Buscar

Anemia Megaloblastica por deficiencia de ácido folico e sua relação com a gestação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

���
	
DESORDENS NUTRICIONAIS EM GESTANTES POR DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO OCASIONADO POR ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
Dayane França Silva, Isabelle Cristina Santos de Souza, Maria Alice, Maria Gabriela da Silva, Marta joselma da Silva, Pedro Renato Bernardo da Silva Lucas, Vitoria Cristiana do Nascimento.
Professor fomentador: Dr.Wellington Marques, da turma 2AM
E-mail do responsável: Martajoselmasilva@gmail.com
Unibra
Curso de Nutrição- Interdisciplinar 2017.2
Recife, Pernambuco.
Palavras-chaves: Desordens nutricionais, ácido fólico, gestação, anemia megaloblástica.
Introdução 
 As anemias megaloblásticas são ocasionadas por inúmeros defeitos na síntese do DNA ocasionando, assim, um conjunto comum de anormalidades, hematológicas do sangue periférico e da medula óssea. (Sá, 2017).
 Uma das causas da anemia megaloblástica é a deficiência por ácido fólico, comum em mulheres grávidas, idosos, bebês prematuros e recém-nascidos. Em grávidas a carência se dá pelo aumento das necessidades nutricionais para o desenvolvimento do feto. (PONTES, 2008). 
 A carência do ácido fólico na gestação pode trazer como consequências para o bebê como malformações fetais, denominadas como defeitos no tubo neural (PONTES et al 2008).
Objetivos
Abordar a importância do ácido fólico para a prevenção da anemia megaloblástica na gestação e possíveis defeitos no desenvolvimento fetal por sua carência. 
Metodologia
 Pesquisa bibliográfica, sobre o tema desordens nutricionais em gestantes por deficiência de ácido fólico ocasionado por anemia megaloblástica, realizada no período de agosto a outubro de 2017. As bases de dados utilizadas foram Scielo e Google acadêmico, onde foram selecionados artigos e revistas científicas, os descritores utilizados foram: anemia megaloblástica, ácido fólico, gestação e defeitos no tubo neural. Também foi usado livros acadêmicos como fonte de pesquisa. Foi usado como critério de inclusão artigos, livros e revistas encontrados apenas em português, de 2005 até 2017.
Discussão
A anemia megaloblástica, por deficiência de ácido fólico, pode ocorrer em até 25% das gestantes sem suplementação. (VITOLO, 2015). A deficiência de ácido fólico também ocorre com maior predominância em idosos, recém-nascidos, bebes prematuros. Atingindo também indivíduos que ingerem anticonvulsionantes e usam pílula anticoncepcional. (SÁ, 2017).
 Ainda de acordo com os autores, durante a gestação, o sistema orgânico materno e as vias metabólicas, sofrem várias adaptações fisiologias. A necessidade de folato aumenta na gestação, pois ele é percussor em importantes atividades como a divisão celular e síntese proteica.
 O folato é digerido no intestino delgado pela hidrolase pteroilpoliglutamato conjugase, uma peptidase dependente de zinco do suco pancreático, da bile e da mucosa da borda em escova. A conjugase é uma metaloezima dependente de zinco, a deficiência desse mineral pode prejudicar a absorção de folato. O folato livre, liberado pela conjugase é absorvido por transporte ativo no duodeno e jejuno. (COZZOLINO, 2016).
 Segundo Tomich, Rocha, Ferreira (P. 179 apud ALEMDAROGLU, 2001) O folato atua como cofator essencial em muitas reações do metabolismo intermediário, como a transferência de unidades de carboidratos, a síntese de nucleotídeos, a interconversão de aminoácidos (metronomo-homocisteina) requerendo cobalamina de forma a prover S adenosilmetionina para a metilação do DNA, RNA e proteinas, essencial para períodos de rápida proliferação celular, como a gestação por conta do desenvolvimento e crescimento fetal, além da intensa atividade hematopoiética. O folato é essencial para a formação da hemácias e leucócitos na medula óssea e para a manutenção da heme.
 Assim que o folato é absorvido ele é retirado rapidamente da corrente sanguínea e isolado em compartimentos para metabolismo, armazenamento ou recirculação enteroepatica. Uma parte de sua metabolização ocorre no fígado. (CARMEL, 2009).
 A carência de ácido fólico pode trazer como consequências para o bebê malformações fetais denominadas como defeitos no tubo neural. (PONTES, et al; 2008). Inúmeros defeitos na síntese do DNA provocam as anemias megaloblásticas. No individuo normal através da vitamina B9 (ácido fólico) e vitamina B12 (cobalamina) irá ocorrer a síntese normal do DNA e a hematopoese, com a deficiência não acontece a produção de DNA prejudicando a maturação nuclear, a hemácia em formação possui núcleo. (SÁ,2017). Existem três linhagens hematopoiéticas; série vermelha, séries megacariocitária e série granulocitica. Na série branca os percussores granulociticos são muito grandes e com metamielocistos também grandes e seu núcleo em forma de ferradura. Na medula óssea a série vermelha, apresenta o excesso de mitose, as células em formas grandes, hemoglobolinização normal, o núcleo imaturo, o citoplasma maduro, a cromatina nuclear reticulada, eritroblastos bi ou multinucleados, e percussores jovens com basófilo citoplasmático acentuado. A série megacariocitarea é menos afetada mas tem anormalidades no núcleo bem evidente. (SILVEIRA; GUALANDRO, 2005). Mais precisamente, o ácido fólico tem importante função na saúde, estabilidade e manutenção do material genético (SANTOS; LIMA, 2015).
