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atividade complementar - ser e ter

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O filme conta a história de Dora, uma professora aposentada que trabalha em uma estação de trem do Rio de Janeiro, a “Central do Brasil”, que em troca de dinheiro escreve cartas para pessoas analfabetas que a procuram para se comunicarem com parentes e amigos, porém ao chegar em sua casa, lia as cartas e as jogava fora, pois achava estas cartas eram inúteis e fantasiosas demais. Uma de suas clientes, Ana, é atropelada por um ônibus ao deixar a estação, deixando um filho de nove anos de idade, Josué, que sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Dora chega a vender o menino para uma instituição de doação, porém ela se arrepende, e volta para buscá-lo. Dora decide ir à procura do pai de Josué, mas no fim acaba deixando Josué com seus irmãos no interior do nordeste, e escreve uma carta a ele se despedindo.
O premiado filme “Central do Brasil” retrata com emoção a realidade do cotidiano de milhões de brasileiros que vivem migrando pelo país em busca de uma vida melhor, com condições mais dignas de sobrevivência, vindos das regiões mais pobres do Norte e Nordeste, geralmente se estabelecendo no Rio de Janeiro ou em São Paulo. A trama traz a desigualdade como pano de fundo, em um país cheio de desigualdades sociais e econômicas, onde os mais prejudicados são os mais pobres.
A história de Dora, que escreve cartas na estação para pessoas analfabetas mostra que muitas pessoas nesse país ainda não sabem ler ou escrever e que o drama do analfabetismo está presente em todos os lugares, seja nas grandes ou pequenas cidades. Percebe-se que há uma relação de extrema confiança entre pessoas alfabetizadas e não alfabetizadas, pois até mesmo os segredos mais íntimos são revelados para se transcrever nas cartas.
A beleza da trama é mostrar que nada substitui o amor ao próximo, como a amizade entre o menino Josué e Dora, pois apesar desta relação ter começado com troca de insultos e raiva, ela evoluiu para uma relação de carinho e cumplicidade entre eles. Ao se envolver com o garoto Josué, Dora acaba crescendo como figura humana ao interagir com as vidas de outras pessoas.
O filme faz refletir sobre a necessidade de criar uma legislação na área da educação que possa incluir todas as pessoas para receber um ensino público de qualidade, para que assim, deixem de rejeitar o analfabetos que são marginalizados e rebaixados por não possuírem o domínio da escrita, e que por muitas vezes ocupa uma posição na qual é dominado pelo alfabetizado, tendo para uma parte da população um valor insignificante na sociedade.

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