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Unidade Recursos naturais II

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Prévia do material em texto

Gestão ambiental e 
responsabilidade social
Recursos naturais II
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms Carla Caprara Parizi 
Revisão Textual:
Profa. Dra. Patrícia Leite
5
•	Introdução
•	Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
 · Nesta unidade da disciplina de Gestão Ambiental e 
Responsabilidade Social, abordaremos o tema “Recursos 
Naturais II”.
 · Leia a “Orientação de Estudos”, para melhor compreender 
a rotina de estudos, os trabalhos práticos e as avaliações a 
serem realizadas ao longo do semestre.
Recursos naturais II
 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
•	Medidas destinadas ao controle de áreas 
degradadas
•	Conclusão
6
Unidade: Recursos naturais II
Contextualização
Nesta segunda unidade, abordaremos o tema Recursos Naturais I.
O material foi organizado em:
1 - Aviso – É o primeiro contato com o aluno
2 - Mapa Mental Representação Visual da Organização da disciplina contemplando os 
conteúdos e suas relações
3 - Contextualização e Problematização - Texto Introdutório lembrando a importância 
dos conteúdos abordados.
4 - Material teórico contemplando Recursos Naturais I. 
5 - Apresentação narrada no formato “adobe presenter”, que sintetiza o conteúdo teórico;
6 - Atividade de Sistematização: Atividade avaliativa do tipo teste de múltipla escolha, 
baseada nos conteúdos estudados no “Material teórico”, no livro sugerido, e leituras 
complementares, com autocorreção pelo Blackboard.
7 - Atividade de Aprofundamento: Atividade Avaliativa –
Unidades I, III – Atividade de Aprofundamento: Fórum de discussão
Unidades II, IV e V Reflexiva ou Aplicação 
8 - Material complementar sobre o tema;
9 - Referências bibliográficas.
Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura, na sequência as 
atividades de fixação dos conteúdos (Atividade de Sistematização), e as atividades de 
interação (Fórum, Reflexiva ou Aplicação).
Utilize os fóruns de discussão e a lista de e-mails para sanar as dúvidas.
A Terra já tem estocado todos os recursos para a manutenção e o desenvolvimento de seus 
habitantes (salvo alguns recursos que se renovam), e, em alguns casos, eles podem não ser 
suficientes ou inadequados para uso.
Elementos tais como o crescimento acelerado da população, o grau de poluição gerado, os 
desejos ininterruptos e ilimitados da sociedade pela oferta de produtos e aparelhos cada vez 
mais sofisticados, nos levam a crer que este estoque acabará! 
Portanto, algumas ações são inevitáveis para que possamos retardar ou minimizar ou resolver 
esse problema, é preciso conhecer os recursos naturais, seus problemas e suas limitações, para 
melhor gerenciá-los.
7
1. Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
Introdução
Nesta unidade abordaremos os temas de Avaliação de Impacto Ambiental, Diagnóstico 
Ambiental, Recuperação Ambiental, Atividades e Medidas para Preservação do Solo, bem como 
Medidas destinadas ao controle de áreas degradadas.
É um instrumento de política ambiental, em que se faz um exame sistemático dos impactos 
ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, 
formado por um conjunto de procedimentos, cujos resultados devem ser apresentados de forma 
adequada a quem interessar e, principalmente, aos responsáveis pela tomada de decisão. O 
conjunto de procedimentos deve garantir adoção de medidas de proteção ao meio ambiente, 
em situação específica, como o caso de implantação de um projeto. (MOREIRA, 1992, APUD 
SÁNCHEZ, 2008).
Grosso modo, podemos dizer que avaliação de impacto ambiental é a visão antecipada de 
possíveis consequências de ações presentes ou propostas.
Segundo Sánchez (2008), apesar da AIA ter um caráter prévio, de avaliação para tomada de 
decisão, pode-se encontrar referências de avaliações de impactos de ações ou eventos passados, 
neste caso a preocupação passa a ser com os danos já causados.
1.1. Diagnóstico Ambiental
Na avaliação de Impacto Ambiental quer seja para futuras ações, quer seja de ações passadas, 
é necessário conhecer a situação atual do ambiente. 
