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Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre FACULDADE NOBRE CURSOS DE GRADUÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA E ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Prof.º MSc. JODILSON AMORIM CARNEIRO Pontos, Direções e Planos Cristalográficos Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre INTRODUÇÃO • Ao correlacionar várias propriedades e estruturas cristalinas, é necessário identificar direções específicas no cristal. • Estas direções podem ser obtidas se usarmos a célula unitária como base. 2 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Sistemas cristalinos 3 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre 4 Romboédrico (trigonal) Ortorrômbico Monoclínico Triclínico Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre 5 COORDENADAS DE PONTOS q r s Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre COORDENADO DE UM ÁTOMO EM UMA REDE CÚBICA SIMPLES • As coordenadas do átomo vermelho são: ( a, a, 0) • Que podem ser inscritos em termos do parâmetro de rede como: (1,1,0) 6 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre • Posições atômicas em células unitárias cúbicas 7 COORDENADAS DE PONTOS Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre • Posições atômicas em células unitárias cúbicas 8 COORDENADAS DE PONTOS (a) Célula unitária da blenda de zinco;, (b) vista superior. Indicação das osições relativas dos átomos em relação a altura da célula... a).. b).. Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre COORDENADAS DE PONTOS • Para a célula unitária a seguir, localizar o ponto de coordenadas ½ 1 ¼ 9 Sistema cristalino Monoclínico Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS • É definida como sendo uma linha entre dois pontos, ou um vetor. 10 Representação dos índices direcionais [ u v w ] Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS 11 Certos processos físicos envolvem a interação entre os átomos dispostos segundo certas direções. Por exemplo: • um feixe de luz sendo transmitido através de uma estrutura cristalina. O feixe percorre a estrutura em uma dada direção e interage com os átomos. • Uma tração agindo em certa direção em uma estrutura cristalina tende a afastar os átomos naquela direção. As diferentes distâncias interatômicas das diferentes direções resultam em diferentes respostas do material ao estímulo externo. Certas propriedades dependem das direções cristalinas em que são medidas, como o índice de refração e o módulo de elasticidade. À dependência que as propriedades exibem com a direção cristalina em que são medidas dá-se o nome de anisotropia. Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Etapas a serem seguidas para determinação dos três índices direcionais • Posicionar o vetor, com comprimento conveniente, de forma que ele passe na origem do sistema de coordenadas • Determinar o comprimento das projeções do vetor sobre cada um dos três eixos principais • Os valores obtidos deverão ser multiplicados ou divididos de maneira a reduzi-los aos menores valores inteiros • Os três índices são colocados entre colchetes, sem ser separados por virgulas [ u v w] Obs: Qualquer vetor pode ser movido por toda a rede, desde que seu paralelismo seja mantido Para cada um dos três eixos, podem existir tanto coordenadas positivas como negativas 12 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Etapas a serem seguidas para determinação dos três índices direcionais 13 Projeção sobre o eixo y(b) Projeção sobre o eixo x (a/2) x y z projeções Projeções ( a, b, c) redução [ u v w ] a/2 b 0c 1/2 1 0 1 2 0 [ 1 2 0 ] Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Índices Direcionais Negativos Representação dos índices direcionais [ u v w ] 14 _ Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Direções cristalográficas: Exemplos 15 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre • cristais hexagonais 19 DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS Sistema de coordenadas de quatro eixos ( Miller – Bravais ) Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre • cristais hexagonais 20 DIREÇÕES E PLANOS CRISTALOGRÁFICAS Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre • cristais hexagonais 21 DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS Delineação de um dos três paralelepípedos Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Determinar os índices para a direção mostrada na célula unitária hexagonal abaixo 22 DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Converter as direções [ 1 1 0] e [ 0 1 1 ] para o esquema de quatro índices de Miller- Bravais para a células unitárias hexagonais. 23 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre PLANOS CRISTALOGRÁFICOS • Orientações semelhantes às direções cristalográficas • Especificados por três índices de Miller ( h k l ) • Quaisquer dois planos paralelos entre si são equivalentes e possuem índices idênticos 24 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre PLANOS CRISTALOGRÁFICOS • A clivagem de certos minerais ocorre em determinados planos atômicos. • A supercondutividade elétrica de certas fases cristalina existe em certos planos cristalinos. • São os planos cristalinos que emitem os sinais na técnica de difração de Raios X, largamente empregada na investigação de materiais. • A plasticidade dos metais está relacionada ao movimento de defeitos cristalinos, as discordâncias, em planos cristalinos preferenciais. Isto justifica o estudo dos planos cristalinos. 