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A Sociedade e o Estado; A Separação dos Poderes; As Formas de Governo; A Democracia

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CIÊNCIA POLÍTICA – NP1
A SOCIEDADE E O ESTADO
CONCEITO DE SOCIEDADE
O vocábulo SOCIEDADE tem sido empregado como a palavra mais genérica que existe para referir TODO O COMPLEXO DE RELAÇÕES DO HOMEM COM SEUS SEMELHANTES. O MECANICISMO e o ORGANICISMO são as duas formulações históricas mais importantes sobre os fundamentos da sociedade.
INTERPRETAÇÃO MECANICISTA: A SOCIEDADE é o grupo derivado de um acordo de vontades, de membros que buscam, mediante o vínculo associativo, um interesse comum impossível de obter-se pelos esforços isolados dos indivíduos. Os mecanicistas procedem dos estudos de Thomas Hobbes.
INTERPRETAÇÃO ORGANICISTA: SOCIEDADE é o conjunto de relações mediante as quais vários indivíduos vivem e atuam solidariamente em ordem a formar uma entidade nova e superior. Os organicistas procedem da filosofia grega (ARISTÓTELES, PLATÃO). A doutrina aristotélica assinala o caráter social do homem. HOMEM como SER POLÍTICO. Não pode viver fora da sociedade.
A SOCIEDADE E O ESTADO
Os conceitos de Sociedade e Estado têm sido empregados ora indistintamente ora em contraste. A sociedade seria vista como um círculo mais amplo. O Estado como um círculo mais restrito. A sociedade vem primeiro, o Estado, depois.
A SOCIEDADE E A COMUNIDADE
A Sociedade supõe, segundo aquele sociólogo, a ação conjunta e racional dos indivíduos no seio da ordem jurídica e econômica; nela, “os homens, a despeito de todos os laços, permanecem separados”.
Já a Comunidade implica a existência de formas de vida e organização social, onde impera essencialmente uma solidariedade feita de vínculos psíquicos entre os componentes do grupo. A Comunidade é dotada de caráter irracional, primitivo, munida e fortalecida de solidariedade inconsciente, feita de afetos, simpatias, emoções, confiança, laços de dependência direta e mútua do “individual” e do “social”.
CONCEITO DE ESTADO
O Estado, uma criação humana, pode ser estudado levando-se em consideração três acepções básicas: filosófica, jurídica e sociológica.
ACEPÇÃO FILOSÓFICA: HEGEL definiu o Estado como a realidade da ideia moral. O valor social mais alto, que concilia a contradição Família e Sociedade, como instituição acima da qual sobrepaira tão somente o absoluto.
ACEPÇÃO JURÍDICA: O Estado se forma quando o poder assenta numa instituição e não num homem. Chega-se a esse resultado mediante uma operação jurídica que chama a INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PODER.
ACEPÇÃO SOCIOLÓGICA: considera o Estado como coletividade que se caracteriza pela diferenciação entre fortes e fracos, onde os fortes monopolizam a força, de modo concentrado e organizado. O Estado é a organização social do poder da coerção.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO
A) Estado Antigo, também chamado de oriental e teocrático. São os grandes impérios da antiguidade (Egito, Pérsia, Assíria, Babilônia etc.). Suas principais características são: 
A.1) natureza unitária (família, religião, Estado, economia englobados num todo, sem consideração do indivíduo);
A.2) religiosidade (teocracia: o poder deriva da divindade, sendo o governante considerado um deus ou representante deste – uma exceção era Israel);
A. 3) despotismo (poder monárquico exercido de forma autoritária, quase sem limites).
B) Estado Grego – verificação de certas características fundamentais, comuns a todos os Estados que floresceram entre os povos helênicos:
	B.1) Polis – sociedade política de maior expressão;
	B.2) Democracia formal.
C) Estado Romano – de um pequeno grupamento humano ao primeiro império mundial. Características:
	C.1) Base familiar de organização;
	C.2) Cristianismo.
D) Estado Medieval – transição entre a rígida e bem definida organização romana e o Estado Moderno. Características:
	D.1) Cristianismo;
	D.2) Invasão dos bárbaros;
	D.3) Feudalismo.
E) Estado Moderno – O direito é unificado e são criados órgãos de administração (burocracia) e um exército profissional. Características: 
	E.1) Soberania;
	E.2) Território;
	E.3) Povo.
F) Estado Contemporâneo
F.1) Democracia.