Segundo Sánchez (2008), denomina-se Diagnóstico Ambiental “a descrição das condições 
ambientais existentes em determinada área no momento presente”.
O grau de profundidade e abrangência do diagnóstico ambiental depende dos objetivos do 
estudo.
 
1.2. Recuperação Ambiental 
 Um ambiente mesmo afetado por ações humanas pode ser recuperado, desde que 
sejam propostas e aplicadas ações voltadas com esse objetivo. Isto significa que um ambiente 
degradado pode ser recuperado.
8
Unidade: Recursos naturais II
Sánchez (2008) afirma em seu trabalho que em ambientes terrestres o termo mais usado é 
“recuperação de áreas degradadas”. A recuperação de áreas degradadas requer uma intervenção 
planejada, cujo objetivo é tornar a área, produtiva novamente e sustentável.
Dentre as variantes da recuperação ambiental estão, segundo Sánchez (2008):
a) Restauração – “Retorno de uma área degradada às condições existentes antes da 
degradação”, ou até melhor desde que o ambiente já esteja alterado.
b) Reabilitação – É o tipo de recuperação mais frequente, neste caso as ações de recuperação 
são voltadas a habilitar a área novamente, para uma nova forma de utilização, ainda que 
bem diferente da anterior. Em seu artigo 3o, o Decreto Federal no 97.632/89 para o plano 
de recuperação de áreas degradadas por extração mineral define que “A recuperação 
deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização , de acordo 
com um plano pré-estabelecido para uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade 
do meio ambiente” (SÁNCHEZ, 2008) 
c) Remediação – é um tipo de recuperação ambiental, porém de casos em que a área 
degradada está contaminada.
Em ambientes urbanos os termos de recuperação utilizados são Requalificação e Revitalização.
1.3. Atividades e Medidas para Preservação do Solo.
As principais atividades e Medidas para Preservação do Solo são:
a) Ponto de equilíbrio ecológico entre a produtividade agrícola e industrial e a ocupação 
urbana:
•	Novas	áreas	de	preservação;
•	Aumento	de	Jardins	Botânicos	e	de	reservas	(nos	centros	urbanos);
•	Bancos	Genéticos	(recomposição	das	áreas	degradadas);
•	Reflorestamento	de	mata	ciliar	(margens	dos	rios);
•	Programa	de	Educação	Ambiental;
•	Instrumentos	para	prevenção	e	controle	da	poluição	e	contaminação	do	solo.
Como para ambientes terrestres o termo mais usado é “recuperação de áreas degradadas”, e 
sendo a erosão um dos principais fenômenos tratados no planejamento ambiental, iremos abrir 
um pouco mais de “espaço” para o tema.
2. Medidas destinadas ao controle de áreas degradadas.
9
2.1. Prevenção e Controle da Erosão
 Medidas Preventivas são sempre preferenciais às medidas corretivas, primeiramente, 
porque são muito mais eficazes para conter e/ ou evitar a degradação ambiental, e segundo 
porque	são	economicamente	mais	viáveis.	Já	as	medidas	Corretivas	são	mais	onerosas	e	de	
implantação mais difícil (BRAGA, 2005).
A erosão é um dos principais fenômenos tratados no planejamento ambiental, tal fenômeno 
ocorre naturalmente sendo difícil de ser controlado, e facilmente acelerado por ações do homem 
(SANTOS, 2004).
Essa aceleração ocorre, principalmente, com o desmatamento ou remoção da cobertura 
vegetal original, com o manejo impróprio de solos produtivos, com a exploração inadequada 
de terras próximas aos cursos d` água, ocupação das terras por usos inadequados, uso de áreas 
com elevado potencial natural de erosão, e principalmente com a falta de planejamento de 
ocupação ( SANTOS, 2004).
No processo de erosão perde-se a porção maisfértil do solo, e consequentemente sua 
qualidade multifuncional (SANTOS, 2004).
Quando o processo erosivo se restringe a uma pequena camada de remoção do solo, o 
plantio de vegetação e a correção da drenagem que originou a remoção das camadas, são 
medidas corretivas para este processo (BRAGA, 2005).
