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O nascimento da indústria brasileira

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O nascimento da indústria brasileira
Introdução
Conhecer o passado pode ser uma grande porta que se abre para entender questões atuais. Estudar como nasceu um determinado processo ou atividade, bem como o contexto que se tinha à época, nos dá a condição, inclusive, de construir uma visão embasada, criteriosa e segura sobre o assunto.
Entrando propriamente no tema do presente trabalho, temos um panorama do surgimento da atividade industrial no Brasil, levando em consideração, importantes pontos de análise do ambiente naquela época. O trabalho traz desde o surgimento das primeiras indústrias, ainda que embrionárias, no 2º Reinado, até o período da 1ª Era Vargas, chamado de Primeiro governo vargas . 
Durante o trabalho, veremos a herança deixada pelos tempos de Colônia, como o café influenciou o processo de crescimento da indústria, além dos impactos externos à produção interna. Particularidades que formam o processo de industrialização brasileira.
Objetivos
O trabalho tem como principal objetivo, traçar o DNA da indústria brasileira. Fazer com que todos que tiverem acesso ao conteúdo saibam os detalhes que permearam esse processo, inclusive seus agentes. Entender como aspectos políticos e econômicos influenciaram positiva ou negativamente à indústria nacional. Queda da monarquia, guerras mundiais, crises econômicas como em 1929 são alguns dos eventos que tiveram grande importância para a economia brasileira, afetando à industrialização no Brasil.
Desenvolvimento 
Aspectos da economia brasileira no século XIX
A economia brasileira desde os tempos de colônia possui características como a monocultura e o caráter exportador. A mão de obra utilizada nas atividades era escrava, que foi sendo substituída de forma lenta durante o Império, sendo encerrada de forma definitiva em 1888. Essa mão de obra foi usada de forma mais intensa nas plantações de café, que foi durante mais de 100 anos, a principal atividade econômica do Brasil.
O ciclo do café durou por volta de 1800-1930, e fez o Brasil se tornar o principal produtor do mundo. O cultivo do café era concentrado na região chamada Vale do Paraíba, que compreende a área entre as cidade do Rio de Janeiro e São Paulo. Tinha no início, a Inglaterra como seu principal parceiro comercial, que consumia grande parte da produção cafeeira nacional, que por sua vez, era responsável por 54,8% dos produtos importados pelo Brasil em meados do século XIX. 
Porém, desde a chegada da família real ao Brasil em 1808, foi gerada uma necessidade de se desenvolver um mercado interno, para suprir a demanda da corte e de todos que chegaram. Esse processo aconteceu de forma muito discreta, sempre preterida pelas atividades exportadoras, a industrialização e o desenvolvimento ainda demorariam a crescer, ganhando força apenas no Primeiro governo vargas , com Getúlio Vargas
Segundo Reinado: primeiras atividades industriais
O café brasileiro com o seu protagonismo no cenário internacional, acaba sendo responsável por puxar o desenvolvimento econômico do país. A economia se mostra bastante dependente das exportações da produção cafeicultora, e vai desenvolvendo áreas secundárias do mercado interno. Ainda que não seja um desenvolvimento acelerado, o acúmulo de capital vindo do agronegócio traz o crescimento à sua volta. Os próprios fazendeiros demandam esse mercado interno. 
O capitalismo começa a surgir no Brasil, a partir da independência, onde o monopólio português sobre o comércio deixa de existir. Surge uma burguesia comercial, junto com os donos de terra, que vai organizar a produção cafeeira, fazendo assim com que o ambiente comercial cause um aproveitamento dessa estrutura da prática cafeeira, como dito antes, levando às relações capitalistas. Um dos principais exemplos disso é a substituição da mão de obra escrava pela assalariada.
Outros empreendimentos de autoria dessa burguesia, a fim de construir em volta do setor do café, uma estrutura. Nesse processo houve a ampliação da malha ferroviária e criação de instituições de crédito, que já utilizavam mão de obra assalariada.
Não existe por parte do governo, políticas públicas de incentivo à indústria. Apesar disso, algumas medidas governamentais acabaram por incentivar a indústria nacional. Já no começo do segundo reinado, surgem alguns estabelecimentos fabris nas províncias brasileiras. Nesse contexto, não há mais vigência dos tratados de comércio com a Inglaterra, e foram instituídas pelo governo no ano de 1947, as Tarifas Alves Branco, que incidia sobre as importações, e acabaram por causar efeito na economia interna, protegendo a indústria nacional. 
