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Estruturas de Concreto III –Aula 1 Professora: Carla Pinheiro Moreira 23/02/16 Provas AV1: Matéria dada até 05/04/16 Revisão AV1: 12/04/16 Prova AV1: 19/04/16 Visto de Prova AV1: 26/04/16 AV2: Toda a matéria Revisão AV2: 07/06/16 Prova AV2: 14/06/16 AV3: Visto de prova AV2: 21/06/16 Prova AV3: 28/06/16 Toda a matéria Bibliografia • FUSCO, Péricles Brasiliense, Técnica de Armar as Estruturas de Concreto, São Paulo: PINI, 2000 • CHOLFE, Luiz e BONILHA, Luciana; Concreto Protendido: Teoria e Prática. 1 ed. São Paulo: PINI, 2013 • CARVALHO, Roberto Chust Estruturas em Concreto Protendido - pós-tração pré-tração e cálculo e detalhamento. 1ed. São Paulo: PINI, 2013 Matéria que será abordada ao longo do Curso Unidade 1: Elementos Especiais: Aplicações 1.1 Transição de Pilares; 1.2 Consolos; 1.3 Nós de Quadros; 1.4 Articulações em peças de concreto. Unidade 2: Escadas 2.1 Proporção dos degraus; 2.2 Tipos; 2.3 Escadas em forma de lajes inclinadas; 2.4 Empuxo ao vazio; 2.5 Dimensionamento e detalhamento. Matéria que será abordada ao longo do Curso Unidade 3: Reservatórios 3.1 Tipos; 3.2 Modelos; 3.3 Dimensionamento e detalhamento. Unidade 4: Consolos Curtos 3.1 Bielas e tirantes; 3.2 Modelo resistente; 3.3 Dimensionamento e detalhamento; 3.4 Dentes Gerber. Matéria que será abordada ao longo do Curso Unidade 5: Fundamentos do Concreto Protendido 5.1 Conceituação inicial; 5.2 Materiais, dispositivos e sistemas de protensão; .3 Esforços solicitantes; 5.4 Perdas de protensão; 5.5 Critérios de projeto; 5.6 Solicitações normais; 5.7 Cisalhamento. Aula 1 - Elementos Especiais: Aplicações 1.1 Transição de Pilares; 1.2 Consolos; 1.3 Nós de Quadros; 1.4 Articulações em peças de concreto. 1. Elementos Especiais: Aplicações: • O primeiro passo para a concepção de uma estrutura envolve a definição do arranjo estrutural. Nos edifícios usuais de concreto armado, o arranjo estrutural é constituído por lajes, vigas e pilares ou pela união desses elementos. No nível da fundação, os pilares transmitem as cargas da estrutura ao terreno, através de elementos estruturais como sapatas diretas, blocos, estacas, tubulões, etc. • A definição do arranjo estrutural é chamada comumente de lançamento estrutural. O lançamento estrutural é uma das etapas mais importantes do projeto de uma estrutura de concreto armado. O lançamento estrutural envolve: A definição da posição dos elementos estruturais que compõem a estrutura (lajes, vigas, pilares, etc...); A definição da forma e dimensões dos elementos estruturais. • Considerando as ações verticais e horizontais que solicitam uma estrutura, deve-se procurar dispor e definir os elementos estruturais de forma a criar condições de absorvê-las, conduzindo-as até as fundações, tendo sempre em vista minimizar as interferências com o arranjo arquitetônico. • A definição da disposição das peças estruturais num edifício é influenciada por diversos fatores. No caso dos edifícios residenciais usuais, por exemplo, a posição da caixa d’água, a posição das escadas, a posição dos elevadores, a cobertura, o layout do pavimento tipo, a garagem, etc., trazem implicações importantes para a concepção da estrutura. Além dos fatores citados acima, é necessário avaliar a interferência com os projetos de instalações (hidro sanitário, elétrico, incêndio, etc.). 1.1 Transição de Pilares: • No caso dos edifícios com garagem ou estacionamento, a definição das vagas condiciona a disposição dos pilares e vice-versa. A posição dos pilares influencia no arranjo das vigas que, por sua vez, delimitam as lajes. Por isso a estrutura é chamada de sistema, ou seja, um conjunto de elementos que interagem. • O estudo detalhado do projeto arquitetônico é fundamental para a definição de um arranjo estrutural compatível com mesmo. Quanto melhor for o lançamento estrutural, menores serão as modificações a serem introduzidas no dimensionamento da estrutura. • Ou seja, quando, por exemplo, há quatro pilares suportando as cargas transmitidas ao longo dos andares e, ao chegar ao térreo, é preciso reduzir a quantidade de interferências para aumentar a quantidade de vagas de garagem no subsolo. O responsável por esse desvio no carregamento é um elemento de transição. O mesmo acontece no caso de blocos de fundação, que transferem a carga depositada por um pilar para um conjunto de estacas, no caso de fundações profundas. Com relação às transferências de carga, para que o efeito desejado seja atingido os elementos de transição contam com armaduras especialmente concebidas para esta finalidade para que os esforços sejam compensados de maneira adequada e não ocorram patologias. • Alguns tipos de