinária) R$ 920.000,00. Comentários Como dissemos, primeiramente calculamos os dividendos dos acionistas preferenciais. Dividendos preferenciais – Classe A: 0,06 x 2 milhões = 120.000,00 Dividendos preferenciais – Classe B: 0,12 x 2 milhões = 240.000,00 AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Portanto, calculamos aqueles que receberão dividendo fixo e aqueles que receberão dividendo mínimo. Temos R$ 920.000,00 para distribuir de dividendos. Esses valores são suportados pelo montante total. Vejam que o dividendo mínimo é, como o próprio nome diz, mínimo. Mas o que fazer depois disso? A questão não informou. Não há dados, então, não fazemos nada. Feito o cálculo dos preferencialistas, vamos para os ordinários. Ao todo, 7 milhões de ações ordinárias. Assim, para essas 7 milhões de ações temos dividendos de 920.000 – 120.000 – 240.000 = 560.000,00. Ressalte-se, contudo, que as ações em tesouraria não recebem dividendos. Assim, temos: R$ 560.000,00 para dividir em 6 milhões de ações. Logo, o montante por ação do capital social, de ações ordinária, é de R$ 0,093 (560.000,00/6 milhões). Gabarito D. Pois bem, já sabemos a regra: o estatuto fixa o quanto quiser para o pagamento de dividendos! Mas e se ele não fixar? Se o estatuto for omisso sobre o valor a ser pago a título de dividendos, aplicamos a regra prevista no inciso I do artigo 202, que propõe: Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores; Caso seja omisso, a base de cálculo é a seguinte: Base de cálculo para estatuto omisso: Lucro líquido do exercício - Reserva legal - Reserva para contingências + Reversão da reserva de contingências - Reserva de incentivos fiscais (facultativamente) AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 3.7 - DIVIDENDOS INTERMEDIÁRIOS A companhia que, por força de lei ou de disposição estatutária, levantar balanço semestral, poderá declarar, por deliberação dos órgãos de administração, se autorizados pelo estatuto, dividendo à conta do lucro apurado nesse balanço (LSA, art. 204). A companhia poderá, nos termos de disposição estatutária, levantar balanço e distribuir dividendos em períodos menores, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre do exercício social não exceda o montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182 (LSA, art. 204, §1º). O estatuto poderá autorizar os órgãos de administração a declarar dividendos intermediários, à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral (LSA, art. 204, §2º). Portanto, a companhia pode apurar dividendos intermediários, caso opte por (ou seja obrigada a) elaborar balanço semestral. Ou seja, poderá pagar dividendos em um período menor do que o exercício social (1 ano) O lançamento é o que se segue: D – Lucros acumulados/dividendos pagos antecipadamente (ret.PL) C – Dividendos a pagar (passivo) 3.8 - DIVIDENDOS ADICIONAIS Os dividendos mínimos obrigatórios devem figurar no passivo, na data do balanço. Quanto aos dividendos adicionais, serão contabilizados ou não, dependendo da data em que forem declarados. Ou seja, se a empresa fechar as demonstrações contábeis em 31.12.X1, e declarar dividendos adicionais em janeiro ou fevereiro de X2, tais dividendos não serão contabilizados no balanço de 31.12.X1. Serão apenas divulgados em Nota Explicativa. Por outro lado, os dividendos adicionais que forem declarados pela assembleia geral ou outro órgão competente antes da data base das demonstrações contábeis, atendem aos requisitos de obrigação presente e, portanto, devem figurar nas demonstrações contábeis da entidade. Portanto, basicamente, é o seguinte. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br As demonstrações vão fechar em 31.12.X1. Se a companhia declarar dividendos adicionais (que excedem ao mínimo) antes de encerrar (antes de 31.12.X1) esses dividendos serão contabilizados. Caso o dividendo seja declarado depois desta data, como as demonstrações contábeis já estão “fechadas”, os valores serão apenas declarados em notas explicativas. A parcela do dividendo mínimo obrigatório, que se caracterize efetivamente como uma obrigação legal, deve figurar no passivo da entidade. Mas a parcela da proposta dos órgãos da administração à assembleia de sócios que exceder a esse mínimo obrigatório deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta específica, do tipo dividendo adicional proposto, até a deliberação definitiva que vier a ser tomada pelos sócios. Afinal, esse dividendo adicional ao mínimo obrigatório não se caracteriza como obrigação presente na data do balanço, já que a assembleia dos sócios (que só ocorre quatro meses após o encerramento do exercício), não havendo qualquer restrição estatutária ou contratual, poderá deliberar ou não pelo seu pagamento ou por pagamento por valor diferente do proposto. Portanto, a contabilização dos dividendos fica assim: TRATAMENTO DOS DIVIDENDOS 1 – Obrigatórios: Passivo. 2 – Adicionais declarados: a) Após o período contábil: não são contabilizados no passivo. Divulgados notas explicativas. b) Antes do período contábil: ficam no PL, até aprovação da Assembleia, quando vão para o passivo. (FCC/Analista Judiciário/TRT/12/2013) O Patrimônio líquido da empresa "Comercial MJDX S.A.", em 31/12/X0, era composto pelas seguintes contas: Capital $8.000.000 ReservaLegal $200.000 Reserva Estatutária $500.000 AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Reserva para Expansão $300.000 Total do Patrimônio Líquido $9.000.000 A "Comercial MJDX S.A." obteve, no ano X1, um lucro líquido de $ 4.000.000 e constituiu as seguintes reservas: − Reserva Legal, de acordo com o estabelecido na Lei das Sociedades por Ações. − Reserva Estatutária no valor correspondente a 10% do Lucro Líquido. − Reserva para Contingências no valor de $800.000. O fundamento econômico à Reserva para Expansão contabilizada em 31/12/X0 não mais existe, pois a empresa já concluiu o projeto de expansão. Sabendo-se que o estatuto da empresa não determina o critério para o cálculo do dividendo mínimo obrigatório, o valor a ser contabilizado no passivo como Dividendos a Pagar e o valor a ser contabilizado como Dividendos Adicionais no grupo do Patrimônio Líquido são, respectivamente, (A) $2.000.000 e $900.000. (B) $1.900.000 e $1.000.000. (C) $1.500.000 e $800.000. (D) $1.500.000 e $1.400.000. (E) $1.900.000 e $700.000. Comentários As reservas de lucro terão os seguintes valores. Lucro líquido do exercício 4.000.000 (-) Reserva legal (5%) (200.000) (-) Reserva Estatutária (10%) (400.000) (-) Reserva para contingência (800.000) A base de cálculo para os dividendos obrigatórios é: Lucro líquido do exercício 4.000.000 (-) Reserva legal (5%) (200.000) (-) Reserva para contingência (800.000) Base de cálculo 3.000.000 X 50% (dividendo obrigatório estatuto omiss.) 1.500.000 Portanto, temos: Lucro líquido do exercício: 4.000.000 AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Dos quais: Reserva legal 200.000 Reserva estatutária 400.000 Reserva para contingência 800.000 Dividendos obrigatórios 1.500.000 Total: 2.900.000 Lucro líquido restante 1.100.000 Reversão da reserva para expansão 300.000 Dividendos adicionais 1.400.000 Uma vez que os valores da reserva para expansão não integram a base de cálculo para os dividendos obrigatórios, temos que ficarão também computados como dividendos adicionais, até a deliberação da assembleia. Gabarito D. 3.9 - PARCELA DO LUCRO INCORPORADA AO CAPITAL Uma parte do lucro líquido pode ser incorporada ao capital social. O lançamento é o que se segue: D – Lucros acumulados C – Capital Social 3.10 – CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, e posterior destinação. São, em suma, lucros que a empresa não entrega aos acionistas, mas guarda para si, seja para investir em projetos, seja para resguardar o capital social. Segundo a Lei das SA: Artigo 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são zeradas. O saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podemos ter três destinações: 1) Dividendos (para os sócios); 2) Reservas de lucros; 3) Aumento do capital social. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br a) Reserva de Reavaliação de Ativos Próprios e a Reserva Legal. b) Reserva para Contingências e a Reserva de incentivos Fiscais. c) Reserva de Lucros para Expansão e a Reserva de Ágio na emissão de Ações. d) Reserva de Contingência e a Reserva de Reavaliação de Ativos de Coligadas. e) Reserva Especial de Ágio na Incorporação e a Reserva Legal. Gabarito B. Existe um limite máximo para essas reservas, a saber: Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) A Lei 11.941/2009, art. 19, incluiu, entre as reservas acima, a reserva específica de prêmio de debêntures. Assim, gravemos: Reserva de lucros < Capital social Exceções: reserva de incentivos fiscais, reserva de contingência, lucros a realizar, prêmio na emissão de debêntures. Isso equivale a dizer: Reserva legal + Reserva estatutária + Reserva de retenção de lucros + Reserva especial para pagamento de dividendos < Capital Social Na verdade, podemos dizer que é menor ou igual, pois se for igual não há ultrapassagem. Falemos agora sobre cada uma dessas reservas: 3.11 RESERVA LEGAL Segundo a lei das S/A´s: Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social. § 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 3.13 RESERVA LEGAL X PREJUÍZO ACUMULADO Por fim, falemos sobre um outro ponto importante, qual seja, a relação entre a reserva legal e o prejuízo acumulado existente. O IR, as participações e as reservas devem ser calculados sobre o lucro. Mas, não há lucro se a empresa tem prejuízos acumulados. Vamos imaginar uma empresa formada há 5 anos com capital, já devidamente integralizado, de 100.000.000. Nos primeiros 4 anos, acumulou prejuízos de 10.000.000. No último ano, apurou lucro de 3.000.000. Se a empresa distribuir dividendos ou pagar participação com base no resultado do último ano, sem descontar os prejuízos acumulados, ela não estará distribuindo lucro; estará distribuindo capital. Isto leva a crer em dissolução disfarçada da empresa. Primeiro, ela deve gerar lucro suficiente para cobrir o prejuízo e recompor o capital social. Só depois ela estará apresentando lucro, e aí poderá atender seus compromissos com dividendos, participações, e reservas. Vamos olhar o PL da empresa acima logo após apurar o lucro do exercício de 3.000.000 (antes de IR e participações): Capital social 100.000.000 Prejuízo acumulado (10.000.000) Lucro do exercício 3.000.000 Total do Patrimônio Líquido 93.000.000 Os sócios investiram 100 milhões, e estão com 93 milhões. Como se pode falar em lucro nesta situação? Os 3.000.000 do último exercício reduziram o prejuízo dos acionistas. Mas não há lucro para ter participações, pelo contrário, a empresa ainda apresenta um prejuízo acumulado de 7 milhões. E quanto à reserva legal? Não poderíamos calcular 5% do lucro e constituir reserva legal? Ainda não. A reserva legal destina-se a garantir a integridade do capital social (tanto que só pode ser usada para cobrir prejuízos ou para ser incorporada ao capital). Assim, se há prejuízo, não há sentido em constituir a reserva legal. O capital já está afetado, e a reserva legal, se houvesse, deveria ser usada para compensar prejuízos. Portanto, se há prejuízos acumulados, o lucro do exercício deve ser destinado a cobrir o prejuízo, sem qualquer participação ou destinação. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br em reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que somente poderá ser utilizada para: (Vigência) I - Absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente absorvidas as demais Reservas de Lucros, com exceção da Reserva Legal; ou II - Aumento do capital social. § 1o Na hipótese do inciso I do caput, a pessoa jurídica deverá recompor a reserva à medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes. § 2o As doações e subvenções de que trata o caput serão tributadas caso não seja observado o disposto no § 1o ou seja dada destinação diversa da que está prevista no caput, inclusive nas hipóteses de: (...) Imagine que determinada empresa recebeu 100.000.000 de subvenção. Contabilizou100.000.000 para Reserva de Incentivos Fiscais - RIF. Ela pode excluir da base de cálculo do IR! Posteriormente, teve 80.000.000 de prejuízos acumulados. Supondo que não haja mais reservas. Vai poder compensar esses 80 milhões com a RIF. Todavia, tem que reconstituir imediatamente, quando houver lucro. Por quê? Senão, a reserva poderia ser utilizada a reserva como simples subterfúgio para não pagar Imposto de Renda. 3.17 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Funciona basicamente do seguinte modo! Sabemos que a empresa efetua vendas à vista e vendas a prazo, não é mesmo? Várias receitas e várias despesas não afetam o caixa. Todavia, o cálculo dos dividendos, via de regra, é feita com base no lucro líquido, que leva por pressuposto o regime de competência. Então, quando calculamos os dividendos, estamos incluindo ali receitas à vista e receitas a prazo. Mas e se não entrar dinheiro suficiente para pagar os dividendos? O que acontece? A situação é a seguinte: AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Nesta hipótese, uma alternativa viável é constituir a reserva de lucros chamada de reserva de lucros a realizar nesse valor (R$ 50.000,00) para pagamento em 2017 ou quando houve o recebimento de lucros posteriores. Explicando novamente! O lucro contábil apurado é de R$ 300.000,00, mas, o Lucro Realizado é somente o de curto prazo: 100.000! R$ 200.000 não foram realizados (lembrando que a realização está ligada ao ingresso em caixa). Como a obrigação de pagar dividendos é de R$ 150.000 e somente R$ 100.000 foi realizado, a empresa pode constituir a Reserva de Lucros a Realizar pela diferença. E o que é considerado como lucro não realizado? Segundo a Lei 6.404/76: Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) § 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) § 2o A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) São considerados lucros não realizados: - Resultado positivo com equivalência patrimonial: a receita de equivalência patrimonial não ingressa no caixa. Portanto, a sua receita é considerada ganha, mas não realizada. Realização está ligado à entrada de dinheiro em caixa. - Lucro, rendimento, ganhos cuja realização financeira se dê no longo prazo. Aqui é o caso das vendas de longo prazo. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Por fim, à medida que esses lucros estiverem sendo realizados, entrando em caixa, deveremos acrescer o lucro agora realizado ao dividendo a pagar. A reversão deve-se dar no primeiro dividendo declarado após a realização. As reservas de lucros a realizar só podem ser utilizadas para dois fins: pagamento de dividendos ou absorção de prejuízos! Gravem. (CESPE/Analista/MPU/2015) Considerando as disposições aplicáveis ao patrimônio líquido de companhias abertas, julgue o item subsequente. A reserva de lucros a realizar pode ser utilizada para o pagamento do dividendo obrigatório ou para aumentar o capital social, desde que seja autorizado pelas assembleias das companhias. Gabarito Errado. O lançamento para constituição da reserva é o seguinte: D – Lucros acumulados XXXX C – Reserva de Lucros a realizar XXXX A doutrina majoritária (incluindo-se o FIPECAFI) entende que quando da realização de lucros o lançamento é o seguinte: D – Reserva de Lucros a realizar XXXX C – Lucros acumulados XXXX Sendo o dividendo destinado posteriormente pelo seguinte lançamento: C – Dividendos a pagar (Passivo) XXXX D – Lucros acumulados XXXX Ainda não entendeu? Confira este vídeo, no nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=65xNkScBZZ8 3.18 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS Segundo a Lei das Sociedades por Ações: Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto (...) Portanto, a regra é a distribuição de dividendos ao final de cada exercício social. Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de a empresa possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou patrimonial que permita o pagamento de dividendos, como, por exemplo, quando a empresa tem um volume extraordinário de empréstimos a serem quitados, AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br ou quando está em recuperação judicial ou extrajudicial. Tal situação está prevista na Lei da SAs da seguinte forma: § 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos da administração informarem à assembleia-geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na companhia aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembleia-geral, exposição justificativa da informação transmitida à assembleia. § 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia. É só isso! Esse montante não distribuído fica incorporado ao patrimônio líquido em reserva especial, sendo pago quando a situação permitir. No nosso exemplo, com a quitação do empréstimo ou com a extinção da recuperação judicial ou extrajudicial. Lançamento: D – Lucros acumulados (PL) XXX,XX C – Reserva de lucros – dividendos não distribuídos XXX,XX 3.19 RESERVA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital. Com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao resultado como receita, conforme o regime de competência. Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da legislação antiga, uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures. Isso ocorre quando as condições como juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para os investidores. Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000 debêntures, com resgate em 10 anos encontrando investidores que pagassem R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos: D - Caixa 15.000 (Ativo) C - Debêntures a pagar 10.000,00 (PNC) C - Reserva de capital (prêmio emissão de debêntures) 5.000,00 (PL) AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Contudo, essa reserva de capital deixou de existir ea mesma situação é agora registrada da seguinte forma: D - Caixa 15.000 (Ativo) C - Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC) C - Receitas recebidas antecipadamente - 5.000,00 (PNC - Receitas diferidas) Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos, deveremos apropriar ao resultado R$ 500,00 por ano, através do seguinte lançamento: D - Receitas recebidas antecipadamente - 500,00 (PNC - Receitas diferidas) C - Receitas financeiras 500,00 (Resultado) Observação: usamos o método linear (juros simples) para fins didáticos. O correto é usar o método exponencial (juros compostos). O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de Renda (Lei 11.941/09). Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal reserva. Se não constituir, será tributada pelo IR. A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse valor transitou pelo resultado do exercício. Para finalizar, vejamos o art. 31 da lei 12.973/14: Prêmio na Emissão de Debêntures Art. 31. O prêmio na emissão de debêntures não será computado na determinação do lucro real, desde que I - a titularidade da debênture não seja de sócio ou titular da pessoa jurídica emitente; e II - seja registrado em reserva de lucros específica, que somente poderá ser utilizada para: a) absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente absorvidas as demais Reservas de Lucros, com exceção da Reserva Legal; ou b) aumento do capital social. § 1o Na hipótese da alínea “a” do inciso II do caput, a pessoa jurídica deverá recompor a reserva à medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br § 2o O prêmio na emissão de debêntures de que trata o caput será tributado caso não seja observado o disposto no § 1o ou seja dada destinação diversa da que está prevista no caput, inclusive nas hipóteses de: I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes do prêmio na emissão de debêntures; II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da emissão das debêntures, com posterior capitalização do valor do prêmio na emissão de debêntures, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitada ao valor total das exclusões decorrentes de prêmio na emissão de debêntures; ou III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios. § 3o Se, no período de apuração, a pessoa jurídica apurar prejuízo contábil ou lucro líquido contábil inferior à parcela decorrente de prêmio na emissão de debêntures e, nesse caso, não puder ser constituída como parcela de lucros nos termos do caput, esta deverá ocorrer à medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes. § 4o A reserva de lucros específica a que se refere o inciso II do caput, para fins do limite de que trata o art. 199 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, terá o mesmo tratamento dado à reserva de lucros prevista no art. 195-A da referida Lei. § 5o Para fins do disposto no inciso I do caput, serão considerados os sócios com participação igual ou superior a 10% (dez por cento) do capital social da pessoa jurídica emitente. 3.20 RESERVA DE RETENÇÃO DE LUCRO OU RESERVA ORÇAMENTÁRIA Conforme a Lei 6.404/76: Retenção de Lucros Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado. § 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento. § 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br A finalidade dessa reserva é financiar projetos de investimentos, e não pode afetar (diminuir) os dividendos obrigatórios. Mas, ao invés de distribuir todo o lucro na forma de dividendos adicionais, a empresa pode constituir a reserva de retenção de lucros. Para isso, a empresa deve preparar um orçamento de capital, aprovado pela Assembleia de acionistas, com todas as fontes e aplicações de capital, fixo ou circulante. O orçamento poderá ter prazo de até 5 exercício, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento. 4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Ainda de acordo com a Lei 6404/76: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Art. 186. § 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é mais completa que a DLPA. Esta última torna-se apenas uma coluna da DMPL. A Lei 6404/76 permite que a DLPA seja incluída na DMPL. (CESPE/CGE PI/Auditoria Governamental/2015) De acordo com a Lei n. 6.404/1976, julgue o próximo item, a respeito da elaboração e apresentação das principais demonstrações contábeis. A apresentação de demonstrações de mutações do patrimônio líquido é facultativa. Comentários: Isso consta no Art. 186 da Lei das SAs (Lei 6404/76): Art. 186. § 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. Gabarito Correto. A Instrução CVM nº 59/86 tornou a DMPL obrigatória para as companhias abertas: INSTRUÇÃO CVM Nº 59, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1986. Dispõe sobre a obrigatoriedade de elaboração e publicação da demonstração das mutações do patrimônio líquido pelas