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Resumo Sociologia Geral - Durkhein e Comte

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Sociologia Geral 
A sociologia é fruto da Revolução Industrial e é denominada "ciência da crise", 
porque procurou dar respostas às questões sociais impostas por essa revolução que, 
num primeiro momento, alterou a sociedade europeia e, depois, o mundo todo. 
A Sociologia como "ciência da sociedade" é fruto de todo um conhecimento 
sobre a natureza e a sociedade que se desenvolveu a partir do século XV; quando 
ocorreram transformações significativas que tiveram como resultado a desagregação 
da sociedade feudal e a constituição da sociedade capitalista. Essas transformações 
- a expansão marítima, o comércio ultramarino, a formação dos Estados nacionais, a 
Reforma Protestante e o desenvolvimento científico e tecnológico - estão vinculadas 
umas às outras e não podem ser entendidas de forma isolada. 
A expansão marítima europeia teve um papel importante nesse processo, a 
definição de um mundo territorialmente muito mais amplo, com diferentes povos e 
culturas, exigiu a reformulação do modo de ver e de pensar dos europeus. Ao mesmo 
tempo em que se conheciam novos povos e novas culturas, instalavam-se colônias 
na África, na Ásia e na América, ocorrendo com isso a expansão do comércio de 
mercadorias entre as metrópoles e as colônias, bem como entre os países europeus. 
A exploração de metais preciosos, principalmente na América, e o tráfico de 
escravos para suprir a mão-de-obra nas colônias deram grande impulso ao comércio, 
que não mais ficou restrito aos mercadores das cidades-repúblicas (Veneza, Florença 
ou Flandres), passando também para as mãos de grandes comerciantes e de 
soberanos dos importantes Estados nacionais em formação na Europa. 
As mudanças que se operavam nas formas de produzir a riqueza só poderiam 
funcionar se ocorressem modificações na organização política. Assim, pouco a pouco, 
desenvolveu-se uma estrutura estatal que tinha por base a centralização da justiça, 
com um novo sistema jurídico baseado no Direito romano. Houve também a 
centralização das forças armadas, com a formação de um exército permanente, e a 
centralização administrativa, com um aparato burocrático ordenada hierarquicamente 
e com um sistema de cobrança de impostos que permitiu a arrecadação constante 
para manter todo esse aparato jurídico-burocrático-militar sob um único comando. 
Nasceu, dessa forma, o Estado moderno, que favoreceu a expansão das atividades 
vinculadas ao desenvolvimento da produção têxtil, à mineração e à siderurgia, bem 
como ao comércio interno e externo. 
A razão passava a ser soberana e era entendida como elemento essencial para 
se conhecer o mundo; os homens deviam ser livres para julgar, avaliar, pensar e emitir 
opiniões, sem se submeter a nenhuma autoridade transcendente ou divina, que tinha 
na Igreja a sua maior defensora e guardiã. 
A sociologia é chamada de “ciência da crise”. 
Como surgiram as Ciências Sociais? 
Através de contribuições intelectuais, feitas pelo Renascimento com seu método 
científico (Saber é Poder!) e o Iluminismo com sua crítica social e política. Também 
pelas circunstâncias históricas, a Revolução Industrial (revolução do mundo 
material) e a Revolução Francesa (revolução do mundo social político). Assim a 
modernidade oferece um conforto material, porém cobra um “preço” social e psíquico, 
por exemplo, somos mais ricos porém tristes. E o método científico responde e resolve 
esse “preço”. 
 
Quais os meios estudados pelas Ciências Sociais? Eles estudavam as relações 
entre indivíduos e as comunidades. Antes eram trabalhadores do campo que viviam 
em simplicidade estável e coletiva, que com a rev. indust. passaram a ir para as 
cidades trabalhar por si, competindo, tomados pelo dinamismo. 
 
Surgimento das ciências jurídicas 
O direito antes da crise era entendido de duas formas: a primeira se referia ao 
fato de, ser um reflexo da ordem do cosmo, ou seja, a ordem natural era a base, 
assim, quem tomava as decisões na época eram os guerreiros por usarem a força, 
os anciões por ter serem os mais antigos e pelo tempo saberem mais e por fim, os 
sábios por seu intelecto e a razão. E através da vontade divina, onde a onipotência, 
onisciência e o infinito/eterno, interpretados pelos sacerdotes e profetas, 
justificavam as coisas. 
 