estrutura de transição: Alvenaria estrutural Lajes de transição: Comuns em edifícios em alvenaria estrutural ou com paredes de concreto, são pavimentos formados por vigas de transição que recebem as cargas das paredes estruturais e as transferem para pilares. São necessárias para abrir espaço em pavimentos térreos e subsolos, que abrigam áreas de uso comum e garagens. Costumam consumir muito material e têm execução complexa. Vigas: Quando nos subsolos há pilares em posições diferentes dos que há do térreo para cima, são essas vigas que transferem as cargas de um pilar para outro. Blocos de transição: Geralmente usados em fundações, para transferir a carga de um ou alguns pilares para diversas estacas. Estacas de fundação • A escolha da estrutura de um edifício de andares múltiplos começa pelo PAVIMENTO TIPO, fixando-se a posição de vigas e pilares, levando sempre em consideração a posição da caixa d'água. Em boa parte dos casos, a posição da caixa d'água coincide com a caixa de escadas. • Com a estrutura do PAVIMENTO TIPO resolvida, verifica-se se posição dos pilares pode ser mantida nos outros pavimentos. Nesta análise são considerados aspectos estéticos e funcionais das garagens, pilotis, salões de festas, "play-grounds", etc. • Caso não seja possível manter a posição dos pilares, tenta-se reformular a estrutura do PAVIMENTO TIPO até compatibilizar a posição dos pilares com os outros pavimentos. • No caso de edifícios, pode ocorrer uma incompatibilidade entre a posição dos pilares em dois pavimentos diferentes. Essa situação pode existir em função de diferenças no layout dos pavimentos, como é o caso nos edifícios residenciais, que possuem garagem e pavimento tipo. Nesses casos, utiliza- se uma estrutura de transição como a mostrada na Figura a seguir. • As estruturas de transição, na grande maioria das vezes, são caras e de grande responsabilidade estrutural. Portanto, deve-se procurar conceber o arranjo estrutural de forma a minimizar sua ocorrência. 1.2 Consolos: Os consolos são elementos estruturais que se projetam de pilares ou paredes para servir de apoio para outras partes da estrutura ou para cargas de utilização. Os consolos constituem-se em balanços curtos, pois não podem ser projetados utilizando-se a teoria de flexão. São considerados consolos os elementos em balanço nos quais a distância (a) da carga aplicada à face do apoio é menor ou igual à altura útil (d) do consolo. O consolo pode ser: • Curto, se 0,5.d ≤ a ≤ d; • Muito curto, se: a > 0,5.d; • Nos casos em que a > d, o dimensionamento do consolo é tratado como viga. 1.3 Nós de Quadros: Nas últimas três décadas, pode-se dizer que houve uma maior preocupação com o comportamento mecânico dos nós, fato confirmado pelo crescimento das pesquisas envolvendo tal região do sistema estrutural. Antes disso, em nível de projeto, admitia-se que as condições nos nós de pórtico não eram críticas. Ou seja, admitia-se que a resistência da ligação era igual à do elemento estruturalmenos resistente. Entretanto, pode-se dizer que os nós de pórtico são, com freqüência, regiões mais críticas do sistema estrutural como um todo, devido a uma série de fatores, entre os quais se incluem a mudança de direção de esforços e tensões, as elevadas tensões cisalhantes que ali surgem, além dos aspectos construtivos associados à ancoragem das armaduras. Em termos de desempenho estrutural, é desejável que o nó apresente resistência suficiente de modo a não impedir o total desenvolvimento da capacidade resistente dos elementos que serão conectados. Levando em conta que a filosofia de projeto recomenda, em situação de ruína, que a plastificação ocorra antes nas vigas que nos pilares, o nó de pórtico deve resistir a ações maiores à correspondente ao momento último da viga. Em termos de execução em obra, é desejável também que o arranjo das armaduras na ligação não dificulte a sua colocação nem a compactação do concreto. De fato, deve haver a preocupação do projetista estrutural quanto ao problema de congestionamento das armaduras nessa região. Conhecendo-se a resistência ao cisalhamento do nó torna-se possível avaliar se os elementos viga e pilar poderão alcançar a capacidade máxima. Essa grandeza pode ser obtida por meio dos modelos nos quais utilizam conceitos dos modelos de biela e tirante - e por expressões prescritas por normas de cálculo que tratam dos nós de pórtico. 1.4 Articulações em peças de concreto: Os engastamentos, embora não sejam comuns, existem ocasionalmente, quando a extremidade de um membro está profundamente incrustada em um bloco de concreto maciço ou cimentada em rocha sólida como na Figura abaixo.
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