25 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Direções cristalográficas Etapas a serem seguidas para determinação dos índices de Miller • Se o plano selecionado passa na origem, ou cria-se um outro plano paralelo mediante uma translação apropriada ou deve ser estabelecida uma nova origem no vértice de outra célula unitária • Neste ponto, ou o plano cristalográfico intercepta ou ele é paralelo a cada um dos três eixos ; o comprimento da interseção planar é a, b e c • Os valores inversos desses números são calculados e tomados • Se necessário, esses três números são modificados para se obter um conjunto de números inteiros • Os números obtidos são apresentados obtendo-se: (h k l) 26 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre PLANOS CRISTALOGRÁFICOS • Representação dos planos cristalográficos (h k l ) 27 Outros planos (001) equivalentes Plano (001) com referencia à origem Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre PLANOS CRISTALOGRÁFICOS • Representação dos planos cristalográficos (h k l ) 28 Outros planos (110) equivalentes Plano (110) com referencia à origem Plano (111) com referencia à origem Outros planos (111) equivalentes Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Determinar os índices de Miller para a direção mostrada na célula unitária hexagonal abaixo 29 PLANOS CRISTALOGRÁFICOS Aula4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre x y z interseções Interseções (a, b, c) Inverso Reduções ( u v w ) Determinar os índices de Miller para a direção mostrada na célula unitária hexagonal abaixo 30 PLANOS CRISTALOGRÁFICOS a -b c/2 -1 1/2 0 -1 2 (0 1 2) Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre planos cristalográficos: exemplos 31 Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre DENSIDADES LINEAR E PLANAR Densidade Linear DL = 32 Número de átomos centrados sobre o vetor direção Comprimento do vetor direção (nm-1) CFC DL110= (2 átomos) / 4R Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre ARRANJOS ATÔMICOS CFC 33 Os arranjo atômico para um plano cristalográfico, o que frequentemente é de interesse, depende da estrutura cristalina Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre ARRAMJOS ATÔMICOS CCC 34 Os arranjo atômico para um plano cristalográfico, o que frequentemente é de interesse, depende da estrutura cristalina Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Planos cristalográficos • Para algumas estruturas cristalinas que possuem a mesma compactação atômica, mas com índices diferentes, são equivalentes. • Nos cristais cúbicos , todas os planos representadas pelos índices abaixo, são equivalentes 35 E são representados da seguinte forma: Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre 36 PLANOS CRISTALOGRÁFICAS Esta equivalência não é verdadeira para outros sistemas cristalinos No sistema tetragonal os planos da família Conteria apenas os planos Uma vez que Não são equivalentes Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Os indices (h k l ) são identificados diretamente no paralelepípedo dentro da célula hexagonal, e sua obtenção é idêntica para ambos os sistemas de indexação • cristais hexagonais 37 PLANOS CRISTALOGRÁFICAS Sistema de coordenadas de quatro eixos ( Miller – Bravais ) ( h k i l ) Deteminação do indice ( i ) i= - ( h+k ) Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre • cristais hexagonais 38 PLANOS CRISTALOGRÁFIC0S Delineação de um dos três paralelepípedos Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Determinar os índices de Miller-Bravais para o plano mostrado na célula unitária hexagonal 39 PLANOS CRISTALOGRÁFICOS Delineação de um dos três paralelepípedos a1 a2 z projeções Projeções ( a, b, c) Inverso redução [ h k l ] a -a c 1 -1 1 1 -1 ( 1 1 1 ) 1 i = - (h+k) = - ( 1-1 ) = 0 ( 1 1 0 1 ) ( h k i l ) Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Determinar os índices de Miller-Bravais para o plano mostrado na célula unitária hexagonal abaixo: 40 PLANOS CRISTALOGRÁFICOS Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre DENSIDADE PLANAR Densidade Planar DP = 41 Número de átomos centrados sobre um plano Área do plano (nm-2) CFC DP110= (2 átomos) / 8R 22 2R2 4R Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre ( D Linear; D Planar ) X ESCORREGAMENTO 42 O processo de escorregamento (deformação plástica nos metais) ocorre nos planos cristalográficos mais densamente compactados e naqueles planos, ao longo das direções que possuem a maior compactação atômica Direção da força P la n o d e e s c o rr e g a m e n to Aula 4: Ciência e Tecnologia dos Materiais 1º Bimestre Obrigado! REFERENCIAS CALLISTER JR. , William D. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 7.ed. Rio de janeiro:LTC, 2012. .----- . Fundamentos da Ciência e Engenharia de materiais: uma abordagem integrada. 2.ed. Rio de Janeiro:LTC, 2006.
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