Nos casos em que o processo erosivo é mais crítico, como a formação de voçoroca ou 
boçoroca, que são grandes buracos de erosão, causados pela chuva e intempéries e que ocorre 
onde a vegetação é escassa, de modo geral, as intervenções corretivas são obras de engenharia 
hidráulica, de engenharia de solos e de engenharia agronômica (BRAGA, 2005).
As Medidas Preventivas em solo rural correspondem à utilização de práticas que permitem a 
exploração agrícola do solo sem torná-lo significativamente pobre (BRAGA, 2005).
As práticas mais utilizadas são o preparo do solo em curvas de nível, desta forma evita-se que 
as águas das chuvas corram livremente ocasionando o fenômeno da erosão, conforme figura 
2.1. O terraceamento também é uma técnica agrícola e geográfica de conservação do solo, com 
o intuito de reduzir as perdas de solo pela erosão.
Figura 2.1 – Plantação com curvas de nível – Ponta Grossa - PR
Fonte: Natureza Brasileira
10
Unidade: Recursos naturais II
São usadas ainda, segundo Braga (2005), estruturas para desvio que terminem em poços 
para infiltração das águas; controle das voçorocas; preservação da vegetação nativa em grandes 
aclives e áreas próximas aos cursos d’água.
2.2 – Controle da Poluição do solo rural
A população cresce a taxas elevadas, e para assegurar a produção agrícola, pois afinal é 
preciso produzir muito mais para atender ao crescente consumo, o emprego de fertilizantes 
sintéticos e defensivos parece inevitável, apesar dos riscos envolvidos.
A utilização de fertilizantes sintéticos podem causar impactos imediatos em áreas agrícolas, já 
os defensivos, de modo geral manifestam-se após longo anos.
Se no momento não podemos ou não temos uma solução para resolver o problema da 
utilização de fertilizantes e defensivos e, portanto, temos que conviver com eles, nada mais sensato 
do que utilizá-los na medida certa, cortando os desperdícios que geram resíduos poluidores. 
Optando também por defensivos mais seguros e utilizando-se de técnicas de aplicação que 
também reduzam os desperdícios que geram acúmulo e propagação para a cadeia alimentar 
(BRAGA, 2005).
 
2.3 - Controle da Poluição do solo urbano
Resíduos sólidos, podem advir de residências, comércios etc. e são mais conhecidos como 
“lixo”, ou ainda classificados em resíduos mais perigosos advindos de processos industriais e de 
atividades médico-hospitalares (BRAGA, 2005).
Em função do aspecto prático e técnicas de tratamento e disposição, a norma Brasileira NBR 
10.004 considera três classes de resíduos, são elas:
•	 Resíduos	Classe	I	ou	Perigosos:	podem	apresentar	riscos	a	saúde	pública	ou	efeitos	adversos	
ao meio ambiente (toxidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, radioatividade e 
patogenicidade);
•	 Resíduos	Classe	 III	 ou	 Inertes:	 não	 se	 solubilizam	 na	 água	 (concentração	 superior	 aos	
padrões de potabilidade);
•	 Resíduos	Classe	II	ou	não	Inertes:	não	se	enquadram	em	nenhuma	das	classes	anteriores.
Essa divisão pode e deve ser usada para acondicionamento, manuseio, coleta e transporte 
dos resíduos pela população.
As dificuldades dessa implantação de reconhecimento dos resíduos, segundo essas três 
classes, provêm do tempo, recursos financeiros, administrativos e educacionais necessários para 
viabilizar esse sistema, além disso, da mudança de hábitos e costumes (BRAGA, 2005).
Em áreas urbanas, o Sistema de Disposição e Tratamento do Lixo é indispensável, em áreas 
rurais existem algumas alternativas como adubação do solo ou alimentação de animais, para 
alguns tipos de resíduos domésticos.