Um dos primeiros registros que se tem de indústria eram as fábricas de tecidos grosseiros, que produziam as roupas usadas pelos escravos e para população mais pobre, além das sacas de café. Abaixo, podemos ver uma tabela com o número de indústrias nos anos 1866, 1875 e 1885:
	Província 
	1866
	1875
	1885
	Maranhão 
	-
	1
	1
	Pernambuco 
	-
	1
	1
	Alagoas
	1
	1
	1
	Bahia
	5
	11
	12
	Rio(cidade e província)
	2
	5
	11
	São Paulo
	-
	6
	5
	Minas Gerais
	1
	5
	6
	Total 
	9
	20
	48
 Fonte: Stein, 1979, p.36
Outros ramos de indústrias foram se estabelecendo no Brasil como: cervejas, chapéus e fundições. Houve modernização na indústria do açúcar, o advento da usinagem. Todas as novas indústrias se desenvolviam em volta do setor de exportação, que além do café, tinha o açúcar e o tabaco como integrantes. Embora não tivessem a importância econômica do café, recebia uma proteção do governo, por se tratar de uma atividade voltada para o mercado externo.
As indústrias de manufaturas estavam também ligadas ao desenvolvimento das exportações, que por sua vez elevava o capital, demandando consumo de alguns produtos, impulsionando indústrias de refinados de algodão, lã, chapéus, sapatos, farinha de trigo, açúcar refinado, e confeitaria, cerveja, fósforos de segurança, maquinaria simples e outros bens de consumo. 
Conforme dito anteriormente, embora o café tivesse o protagonismo na economia nacional, existiam outros produtos que também eram exportados, e que tiveram o seu papel impulsionador de algumas indústrias no Brasil. Outro aspecto importante para o avanço da atividade industrial no Brasil, nesse período, foram reformas no sistema monetário nacional, como trata Marcos Cordeiro Pires(2010, p.49)
Outro aspecto que salta à vista é o período 1885-1895, marcado por reformas turbulentas no sistema monetário nacional. A intensa especulação financeira associada a esse período, sobretudo ligada ao aumento do volume de papel-moeda e do número de sociedades anônimas, fomentou o que Albert Fishlow (1979) chama “primeira onda de substituição de importações”. 
República Velha: a indústria continua a crescer, ainda de forma lenta
Na transição do império para a república, não há grandes mudanças na forma de condução da economia e demais ideias de governo. As características da industrialização e o seu ritmo dão continuidade nesse período. O processo de industrialização ainda se desenvolve de forma lenta, voltado para o mercado interno e dependente do sucesso da agro exportação, principalmente do café. Ainda se constituíam como indústrias de pequeno e médio porte. Porém, nesse período alguns fatos serão preponderantes para a formação da industrialização brasileira. 
No início da República, chegam ao Brasil os imigrantes italianos, que são umas das mãos de obras mais usadas nas plantações de café, de forma assalariada. Eles se concentrarão em São Paulo e Rio de Janeiro, onde a produção industrial mais cresce, devido à forte atividade cafeeira nesses polos. Mas foi em São Paulo onde ficaram o maior número de italianos. 
O dinamismo na economia desses estados, fizeram com que aumentasse a população, trazendo uma rápida urbanização, que aquecia ainda mais o mercado interno, afetando positivamente também a indústria.Primeira Guerra Mundial 
Com os conflitos da primeira guerra mundial sendo travados no velho mundo, as indústrias europeias concentraram seus esforços na produção bélica, de munições, veículos de transporte, medicamentos e dos demais produtos para suprir as necessidades na guerra, deixando assim de produzir para comercializar com outros países do mundo. Com a mudança do foco das indústrias europeias, o Brasil precisava de uma alternativa que suprisse à necessidade do seu mercado, já que as importações ficaram inviáveis naquele momento.
Uma opção encontrada foi a criação de novas indústrias nacionais para suprir o mercado, antes abastecido pelas importações. Houve um dinamismo maior na indústria brasileira, ainda não bem desenvolvida, mas iniciando um processo que foi chamado de industrialização de substituição de importações.