O Direito antes da revolução era um dado da realidade onde o que reinava era 
a ordem simples e a vontade divina que com a Rev. Industrial e a Rev. Francesa 
sofreu diversas mudanças que trouxeram expectativas e incertezas, assim, passou a 
ser um objeto de estudo firmado na ordem social e na vontade humana. 
Essa transformação do direito foi com a dessacralização sagrada, para poder 
dizer que o direito poderia mudar e não só mutável, mas segundo a secularização o 
direito muda com o tempo, sendo ele um produto histórico. Por tanto o direito se torna 
um reflexo da vontade dos homens e não mais de Deus, assim então foram elegidos 
representantes legislativos para que a racionalização fosse a base das normas 
jurídicas no lugar das emoções e com o passar do tempo nosso sistema ficou mais 
complexo e por isso a necessidade de mais códigos, então, por se tornar mais 
complexo, o direito passou a ser mais específico ( DP, DC, DT). Por fim, foram criadas 
faculdades para “treinar” pessoas, passando a se ter o direito com objeto de estudo. 
 
Auguste Comte e o positivismo 
Para Comte, a desordem e a anarquia imperavam por causa da confusão de 
princípios (teológicos e metafísicos) que não podiam mais se adequar à sociedade 
industrial em expansão. Era, portanto, necessário superar esse estado de coisas, 
usando a razão como fundamento da nova sociedade industrial. 
A ciência deveria ser um instrumento para a análise da sociedade a fim de 
torná-Ia melhor. O lema era: "Conhecer para prever, prever para prover", ou seja, o 
conhecimento deveria existir para fazer previsões e também para dar a solução dos 
possíveis problemas. 
Para Comte, a Sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para 
organizá-la e reformá-la depois. Os estudos da sociedade deveriam ser feitos com 
espírito científico e objetividade. 
Positivismo é a doutrina criada por Augusto Comte que sugere a observação 
científica da realidade, cujo conhecimento viabilizaria o estabelecimento de leis 
universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte acreditava ser 
possível observar a vida social por meio de um modelo científico, interpretando a 
história da humanidade, e a partir dessa análise, criar um processo permanente de 
melhoria e evolução. O positivismo faz o uso da ciência (saber) para conhecer as 
incógnitas e responder as perguntas para alcançar a ordem, enquanto pela técnica 
(poder) ele controla as variáveis existentes para resolver problemas atingindo o 
progresso. Ou seja, o positivismo tenta pegar os problemas e perguntas sociais e 
aplicar a técnica e ciência da sociedade para resolver tais problemas. Assim, pela 
ciência se consegue a ordem e pela tecnologia, o progresso. 
 
A filosofia da história (lei dos três estados): serve para mostrar onde e como 
caminha o desenvolvimento da sociedade. Para Comte, as sociedades, ciências e 
culturas evoluem através de três fases: 
 
Estado Teológico ou fictício – Pode ser interpretado com a infância do homem onde 
ele se deixa levar pelo mito e magia, ele interpreta o mundo com fruto da intervenção 
divina. Uma época de estagnação onde há Ordem sem Progresso por serem todos 
“fantoches” obedientes as ordens do Monarca e dos deuses. 
 
Estado Metafísico ou abstrato – Tido como a adolescência do homem onde ele 
passa a questionar as coisas, fazendo o uso da filosofia, buscando explicações para 
os fenômenos da natureza. Tomada pelo caoshavia Progresso sem Ordem, pelo 
falo de se desprender dos deuses e fazerem questionamentos, mas ninguém 
respeitava o outro. Aqui o contrato social substitui o mandamento, a vontade popular 
pela divina e o jurista substitui o profeta. 
Estado Positivo ou científico – Nessa fase o homem já era maduro, tendo ele 
conhecimento graças à ciência/técnica. Eles passaram a observar invés de especular, 
buscando a relação dos fenômenos objetivos e concretos. Adotavam regimes militares 
para fazerem a ordem e davam poderes aos cientistas para fazerem o progresso. 
 
Sobre a “física social” – Bolo de noiva – Para Comte, a evolução de cada uma das 
ciências obedece aqueles 3 estados (teológico, metafísico e positivo) e elas se 
classificam de acordo com a complexidade de fenômenos estudada por elas. As 
ciências mais simples como a matemática são mais gerais, enquanto as especificas 
são mais complexas (sociologia). 
A física social serve para explicar e resolver a crise, ela pode ser dita como “a 
ciência que faltava”. É então feito um coroamento das ciências, da mais simples e 
ampla a mais complexa e restrita, e nesse coroamento, a ciência seguinte só pode 
progredir (atingir o estado positivo) se a posterior estiver positivada, assim, uma 
ciência é à base da outra. 
Por fim, para Comte existiam duas tendências que atuam no funcionamento do mundo 
social: 
A estática tratava-se das condições constantes da sociedade, como e por que 
suas estruturas continuam inalteradas. E a dinâmica que se referia as condições da 
progressiva mudança da sociedade, como e por que seus elementos evoluem. Para 
o sociólogo a dinâmica é subordinada à estática, devendo então haver ordem para 
haver progresso. Para ele ordem sem progresso seria uma estagnação enquanto o 
contrário traria o caos. 
 
