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Vitaminas Hidrossolúveis

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72 
III Ciclo Científico da Faculdade São Paulo – FSP, 2015 
Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 3, n. Esp. jul./dez., p. 72-82, 2015. ISSN: 2358-0909 
 
 
Vitaminas Hidrossolúveis1 
 
 Ana Paula Rodrigues
2
 
Eliane Franco De Carvalho
2 
Janaína Dias Da Silva
2 
Tânia Eugênia Da Silva
2 
Thiago Kastell Mazeto
3
 
 
 
Resumo: As vitaminas hidrossolúveis são substâncias orgânicas polares, que se solubilizam em meio aquoso, 
mais precisamente no intestino delgado. Sua presença no organismo é de fundamental importância, uma vez 
que esses compostos funcionam como cofatores enzimáticos. A carência nutricional das vitaminas está 
diretamente ligada a dois fatores: à dieta nutricional, podendo ser por uma alimentação mal equilibrada 
(falta da ingestão) ou a problemas metabólicos, onde o indivíduo ingere as vitaminas, mas estas não são 
absorvidas pelo organismo. A deficiência de vitaminas hidrossolúveis no organismo leva a chamada carência 
nutricional das vitaminas do complexo B, com complicações que vão desde fraqueza a problemas 
relacionados ao Sistema Nervoso Central (SNC). A ingestão diária de alimentos contendo essas vitaminas é 
fundamental, uma vez que o organismo não armazena vitaminas, e não é capaz de sintetizá-las. 
 
PALAVRAS–CHAVES: Vitaminas. Hidrossolúveis. Carência nutricional. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
As vitaminas são moléculas orgânicas necessárias ao processo metabólico do 
organismo humano, por possuírem importantes nutrientes. Nos alimentos são encontradas 
em baixa concentração. As vitaminas diferentes do que popularmente são vista é requerida 
pelo organismo em quantidade mínima (MELO, 2005; MORESCHI; ALMEIDA, 2009). 
Portanto as vitaminas não são fonte de energia para o nosso corpo, sendo, portanto 
necessária à ingestão da quantidade suficiente para suprir a carência do organismo bem 
como evitando quantidades exageradas para que não ocorra intoxicação por conta do 
excesso de vitaminas. A carência nutricional ocorre em duas fazes, primária onde as 
vitaminas não estão sendo ingerida em quantidade suficiente para ser absorvida pelo 
organismo, isso ocorre devido à falta de alimento, dieta mal equilibrada ou até mesmo uso 
de medicamentos que inibem a absorção de certas vitaminas. Esses fatores estão 
relacionados com a idade, sexo, bem como as atividades que este indivíduo realiza. E 
secundária quando á ingestão, mas por alguma razão a absorção é prejudicada ou a 
eliminação está sendo em excesso, ou seja, o indivíduo ingere corretamente a vitamina, mas 
o organismo está comprometido fisiologicamente deixando indisponível a quantidade 
necessária de vitaminas (FARRELL; NICOTERI 2005, p. 06). 
 
1
 Trabalho apresentado no III Ciclo de Iniciação Cientifica da Faculdade São Paulo – FSP 
2
 Acadêmicos do Curso de Farmácia – Faculdade São Paulo – FSP 
3
 Professor Mestre. Faculdade São Paulo 
73 
III Ciclo Científico da Faculdade São Paulo – FSP, 2015 
Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 3, n. Esp. jul./dez., p. 72-82, 2015. ISSN: 2358-0909 
 