11
2.3.1 - Sistema de disposição e tratamento do lixo
O Sistema de Disposição e Tratamento do Lixo é indispensável e se incumbe da limpeza, da 
coleta, disposição e tratamento do lixo, com o objetivo de extinção dos riscos à saúde pública e 
redução ou eliminação dos impactos sobre o ambiente, provocados pelo lixo. 
Principais atividades do sistema (BRAGA, 2005):
a) Varrição de vias, praças, e demais logradouros públicos.
b) Coleta domiciliar, do comércio e da indústria, sempre que possível seletiva.
c) Transporte até centros de transbordo ou de triagem ou até locais de disposição e tratamento.
d) Disposição e/ ou tratamento do lixo.
Segundo Braga (2005), a disposição e o tratamento do lixo podem ser feitos de várias 
maneiras: a forma inadequada é a de lançar e amontoar em algum terreno dando origem aos 
“lixões”, sem medidas de proteção ao ambiente ou à saúde pública. Esta é uma prática que 
incentiva a catação propiciando além dos problemas sociais, ambientes altamente poluídos além 
do próprio solo, pode poluir as águas e a atmosfera. Outras formas são os aterros sanitários ou 
energéticos, a compostagem e a incineração. 
Aterro Sanitário, conforme mostra a figura 2.3, é um processo que permite o confinamento 
seguro dos resíduos relativamente à poluição ambiental e à saúde pública.
No aterro, os resíduos são lançados sobre o terreno e recobertos com solo do local, onde são 
utilizadas máquinas para terraplenagem, que consequentemente acabam compactando o lixo e 
reduzindo significativamente o seu volume. 
No material aterrado a biodegradação aeróbia é interrompida pela falta de oxigênio, dando 
espaço para biodegradação anaeróbia, com liberação de gás e de líquido escuro chamado 
de chorume, que pode se infiltrar no solo e contaminar o lençol freático, caso não haja uma 
camada que impermeabilize o solo. O gás é chamado de metano e deve ser drenado.
Segundo Braga (2005), o aterro sanitário energético é uma evolução do aterro sanitário, 
onde o chorume drenado é reaplicado no aterro com o objetivo de aumentar a produção de 
gás. O gás drenado pode ser usado como combustível. A desvantagem da utilização de aterros 
é que exige áreas extensas para sua instalação.
Figura 2.3 – Aterro Sanitário em várias fases
Fonte: IPT – Instituto de pesquisas Tecnológicas (2000)
12
Unidade: Recursos naturais II
Outra forma de dispor e tratar o “lixo” é a compostagem que é um processo biológico de 
decomposição da matéria orgânica de origem animal ou vegetal. A figura 2.4 mostra uma Usina 
de compostagem de lixo para cidades até 60 mil habitantes.
Vantagens da compostagem, segundo o IPT (2000):
a) Redução de cerca de 50% do lixo destinado ao aterro;
b) Economia de aterro;
c) Aproveitamento agrícola de matéria orgânica;
d) Reciclagem de nutrientes para o solo;
e) Processo ambientalmente seguro;
f) Eliminação de patógenos;
g) Economia de tratamento de efluentes.
Geralmente, ocorre o processamento em usinas de triagem e compostagem do lixo, 
onde primeiramente são separados os materiais que podem ser reciclados e, depois, feita a 
compostagem com matéria orgânica.
O processo de compostagem ocorre pela decomposição de matéria orgânica, em condições 
aeróbias de maneira controlada, de forma a obter um material estabilizado, livre de reações de 
putrefação.
Figura 2.4 – Usina de Compostagem de lixo para cidades até 60 mil habitantes
Fonte: IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas (2000)
Quanto à incineração, ela é feita em usinas próprias, onde o lixo é reduzido a cinzas e gases. 
As emissões gasosas podem ser lançadas na atmosfera sem maiores problemas, desde que se 
utilize equipamentos de combate à poluição. A figura 2.5 mostra um incinerador de lixo.
As principais vantagens da incineração, segundo Braga (2005), são a minimização de áreas 
para aterro e para as instalações e ainda a possibilidade de sua utilização para alguns tipos de 
resíduos perigosos, como os hospitalares.
13E como desvantagem os altos custos de investimento, operação e manutenção e pessoal 
qualificado para operação (BRAGA, 2005). 
