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Centro Universitário Católica de Santa Catarina 
 
 
Professor: João Batista Fiorini Thome 
Disciplina: Processo Penal II 
8ª Fase – Direito 
Acadêmico: Maicon Alexandre 
 
 
 
 
NULIDADES NO PROCESSO PENAL 
 
 
 
Princípio geral das nulidades, atua como o princípio geral de que, 
inexistindo prejuízo, não se proclama a nulidade do ato processual, embora 
produzido em desacordo com as formalidades legais. A forma prevista em lei 
para a concretização de um ato processual não é um fim em si mesmo, motivo 
pelo qual se a finalidade para a qual se pratica o ato for atingida, inexiste razão 
para anular o que foi produzido. 
Estão previstas nos artigos 563 a 573 do CPP, sua existência tem por 
intuito a necessidade da movimentação processual, transcorrendo em 
concordância com as normas exigidas para o ato processual, pois elas garantem 
às partes de um processo apto ou regular, trazer à tona a verdade substancial. 
 
1. Irregularidade 
 
Podemos chamar de irregularidades os vícios em exigências formais que 
não tem qualquer relevância no curso do processo e sua inobservância é incapaz 
de gerar efeitos, pois não existe prejuízo a nenhuma das partes. 
 
A finalidade da exigência viciada “morre em si”, não tendo qualquer efeito 
para o processo. Não preserva o interesse de uma ou outra parte, não gera 
prejuízos se o mesmo não for violado, não anula o processo e não impede que 
ele flua e atinja os objetivos nele descritos. 
Irregularidades são eventuais omissões da denúncia, da queixa ou da 
representação podem ser, desde que configurem meras irregularidades, 
sanadas a qualquer tempo, antes da sentença final, entendida esta como a do 
juiz de primeiro grau, avaliando o mérito da causa. Se as omissões forem graves, 
a ponto de prejudicar a defesa, não há possibilidade de convalidação, 
merecendo ser reiniciado o processo, refazendo-se a peça inicial ou colhendo-
se outra representação. Não acarreta em nulidade. 
 
2. Nulidade Relativa 
 
Ocorre quando um vício violar exigências determinadas por normas 
infraconstitucionais. A formalidade é essencial para o ato, tem uma finalidade 
para o processo. Sua formalidade não se dá apenas pelo capricho, mas, busca 
resguardar o interesse das partes. Se caso houver a violação, haverá algum 
prejuízo para as partes sendo esse prejuízo relativo, ou seja, deve ser provado 
pela parte que sofreu. O ato só será invalidado se comprovado e reconhecido a 
nulidade pelo Juiz. 
As nulidades relativas têm momento certo para serem arguidas, havendo 
a possibilidade de preclusão. Nesses termos, conferir a Súmula 706 do STF: “É 
relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por 
prevenção”. 
 
3. Nulidade Absoluta 
 
 Desatendimento de normas constitucionais: provoca, como regra, 
nulidade absoluta, justamente porque o sistema processual ordinário não tem 
possibilidade de convalidar uma infração à Constituição Federal 
Ocorre toda vez que for desrespeitada as normas de interesse público ou 
quando ocorrer desacordo a um determinado princípio constitucional. São vícios 
 
que decorrem da violação de uma determinada forma de ato, que visa à proteção 
de interesse de ordem pública. 
Podem ser declaradas em forma de ofício pela autoridade judicial e em 
qualquer grau de jurisdição, sendo reconhecida a qualquer tempo, mesmo após 
o trânsito em julgado e em qualquer grau de jurisdição. O prejuízo sempre 
existirá para as partes, pois independe da reprovação dos acusados, que poderá 
ser feita pelo juiz em qualquer fase do processo. Quando houver prejuízo 
presumido, não precisa de provas pelas partes, o relato sobre o prejuízo é 
suficiente. 
 