Tendo em vista que o organismo necessita de uma pequena quantidade de vitaminas 
para suprir suas necessidades elas exercem papel fundamental, suprir carência nutricional, 
auxiliaras respostas imunes além de atuar como cofatores, ou seja, é necessária para 
acontecer reação catalítica. Abito alimentar saudável, variedades na dieta e qualidade 
de vida são fundamentais na absorção, uma vez que a não ingestão das vitaminas 
desenvolve carência nutricional muito rápido, por razão do nosso organismo não ser 
capazes de sintetizar vitaminas, sendo então necessária a obtenção das mesmas através do 
processo exógeno, por alimentação ou por uso de medicamentos a base de vitaminas. 
Gestante, criança e idoso necessitam de um acompanhamento melhor quanto à carência 
nutricional uma vez que o metabolismo desse grupo de pessoas se encontra em situações 
diferente (CAVALHEIRO et al, 2000). 
As vitaminas são divididas em duas classes, hidrossolúveis que são o ácido 
ascórbico (vitamina C), tiamina (vitamina B1) riboflavina (vitamina B2), niacina (vitamina 
B3), ácido pantatênico (vitamina B5), piridoxina (vitamina B6), biotina (vitaminaB7), ácido 
fólico(vitamina B9) e cianocobalamina (vitamina B12) e as lipossolúveis que são as 
vitaminas A, D, E e K. Elas se diferem entre si pela capacidade de se solubilizar 
(ASHWOOD et al, 2008, p. 489). 
As vitaminas hidrossolúveis são solúveis em meio aquoso, ou seja, são 
absorvidas pelos tecidos e levadas pela corrente sanguínea até chegar ao tecido 
necessário, não necessitam do lipídio para ser absorvida, sendo então substâncias polares. 
Visto que as lipossolúveis são solúveis em meio lipídico, necessitam de gorduras para 
ser absorvidas, sendo assim elas são absorvidas a partir do intestino delgado, o fígado e a 
biles participa desse processo de absorção, sendo essas, portanto substancias apolares. 
A solubilidade das vitaminas está relacionada às suas respectivas estruturas química 
em diferente parte do organismo. As vitaminas hidrossolúveis são pouco armazenadas no 
organismo, ao mesmo tempo em que é absorvida é eliminada pelo sistema renal, por isso a 
necessidade da ingestão diária. Diferente das lipossolúveis que são armazenadas no 
organismo por longo período mesmo não sendo ingerida (ANDRADE, 2013). 
 
1 VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS 
 
1.1 Biotina 
 
A vitamina biotina é também conhecida como vitamina H. Trata-se do ácido cis- 
tetraido-2-oxotieno [3,4-d]-imidazolina-4valérico. Esse composto está ligado à maioria das 
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proteínas encontradas no corpo humano. Pode-se afirmar que alguma biotina pode ser 
associada não de maneira covalentemente como uma espécie de complexo juntamente com 
a avidina, uma proteína característica da clara do ovo. Sabemos que a biotina é um 
composto químico de função reguladora, encontrada em derivados do leite. Comumente 
esse composto é confundido com a vitamina piridoxina devido sua aparência e/ou 
semelhança (BURTIS; ASHWOOD; BRUNS, 2008). 
Essa importante vitamina tem como função principal no corpo humano é ter uma 
participação de cofatores nas reações de carboxilação. 
A deficiência da biotina (biotinidase) foi descrita de maneira formal pela primeira 
vez em um estudo realizado no ano de 1983, tendo como resultado o preenchimento de 
todos os requisitos necessário para uma patologia ser incluída na lista de doenças 
merecedora de uma pesquisa. A deficiência da biotina gera sintomas já conhecidos, mas que 
são imperceptíveis durante o período neonatal ocasionando graves complicações clínicas 
(PINTO, et al 1988). 
 
1.2 Piridoxina 
 
A luz de Aniceto e Fatibello (1999), o Cloridrato de Piridoxina, mais conhecida 
como vitamina B6 é basicamente um pó de aparência cristalina e coloração branca. Essa 
substancia não contém cheiro de espécie alguma e consideravelmente estável se exposto ao 
ar ou a luz. Essa vitamina pode ser facilmente encontrada na natureza, haja vista sua 
numerosa fonte de oferta. As mais comuns são: as leveduras, o farelo de cereais, o fígado, o 
famoso melado de cana, e o germe de trigo. Uma vez no organismo, a piridoxina 
transforma-se em fosfato de piridoxal, que age como coenzima alcançando o extraordinário 
número de 60 enzimas, sendo a maior parte delas relacionadas ao metabolismo de proteínas 
e aminoácidos. 
Assim como as demais vitaminas fundamentais para o bom funcionamento do 
metabolismo, a carência da piridoxina pode provocar graves transtornos. 
 