A SEPARAÇÃO DOS PODERES
SURGIMENTO: tripartição surge no contexto liberal democrático e segue a doutrina do liberalismo, da liberdade, da garantia dos direitos individuais, período das grandes revoluções, assalto contra o absolutismo.
Passa da primeira fase do Estado novo, absolutismo para liberalismo.
Pós-revolução francesa: maioria dos Estados se tornaram Repúblicas Federativas ou Monarquias Parlamentares.
Divide as funções em esfera das execuções do poder político, não divide o poder e sim as funções.
Quando uma única pessoa detém o poder legislativo e poder executivo já deixa de haver liberdade. Exemplo: o poder judiciário mais o legislativo faz-se um juiz legislador.
MONTESQUIEU
Ele apresenta a técnica de controle, poder regula o próprio poder, onde um poder, por exemplo, o legislativo tem o poder de frear o executivo, o que não deixa de ser harmônico, com o objetivo de evitar a centralização do poder ou então um poder se sobressaindo sobre os demais. Não há hierarquia nos poderes.
TEORIA DA TRIPARTIÇÃO
	DIVISÃO DOS PODERES: liberdade política de acordo com sistemas de lei, o poder freando o poder.
PODER EXECUTIVO: poder exercido pela área administrativa do governo;
PODER LEGISLATIVO: poder encarregado de elaborar leis, fiscalizar governos, avaliar orçamentos e nomeações, ratificar tratados, promover o impeachment de funcionários dos executivos e determinar procedimentos eleitorais;
PODER JUDICIÁRIO: responsável pela aplicação das leis que garantam os direitos individuais e a defesa legal da sociedade.
PESOS E CONTRAPESOS
É a essência do mecanismo da separação dos poderes proposta por Montesquieu no período da Revolução Francesa. Através desse sistema, um Poder do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) está apto a conter os abusos do outro de forma que se equilibrem. Por exemplo: O judiciário, ao declarar a inconstitucionalidade de uma Lei é um freio ao ato do Legislativo que poderia conter uma arbitrariedade. O contrapeso é que todos os poderes têm funções distintas, de forma que um 'não manda' mais do que outro. Eles são harmônicos e independentes.
ALGUMAS MEDIDAS DE CONTROLE:
VETO: interferência do executivo no legislativo. 
INDULTO: interferência do executivo no judiciário.
IMPEACHMENT: interferência do legislativo no executivo.
AS FORMAS DE GOVERNO
FORMAS DE GOVERNO x FORMAS DE ESTADO
Como forma de estado, têm-se a unidade dos ordenamentos estatais; a sociedade de Estados (a Federação, a Confederação, etc.) e o Estado simples ou Estado unitário.
Como forma de governo, têm-se a organização e o funcionamento do poder estatal, consoante os critérios adotados para a determinação de sua natureza. Os critérios são: a) o número de titulares do poder soberano; b) a separação de poderes e suas relações; c) os princípios essenciais que animam as práticas governativas e o exercício limitado ou absoluto do poder estatal.
Aristóteles classificou as formas de governos como puras e impuras. Assim, Governo Puro seria quando o titular da soberania, quer seja um, alguns ou todos, exercesse o poder soberano, tendo invariavelmente em vista o interesse comum. Governo Impuro é aquele em que prevalece o interesse pessoal, particular dos governantes contra o interesse da coletividade; é quando as originais formas de governo se degeneram totalmente, visto que o interesse pessoal se sobrepõe ao interesse da sociedade. Seguindo a classificação de Aristóteles:
Formas Puras de Governo:
a) Monarquia: Governo de um só. O Sistema Monárquico atende à exigência unitária na organização de poder político, exprimindo uma forma de governo na qual se faz mister o respeito das leis.
b) Aristocracia: Governo de alguns, o governo dos capazes, dos melhores. Acepção de força em sentido de qualidade, isto é, força da cultura, da inteligência, dos melhores, dos que lideram o governo. É a seleção dos capazes.
c) Democracia: governo que deve atender, na sociedade, aos reclamos de conservação e observância dos princípios de liberdade ede igualdade.
 2) Formas Impuras de Governo: 
a) Tirania: Monarquia degenerada – governo de um só que vota o desprezo da ordem pública. 
b) Oligarquia, Plutocracia ou Despotismo: Aristocracia degenerada – governo do dinheiro, da riqueza desonesta, dos interesses econômicos antissociais.
c) Demagogia: Democracia degenerada – governo das multidões rudes, ignaras, despóticas. 