STF: “A Turma deu provimento a recurso ordinário em 
habeas corpus interposto por índios Guajajara condenados por 
crime de latrocínio pela justiça estadual, sem que fossem 
realizadas as perícias antropológica e biológica, para se aferir, 
respectivamente, o grau de incorporação à sociedade e a idade 
dos pacientes. No caso concreto, os mencionados laudos não 
foram efetivados ao argumento de que o tema estaria precluso, 
bem como de que seriam desnecessários, haja vista a existência 
de outros elementos capazes de evidenciar o pretendido. Tendo 
em conta que a questão de preclusão é puramente de direito, 
passível de análise em habeas corpus, entendeu-se pelo 
afastamento do aludido óbice, uma vez que se trata de nulidade 
absoluta e a ausência de requerimento da perícia somente 
poderia ser atribuída ao Ministério Público. No ponto, asseverou-
se que o grau de instrução e a maioridade não se presumem e 
que a sua demonstração é ônus do parquet, a quem caberia 
comprovar a legitimidade ad causam dos pacientes. Ademais, 
ressaltando que a nulidade não decorre propriamente da falta de 
perícia, que não se exige, quando não necessária, aduziu-se que 
nos autos não se encontram demonstrados fatos que 
concretizem as conclusões das instâncias anteriores. RHC 
provido para anular o processo a partir da decisão que julgou 
encerrada a instrução, permitindo-se a realização de perícias 
necessárias para a verificação do grau de integração dos 
pacientes e para aferir a idade de dois deles. Mantida, no 
entanto, a prisão, dado que, anulada a condenação, restabelece-
se o decreto da prisão preventiva antecedente, cuja validade não 
é objeto do recurso” (RHC 84.308 – MA, 1.ª T., rel. Sepúlveda 
Pertence, 15.12.2005, v.u., Informativo 413) 
 
4. Inexistência 
 
Ocorre quando há falta ou ausência de elemento essencial para o ato 
processual, não há elementos para existir ato jurídico. O ato só pode ser 
considerado inexistente ou não, se caso o mesmo existe. 
 
Como não sabemos se o ato existiu de fato, não há como saber se o 
prejuízo ocorreu, mas a suposta existência pode levar a prejuízos até que 
provemos o fato. 
 
5. Ocorrência 
 
Interpretando o Art. 564, do Código de Processo Penal, compreendemos 
as hipóteses passiveis de nulidades: 
 
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; 
Neste caso, são colocados três pontos: a incompetência pode ser 
territorial ou de juízo, e resultam em nulidade relativas. Deve ser arguida em 
defesa inicial (resposta à acusação) 
Quando tratamos de suspeição ou suborno, existe a nulidade absoluta, 
que deve ser declarada de ofício, não dependendo de manifestação das partes, 
e em qualquer tempo do processo. 
 
II - por ilegitimidade de parte; 
A ilegitimidade da parte ad causam, ou seja, referente a condição da ação, 
acarreta em nulidade absoluta. Por exemplo: Nas ações penais de iniciativa 
pública, em que o Ministério Público é titular do direito, deve haver denúncia. Se 
houver queixa-crime é caso de nulidade absoluta. A ilegitimidade também pode 
ser ad processum, quando trata-se dos pressupostos processuais, e acarretam 
nulidade relativa tendo vista que podem ser supridas. Por exemplo: Vítima que 
oferece queixa-crime sem ter capacidade postulatória. 
 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de 
contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante; 
Não pode existir processo sem denúncia ou queixa-crime. Se não houver 
de representação para as ações necessárias, há que se falar em nulidade. 
Normalmente, quando não denuncia ou queixa-crime, a nulidade é absoluta. E 
se for por falta de representação, a nulidade é relativa. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620675/art-564-inc-i-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620648/art-564-inc-ii-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620604/art-564-inc-iii-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620076/art-564-inc-iii-a-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
 
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, 
ressalvado o disposto no Art. 167; 
O examede corpo delito deve ser realizado quando houverem vestígios, 
se não for: acarrete nulidade absoluta. A ressalva está nos casos em que haja o 
desaparecimento dos vestígios, quando deve ser suprido pela prova 
testemunhal. 
 
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao 
ausente, e de curador ao menor de 21 anos; 
Esta hipótese está intimamente ligada ao princípio da ampla defesa e 
acarreta em nulidade absoluta. 
 
