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Nulidades no Processo Penal

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NULIDADES - Arts. 563 a 573 CPP
Conceito
É uma sanção aplicada ao processo ou ato processual, realizado sem a observância devida  ou proibida da forma legal.
Natureza Jurídica
Vício ou defeito que pode tornar ineficaz o processo total ou parcialmente.
Objeto
Pode recair sobre um ato, um procedimento ou todo processo.
Princípios
Do Prejuízo.
Art. 563, CPP.
Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou   para a defesa.
Da Tipicidade das Formas.
Art. 564,IV,CPP.
Por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Da Instrumentalidade.
Se o processo ou ato processual, mesmo tendo defeito, atingir os seus fins sem prejuízo para as partes, sua nulidade não será aplicada.
Art. 566. CPP
Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
Art. 572, II, CPP.
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim.
Da Permanência da Eficácia dos Atos Processuais
O ato processual, desde que existente, produz efeitos que a lei prevê para aquele tipo de ato, até   que outro ato o declare inválido.
Art. 573.  Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão renovados ou retificados.
§ 1o  A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência.
§ 2o  O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
Da Restrição Processual à Decretação da Nulidade
Somente pode ser decretada se existir um instrumento legal para esse fim,  e no momento permitido por lei.
Da Alegação Adequada
Não sendo alegado no momento oportuno, opera-se a preclusão, exceto para a nulidade absoluta.
Da Convalidação
Art. 572.  As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas:
I - se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
Da conservação
Art. 573, § 1o  A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência.
Sistema
Formalista
Rígido
Atipicidade
Nulidade Absoluta
Instrumentalista
Sem Rigidez
Nulidade Relativa
O CPP adota os dois sistemas.
Espécies
Ato Inexistente 
Sua atipicidade o torna impotente para produzir consequências jurídicas, sem necessidade de provimento judicial para que se torne ineficaz (Ex.:Sentença sem a assinatura do Juiz competente) 
A inexistência pode ser Material ou Jurídica: 
 Inexistência Material – O ato que não foi realizado, ele não existe. Ex.: Crime que deixou vestígio e não foi realizado o exame de corpo de delito (direto ou indireto) – Haverá nulidade (Art. 564, III, b CPP). Anulando-se o processo e não o exame, afinal, ele não foi feito.
 Inexistência Jurídica – O ato foi realizado, mas desprovido de elementos essenciais de sua constituição. Ex.: Agente vivo e extinta a punibilidade por morte.
Ato Irregular 
É o ato que não gera prejuízo quando seu objetivo é atingido, portanto, não haverá nulidade. Em outras palavras, o ato foi praticado, mas não trouxe prejuízo, desta forma não será anulado. Ex.: Apresentação de alegações finais por memoriais escritos no Procedimento Sumário.
Ato Nulo 
	É o ato que produz efeitos enquanto não sofrer a sanção da ineficácia. Se possível, o ato nulo pode ser renovado ou retificado. Ex.: Se o Juiz observa que o MP não interveio quando do depoimento da testemunha, anulará o ato e determinará renovação. O Juiz nota que no depoimento da testemunha o advogado estava presente, mas não assinou o termo, determinará que seja o ato retificado, colhendo apenas a assinatura faltante.
A Qualidade do Defeito determina o tipo de invalidade: 
Se a exigência é imposta pela Lei, em função do interesse público, a nulidade será ABSOLUTA 
Se a exigência descumprida é imposta pela Lei no interesse da parte, a nulidade será RELATIVA
Arguição de Nulidade 
Art. 571 CPP – No caso de nulidade relativa, ela deverá ser arguida na primeira oportunidade pela parte que verificar o prejuízo, sob pena de convalidação do ato (saneamento), especialmente se ele atinge a sua finalidade. Desta forma, nesse artigo tem as oportunidades de arguição de nulidade relativa que deverão ser realizadas por aquele que está praticando o prejuízo. Havendo prejuízo no caso de nulidade absoluta, esta pode ser arguida pelas partes a qualquer tempo, inclusive após trânsito em julgado da Sentença, através de habeas corpus ou revisão criminal, podendo ainda ser decretada de ofício pelo Juiz (Ex.: Se o Juiz das execuções verificar a possibilidade da nulidade absoluta, ele poderá arguir).
Se o dano for para a acusação e a nulidade de convalidou-se, não será possível o conhecimento de ofício, se a própria acusação não arguiu a nulidade, pois, se assim fosse possível se daria a “ reformatio in pejuz” (Súmula 160 STF) 
Parte final do art. 563 CPP – Princípios do interesse: 
Art. 565, 1ª parte CPP – Causa à nulidade ou concorrência para que ocorra.
Art. 565, 2º parte CPP – Interesse da parte contrária.
Efeitos: Art. 573 CPP – Se a nulidade relativa NÃO estiver sanada, deve o Juiz determinar sua nulidade e corrigir (repetir) o ato.
Formas de Sanabilidade das Nulidades: 
Suprimento: Se o ato não tiver sido praticado ou contiver omissões.
Ratificação: Validam-se os atos que dependam de confirmação – Art. 568 CPP 
Retificação: Correção ou emenda de atos defeituosos 
 
Tratando-se de nulidade absoluta, alguns atos serão impossíveis de corrigir, acarretando a nulidade de todo o processo.
Art. 573, §1º e §2º CPP – NULIDADES DERIVADAS 
São nulos os atos concomitantes, posteriores ou mesmo anterior ao ato viciado. Abrange o princípio dos frutos envenenados. Ex.: Será nula toda a sessão do Júri, se houve vício na s respostas aos quesitos. Há de se evitar a invalidação (nulidade) desnecessária do ato ou processo.

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