1.2.1 Consequências da deficiência da piridoxina no corpo humano 
 
 
Não diferente das demais vitaminas, a ausência do "cloridrato de piridoxina" 
ouvitamina B6 tem um preço para o metabolismo 
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[...] alterações na pele e mucosas, lesões seborreicas da face, glossite, estomatite; 
no sistema nervoso central e periférico, convulsões, depressão, neuropatia; na 
hematopoese, anemia microcíticahopocrômica, com reserva normal ou 
aumentada de ferro (anemia sideroblástica) (ANICETO; FATIBELLO, 1999). 
 
 
1.3 Ácido Pantotênico 
 
O conceito de ácido pantotênico é um componente da coenzima (CoA) e é necessária 
para o metabolismo de gordura, proteína e carboidrato, via ciclo do ácido cítrico (BURTIS, 
ASHWOOD e BRUNS, 2008). 
Conforme Cuppari (2005), a função da substância ácido pantotênico é de extrema 
importância para o funcionamento metabólico de ácido graxo, proteínas e carboidratos. 
Levando em consideração que os estudos realizados se mostraram insuficientes para a 
definição da necessidade de ácido pantotênico, estabeleceu-se somente a Ingestão Adequada 
- AI (5mg/dia para ambos os sexos). Constatada a ausência de evidências dos efeitos 
adversos do consumo exagerado de ácido pantotênico, igualmente não pode ser conceituado 
o UL. 
A referida substância, tem também função primordial no estabelecimento do 
equilíbrio das funções do corpo humano. Na falta desta vitamina, as consequências são 
drásticas para o metabolismo corporal, podendo causar complicações como: irritabilidade, 
hipotensão postural, batimentos cardíacos acelerados no exercício, dormência e 
formigamento das mãos e dos pés sendo assim o individuo deve se atentar para que essa 
substância seja constantemente mantida em quantidade suficiente em seu organismo. 
 
1.4 Tiamina 
 
A tiamina consiste de uma substância com um anel pirimidínico ligado ao tiazol por 
uma ponte metílica. É uma substância solúvel em água e perde sua atividade quando 
submetida a altas temperaturas ou pH alcalino (OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). 
A absorção da tiamina é realizada no jejuno e duodeno proximal, principalmente por 
carregadores que dependem de sódio, donde será levada ao fígado pela circulação 
portal, sendo este o órgão de maior concentração dessa vitamina. No plasma a tiamina se 
encontra livre onde os microrganismos presentes no trato intestinal do homem podem 
sintetizá-la. (OLIVEIRA; MARCHINI. 2008, p. 233). 
É fundamental para o metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras, pois em 
combinação com o fósforo forma a coenzima tiamina pirofosfato (TPP) que participa 
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da reação de descarboxilação do piruvato a acetato e acetil Coa, substância doadora de 
energiano ciclo de Krebs. A TPP também participa da descarboxilação de outros 
alfas- cetoácidos derivados de aminoácidos. Por ser essencial ao metabolismo dos 
carboidratos quando há grande consumo deste macronutriente ou em situações de grande 
esforço físico, deve- se aumentar o consumo de tiamina para evitar sinais de deficiência. A 
tiamina também está envolvida nos processos digestórios, participa da manutenção do 
apetite e da transmissão de impulsos nervosos (OLIVEIRA; MARCHINI. 2008, p. 234). 
De acordo com ALVARENGA (2007), as fontes de vitamina B1 são a carne de 
porco magra, germe de trigo, fígado, gema de ovo, amendoim, peixes, leguminosas, 
legumes, grãos integrais, frutos do mar, levedo de cerveja e cevada. 
A deficiência acentuada da tiamina causa o beribéri, A deficiência da tiamina ocorre 
mais acentuada em indivíduos com dieta rica em alimentos refinados ou a base de peixes 
crus por conterem em seu trato intestinal microrganismos que sintetizam tiaminase, uma 
enzima que quebra a tiamina, não permitindo que esta seja usada pelo organismo. Os 
animais e seres humanos com deficiência de tiamina podem mostrar fadiga, instabilidade 
emocional, depressão, insuficiência cardíaca e retardo do crescimento. Como esta ligada a 
obtenção de energia, o SNC fica prejudicado sem tiamina, podendo ocorrer desmielinização 
da bainha de mielina das fibras nervosas e dos nervos periféricos. No sistema 
gastrointestinal, a deficiência de tiamina pode levar a anorexia, constipação e má 
absorção (OLIVEIRA; MARCHINI, 2008, p. 234). 
 