companhias abertas. Art. 1º - As companhias abertas deverão elaborar e publicar, como parte integrante de suas demonstrações financeiras, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, referida ao artigo 186, § 2º " in fine" , da LEI Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Com a publicação do CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis, podemos entender que a DMPL passa a fazer parte do conjunto completo de demonstrações contábeis, passando a ser obrigatória para praticamente todas as empresas e substituindo, de forma definitiva, a DLPA (este é o entendimento esposado pelo FIPECAFI – Livro Manual de Contabilidade Societária, 2010). Passamos agora a examinar as determinações do Pronunciamento CPC 26 sobre a DMPL, o qual apresenta as instruções e modelos mais recentes sobre tal demonstração. Texto do Pronunciamento CPC 26 (R1) Conjunto completo de demonstrações contábeis 10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: (c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; As principais novidades, em relação à Lei 6404/76 (compare com o art. 186) são as Demonstrações do Resultado Abrangente; a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; e a inclusão das Notas Explicativas entre as demonstrações obrigatórias. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 4.1 COMO ELABORAR A DMPL? A DMPL evidencia a variação de todas as contas do patrimônio líquido. Para elaborá-la você deve, nas linhas evidenciaros fatos que ocorreram no exercício social e, nas colunas, as diversas contas que compõem o patrimônio líquido. Querem ver na prática? (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) Uma Sociedade Empresária apresentava, em 31.12.2014, os seguintes saldos nas contas do Patrimônio Líquido: No ano de 2015, os seguintes eventos afetaram os saldos das contas do Patrimônio Líquido: Considerando-se os dados apresentados, assinale a opção CORRETA que apresenta a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido compatível com os eventos ocorridos entre 1º.1.2015 e 31.12.2015. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br A primeira versão do pronunciamento técnico CPC 26 permitia que a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) fosse evidenciado como uma demonstração separada ou que fosse incluído na DMPL. Na revisão (R1), foi eliminada a possibilidade de incluir a DRA na DMPL. A DRA deve ser uma demonstração separada. Mas também entra na DMPL, pois as contas do resultado abrangente ficam no PL. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br O pronunciamento também fornece um modelo da DMPL: Capital Social Integralizado Reservas de Capital, Opções Outorgadas e ações em tesouraria Reserva de Lucros Lucros ou prejuízos acumulados Outros Resultados Abrangentes Patrimônio Liquido dos sócios da controladora Patrimônio dos Não controladores Patrimônio Líquido Consolidado Saldo Inicial 1000 80 300 0 270 1650 158 1808 Aumento de capital 500 -50 -100 350 32 382 Dividendos -162 -162 -13,2 -175,2 Transação de capital com os sócios 1500 30 200 -162 270 188 18,8 206,8 Lucro Líquido do Período 250 250 22 272 Ajustes Instrumentos Financeiros -60 -60 -60 Ajustes de Conversão do Período 260 260 260 Outros Resultado Abrangentes 200 0 200 Resultado Abrangente Total 450 22 472 Constituição de Reserva 140 -140 Realização da Reserva Realização 52 -52 Saldos Finais 1500 30 340 0 418 2288 198,8 2486,8 A elaboração da DMPL começa com os saldos iniciais. Depois, incluímos os aumentos de capital (com reservas e com integralização de capital). passo seguinte é incluir o lucro do Exercício (que vai para a conta Lucros Acumulados); incluir os Outros Resultados Abrangentes; e excluir os dividendos. O saldo inicial, somado às movimentações (entradas e saídas) deve bater com o saldo final do PL AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 5 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (*ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO) AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br essas doações são registradas como receita (lembrem-se de que as receitas são contas de resultado). Reserva de lucros a realizar No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos A regra é a distribuição de dividendos ao final de cada exercício social. Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de a empresa possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou patrimonial que permita o pagamento de dividendos, como, por exemplo, quando a empresa tem um volume extraordinário de empréstimos a serem quitados, ou quando está em recuperação judicial ou extrajudicial. Poderá, assim, constituir reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos. Reserva de retenção de lucros A finalidade dessa reserva é financiar projetos de investimentos, e não pode afetar (diminuir) os dividendos obrigatórios. Mas, ao invés de distribuir todo o lucro na forma de dividendos adicionais, a empresa pode constituir a reserva de retenção de lucros. Para isso, a empresa deve preparar um orçamento de capital, aprovado pela Assembleia de acionistas, com todas as fontes e aplicações de capital, fixo ou circulante. O orçamento poderá ter prazo de até 5 exercício, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento. Demonstração das mutações do patrimônio líquido AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é mais completa que a DLPA. Esta última torna-se apenas uma coluna da DMPL. A Lei 6404/76 permite que a DLPA seja incluída na DMPL. A Instrução CVM nº 59/86 tornou a DMPL obrigatória para as companhias abertas. 7 QUESTÕES COMENTADAS ENTENDIMENTOS PECULIARES PARA LEVAR PARA A PROVA DA ESAF: Batendo o martelo, depois de tantas questões confusas e divergentes: - Dividendos: se a questão falar que o dividendo é X do lucro líquido, não fazer o ajuste. Aplicar o percentual diretamente sobre o lucro líquido. - Cálculo do IR: se a participação dos debenturistas e empregados forem fornecidas em valores absolutos (e não em percentuais) retirar para o cálculo do IR. 1) (ESAF/Auditor Fiscal de Tributos Municipais/ISS RJ/2010) A Sociedade Limítrofe S/A obteve, no ano de 2009, como Resultado Líquido do Exercício, um lucro no valor de R$ 50.000,00 e mandou distribuí-lo da seguinte forma: 5% para constituição de reserva legal; 10% para constituição de reserva estatutária; 10% para participação estatutária de administradores; 25% para provisão para o Imposto de Renda; 50% para dividendos obrigatórios; e O restante para reservas de lucro. Na destinação de resultados feita na forma citada, pode-se dizer que, para constituição da reserva legal, coube a importância de a) R$ 2.500,00. b) R$ 1.875,00. c) R$ 1.687,50. d) R$ 1.500,00. e) R$ 1.375,00. Comentários Segundo a lei das S/A´s: AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social. § 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social. § 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. Esquematizemos: Reserva legal 5% do LLE Limitado a 20% do capital social. Trata-se a reserva legal da única reserva de constituição obrigatória para a empresa. Vejam a sua finalidade: manter a integridade do capital social. Veja que deve ela ser feita antes de qualquer destinação. Saber também da sua utilização é também extremamente importante para concursos: somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital social. Existe também um limite facultativo para a constituição da reserva legal, qual seja, quando ela, juntamente das reservas de capital atingirem o montante de 30% do capital social. Grave-se! Vamos à nossa questão: Resultado do exercício 50.000,00 (-) IR 25% (12.500,00) Lucro após o IR e CSLL 37.500 (-) Participação dos administradores (3.750,00) Lucro líquido 33.750,00 Deste valor retiramos 5%, conforme determina o artigo 193, caput, da Lei das S.A´s. 33.750 x 5% = R$ 1.687,50. Gabarito C. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 2) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2002) Em 31 de dezembro de 2001 o Patrimônio Líquido da S/A Empresa Distribuidora apresentava a composição seguinte, em ordem alfabética: Capital a Integralizar R$ 60.000,00 Capital Social R$ 548.000,00 Lucros Acumulados R$ 17.000,00 Outras Reservas de Lucro R$ 80.000,00 Reservas de Capital R$ 40.000,00Reserva Legal R$ 25.000,00 No mesmo exercício a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados no exercício de 2001 apresentou os seguintes componentes, exceto a reserva legal: Ajuste credor do saldo inicial R$ 2.700,00 Dividendos Propostos R$ 30.000,00 Lucro Líquido do Exercício R$ 140.000,00 Reservas de Contingências R$ 8.000,00 Reservas Estatutárias R$ 4.000,00 Reservas de Lucros a Realizar R$ 5.000,00 Reversão de Reservas R$ 2.000,00 Saldo Inicial – Prejuízos Acumulados R$ 77.700,00 Considerando, exclusivamente, os dados fornecidos, podemos dizer que a parcela de lucro destinada à constituição da Reserva Legal no exercício foi de a) R$ 7.000,00 b) R$ 4.600,00 c) R$ 3.250,00 d) R$ 3.115,00 e) R$ 3.000,00 Comentários A DLPA demonstra o dividendo por ação do capital social. Distinga-se da DRE que demonstra o lucro ou prejuízo por ação do capital. Segundo a Lei 6.404/76: Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: (...) AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; E mais... Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. § 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes. § 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. Vamos lá! A DLPA pode ser incluída na DMLP. Vejam que a lei afirma que o que pode ocorrer é a inclusão da primeira na segunda e não a substituição de uma por outra. Esta questão é recorrente em provas e não podemos errar! A estrutura da DLPA hoje, conforme o que foi dito à lei, é basicamente a seguinte... X1 X0 Saldo do início do exercício (só se for prejuízo acumulado) (+/-) Ajustes de exercícios anteriores (+) Reversão de reservas de lucros do período (+) Lucro líquido do exercício (-) Transferência para reservas de lucros a) Reserva Legal b) Reserva Estatutária c) Reservas para contingências d) Reserva de retenção de lucros e) Reserva de lucros a realizar f) Reserva de incentivos fiscais g) Reserva Especial de dividendo obrigatório não distribuído h) Reserva específica de prêmio na emissão de debêntures (-) Dividendos propostos AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br (-) Parcela dos lucros incorporada ao capital social (-) Dividendos intermediários Saldo no fim do período Vamos lá! Montemos a estrutura da DLPA... Saldo Inicial – Prejuízos Acumulados R$ 77.700,00 + Ajuste credor do saldo inicial R$ 2.700,00 + Lucro Líquido do Exercício R$ 140.000,00 + Reversão de Reservas R$ 2.000,00 - Reserva legal XXX - Dividendos Propostos R$ 30.000,00 - Reservas de Contingências R$ 8.000,00 - Reservas Estatutárias R$ 4.000,00 - Reservas de Lucros a Realizar R$ 5.000,00 Lucros Acumulados R$ 17.000,00 Logo, a reserva legal será de - 77.700 + 2.700 + 140.000 + 2.000 – X – 30.000 – 8.000 – 4.000 – 5.000 = 17.000 20.000 - X: 17.000. Logo, X = 3.000,00. Gabarito E. 3) (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2002) A empresa DMO Comércio S/A tinha Lucros Acumulados com saldo anterior de R$ 80.000,00, quando contabilizou a apuração do resultado do exercício, chegando a um lucro final do exercício de R$ 120.000,00. Na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados foi listada a distribuição do lucro na forma seguinte: Reserva Legal de 5%; Reserva Estatutária de 10%; Reserva para Contingências de R$ 15.000,00; Reversão de Reservas de R$ 4.000,00 sendo metade de contingências e metade estatutárias; Dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro ajustado conforme os Estatutos. Com base nas informações acima, quando da elaboração da referida demonstração, vamos encontrar o dividendo mínimo obrigatório, calculado segundo a legislação atual, no valor de: a) R$ 22.250,00 b) R$ 22.750,00 c) R$ 25.250,00 d) R$ 25.750,00 AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br e) R$ 39.750,00 Comentários O lucro líquido do exercício é de R$ 120.000,00. A este valor, devemos subtrair a reserva legal e a reserva de contingência, no valor de R$ 6.000,00 (5% x 120.000,00) e R$ 15.000,00, respectivamente. Ademais, devemos somar o valor de R$ 2.000,00 relativo à metade da reserva de contingência. Ficamos assim: Lucro líquido do exercício 120.000,00 (-) Reserva de contingência (15.000,00) (-) Reserva legal (6.000,00) + Reversão da reserva 2.000,00 Base de cálculo dos dividendos 101.000,00 X 25% 25.250,00 A Reserva Estatutária não afeta a base de cálculo dos dividendos mínimos obrigatórios, portanto, a Reversão também não afeta. Porém, a conta Lucros Acumuladas é afetada, pois ela é a origem para as Reservas de Lucros. Gabarito C. 4) (ESAF/AFRE/MG/2005) Ao registrar a proposta de destinação dos resultados do exercício, o setor de Contabilidade da empresa deverá contabilizar: a) a formação da reserva legal, a débito da conta de Apuração do Resultado do Exercício. b) a formação da reserva legal, a crédito da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. c) a distribuição de dividendos, a débito da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. d) a distribuição de dividendos, a crédito de conta do Patrimônio Líquido. e) a distribuição de dividendos, a débito de conta do Passivo Circulante. Comentários A destinação do resultado, para dividendos, se dá por intermédio do seguinte lançamento: D – Lucros acumulados (PL) C – Dividendos a pagar (Passivo) AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Gabarito C. 5) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2005) Quando da Realização da Reserva de Lucros a Realizar, esta deve ser revertida para: a) lucros ou prejuízos acumulados, quando o evento realizar-se economicamente. b) lucros ou prejuízos acumulados, quando o evento realizar-se financeiramente. c) reserva de capital destinada diretamente para distribuição de dividendos. d) resultado do exercício, quando o evento econômico realizar-se financeiramente. e) resultado do exercício, quando o evento financeiro realizar-se economicamente. Comentários No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de reconhecida contabilmente, pela empresa. Imagine-se, então, uma empresa que, em 2010, só tenha efetuado vendas para recebimento em 2012. Seria justo, assim, que procedesse esta empresa ao pagamento de dividendos (remuneração dos sócios) em 2011? Talvez, não seria viável financeiramente, pois nada entrará no caixa desta sociedade. É este o intuito da reserva de lucros a realizar: evitar que a companhia pague dividendos sobre receitas/lucros que ainda foram realizados, que não entraram no caixa. Um aspectodeveras importante é anotar que a constituição desta reserva é facultativa. Assim, vamos exemplificar. Uma empresa X tem a seguinte situação no exercício de 2010: AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br - Lucro derivado das vendas de curto prazo (recebimento em 2011): R$ 100.000,00 - Lucro derivado das vendas de longo prazo (recebimento em 2012 ou posteriormente): R$ 200.000,00. - Dividendos obrigatórios a pagar: R$ 150.000,00. Neste caso, podemos considerar que os dividendos que teremos de pagar