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metabolismo alcool

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IES – instituto de ensino superior da grande florianópolis 
patologia dos sistemas - Curso de nutrição
metabolismo do álcool 
Aluna: Ariane da Costa
Professor (a): Michel Mocellin
são josé, Agosto
2017
	
O álcool etílico ou etanol pode ser ingerido na forma de bebida alcoólica. Uma vez ingerido, não possui em si enzimas digestivas, percorre o caminho do sistema digestório, até chegar aos dois principais locais aonde se dará sua absorção: 0-5% do etanol é absorvido pela mucosa gástrica e o restante, cerca de 80 á 95% é absorvido na mucosa intestinal. O etanol segue seu destino. 80-90% dele será oxidado no fígado, com o auxílio de enzimas. (os outros 10% se destinarão aos diversos tecidos do corpo humano caso o álcool tenha sido 90% metabolizado no fígado. Caso seu metabolismo no órgão seja de 80%, 10% restantes são destinados aos tecidos enquanto que os outros 10% dele será expelido pela respiração ou excretado na urina). As enzimas que auxiliam nesse processo são a Álcool desidrogenase (ADH)- que catalisa a oxidação a acetaldeído; a CYP2E1, - principal componente do sistema microssomal hepático de oxidação do etanol (MEOS); e a catalase, - localizada nos peroxissomas dos hepatócitos, responsável por apenas cerca de 10% da oxidação.
O álcool desidrogenase (ADH), está presente no citosol, consiste uma variedade de isoenzimas que oxidam alcoóis de diferentes tamanhos de cadeia, no entanto as da classe 1, são as mais abundantes.
Sistema microssomal de oxidação do etanol (MEOS): Enzima que envolve proteínas do complexo citrocromo P-450, consome NADPH e O2, produzido H20 e radicais livres. Oxida cerca de 10 á 20% do etanol ingerido, podendo aumentar essa porcentagem de acordo com a ingestão do indivíduo.
 Catalase: Localizada nos peroxissomos, essa enzima utilizada é em escala menor, apenas quando há necessidade de reduzir o H2O2. Diferentemente de outras, não produz NADH.
 Aldeído Desidrogenase (ALDH): Encontra-se presente na mitocôndria e produz NADH. É utilizada no tratamento para alcoolistas envolvendo a inibição desta.
Grande parte do álcool no sangue é metabolizada no fígado através de uma via principal e duas acessórias. O etanol é primeiramente convertido em acetaldeído pelo álcool desidrogenase.
O destino do acetato, convertido em acetil-CoA (acetil CoA-Sintase) pode ser dividido em três: Transformar-se em ácidos graxos, corpos cetônicos ou colesterol. Quando o acetil-CoA é lançado na corrente sanguínea, pode ser oxidado em outros tecidos participando do Ciclo de Krebs.
 A energia produzida diante todos esses processos e oxidações, que consomem diversos níveis de energia, mas também as produzem: Forma-se 1 NADH citosólico (pela ADH) 1 NADH mitocondrial, 1 Acetil-CoA. A formação de ATP varia de acordo com a quantidade ingerida.	
Quanto mais álcool, mais CYP2E1 ativada, menos energia proporcionalmente obtida.
As reações ocorridas no metabolismo do álcool no fígado podem ter conseqüências e interferências da oxidação do composto em outros metabolismos. O aumento da relação NADH/NAD+ deriva um aumento substancial efetivo por não haver regulação efetiva da oxidação do álcool. Esse aumento altera todas as vias metabólicas do fígado, além de diminuir a via glicolítica e o Ciclo de Krebs, inibe a beta oxidação. Outra diminuição ocorrida através desta relação é a inibição da gliconeogênese (rota pela qual é produzida glicose a partir de compostos aglicanos (não-açúcares ou não-carboidratos), sendo a maior parte deste processo realizado no fígado e uma menor parte no córtex dos rins.). A variação de NADH/NAD+ não possui apenas efeito redutivo, pois também aumenta a síntese de TA.G, que por sua vez pode causar a Esteatose Hepática além de aumentar a concentração de Lactato, causadora da doença conhecida como Gota.
 Através das análises bioquímicas do composto em nosso organismo, colocando em voga a sua oxidação no fígado, nota-se a necessidade da sociedade consumidora em geral praticar um consumo consciente, moderado e saudável, visando evitar doenças reumáticas e metabólicas como as citadas, assim como se prevenir também contra doenças crônicas, como o alcoolismo; além de diversos outros danos prejudiciais como a toxicidade aguda ás demais áreas do corpo, afetando o SNC, e não sobrecarregar o fígado com a oxidação do composto. Logo, alerta-se a sociedade para uma reavaliação de suas atitudes perante a ingestão alcoólica, sempre visando o bem estar a si mesmo e aos demais.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
http://bioquimicadoalcool.blogspot.com.br/2012/06/figado-e-o-alcool-via-oxidativa.html Acesso em: 24 Agosto 2017. 
Brasileiro Filho, Geraldo, BOGLIOLO Patologia -7º edição - Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2006.

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