1.5 Riboflavina 
 
A riboflavina, ou 7,8-dimetil-10-ribitil-isoaloxazina, é uma vitamina hidrossolúvel 
pertencente ao complexo vitamínico B, apresenta coloração amarela e é fluorescente 
(POWERS, 2003). Sua absorção é feita de modo facilitado pelas paredes proximais do 
intestino delgado. Sendo então a riboflavina fosforilada em flavinamononucleotideo antes 
de entrar na corrente sanguínea (OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). 
A riboflavina é fundamental no processo metabólico de proteínas, carboidratos e 
gorduras. Junta- se ao fósforo para formar duas coenzimas, FMN (flavinamononucleotídeo) 
e FAD (flavina adenina dinucleotídeo) que participam dos processos de oxirredução 
celulares e transporte de elétrons, principalmente de hidrogênio. Além disso, a coenzima 
FMN participa do processo de ativação da piridoxina (Vitamina B6) e a FAD, da conversão 
do aminoácido triptofano em niacina (VITAMINAB3). A riboflavina também está 
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envolvida nos processos de manutenção da integridade cutânea (OLIVEIRA; MARCHINI. 
2008, p. 235). São fonte de riboflavina o leite, carne, peixe e, principalmente, os vegetais de 
cor verde-escura (POWERS, 2003). 
Atualmente, a dose recomendada de ingestão de riboflavina varia desde 0,4mg (na 
infância) a 1,3 mg/dia para adultos sendo que, para mulheres grávidas, recomenda-se 
uma dose suplementar de 0,3mg/dia durante a gestação e 0,5 mg/dia durante o período de 
lactação, já que estudos mostram que durante o terceiro trimestre de gestação há uma queda 
progressiva nos níveis de Riboflavina (POWERS, 2003). 
A deficiência de riboflavina é caracterizada pela queilose, estomatite, glossite, e 
dermatite seborreia. Lesões oculares também são comuns. Esta deficiência pode levar 
a anemia (OLIVEIRA; MARCHINI. 2008, p. 235). 
 
1.6 Niacina 
 
A vitamina niacina engloba duas substâncias, a nicotinamida e o ácido nicotínico. O 
ácido nicotínico pode ser convertido facilmente em nicotinamida. Ambas as substâncias são 
solúveis em água e álcool, e moderadamente resistentes ao calor. Uma característica 
importante sobre a niacina é a capacidade de síntese dessa vitamina através do aminoácido 
triptofano (OLIVEIRA: MARCHINI, 2008). 
A absorção é realizada de modo facilitado em todas as partes do intestino. A niacina 
é pobremente armazenada no organismo e seus excessos são eliminados pela via urinária 
(OLIVEIRA: MARCHINI, 2008). 
O ácido nicotínico é componente das coenzimas NAD e NADP, que são os 
nucleotídeos pirimidínicos. No mínimo 200 enzimas são dependentes de NAD e NADP, 
que atuam como aceptores ou doadores de hidrogênio; são relacionadas à glicólise, 
respiração tecidual e síntese de gorduras. Estudos demonstram que o acido nicotínico, 
utilizado como fármaco, pode contribuir para a redução dos níveis séricos de colesterol, 
ácidos graxos e lipídeos totais (OLIVEIRA: MARCHINI, 2008). 
As fontes alimentícias de niacina são carnes magras, vísceras, levedura de cerveja, 
amendoim, aves e peixes. Vegetais, frutas, leite e ovos não são boas fontes de niacina, 
mas são do aminoácido triptofano. É recomendado 19mg por dia de niacina para homens 
adultos e 15mg para mulheres. Como o triptofano é seu precursor, define-se um 
equivalente de niacina de 1mg ou então 60mg de triptofano (OLIVEIRA: MARCHINI, 
2008). 
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Entre os váriossintomas da deficiência de niacina podemos citar: fraqueza muscular, 
anorexia, indigestão e erupção cutânea. A deficiência grave de niacina leva a pelagra. Esta é 
caracterizada por dermatite, demência e diarréia, tremores e língua amarga. Alta 
concentração de niacina pode ser prejudicial ao fígado (OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). 
 