aos sócios ao termo de 2011 são maiores do que o entrou no meu caixa durante o exercício. Teríamos R$ 50.000,00 (150.000 – 100.000,00) desacobertados de recursos para pagamento deste dividendo. Nesta hipótese, uma alternativa viável é constituir a reserva de lucros chamada de reserva de lucros a realizar nesse valor (R$ 50.000,00) para pagamento em 2012 ou quando houve o recebimento de lucros posteriores. Por fim, à medida que esses lucros estiverem sendo realizados, entrando em caixa, deveremos acrescer o lucro agora realizado ao dividendo a pagar. A reversão deve-se dar no primeiro dividendo declarado após a realização. As reservas de lucros a realizar só podem ser utilizadas para dois fins: pagamento de dividendos ou absorção de prejuízos! Gravem. O lançamento para constituição da reserva é o seguinte: D – Lucros acumulados XXXX C – Reserva de Lucros a realizar XXXX A doutrina majoritária (incluindo-se o FIPECAFI) entende que quando da realização de lucros o lançamento é o seguinte: D – Reserva de Lucros a realizar XXXX C – Lucros acumulados XXXX Sendo o dividendo destinado posteriormente pelo seguinte lançamento: C – Dividendos a pagar (Passivo) XXXX D – Lucros acumulados XXXX Assim, um dos principais aspectos da reserva de lucros a realizar é que se saiba que os ganhos demonstrados à DRE são econômicos, auferidos de acordo com o regime de competência, porém, nem sempre são, ao mesmo tempo, ganhos financeiros, em termos de caixa. O gabarito da questão, portanto, é a letra b. Gabarito B. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 6) (ESAF/Auditor Fiscal/ICMS RN/2005) A empresa Aurialvo S/A, que tinha lucros acumulados de R$ 25.000,00 apurou lucro líquido de R$ 200.000,00, e contabilizou a seguinte destinação proposta à Assembléia Geral, em ordem alfabética. Sabendo-se que os dividendos foram distribuídos segundo o lucro ajustado para este fim nos termos legais e que os estatutos não estabeleceram o percentual devido, podemos dizer que a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados vai demonstrar um “saldo atual” de a) R$ 56.750,00. b) R$ 65.500,00. c) R$ 70.500,00. d) R$ 89.500,00. e) R$ 92.000,00. Comentários Inicialmente, temos de resolver esta questão salientando que a ESAF, em diversas questões, toma o conceito de lucro líquido emprestado da legislação do Imposto de Renda, definição esta que diverge da que estudamos quando vimos a demonstração do resultado do exercício. O IR denomina o lucro antes do IR e participações como lucro líquido do exercício. Art. 248. O lucro líquido do período de apuração é a soma algébrica do lucro operacional (Capítulo V), dos resultados não operacionais (Capítulo VII), e das participações, e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 1º, Lei nº 7.450, de 1985, art. 18, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 4º). Algumas questões da banca exploram este conceito. Outras não. E agora, professores?! Bem, infelizmente, não temos uma resposta correta para esse caso. A tendência hoje é se utilizar da expressão lucro líquido como lucro líquido do exercício, após o IR e as participações. Contudo, caso seja cobrada legislação do IR, podemos nos deparar com uma questão deste tipo. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Assim, se o candidato adivinhasse tal imprecisão, poderia prosseguir. Vejamos: Lucro antes do IR e participações 200.000,00 (-) IR/CSLL (75.000,00) Lucro após o IR e participações 125.000,00 (-) Participações Empregados (12.000,00) Administradores (8.000,00) Lucro líquido do exercício 105.000,00 Transferência para a conta lucros ou prejuízos acumulados: D – Lucro líquido do exercício 105.000,00 C – Lucros ou prejuízos acumulados (PL) 105.000,00 Agora, calculemos os dividendos: Lucro do exercício 105.000,00 - Reserva legal (5.000,00) - Reserva para contingência (6.000,00) + Reversão de reserva de contingência 2.000,00 Lucro do exercício ajustado 96.000,00 Como o estatuto é omisso, deve-se aplicar o percentual de 50% sobre o lucro líquido ajustado. 50% x 96.000,00 = 48.000,00. Agora, é só montar a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados Saldo inicial da conta LPA 25.000,00 + Lucro líquido do exercício 105.000,00 + Reversão de reserva de contingência 2.000,00 + Reversão de reservas estatutárias 2.500,00 - Reserva legal (5.000,00) - Reserva para contingência (6.000,00) - Dividendos obrigatórios 48.000,00 - Reservas estatutárias (10.000,00) Saldo final da conta lucros ou prejuízos acumulados 65.500,00 Cabe apenas a já falada observação de que a conta lucros acumulados não pode ficar com saldo no término do exercício. Neste caso, esses 65.500,00 deveriam ser distribuídos de alguma forma. Gabarito B. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 7) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2009) A empresa Livre Comércio e Indústria S.A. apurou, em 31/12/2008, um lucro líquido de R$ 230.000,00, antes da provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro e das participações estatutárias. As normas internas dessa empresa mandam destinar o lucro do exercício para reserva legal (5%); para reservas estatutárias (10%); para imposto de renda e contribuição social sobre o lucro (25%); e para dividendos (30%). Além disso, no presente exercício, a empresa determinou a destinação de R$ 50.000,00 para participações estatutárias no lucro, sendo R$ 20.000,00 para os Diretores e R$ 30.000,00 para os empregados. Na contabilização do rateio indicado acima, pode-se dizer que ao pagamento dos dividendos coube a importância de: a) R$ 39.000,00. b) R$ 33.150,00. c) R$ 35.700,00. d) R$ 34.627,50. e) R$ 37.050,00. Comentários LAIR 230.000,00 (-) IR/CSLL = 25% x 200.000,00 50.000,00 LAPIR 180.000,00 (-) Participações de empregados 20.000,00 (-) Participações de diretores 30.000,00 = LLEX 130.000,00 X 5% = Reserva Legal = 6.500,00 Lucro ajustado para cálculo dos dividendos = 130.000,00 - 6.500,00 = 123.500,00 x 30% = 37.050,00 Nessa questão é necessário deduzir a participação dos empregados para a base de cálculo do lucro real. Vejam que fazemos assim, pois o IR foi fornecido em percentual e a participação foi fornecida em valores absolutos. Gabarito E. 8) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2003) Fomos chamados a calcular os dividendos a distribuir, no segundo semestre, da AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br empresa Rentábil. A empresa é uma sociedade anônima e os seus estatutos determinam que os dividendos devem ser o mínimo obrigatório de acordo com a lei, mas não estabelecem o valor percentual sobre o lucro líquido. Os valores que encontramos para montar a base de cálculo foram: Reserva estatutária de R$ 6.500,00, Participação de administradores no lucro de R$ 7.000,00, Participação de empregados no lucro de R$ 8.000,00, Provisão para o Imposto de Renda e CSLL de R$ 95.000,00 e Lucro líquido, antes do imposto de renda, de R$ 180.000,00. Ficamos com o encargo de calcular o valor da reserva legal e do dividendo mínimo obrigatório. Feitos os cálculos corretamente, podemos afirmar com certeza que o dividendo será no valor de A) R$ 15.000,00 B) R$ 16.625,00 C) R$ 30.000,00 D) R$ 33.250,00 E) R$ 35.000,00 Comentários: Precisamos apenas montar a DRE e apurar o Lucro Líquido.Depois, calculamos a Reserva Legal (5%) e a base para os dividendos. Como o Estatuto é omisso (não determina nenhum percentual para os dividendos), vamos utilizar 50% do lucro ajustado. Os cálculos ficam assim: Lucro líquido antes do IR 180.000 Provisão do IR - 95.000 Lucro antes das Participações 85.000 Participações Empregados - 8.000 Administradores - 