Figura 2.5 - Incinerador de lixo
Fonte: Cetesb (1990, apud IPT, 2000)
A escolha da alternativa mais viável de levar em conta os custos, as características 
socioeconômicas da região e, principalmente, o custo ambiental. Para grandes populações, 
geralmente, são adotados mais de um tipo de solução.
 
2.4 – Resíduos Perigosos
Resíduos Perigosos são resíduos nocivos aos seres vivos e ao meio ambiente. Exemplos de 
fontes geradoras com seus respectivos resíduos perigosos são dados no quadro 2.4.
Quadro 2.4 - Fontes geradoras com seus respectivos resíduos perigosos
Setor Fonte Resíduos Perigosos
Serviços, 
Comércio e 
Agricultura
•	Veículos
•	Aeroportos
•	Lavagem	a	seco
•	Transformadores
•	Hospitais
•	Fazendas,	parques	
municipais
•	Resíduos	Oleosos
•	Óleos,	fluidos		
•	Solventes	halogenados
•	Bifenilas	policloradas
•	Resíduos	Patogênicos
•	Resíduos	de	pesticidas,	
embalagens contaminadas
14
Unidade: Recursos naturais II
Indústrias de pequeno 
e médio porte
•	Tratamento	de	Metais	
(galvanização,etc)
•	Fabricação	de	tintas
•	Curtumes
•	Lodos	contendo	metais	
pesados
•	Solventes,	borras,	tintas
•	Lodos	contendo	cromo
Indústrias de 
Grande Porte
•	Processo	de	extração	de	
bauxita: fabricação de 
alumínio
•	Refinaria	de	petróleo
•	Produção	de	cloro
•	Química
•	Resíduos	de	desmonte	de	
cubas de redução
•	Catalisadores,	resíduos	
oleosos.
•		Lodos	com	mercúrio
•	Resíduos	de	fundo	de	
coluna de destilação
Fonte: Modificado de Braga (2005)
O Gráfico 2.4 mostra os percentuais correspondentes à destinação final dos resíduos 
industriais.
2.4 – Gráfico da destinação final dos resíduos industriais no Estado de São Paulo
Fonte: Modificado Cetesb (1997, apud Braga, 2005)
O percentual de disposição é bastante significativo e explorado no gráfico 2.5 que se refere 
aos 61,32% da disposição, mostrada no gráfico 2.4.
Vale a pena destacar a preocupação referente à destinação final dos resíduos industriais, pois 
grande parte deles são dispostos diretamente no meio ambiente, como mostrado no gráfico 2.5. 
15
2.5 – Gráfico dos percentuais de distribuição (61,32%) relativos à disposição. 
Fonte: Modificado Cetesb (1997, apud Braga, 2005)
Quanto à classificação dos resíduos perigosos Braga (2005) os divide em: resíduos biomédicos 
e resíduos químicos.
2.4.1 – Resíduos Biomédicos 
São os resíduos gerados por hospitais, clínicas, laboratórios, etc. São resíduos que apresentam 
características patológicas e infecciosas, conforme cita Braga (2005):
a) Resíduos cirúrgicos e patológicos;
b) Animais usados para experiências;
c) Embalagens e resíduos químicos;
d) Bandagens, panos e tecidos empregados em práticas médicas;
e) Agulhas, seringas;
f) Equipamentos, resíduos contaminados.
Em práticas médicas, é comum a utilização de resíduos radioativos, porém estes não são 
enquadrados como resíduos biomédicos, eles possuem legislação específica.
Os resíduos biomédicos devem ser incinerados, no local, e as cinzas são dispostas em aterro 
sanitário, caso não haja incineração devem ser dispostas em aterros sanitários, depois de serem 
submetidas a tratamento (BRAGA, 2005).
16
Unidade: Recursos naturais II
2.4.2 – Resíduos Químicos
Resíduos químicos são na maioria advindos de atividades industriais. Segundo Braga (2005), 
a preocupação com esses resíduos é relativamente recente, desta forma a diminuição dos 
impactos ainda não é feita. O tratamento para estes resíduos varia, ou seja depende do caso, 
existe tentativas de amenizar o problema, mas devido aos altos custos são abandonados.