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação 
por ele intentada e nos dá intentada pela parte ofendida, quando se tratar 
de crime de ação pública; 
Associada à indisponibilidade da ação pelo Ministério Público, é causa de 
nulidade relativa, podendo ser suprida. 
 
 e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, 
quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa; 
Causa de nulidade absoluta, a não citação do réu só pode ser suprida 
quando do seu comparecimento espontâneo (aí dá-se a nulidade relativa) 
 
 f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, 
com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri; 
O previsto por este inciso dá causa à nulidade absoluta e dizem respeito ao 
tribunal do Júri. 
 
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do 
Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia; 
Esta possibilidade aplica-se a crimes inafiançáveis, em que a presença do 
réu no júri é obrigatória. Se tratar-se de crime afiançável, só ocorre nulidade se 
houver intimação do acusado. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620540/art-564-inc-iii-b-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620519/art-564-inc-iii-c-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620489/art-564-inc-iii-d-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26762553/art-564-inc-iii-e-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620426/art-564-inc-iii-f-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620399/art-564-inc-iii-g-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
 
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na 
contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei; 
A não observância desta pode (ou não) causar prejuízos para uma das 
partes: tanto por isso, se gerar, deve ser demonstrado. Se provado, será causa 
de nulidade relativa. 
 
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; 
A existência desta previsão é para garantir os sete componentes do conselho de 
sentença no Tribunal do Juri. Causa de nulidade relativa – pode ser suprida. 
 
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e 
sua incomunicabilidade; 
Causa de nulidade absoluta pela contaminação dos jurados. Podemos 
associar ao Princípio da Contaminação de Provas. 
 
k) os quesitos e as respectivas respostas; 
Causam nulidade absolutas no ato. 
 
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; 
Causa nulidade absoluta. 
 
m) a sentença; 
Qualquer vício presente na sentença é capaz de gerar nulidade absoluta. 
 
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; 
Observamos a previsão do reexame obrigatório. A não observância deste 
o trânsito em julgado da decisão. 
 
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de 
sentenças e despachos de que caiba recurso; 
Trata-se de nulidade absoluta, mas não é sobre o despacho ou sentenças, a 
nulidade recaí sobre as intimações. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620362/art-564-inc-iii-h-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26378506/art-564-inc-iii-i-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620284/art-564-inc-iii-j-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620245/art-564-inc-iii-k-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620205/art-564-inc-iii-l-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620150/art-564-inc-iii-m-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620116/art-564-inc-iii-n-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26762551/art-564-inc-iii-o-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
 
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o 
quórum legal para o julgamento; 
Sem o número mínimo para o julgamento nos Tribunais Superiores, há 
nulidade absoluta. 
 
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do 
ato. 
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos 
quesitos ou das suas respostas, e contradição entre estas. (Incluído pela 
Lei nº 263, de 23.2.1948). 
Se a formalidade for essencial para o ato, e puder ser suprido acarreta em 
nulidade relativa. Se não houver como suprir o vício, é causa de nulidade relativa. 
O parágrafo único trata de uma nulidade absoluta. 
 
6. Princípio do Prejuízo 
 
Por força do princípio do prejuízo não há que se falar em ineficácia do ato 
ou do processo (reconhecimento da nulidade) sem prejuízo (pas de nullité sans 
grief). O princípio do prejuízo está previsto no art. 563, do CPP, nestes termos: 
"Nenhum ato será declarado nulo [ineficaz], se dá nulidade não resultar prejuízo 
para a acusação ou para a defesa". 
Referido princípio é um dos mais relevantes em matéria de nulidade, visto 
que ele deve estar presente em todas as declarações de invalidade de qualquer 
ato (ou de qualquer processo). Este princípio apenas tem valor à nulidade 
relativa, onde provamos a existência do prejuízo causado por uma das partes. 
Na nulidade absoluta, onde o prejuízo é presumido, não há necessidade 
de representação, não aplicamos esse princípio. 
Para o ato ser declarado nulo, as partes têm que provar que obtiveram prejuízo, 
deve haver relação da causa entre o ato imperfeito e o prejuízo a outro causado. 
 