7.000 Lucro líquido 70.000 O Lucro Líquido do Exercício é transferido para Lucros Acumulados, no PL. D – Lucro Líquido 70.000 C – Lucros Acumulados 70.000 Cálculo da Reserva Legal: Lucros acumulados 70.000 x 5 % Reserva Legal 3.500 AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Base para dividendos: 70.000 – 3.500 = 66.500 Dividendos: 66.500 x 50% = 33.250 Aqui a questão já deu o valor do IR, então, não há que ser feito qualquer ajuste em relação às participações. Eles já foram feitos. A questão já calculou para você. OBS: lembramos que o restante do lucro acumulado deve ser atribuído para Reservas ou para dividendos. A conta Lucros Acumulados não pode figurar no Balanço Patrimonial com saldo. Gabarito D 9) (ESAF/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2001) A empresa Red Blue S/A transferiu o lucro do exercício com o seguinte lançamento: Resultado do Exercício a Lucros Acumulados Valor do lucro líquido que se transfere p/ balanço R$ 480.000,00 Após este lançamento, a empresa destinou R$ 40.000,00 para constituir reserva legal e mais R$ 40.000,00 para reservas estatutárias. Deste modo, o dividendo mínimo obrigatório, calculado com fulcro no lucro líquido do exercício, deverá ser de A) R$ 220.000,00, se o estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo permitido. B) R$ 200.000,00, se o estatuto for omisso quanto ao percentual. C) R$ 110.000,00, se o estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo permitido. D) R$ 110.000,00, se o estatuto for omisso quanto ao percentual. E) R$ 100.000,00, baseado no estatuto, que é livre para fixar qualquer percentual. Comentários O primeiro lançamento mencionado na questão é a transferência do Lucro Líquido do Exercício para Lucros Acumulados (PL). Assim, o Lucro do Exercício foi de $480.000. Depois, a empresa constituiu a Reserva Legal e a Reserva Estatutária. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br O Lucro Ajustado, no caso do Estatuto ser omisso quanto ao calculo dos dividendos, é o seguinte: Lucro líquido do exercício (-) Constituição da Reserva Legal (-) Constituição da Reserva de Contingência (+) Reversão da Reserva de Contingência (-) Reserva de Incentivos Fiscais (opcional) (-) Reserva Específica de Prêmio de Debêntures (Opcional) = Lucro ajustado (base para dividendos) Como se observa, a Reserva Estatutária não afeta o Lucro Ajustado. Portanto, na questão, fica assim: Lucro líquido 480.000 (-) Reserva Legal (40.000) = Lucro Ajustado 440.000 Se o Estatuto for omisso, deve ser destinado aos dividendos o percentual de 50% do lucro ajustado. 440.000 x 50% = 220.000 Descartamos, portanto, as letras B e D. Se o Estatuto, antes omisso, fixar o percentual mínimo, este será de 25%. 440.000 x 25% = 110.000 A opção A está errada, e a C, correta. Quanto à letra E, a questão não mencionou, em nenhum momento, que o Estatuto fixou algo em relação aos dividendos. Deve ser descartada. Gabarito C 10) (ESAF/Analista de Finanças e Controle/CGU/2004/Adaptada) Em 31 de dezembro de 2003, após contabilizar o encerramento das contas de receitas e de despesas, a empresa constatou a existência de R$ 150.000,00 de lucro líquido do exercício antes do imposto de renda, da CSLL e das participações. A distribuição do lucro promovida em seguida contemplou: • participação de administradores de 10% do lucro; AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br • participação de empregados de R$ 10.000,00; • provisão para imposto de renda e CSLL R$ 40.000,00; • constituição de reserva legal de 5% sobre o lucro; • constituição de reserva estatutária de 10% sobre o lucro; • dividendo mínimo obrigatório de 30% do lucro ajustado para este fim. Promovendo-se corretamente o cálculo e a contabilização acima indicados, a conta Dividendos a Pagar, cujo saldo era zero, aparecerá no balanço patrimonial com saldo de a) R$ 22.950,00 b) R$ 26.650,00 c) R$ 25.650,00 d) R$ 30.000,00 e) R$ 33.000,00 Comentários Lucro ante do IR/CSLL 150.000,00 (-) IR/CSLL (40.000,00) Lucro após o IR e antes das participações 110.000,00 (-) Participações de empregados (10.000,00) (-) Participações de administradores (10.000,00) Lucro líquido do exercício 90.000,00 Lucro acumulados 90.000,00 (-) Reserva legal (5%) (4.500,00) Base de cálculo para dividendos 85.500,00 X 30% Dividendos a pagar: R$ 25.650,00. Gabarito C. 11) (ESAF/Analista de Planejamento/MPOG/2008) A empresa Eliezer Freitas S.A. teve, no exercício, um resultado final no valor de R$ 15.000,00. É assim que está expresso na Demonstração do Resultado do Exercício: Lucro Líquido do Exercício R$ 15.000,00. Sabemos que nos procedimentos de apuração e distribuição do lucro houve a destinação de R$ 7.500,00 para provisão de Imposto de Renda; de R$ 2.500,00 para participações estatutárias no lucro; de R$ 1.000,00 para reserva estatutária; de R$ 500,00 para reserva legal; e de R$ 2.100,00 para dividendos obrigatórios. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Após a contabilização da destinação desse resultado, pode-se dizer que o Patrimônio Líquido da empresa Eliezer Freitas S.A. aumentou em: a) R$ 17.500,00. b) R$ 12.900,00. c) R$ 13.500,00. d) R$ 15.000,00. e) R$ 11.400,00. Comentários Lucro líquido do exercício R$ 15.000,00 Para lucros acumulados: R$ 15.000,00 (aumenta o PL). Destinações do lucro: Reserva legal: não afeta o PL. D – Lucros acumulados 500,00 (PL) C – Reserva legal 500,00 (PL) Reserva estatutária: não afeta o PL. D – Lucros acumulados 1.000,00 (PL) C – Reservas estatutárias 1.000,00 (PL) Dividendos: afeta negativamente o PL. D – Lucros acumulados 2.100,00 (PL) C – Dividendos a pagar 2.100,00 (Passivo) Portanto, o PL aumentou em 15.000 – 2.1000 = 12.900,00. Atenção! A provisão de IR é 7.500,00. Por que ela não foi deduzida do valor do lucro líquido antes de calcularmos as reservas e os dividendos? Usando o critério apresentado na lei 6.404/06 o Lucro Líquido é o lucro após o imposto de Renda e após as participações estatutárias sobre o lucro. Infelizmente, em algumas questões, a ESAF chama o Lucro Líquido de Lucro Antes do Imposto de renda, como você deve ter observado em algumas questões da banca. Assim, nessa questão, o valor do lucro líquido já estava considerando a provisão para IR, que foi colocada novamente apenas para confundir. Gabarito B. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 12) (ESAF/Analista/MPU/2004/Adaptada) A Indústria & Comércio S/A tem um capital registrado composto de quarenta mil ações a valor unitário de R$ 2,50. No exercício de 2003 a empresa apurou um lucro líquido de R$ 90.000,00. No encerramento do exercício, antes da destinação desse lucro, a empresa apresentava no patrimônio líquido, além do capital social, as seguintes contas: Capital a Integralizar R$ 10.000,00 Reservas de Capital R$ 9.000,00 Ajuste de avaliação patrimonial R$ 8.000,00 Reservas Estatutárias R$ 5.000,00 Reserva Legal R$ 17.000,00 A destinação do lucro do exercício será feita para reservas estatutárias em 10%, para dividendos e para reserva legal nos limites permitidos ou fixados. Neste caso, o valor a ser destinado à formação da reserva legal deverá ser de a) R$ zero. b) R$ 4.050,00. c) R$ 4.000,00. d) R$ 3.000,00. e) R$ 4.500,00. Comentários Capital social R$ 100.000,00 Capital a Integralizar R$ 10.000,00 Reservas de Capital R$ 9.000,00 Ajuste de avaliação patrimonial R$ 8.000,00 Reservas Estatutárias R$ 5.000,00 Reserva Legal R$ 17.000,00 Lucro líquido doexercício R$ 90.000,00 Reserva legal = 5% lucro líquido do exercício Reserva legal = R$ 4.5000,00 Limite da reserva legal = 20% capital social subscrito – reserva legal anterior. Limite da reserva legal = 20.000 – 17.000 = R$ 3.000,00. Gabarito D. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br 13) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/CE/2006) Na empresa Companhia dos Itens S/A, o Patrimônio Líquido era assim formado de Capital Social de R$ 1.500.000,00, Reservas de R$ 200.000,00 e Lucros Acumulados de R$ 80.000,00, no exercício de 2006. No encerramento do ano para fins de balanço, o resultado líquido do exercício, antes do imposto de renda, da contribuição social sobre o lucro, e das participações estatutárias, foi lucro de R$ 610.000,00. Desse lucro a empresa mandou provisionar R$ 205.000,00 para pagamento de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; e R$ 45.000,00 para Participação Estatutária de Empregados. Mandou registrar, também, Participação de Administradores de 10%, Reserva Legal de 5% e o Dividendo Mínimo Obrigatório de 25%. No exercício social em que esses fatos ocorreram o patrimônio líquido da empresa no balanço patrimonial passou a ser de (a) R$ 2.010.850,00. (b) R$ 2.027.050,00. (c) R$ 2.087.800,00. (d) R$ 2.104.000,00. (e) R$ 2.140.000,00. Comentários Inicialmente, temos de montar a demonstração do Resultado do Exercício com os dados fornecidos. Senão vejamos: Resultado Líquido do Exercício antes do IR e CSLL 610.000,00 (-) Provisão para IR e CSLL (205.000,00) Lucro Após o IR e Antes das Participações 405.000,00 (-) Participação de Empregados (45.000,00) (-) Participação de Administrador (10%x405.000–45.000) (36.000,00) Lucro Líquido do Exercício 324.000,00 Agora, deve-se fazer a transferência do resultado para a conta lucros acumulados. D - Lucro Líquido do Exercício 324.000 C - Lucros Acumulados 324.000 A questão informou que foi constituído 5% para Reserva Legal. Logo: Reserva Legal = 5% x 324.000 = R$ 16.200,00. Lucro Líquido do Exercício 324.000 AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br (-) Reserva Legal (16.200) X 25% Dividendos 76.950 A constituição do dividendo diminui o PL neste valor. Portanto, nosso PL ficará assim: Capital Social 1.500.000 Reservas 200.000 Reserva Legal 16.200 Lucro Acumulados (80.000+324.000-16.200-76950) 310.850 Valor total 2.027.050 Gabarito B. 14) (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2008) O mercado de nossa praça é uma sociedade de capital aberto que, no exercício de 2007, apurou um lucro antes do imposto de renda e das participações no valor de R$ 100.000,00. Esse lucro, segundo as normas da empresa, deverá ser destinado ao pagamento de dividendos e de imposto de renda, no mesmo percentual de 30%, calculado nos termos da lei. Também deverão ser destinados 5% para reserva legal, 10% para reserva estatutária e 10% para participação de administradores. Sabendo-se que os Estatutos da empresa mandam conceder uma participação de R$ 15.000,00 para os empregados e que o restante dos lucros, após a retirada dos percentuais acima, será segregado a uma conta de reservas de lucros, podemos afirmar que será lançado o valor de a) R$ 2.677,50, em reserva legal. b) R$ 4.950,00, em reserva estatutária. c) R$ 5.500,00, em participação de administradores. d) R$ 12.918,00, em dividendos distribuídos. e) R$ 30.000,00, em provisão para Imposto de Renda. Comentários Lucro antes do IR 100.000,00 (-) IR (30% x [100.000 – 15.000]) (25.500,00) Lucro após o IR e antes das participações 74.500,00 AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br (-) Participações de empregados (15.000,00) (-) Participações de administradores ([74.500-15.000]x10%) (5.950,00) Lucro líquido do exercício 53.550,00 Transferência para lucros acumulados: D – Lucro líquido do exercício 53.550,00 C – Lucros acumulados 53.550,00 Constituição da reserva legal (5%): D – Lucros acumulados 2.677,50. C – Reserva Legal 2.677,50. Dividendos (30%): Lucro líquido do exercício 53.500,00 (-) Reserva legal (2.677,50) Base de cálculo: 50.822,50 Dividendos: 30% x 50.822,50 = R$ 15.246,75 Constituição da reserva estatutária: 10% x Lucro líquido do exercício = 5.355,00. Gabarito A. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) No início de 2013, o Patrimônio Líquido da Cia. Madeira era composto pelos seguintes saldos: Contas de PL Valores R$ Capital Social 1.000.000 Capital a Integralizar (550.000) Reserva Legal 87.500 Reservas de Lucros 57.500 Lucros Retidos 170.000 Ao final do período de 2013, a empresa apurou um Lucro antes do Imposto sobre a Renda e Contribuições no valor de R$ 400.000. De acordo com a política contábil da empresa, ao final do exercício, no caso da existência de lucros, os estatutos da empresa determinam que a mesma deve observar os percentuais abaixo para os cálculos das Participações e Contribuições, apuração do Lucro Líquido e sua distribuição. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Dividendos a Pagar 50% Participações da Administração nos Lucros da Sociedade 20% Participações de Debêntures 25% Participação dos Empregados nos Lucros da Sociedade 25% Provisão para IR e Contribuições 20% Reserva de Lucros 20% Reserva Legal 5% O restante do Lucro Líquido deverá ser mantido em Lucros Retidos conforme decisão da Assembleia Geral Ordinária (AGO) até o final do exercício de 2014, conforme Orçamento de Capital aprovado em AGO de 2012. Com base nas informações anteriores, responda às questões de n. 23 a 26. 15) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) O valor a ser registrado como Reserva Legal é: a) R$ 2.000. b) R$ 2.500. c) R$ 3.500. d) R$ 7.200. e) R$ 7.500. Comentários Atenção! A ESAF, historicamente, sempre considerou, para os cálculos da reserva legal, o capital subscrito, na contramão de outras bancas que consideram o capital realizado. Todavia, a partir do concurso do STN, em 2013, e nesta prova também, ela considerou para o cálculo o valor do capital realizado. Lucro antes do IR 400.000,00 (-) IR (80.000,00) Lucro após o IR e antes das participações 320.000,00 (-) Participação de debenturistas (25%) (80.000,00) (-) Participação de empregados (25%) (60.000,00) (-) Participação de administradores (20%) (36.000,00) Lucro líquido do exercício 144.000,00 Limite da reserva legal: 1.000.000 – 550.00 = 450.000,00 x 20% = 90.000,00. Limite da reserva legal: 90.000 – 87.500 = 2.500,00. Reserva legal: 144.000 x 5% = 7.200,00. Todavia, só poderemos constituir 2.500,00. AULA 11 www.estrategiaconcursos.com.br Gabarito B. 16) (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014) O valor distribuído a título de dividendo é: a) R$ 160.000. b) R$ 124.800. c) R$ 96.000. d) R$ 72.000. e) R$ 68.400. Comentários Trata-se de questão em que se solicita o cálculo do valor distribuído a título de dividendos. Para chegar à resposta da banca, devemos fazer os cálculos que se seguem: Lucro antes do IR 400.000,00 (-) IR (80.000,00) Lucro após o IR e antes das participações 320.000,00 (-) Participação de debenturistas (25%) (80.000,00) (-) Participação de empregados (25%) (60.000,00) (-) Participação de administradores (20%) (36.000,00) Lucro líquido do exercício 144.000,00 Deste valor, destinaram-se 50% para o cálculo dos dividendos. Dividendos a Pagar = 50% x 144.000,00 = 72.000,00 Ocorre que este cálculo toma direção diametralmente oposta ao que vinha sendo adotado pela Escola de Administração Fazendária – ESAF - em outros concursos. A resolução ora exarada vai de encontro ao que a banca vinha adotando sistematicamente. A ESAF sempre ajustou o lucro líquido nos termos do artigo 202 da Lei 6.404/76, mesmo que o estatuto nada dissesse a respeito. Segundo a Lei 6.404/76: Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo
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