A implementação das novas indústrias só foi possível graças aos investimentos com capital advindo do setor de exportação de café, principalmente. A produção cafeeira ainda era a grande responsável pelo crescimento da economia brasileira, até que chega ao seu declínio com a crise de 1929
Os impactos da crise de 1929 na economia brasileira
Com a queda da bolsa de Nova York em 1929, o mundo entrou em uma grande crise econômica. A grande depressão, causou em todo mundo um forte impacto na economia, levando muitas empresas a fecharem suas portas. 
As consequências da crise também chegaram ao Brasil, afetando o setor cafeeiro. A dificuldade financeira em todo mundo, fez com que os compradores internacionais do café brasileiro diminuíssem drasticamente a compra do produto. E um cenário de superprodução e baixa procura, os preços do café caíram vertiginosamente, levando os cafeicultores a uma forte crise. 
A economia brasileira, que dependia fortemente do café começa a cair, fazendo com que aconteça fuga de capital, desencadeando uma crise cambial, já que a moeda brasileira sofre uma grande desvalorização. Os grandes produtores de café, com a crise, perdem poder político, gerando um ambiente bastante instável no que se diz respeito à política. Vargas acabará subindo ao poder, implementando sua ditadura e herdando esse cenário bastante conturbado da economia e da política brasileira.
3.3 O Primeiro governo Vargas e a política de substituição das importações
Contexto político da transição para o Primeiro governo Vargas 
Com a urbanização trazida pelo desenvolvimento das estruturas ao redor da economia do café, um maior dinamismo no mercado interno e crescimento da população através da chegada de imigrantes, outras classes que não estavam no poder vão se formando, novas ideologias aparecendo, fazendo com que o cenário político se torne mais acirrado. Ainda que outras classes políticas ganhem notoriedade, os produtores de café continuam ocupando lugar de destaque, mas de forma dividida, estabelecendo alianças favoráveis aos seus interesses.
Essa divisão trará para as eleições de 1930, um ambiente bastante acirrado e conturbado entre dois grupos: paulistas e mineiros. Com uma eleição com fraudes dos dois lados, Júlio Prestes ganha a disputa. Getúlio Vargas e seu vice João Pessoa, não aceitam os resultados da eleição. O ambiente de instabilidade continuava, quando é agravado com o assassinato de João Pessoa, que causa uma grande pressão social, aproveitada pelo lado mineiro, fazendo com que Getúlio suba ao poder.
O avanço industrial no Primeiro governo vargas 
Ainda sofrendo os efeitos da quebra da bolsa de Nova York, o comércio internacional vivia uma grande retração. Caíram os investimentos internacionais, as ideias de livre mercado sofriam grande baixa, e os países viviam uma fase fechamento da sua economia, tomando medidas protecionistas para proteger a produção interna. 
Vargas ainda tentou tomar medidas mais liberais visando a saída da crise, contraindo o gasto público, o crédito e a emissão de moeda. Mas a situação de gravidade da crise, fez com que o governo recuasse e tomasse medidas que protegesse o setor de cafeeiro e sustentasse a economia. Essa decisão foi de extrema importância para que a economia brasileira pudesse se reerguer relativamente rápido, quando retomou o crescimento a partir de 1933.
Uma das medidas praticada pelo governo foi a retirada de mais de 50 milhões de sacas de café do mercado. Todo esse excedente foi queimado para que o mercado pudesse reestabelecer, através do equilíbrio do preço do café.
A desvalorização da moeda, bem como o protecionismo em alguns países do mundo, foram pontos relevantes para impulsionar a produção interna de produtos manufaturados. A crise externa acabou por estimular a substituição de importações, aquecendo o mercado o interno, em especial o industrial. 
A retomada da economia, com a atenção voltada ao mercado interno, usou a capacidade produtiva ociosa, decorrente da crise. A economia brasileira passou a ser cada vez mais dinâmica, principalmente a indústria, que se torna responsável por geração de emprego e renda. Para alguns autores, como Furtado(1982, apud Pires p.66), o governo não tinha uma política intencional de fomento à industrialização. Na verdade, o intuito era recuperar o setor cafeeiro para recuperar a economia. Só a partir dos efeitos da tentativa de reerguer a produção de café, mas com um olhar mais protecionista, causando um avanço na industrialização, o governo vai adotar o desenvolvimento da indústria como uma política governamental.