Émile Durkheim 
Émile Durkheim procurou sistematicamente definir o caráter científico da 
Sociologia e constituiu a corrente teórica e metodológica. 
A principal preocupação de Durkheim, muito específica, foi dar um estatuto 
científico à Sociologia. Para isso envidou seus maiores esforços. Formulou alguns 
parâmetros lógicos importantes: 
 Os fatos sociais só podem ser explicados por outro fato social. 
 Os fatos sociais devem ser analisados como se fossem coisas, isto é, na sua 
materialidade. 
 É necessário abandonar os preconceitos ao analisar os fatos sociais. 
Partindo da afirmação de que a raiz de todos os males da sociedade de seu tempo 
era uma certa fragilidade da moral (idéias, normas e valores), a preocupação de Émile 
Durkheim foi com a ordem social. Procurou resolver isso propondo a formulação de 
novas idéias morais capazes de guiar a conduta dos indivíduos. A ciência, 
especialmente por meio da Sociologia, com suas investigações, poderia indicar os 
caminhos e as soluções, pois os valores morais constituíam uns dos elementos mais 
eficazes para neutralizar as crises econômicas e políticas. 
Com base nesses valores seria possível criar relações estáveis entre os homens. 
Assim o elemento fundamental para Durkheim é a integração social, que aparece em 
sua obra por meio do conceito de solidariedade, que permite a articulação funcional 
de todos os elementos da realidade social. 
Outra preocupação de Durkheim foi com o processo educacional e a maneira como 
a Sociologia poderia servir para que a educação francesa se desvencilhasse das 
amarras religiosas existentes em seu tempo. Os esforços para conferir um status 
científico à Sociologia e as primeiras análises propriamente sociológicas do processo 
educativo caminharam juntos. Essas análises estavam relacionadas com a 
possibilidade de se instituir uma educação de cunho laico e republicano, em 
contraposição à presença religiosa e monarquista no sistema de ensino francês. 
A Sociologia como disciplina foi inicialmente ministrada nos cursos secundários e 
só depois nos universitários. Esteve vinculada à perspectiva de transformação da 
educação francesa e à nova moral burguesa. Durkheim preocupou- se tanto com a 
questão educacional que esta foi uma constante em sua vida acadêmica; ele refletiu 
não só sobre a história da organização educacional francesa, como também sobre os 
conteúdos que estavam sendo ministrados. 
Durkheim – Fatos sociais e Solidariedade 
Ele começa dando nome ao objeto a ser estudado pela sociologia, esse objeto 
se chama fato social, entendidos como: formas de pensar e agir de cada indivíduo 
na sociedade. É algo que não vem do indivíduo, mas sim do todo. 
Durkheim fala que os fatos sociais devem ser estudados como se fossem 
coisas. Porque as coisas se definem como aquilo que se estuda a partir do exterior 
(objetivamente), em oposição às ideias que são estudadas a partir do interior do 
indivíduo (subjetivamente). 
O sociólogo dá aos fatos sociais três características para diferenciarmos dos 
fatos psíquicos: 
1º Exterioridade: “fora da gente”. Não dependem de nós. São os costumes e 
tradições que já existiam antes de nós nascermos e continuaram existir mesmo depois 
da nossa morte. 
2º Coercitividade: É uma força moral que nos obriga a ir de acordo com os 
fatos sociais. Essa força leva os indivíduos a se comportarem conforme as exigências 
da sociedade. 
3º Generalidade: São compartilhados, tornando-se gerais, pelo falo de se 
aplicarem a todos. Ele pode ser tido como geral quando ele impõe-se a quase todos 
os indivíduos submetidos às mesmas forças e obrigações. 
Os fatos psíquicos são interiores, voluntários e individuais. 
 
Solidariedade 
Esse termo na sociologia refere-se aos vínculos entre os indivíduos que 
ocorrem por dois motivos: 
Solidariedade provocada por semelhanças que se reforçam (mecânica). Essa 
é direta e simples. Solidariedade por diferenças que sem completam (orgânica). 
Sendo indireta, complexa e deliberada. 
 
Solidariedade Mecânica: ocorre nas sociedades primitivas, nas quais os 
indivíduos têm poucas diferenças e partilham dos mesmos valores. A pequena 
população das sociedades primitivas permite que todos os indivíduos se conheçam e 
se integrem fortemente. 
Solidariedade Orgânica: presente nas sociedades mais complexas, aqui os 
indivíduos tem diferenças múltiplas, prevalecendo à consciência individual, ela é 
marcado pela divisão de trabalho. A complexidade das necessidades do indivíduo 
moderno exigiu a divisão do trabalho (especialização). A especialização levou a 
diferenciação das personalidades.

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