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METABOLISMO DO ÁLCOOL
METABOLISMO DO ÁLCOOL
● O etanol é uma molécula pequena, com absorção relativamente lenta pelo estômago
e absorção mais rápida pelo intestino. Por ser solúvel em água, ele acessa
rapidamente a corrente sanguínea – de onde é livremente distribuído para a maioria
dos órgãos e sistemas;
● O coração, o cérebro e os músculos estão sujeitos às mesmas concentrações de
álcool do sangue. A exceção é o fígado, que fica sujeito a concentrações maiores, já
que recebe o etanol absorvido do estômago e do intestino;
● O fígado é um órgão particularmente susceptível aos danos provocados pelo álcool,
pois ele é o principal sítio de metabolização desta substância no organismo;
● Mais de 90% do álcool absorvido é eliminado pelo fígado; 2 a 5% é excretado sem
modificações na urina, suor e respiração;
● Uma vez ingerido, a absorção do álcool no estômago e duodeno é bastante rápida,
sobretudo se o estômago estiver vazio, pois quando há a presença de alimentos a
velocidade diminui devido ao aumento do tempo de esvaziamento gástrico;
● Nos indivíduos em jejum a absorção faz-se em 15-20 minutos, se a bebida tem uma
alta concentração etílica ou se está gaseificada ou quente, o que contribui para a
maior dilatação dos capilares gástricos e favorece a absorção;
● Em um estômago vazio, a concentração de álcool no sangue atinge seu pico uma
hora após a ingestão (dependendo do montante consumido) e depois declina de
forma mais ou menos linear nas próximas quatro horas.
● O álcool é removido do sangue em uma taxa de 3,3 mmol/hora (15 mg/100 ml/hora),
mas tal valor varia de pessoa para pessoa, em diferentes ocasiões de consumo e
com o montante consumido.
● O consumo excessivo de álcool exige um esforço metabólico considerável. Por
exemplo, meia garrafa de uísque é equivalente à ingestão de 500 g de aspirina e a
1,2 kgde tetraciclina.
● O primeiro passo no metabolismo do álcool é a oxidação do acetaldeído pela enzima
denominada álcool desidrogenase (ADH). Esta enzima converte o álcool em
acetaldeído que, mesmo em pequenas concentrações, é tóxico para o organismo;
● A enzima aldeído desidrogenase (ALDH), por sua vez, converte o acetaldeído em
acetato. A maior parte do acetato produzido atinge outras partes do organismo pela
corrente sanguínea onde participa de outros ciclos metabólicos;
● O sistema de enzimas microssomais oxidativas (SEMO ou MEOS) pertencem à
família dos citocromos e compreendem um sistema alternativo de metabolização do
álcool no fígado. O SEMO transforma o álcool em acetaldeído pela ação do
citocromo P450 2E1 ou CYP2E1 presentes nas células hepáticas.
DIFERENÇAS NO METABOLISMO DO ÁLCOOL
● Ainda, é importante ressaltar que outros fatores influenciam o metabolismo do
álcool, tais como: idade, estrutura física (altura, massa corporal), vulnerabilidade
genética, estado de saúde, padrão de consumo e contextos relacionados à ingestão
de bebidas alcoólicas (se bebe durante as refeições, por exemplo);
● As diferenças no metabolismo do álcool podem colocar algumas pessoas em maior
risco para desenvolver problemas relacionados ao álcool.
● Independentemente da quantidade que uma pessoa consome, o corpo pode
metabolizar apenas uma certa quantidade de álcool a cada hora. Esse montante
varia amplamente entre os indivíduos e depende de uma série de fatores, incluindo o
tamanho do fígado e massa corporal.