 Existe a possibilidade de defeitos congênitos que resultam em falhas do desenvolvimento fetal se relacionarem com a expressão de genes responsáveis pela hipometilação, como o poliformismo no gene C677T e do gene MTHFR. (BRANDALIZE, 2009). O poliformismo tem sido associado a concentrações de produtos derivados da via metabólica do folato. (SILVA, 2010). 
 Outro fator incomum que pode ocasionar a anemia megaloblástica é a Difilobotriose, uma parasitose conhecida como Tênia do peixe, ela é capaz de retirar a vitamina B12 do intestino delgado. A causa dessa doença é o Diphyllobothrium latum, a doença ocorre em áreas onde lagos e rios coexistem com o consumo humano de peixe cru, malcozido ou defumado. Estas áreas são encontradas na Europa, Rússia, América do Norte e Ásia. Somente 2 países da América do sul, Chile e Argentina, reportaram casos de difilobotriose por D. latum. (EMMEL, et al. 2016).
Os meios para realização do diagnóstico da anemia megaloblástica variam de acordo com as apresentações clinicas, pois muitas vezes os sintomas podem não ser suficientes para afirmar o diagnostico que inicialmente é feito através da iniciação das alterações morfológicas caracterizas em sangue periférico e medula óssea, além das alterações morfológicas observadas pelo hemograma e mielograma são realizados outros exames como dosagem de cobalamina sérica, dosagem de folato sérico e eritrocitário, dosagem de homocisteina, entre outros.(TOMICH, 2012).
 O ácido fólico é uma vitamina hidrossolúvel, que é adquirida por síntese microbiana, na dieta ou na suplementação. A dieta rica em ácido fólico é feita por alimentos como: vegetais, laticínios, frutos do mar, castanhas, cereais, frutas e seus sucos e a carne de frango e bovina. A Suplementação de folato na pré concepção e durante a gestação nos 3 primeiros meses é de grande importância para a prevenção de anemias. (COZZOLINO,2016).
 Existem estratégias de saúde recomendadas pela OMS como abordagem para diminuir carência nutricionais, como o enriquecimento de alimentos com micronutrientes. No Brasil o enriquecimento obrigatório de ácido fólico e ferro em farinhas de trigo e milho em 2002. Com essa iniciativa, foi verificada uma redução de 30% na prevalência de doenças do tubo neural em bebês. (LIMA,2017).
Conclusão
 Níveis controlados de folato são de grande importância para a saúde da gestante, com relação a anemia megaloblástica, e do feto, para seu desenvolvimento e crescimento normais. O tratamento para essa anemia se daria por uma reeducação alimentar e suplementação, que independente do quadro de anemia megaloblástica ou não, também deve ser recomendado para gestantes e mulheres na fase pré concepcional. Levando também a consideração de se analisar o real fator peloqual se dá a anemia, pois ela não é ocasionada apenas por deficiência de folato e sua suplementação desnecessária poderia mascarar os sintomas da doença causadas pela deficiência de vitamina B12. 
Referências
ANVISA. Enriquecimento de farinhas de trigo e amilho com ácido folico. MACROTEMA DOS ALIMENTOS. Brasília, V.1, p. 1-19, 2017
COZZOLINO, S. Biodisponibilidade de Alimentos. Barueri: Manole Ltda., 2016
EMMEL, V. et al. Diphyllobothrium latum: relato de caso no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Porto Alegre, p. 82 a 84, jan-fev, 2016.
PONTES, E.L.B., Passoni, C.M.S., Paganotto, M.; Importância do ácido fólico na gestação: requerimento e biodisponibilidade; caderno da escola de saúde; Paraná; v. 1; n°
SÁ, L. A anemia megaloblásticas e seus efeitos fisiopatológicos. REV.ELETRON.ATUALIZA SAUDE, Salvador, v.5, n.5, p. 55-01, jan/jun.2017
SHILS, et al. Nutrição moderna na saúde e na doença; 10 edição; Barueri/SP; editora Manole; 2009
SILVEIRA, P., GUALANDRO, S. Anemias. In: LORENZI, T.(Org). ATLAS DE HEMATOLOGIA. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2005. p.347
TOMICH, B.P., ROCHA, R.D.R, FERREIRA, M.F.R., Anemia Megaloblástica; Pós em revista, Belo Horizonte/MS; 6 edição; p. 179. ;2012
VITOLO, M. Aspectos fisiológicos e nutricionais na gestação. In: VITOLO, M. (org). NUTRIÇÃO DA GESTAÇÃO AO ENVELHECIMENTO. Rio de Janeiro: Editora Rúbio LTDA, 2015. p. 79-82.
VITOLO, M. Aspectos fisiológicos e nutricionais na gestação. In: VITOLO, M. (org.). NUTRIÇÃO DA GESTAÇÃO AO ENVELHECIMENTO. Rio de Janeiro: Editora Rúbio LTDA, 2015. p. 98-107;
VITOLO, M. Aspectos fisiológicos e nutricionais na gestação. In: VITOLO, M. (org). NUTRIÇÃO DA GESTAÇÃO AO ENVELHECIMENTO. Rio de Janeiro: Editora Rúbio LTDA, 2015. p. 114-128.
 
�

Outros materiais