7. Princípio da Causalidade ou da Sequencialidade 
 
No princípio da causalidade, se um ato é dito nulo, caberá ao juiz 
reconhecer a invalidade dos demais processos ligados a ele ou que dependam, 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620051/art-564-inc-iii-p-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620016/art-564-inc-iv-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619984/art-564-1-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
 
que sejam consequência deste e anulá-los, se esse não tiver atuação na 
decisão. “A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele 
diretamente dependam ou sejam consequência” (art. 573, § 1º). 
Este princípio necessita da declaração judicial e se aplica a nulidade 
absoluta e relativa, subdivide-se de duas formas: as nulidades originárias e as 
nulidades derivadas. 
A nulidade originária trata do vício revelado do magistrado, o que não 
pode ser considerado causa de anulação dos atos. 
Já a nulidades derivada, somente será apresentada após o término do 
processo, quando no desenrolar de outros atos apresentarem uma nulidade 
ampla que pode ser utilizada nos demais processos. 
 
8. Princípio do Interesse 
 
No princípio do interesse, ninguém pode solicitar a nulidade para benefício 
próprio. Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou 
para que tenha concorrido, ou referente à formalidade cuja observância só à 
parte contrária interesse. ” (Art. 565 do Código Processual Penal). 
O Código de Processo Penal e permitindo que o julgamento do réu pelo 
Tribunal do Júri ocorresse, não pode agora pretender que o feito seja anulado 
desde o momento em que considerado extemporâneo o inconformismo, já que 
o ordenamento jurídico repudia comportamentos contraditóriosem sede 
processual 
 
9. Princípio da Convalidação 
 
A manifestação do Princípio da Convalidação (ou da Conservação) ocorre 
pelas situações previstas em lei nas quais haverá a validação do ato a princípio 
defeituoso, o qual deveria ser decretado inválido. São mecanismos de caráter 
sanatório que visam evitar a revisão de etapas processuais já vencidas, para que 
haja logo a prolação da sentença. 
A preclusão temporal é o ato de convalidação mais frequente em relação 
às nulidades relativas, a qual ocorre quando transcorrido o prazo previsto para 
 
arguição da nulidade sem que a parte interessada se manifeste, tornando-se 
então a nulidade sanada, conforme dispõe o inciso I do art. 572 do CPP. 
No princípio da convalidação um ato não convencional poderá ser útil ou 
aprimorado, sem aviso prévio. Existem outras formas de convalidação: 
Ratificação: é a forma de sanar um ato nulo em razão da ilegalidade da parte; 
uma das partes modifica os atos anteriores do processo antes da sentença; 
Suprimento: é a maneira de se convalidar as exclusões frequentes na denúncia, 
Substituição: adota a nulidade de citação e intimação. 
 
10. Princípio da não Preclusão e do Pronunciamento 
 
O princípio da não preclusão somente é aplicado às nulidades absolutas, 
pois são reconhecidas através de ofício, dados por magistrados ou pelo tribunal 
independente de investigação, podendo ainda estar em julgamento. 
No entanto, a Súmula 160 do STF é exceção a este princípio. Como a 
súmula não faz distinção entre prova absoluta e relativa, acaba criando uma 
hipótese em que a nulidade absoluta não pode ser reconhecida ex officio, mas 
tão somente por expressa arguição contrária. Vale ressaltar que, no caso de 
incompetência absoluta, a referida súmula não tem incidência. 
 
11. Nulidades e Inquérito Policial 
No inquérito policial podem ocorrer atos anuláveis e nulos, sem que com 
isso, causem reflexo na ação penal quanto a contaminação desta. Assim, os 
vícios do caderno policial, causam efeito nos atos apenas dele próprio, nunca 
alcançando a ação penal. 
Por isso, se a prisão em flagrante não obedeceu às formalidades legais, 
o que está prejudicado é a própria prisão, não a sequência procedimental 
decorrente desta.

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