1.7 Cobalamina 
 
A vitamina B12 é a mais complexa das vitaminas, estando envolvida em 
muitas reações bioquímicas, como síntese de DNA, síntese de metionina a partir da 
homocisteína e conversão do propionil em succinil coenzima A, a partir do 
metilmalonato. Contém um microelemento, o cobalto que, na B12 purificada, está ligado a 
um grupo cianeto, o que lhe confere a denominação de cianocobalamina (ANDRÉS. et al. 
2004; STABLER, 1995). 
A síntese da vitamina B12 não é realizada por animais ou plantas, assim como as 
demais vitaminas hidrossolúveis, somente certos microrganismos são capazes de sintetizá-
la. Os humanos são incapazes de sintetizar esta vitamina e, portanto, completamente 
dependentes da dieta para sua obtenção (KELLY, 1997) 
Alvarenga (2007) cita como fontes de vitamina B12, as carnes (principalmente 
a vermelha), frutos do mar, fígado e rim, leite, ovos, peixes, queijos, algas marinhas e 
levedo de cerveja. 
É absorvida no íleo, dependente de fator intrínseco, que é uma enzima mucoproteica, 
presente na secreção gástrica. A presença de ácido clorídrico é necessária pois quebra as 
ligações peptídicas da vitamina B12. O cálcio é outro fator necessário a absorção. Na 
circulação sanguínea liga–se à proteínas transportadoras, as transcobalaminas I, II e III, 
e pode ser estocada no fígado ou nos rins. Se houver ingesta exagerada dessa vitamina, 
ocorre a excreção por via urinária (OLIVEIRA: MARCHINI, 2008). 
Cerca de 60% dos casos de deficiência de vitamina B12 resultam da má-absorção da 
cobalamina a partir da dieta, entre 15% e 20% são decorrentes de anemia perniciosa, e os 
demais estão associados à dieta insuficiente e a doenças hereditárias do metabolismo da 
cobalamina (ANDRÉS, et al. 2004). 
As anemias megaloblásticas por déficit de vitamina B12 constituem um grupo de 
doenças caracterizado por alterações neurológicas, anemia macrocítica e anomalias 
morfológicas distintas das células hematopoiéticas da medula óssea associadas à inibição da 
síntese de ADN. O nível corporal total da vitamina B12 é de 3 a 5mg, majoritariamente 
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armazenada no fígado, sendo relatado cerca de quatro anos para instalar a deficiência. Caso 
o indivíduo não receba essa vitamina pela alimentação podem aparecer sintomas como, 
diarreia, afecções cutâneas, perda de apetite, desmielinização da medula espinal. 
(ANDRÉS, et al. 2004). 
A ação da vitamina B12 no organismo é muito ampla, e sua dosagem sérica é um 
exame laboratorial importante na avaliação do paciente com sinais de deficiência, já que 
permite a correção por reposição e impede o aparecimento dos sintomas neurológicos. A 
reposição parenteral da B12 promove, em alguns pacientes, significativa melhora das 
condições mentais (FAILLACE, 2004). 
 
1.8 Ácido Fólico 
 
 
O ácido fólico ou folacina é um composto amarelo, cristalino, que faz parte de um 
grupo de substancias conhecidas como “pterinas” que englobam o folato e o ácido 
pteroilglutâmico. A folacina não é estável no calor, entretanto é bastante estável em relação 
à luz. Estas características levam a perdas consideráveis do acido fólico no processamento 
de alimentos a temperaturas elevadas (OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). 
O ácido fólico é absorvido no jejuno, onde processos de redução e metilação do 
ácido fólico são realizados no fígado, e a vitamina é liberada para a circulação sistêmica. No 
organismo o fígado é o que contém a maior parte do folato. Formas reduzidas são 
excretadas pela urina e pela bile (OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). 
O principal papel das coenzimas ligadas a folacina é a transferência de unidades de 
um carbono para substâncias envolvidas na síntese de DNA, RNA, metionina e serina, 
sendo essencial para a biossíntese de ácidos nucléicos e a maturação das hemácias 
(CUPPARI, L. 2005). O ácido fólico, antes tido apenas como fator de prevenção de anemia 
megaloblástica, tornou-se um composto muito estudado especialmente após suas 
associações com doenças cardiovasculares. O folato é essencial para manter níveis ideais 
de homocisteína, relacionada a demências, câncer e doenças renais (OLIVEIRA; 
MARCHINI, 2008). 
É recomendado 200mg de folacina por dia para homens, e 180mg para mulheres. 
Considerando as evidências ligando a deficiência de folato à ocorrência de defeitos 
no fechamento do tubo neural, portanto as mulheres que devem fazer o uso até o terceiro 
mês de gravidez (OLIVEIRA: MARCHINI, 2008). 
 