Formas Mistas de Governo: O Governo misto consiste na redução dos poderes da monarquia, da aristocracia e da democracia, mediante determinadas instituições políticas, como um Senado Aristotélico ou uma Câmara Democrática. Por exemplo, a 
Inglaterra (rei, câmara dos lordes, câmara dos comuns).
Classificação de Maquiavel: “Todos os Estados todos os domínios que exerceram ou exercem poder sobre os homens, foram e são ou Repúblicas ou Monarquias (em O Príncipe). Classifica as formas de Governos em termos dualistas. São: a) Repúblicas: governo republicano é todo governo eletivo e temporário. B) Monarquia (Principado): governo em que o gestor público instaura-se por hereditariedade e mantêm-se no governo vitaliciamente.
A DEMOCRACIA
O conceito de democracia não é algo perfeito, estático, ao contrário, “é algo dinâmico, em constante aperfeiçoamento, sendo válido dizer que nunca foi plenamente alcançado”, visto sua construção e aprimoramento decorrerem dos acontecimentos históricos, como um “processo de continuidade transpessoal, irredutível a qualquer vinculação do processo político a determinadas pessoas. ”
DEMOCRACIA DIRETA: O surgimento da democracia está umbilicalmente ligado ao modelo de exercício direto pelos cidadãos, que participavam pessoalmente das decisões fundamentais da sociedade. A vontade expressada pelos cidadãos reunidos em assembleia, foi a maneira encontrada para que o poder do Estado e suas decisões no plano político gozassem de aceitação e, ao mesmo tempo, de justificação assentada na vontade popular. Havia plena identidade entre o titular do poder político, e o encarregado de exercê-lo. A Ágora era o nome que se dava às praças públicas na Grécia Antiga. Nestas praças ocorriam reuniões onde os gregos, principalmente os atenienses, discutiam assuntos ligados à vida da cidade (pólis).
DEMOCRACIA REPRESENTATIVA (INDIRETA): foi o sistema criado como alternativa para contornar os problemas apontados na democracia direta, pois a vastidão territorial dos Estados e o seu elevado número de cidadãos acabaram por inviabilizar o sistema de participação direta da população. Neste passo, foi arquitetado um meio pelo qual a vontade popular continuaria sendo a pedra fundamental que justifica o poder estatal, contudo, esta vontade passaria a ser representada por pessoas eleitas periodicamente, que passam a gozar das prerrogativas e responsabilidades de exercitar as funções políticas, em nome da vontade geral.
CARACTERÍSTICAS QUE REGEM UMA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA:
SUFRÁGIO UNIVERSAL: consiste no direito público de votar e ser votado, de acordo com a Constituição Federal.
IGUALDADE PERANTE A LEI: é o princípio segundo o qual todas as pessoas estão sujeitas às mesmas leis da justiça.
SEPARAÇÃO DOS PODERES: a ideia de três poderes harmônicos e independentes entre si, sendo eles o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário.
TEMPORARIEDADE DOS CARGOS ELETIVOS: alternância de poder.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO/CRENÇA: liberdade de opinião, de reunião, de associação e de fé religiosa.
GARANTIA DOS DIREITOS DAS MINORIAS: comprometimento no resguardo dos direitos fundamentais de todos os indivíduos, principalmente daqueles menos favorecidos seja economicamente, socialmente ou na política.
DEMOCRACIA SEMIDIRETA OU PARTICIPATIVA
Criado como modelo alternativo ao criticado sistema representativo, a democracia participativa nasceu com o intuito de aproximar e refletir, cada vez mais, a vontade popular na tomada das decisões políticas do Estado.
“Os instrumentos de democracia semidireta, portanto, são a tentativa de dar mais materialidade ao sistema indireto. É tentar reaproximar o cidadão da decisão política, sem intermediário. ”
Essas reaproximações podem ser feitas através de:
REFERENDO: é uma consulta popular sobre assunto de grande relevância, no qual o povo manifesta-se sobre uma lei já constituída, ou seja, é uma votação convocada após a aprovação do ato, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta.
PLEBISCITO: é uma manifestação popular expressa através de voto, próprio para a solução de algum assunto de interesse político ou social.
INICIATIVA POPULAR: tem por objetivo a apresentação de projeto de lei ao Congresso Nacional, destinado ao aperfeiçoamento do sistema jurídico, de modo a reprimir a corrupção e a impunidade no Brasil.

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