Não existe efetivamente nenhum modo seguro de avaliar o impacto causado por estes tipos 
de resíduos, embora sua rota de poluição possa atingir o ar, a água e o solo (BRAGA, 2005).
Ações propostas pelo Comitê Preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Meio 
Ambiente	 e	 Desenvolvimento,	 realizada	 no	 Rio	 de	 Janeiro	 em	 1992,	 relativa	 a	 Gestão	 de	
Resíduos Perigosos, citadas por Braga (2005) são:
•	Promover	a	prevenção	ou	minimização	da	produção	de	resíduos	por	meio	de	métodos	
de produção mais “limpos”, evitando o emprego de substâncias perigosas; sempre que 
for possível substituí-las por outras ou pela reciclagem, reutilização, recuperação ou usos 
alternativos dessas substâncias;
•	Aprimorar	o	conhecimento	e	a	informação	sobre	os	aspectos	econômicos	envolvidos	na	
gestão desses resíduos e sobre os efeitos produzidos por essas substâncias sobre a saúde 
dos organismos e sobre o meio ambiente;
•	Promover	e	fortalecer	a	capacitação	institucional	para	prevenir	e/ou	minimizar	danos	para	
gerir o problema; e
•	Promover	 e	 fortalecer	 a	 cooperação	 internacional	 relativa	 à	 gestão	 de	 deslocamentos	
transfronteiriços de resíduos perigosos, incluindo monitoramento e controle, de modo 
consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais.
2.4.2.1 – Disposição de resíduos químicos perigosos
Os métodos mais empregados para disposição e tratamento dos resíduos químicos perigosos 
citados por Miller (1985, apud Braga, 2005) são: os aterros de armazenamento, as lagoas 
superficiais, o armazenamento em formações geológicas subterrâneas e as injeções em poços. 
Podem ser utilizados também tambores de armazenamento, que por sua vez também são 
aterrados, porém os tambores sofrem deterioração com o tempo, incorrendo no risco de liberar 
os resíduos.
O armazenamento tem a função de evitar que resíduos perigosos circulem no meio ambiente, 
mas nem sempre isto é possível, pois é preciso que o projeto, a construção e a manutenção, não 
falhem no que diz respeito à impermeabilização adequada do meio.
Na disposição dos resíduos na forma de injeções em poços não há como evitar a poluição do 
aquífero freático (BRAGA, 2005). 
17
2.4.2.2 – Tratamento dos resíduos perigosos
Os tratamentos segundo Braga (2005) podem ser classificados como físico, químicos ou 
biológicos, tendo como objetivo principal a transformação desses resíduos em menos perigosos.
2.5 – Resíduos Radioativos
A geração de resíduos radioativos é proveniente na maior parte das vezes pela produção 
de armas nucleares, produção de combustíveis para usinas nucleares e sistemas de propulsão, 
operação em usinas nucleares, pesquisa e atividades médicas (BRAGA, 2005). 
Os resíduos radioativos podem se apresentar na forma sólida, líquida e gasosa, e não é 
possível destruir a radioatividade em nenhuma das formas, a única alternativa é confinar os 
resíduos de forma segura. 
Conclusão
É preciso conhecer os efeitos causados pelas ações humanas e os respectivos impactos, 
principalmente os adversos, para melhor gerenciá-los. 
18
Unidade: Recursos naturais II
Material Complementar
Como texto complementar desta Unidade, indico a leitura do livro.
 BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
19
Referências
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. 
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
IPT	–	INSTITUTO	DE	PESQUISAS	TECNOLÓGICAS.	Lixo Municipal Manual de Gerenciamento 
Integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000.
NATUREZA Brasileira, disponível em http:// www.naturezabrasileira.com.br. Acesso em 
25/fev.2012
SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de Impacto Ambiental conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de 
Textos, 2008
SANTOS, R.F. Planejamento Ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.
20
Unidade: Recursos naturais II
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP BrasilTel: (55 11) 3385-3000

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