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1.9 Ácido Ascórbico 
 
O ácido ascórbico é quimicamente cristalino, hidrossolúvel e branco, sendo 
facilmente oxidado pelo calor. É absorvido no intestino delgado por um mecanismo 
ativo e provavelmente por difusão é transportado para o sangue. Essa vitamina é 
armazenada no fígado e no baço e existe controle dos níveis séricos e teciduais 
(OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). 
Entre suas múltiplas funções, o ácido ascórbico tem a capacidade de ceder e receber 
elétrons, inativar radicais livres, o que lhe confere um papel essencial como antioxidante. 
Nesse sentido a vitamina C participa do sistema de proteção antioxidante e, dentre suas 
várias funções, está a de reciclar a vitamina E, fazer óxido- redução, ou seja, inativando os 
radicais livres e aumentando a absorção do ferro no organismo. O ácido ascórbico acelera 
o processo de absorção do ferro pelo intestino. Altas concentrações de vitamina C auxiliam 
o organismo na resistência a infecções. Recomenda-se 60mg por dia para indivíduos 
saudáveis (OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). 
Fontes alimentares: São amplamente encontrados nas frutas cítricas e folhas vegetais 
cruas. As principais são a laranja, limão, acerola, morango, brócolis, repolho, espinafre, 
entre outros (OLIVEIRA; MARCHINI, 2008). 
A deficiência grave de ácido ascórbico causa o escorbuto, caracterizado por 
fenômenos hemorrágicos pelo aumento da permeabilidade da parede de pequenos vasos 
sanguíneos, pelo decréscimo da excreção urinária, concentração plasmática e tecidual de 
vitamina C. Os sintomas incluem sangramento, fraqueza, perda de apetite, anemia, edema, 
inflamação nas gengivas. Na deficiência de vitamina C podem ocorrer distúrbios neuróticos 
como hipocondria, histeria e depressão. Felizmente os sintomas da deficiência de vitamina 
C desaparecem rapidamente com a administração de doses terapêuticas (OLIVEIRA; 
MARCHINI, 2008). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Após o referido estudo podemos afirmar que, as vitaminas tem papel 
indispensável para que o metabolismo humano funcione corretamente, uma vez que ele 
depende das vitaminas pra algumas funções, as vitaminas exercem duas funções principais, 
que são as coenzimas que auxiliam o catabolismo de algumas enzimas e também como 
antioxidantes contra os radicais livres, exercendo assim o papel de formadoras e protetoras 
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de algumas funções dentro das células. Tendo isso em mente podemos afirmar que algumas 
vitaminas em especial são de grande importância, como o acido fólico que participa da 
formação do tubo neural, sendo necessária a ingestão do mesmo pela mulher que planeja 
uma gravidez estendendo seu uso até o terceiro trimestre de gravidez. Além de que, 
crianças,idosos e gestantes na grande maioria das vezes são necessários à ingestão de 
vitaminas além da fonte alimentícia e também através de suplementação, por se encontrarem 
em condições que desfavoreça a reposição diária. A criança por não ingerir todos os tipos de 
alimentos ficando então com deficiência de algumas vitaminas essencial, o idoso com certas 
limitações metabólicas e a gestante por razão de suprir às necessidades do bebê a 
reposição só através dos alimentos não é o suficiente. 
Considerando que elas são necessárias em pouca quantidade em relação aos outros 
nutrientes, para que exerça seu papel, é de fundamental importância que se tenha abito de 
vida saudáveis e alimentação diversificada e balanceada para que todas as vitaminas 
sejam supridas de forma correta. 
A carência dessas vitaminas no organismo humano pode levar a consequência ruim, 
como o aparecimento de doenças graves. 
 
 
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