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II. Classificações do Contrato

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CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
� Quanto à Matéria 
 
o Público: Contrato firmado com entidade pública ou compreendendo 
matéria de direito público � Regidos pelos princípios da Adm. Pública 
 
o Privado: Contratos firmados com particulares compreendendo 
matéria de direito privado. 
 
ESPECIFICAÇÃO: 
o Contrato Trabalhista: Regula relações contratuais entre empregado 
empregador � Regido pela CLT 
 
o Contrato Administrativo: Compreende contratação ou matéria 
relacionada à Adm. Pública � Regido pelo Direito Administrativo 
 
o Contrato Cível: Contrato que compreende dois particulares em relação 
de igualdade � Regido pelo Código Civil 
 
o Contrato de Consumo: Compreende relações de consumo, onde a 
parte contratante está em posição de sujeição à contratada � Regido 
pelo CDC 
 
 
� Quanto à Tipicidade 
 
o Típicos (Nominados): Possuem previsão legal no Código Civil. Devem, 
consequentemente, obedecer suas normas específicas previstas no 
código. 
 
o Atípicos (Inominados): Não tem previsão legal específica no Código 
Civil. São frutos da autonomia da vontade dos contratantes. 
 
Devem obedecer os princípios da moral, bons costumes e 
relacionados e, ainda, verificar as proibições legais (ex.: art. 426 CC – 
herança de pessoa viva não pode ser objeto de contrato). 
o sempre são contratos unilaterais) 
 
Devido a esta característica de onerar apenas uma parte, os contratos 
gratuitos devem ser interpretados restritivamente, devendo ser 
levado em conta apenas o que está escrito (sem ampliar ou interpretar 
por analogia). 
 
� Quanto à Forma: 
 
o Solene (Formal): Lei determina uma forma específica para constituição 
do contrato. Caso contrato não cumpra com a forma específica, não 
terá efeito jurídico (pode constituir, no máximo, uma intenção de 
contratar). Ex.: Contrato de compra e venda de imóvel – deve ser, 
necessariamente, por escritura pública. 
 
o Não Solene (Não Formal): Lei não determina forma específica para 
constituição do contrato. Nesses casos, a forma será livre. 
 
� Quanto à Execução: 
 
o Instantânea: Contratos com execução instantânea são aqueles que se 
resolvem instantaneamente (ex.: compra e venda) 
 
o Diferida: Possuem sua execução prorrogada no tempo (ex.: contrato 
com marmoraria para fazer uma pia e realizar sua instalação em 20 
dias) 
 
o Trato Sucessivo: Contratos que se renovam periodicamente (ex.: 
fornecimento de água, luz, tv a cabo e etc.) 
 
Normalmente, a revisão judicial ocorre com maior frequência em contratos 
que se afastam da execução instantânea, pois estes últimos normalmente se 
negociam ao vivo, com resolução no ato). 
 
� Quanto ao Prazo: 
 
o Indeterminado: Não há data para encerramento. Consequentemente, 
pode ser rescindido a qualquer momento, por qualquer das partes, 
mediante simples notificação. 
 
o Determinado: Contrato tem data de vigência determinada. Caso seja 
rescindido antes da data, parte que descumpriu o prazo deverá pagar 
multa. Se vigência vencer e as partes continuam a agir de acordo com 
o contrato e não estipulam novo prazo de vigência, entende-se que o 
contrato se renovou por prazo indeterminado. 
 
� Quanto à Pessoalidade: 
 
o Personalíssimo (“intuito personae”): A pessoa que executa o contrato 
é relevante para seu cumprimento satisfatório. Pode ser considerado 
como um “contrato infungível”, pois a obrigação assumida no contrato 
é intransferível e não pode ser cumprida por outra pessoa. 
 
Caso ocorra a morte do contratado, contrato se extingue. 
 
o Impessoal: A pessoa que executa o contrato não tem relevância para 
o cumprimento satisfatório da obrigação. Pode ser considerado como 
um “contrato fungível”. 
 
Caso ocorra a morte do contratado, obrigação se transfere aos 
herdeiros. 
 
� Quanto ao Risco: 
 
o Comutativo: Prestações são pré estabelecidas ou, ao menos, 
conhecidas pelas partes no momento da contratação. Não há risco por 
parte do contratado. 
 
o Aleatório: Prestações não estão totalmente claras no momento da 
contratação. Há risco por parte do contratado (alea = risco). 
 
� Quanto à Eficácia: 
 
o Reais: Contrato depende da tradição para existir. Sem a tradição, 
contrato inexiste juridicamente, pois a existência se dá com a tradição 
(ex.: contrato de empréstimo nasce com o empréstimo da coisa, sendo 
a obrigação contratada a de devolver). 
 
Ainda vale verificar a doação pura, cujo contrato nasce com a entrega 
da coisa, porém, não há obrigação de retorno do contratado. 
 
o Consensuais: Basta o acordo de vontades para contrato existir, 
independentemente da tradição ter ocorrido ou não (Ex.: compra e 
venda, locação e etc.). 
 
� Quanto à Dependência: 
 
o Principal: Aquele contrato que se encerra nele mesmo, sem depender 
de qualquer outro. 
 
o Acessório: Sua existência se justifica em um contrato principal. O 
contrato acessório segue a sorte do principal, ou seja, caso principal 
seja extinto, o acessório se extinguirá também (ex.: contrato de 
garantia) 
 
� Quanto ao Objetivo 
 
o Preliminar: Tem o objetivo de celebrar um contrato definitivo no 
futuro (ex.: compromisso de compra e venda). 
 
o Definitivo: é o contrato que é celebrado de forma plena e acabada, 
gerando deveres e obrigações para uma ou para ambas as partes. 
 
� Quanto à Predisposição das Cláusulas 
 
o Adesão: As cláusulas do contrato são pré dispostas, não havendo 
negociação entre as partes. A interpretação deste tipo de contrato 
deve ser, sempre, favorável ao aderente. 
 
o Paritário: Partes se encontram em igualdade e podem negociar 
livremente as cláusulas do contrato. Não haverá qualquer pré 
disposição.

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