● Além disso, vale ressaltar que o organismo feminino também apresenta menores
níveis das enzimas responsáveis pela metabolização do álcool e, por isso, este
permanece em seus corpos por mais tempo. Assim, as mulheres são mais sensíveis
aos efeitos do álcool do que os homens principalmente devido a aspectos
fisiológicos. Por exemplo, o álcool mistura-se facilmente com a água do corpo, e
como as mulheres possuem proporcionalmente menos água que os homens, o
etanol se torna muito mais concentrado em seu organismo, o que agrava seus
efeitos.
● Há muitas formas desta enzima (aldeído desidrogenase) sendo que uma destas
formas está ausente em 50% dos japoneses e provavelmente outras populações do
Sul da Ásia. Sintomas como cefaléia, náuseas, rubor facial e taquicardia são
experimentados por pessoas que não possuem esta enzima. Acredita-se que tais
sintomas sejam consequência do acúmulo do acetaldeído.
RELAÇÃO ÁLCOOL x METABOLISMO DE LIPÍDEOS
● O uso de bebidas alcoólicas diminui a expressão do hormônio PPARα (responsável
pelo transporte e oxidação de lipídios), reduzindo a quebra e transporte de lipídeos
(à circulação sanguínea) e causando seu acúmulo no fígado, estabelecendo um
ambiente propício à progressão dessa condição à esteatose hepática;
● Soma-se a esse, a redução da produção de AMP cíclico, molécula que estimula a
quebra de glicose e a oxidação de ácidos graxos (processo de produção de
energia). Uma vez reduzida, há uma sinalização para o aumento da síntese de
ácidos graxos e diminuição de sua oxidação, aumentando ainda mais seu acúmulo.
RELAÇÃO ÁLCOOL x GLICOSE
● o álcool etílico (que é o principal componente das bebidas alcoólicas)é metabolizado
no fígado por duas reações de oxidação.Em cada reação,elétrons são doados ao
NAD+ aumentando a concentração de NADH no citosol. O aumento de NADH gera
uma redução do piruvato em lactato, e do oxaloacetato em malato, sendo estes
compostos intermediários da gliconeogênese;
● Com isso o aumento de NADH mediado pelo etanol gera um desvio nos
intermediários da gliconeogênese, que prosseguem para outros caminhos,
reduzindo a síntese de glicose.
● RESUMINDO: a ingestão exagerada de álcool inibe a gliconeogênese e pode gerar
um quadro de coma por hipoglicemia.
RELAÇÃO ÁLCOOL x EXERCÍCIOS FÍSICOS
● Estudos experimentais em humanos comprovam efeitos agudos (dose única) e
crônicos (doses repetidas por determinado período) do consumo de etanol. Tais
estudos sugerem que o consumo de álcool diminui o uso de glicose (açúcar) e
aminoácidos pelos músculos esqueléticos, interfere nos depósitos de energia e
altera o metabolismo durante o exercício;
● Por outro lado, existem evidências que a atividade física pode atenuar os efeitos do
álcool (estudos mostraram que as mitocôndrias, que são as unidades celulares
responsáveis pela produção de energia, aumentaram sua capacidade de
metabolizar o álcool em pessoas que praticavam exercícios). Além disso, a atividade
física parece reduzir os efeitos oxidantes causados pelo álcool. - PESSOAS QUE JÁ
PRATICAVAM
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E ÁLCOOL (CISA). Interações entre
Álcool e Exercícios Físicos. Disponível em <http://www.cisa.org.br>. Acesso em 28 ago.
2018.
______. O Consumo de Álcool e o Metabolismo de Lipídeos. Disponível em
<http://www.cisa.org.br>. Acesso em 28 ago. 2018.
______. O Metabolismo do Álcool. Disponível em <http://www.cisa.org.br>. Acesso em 28
ago. 2018.
VIEIRA, J. M. F. Metabolismo do Etanol. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciências
Farmacêuticas) - Faculdade Ciências da Saúde, Universidade Fernando Pessoa - Porto,
Portugal.
http://www.cisa.org.br
http://www.cisa.org.br
http://www.cisa.org.br

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