Como já dito, o processo de industrialização já havia se iniciado. E a existência de indústrias, decorrentes de um desenvolvimento econômico trazido pelas exportações de café, se junta ao estrangulamento da economia exterior como estimulantes nessa nova fase mais acelerada de crescimento da atividade industrial no Brasil.
O estado a partir de então, começa a ter papel importante na industrialização nacional, através de iniciativas estatais que fomentaram o crescimento da mesma. Além da política de expansão de crédito e a larga emissão de moeda foram algumas das iniciativas. Outra medida bastante importante foi a criação de uma legislação trabalhista, como afirma Pires(2010):
De fundamental importância, segundo outros atores, dentre eles Oliveira(2003), foi, todavia, a introdução da legislação trabalhista. Essas medidas, que não atingiam o trabalhador rural, visava à regulação das relações entre o capital e o trabalho no espaço urbano. Paulatinamente, uma série de direitos decorrentes de antigas reivindicações dos trabalhadores, como descanso semanal remunerado, regulamentação da jornada de trabalho, regulamentação do trabalho das gestantes e dos menores, férias remuneradas, aposentadorias, salário mínimo etc., foi sendo introduzida.
Durante o governo Vargas, essa política trabalhista vai ser um ponto forte para que Getúlio tenha um forte apoio popular, sendo chamado por vezes de “pai dos pobres”.
Discorre Pires(2010), sobre medidas em prol do crescimento da economia, que influenciou no desenvolvimento da indústria:
 A criação de órgãos de regulação e fomento de setores específicos. Por exemplo: o Instituto do Açúcar e do Álcool, o Conselho Federal de Comércio Exterior, o Departamento de Produção Mineral etc;
O chamado reajustamento econômico, que perdoou 50% das dívidas dos proprietários rurais contraídas até 30 de junho de 1933;
A reforma tarifária de 1934, de cunho protecionista;
A proibição de importância de máquinas e equipamentos para setores da indústria considerados em “superprodução” e a isenção de tarifas sobre importações de equipamentos para alguns setores industriais considerados importantes;
A reforma educacional, em particular o incentivo ao desenvolvimento de cursos técnicos.
As medidas tomadas pelo governo deram alternativas à economia brasileira, antes dependente da exportação de pouco produtos, agora mais dinâmica devido ao desenvolvimento do mercado interno. Embora o governo tivesse tomado tais medidas, não havia um projeto bem acabado de um crescimento indústria na primeira parte do Primeiro governo vargas .
A partirdesse período, a indústria ganha um outro papel dentro da economia, se tornando o principal impulsionador do crescimento do PIB nacional. Vargas buscou um projeto de desenvolvimento nacionalista. Podemos notar na Constituição de 1937 outorgada pela ditadura varguista, quando a mesma trata de estabelecer a nacionalização de quedas d´água, dos recursos minerais, da indústria de base, dos bancos e das companhias de seguros.
A partir desse momento, temos um forte crescimento na substituição de importação, com implementação de indústrias de base. Algumas indústrias foram criadas nesse período como: CSN(Companhia Siderúrgica Nacional), Companhia Vale do Rio Doce e Petrobras, por exemplo.
A indústria continuava a crescer, puxando a economia para cima, e o PIB ao crescimento. Porém, com a explosão da segunda guerra mundial, houve uma estagnação da economia mundial, que levou à estagnação da economia brasileira.na primeira metade da guerra. Porém, a partir de 1943, o Brasil retoma o caminho do crescimento. 
Embora, a economia estivesse voltando a crescer, a indústria já estava ficando obsoleta para as necessidades do país, principalmente nos setores de energia e transportes. O setor financeiro também havia se desenvolvido, mas não supria as necessidades de financiamento da indústria e da agricultura. O setor agrário, ainda sofria com consequências da crise do começo dos anos 30. O Estado Novo não conseguia conter o avanço da inflação, os resultados da industrialização ainda eram modestos. A crise política, gerada através da entrada do Brasil na guerra, acentuava a situação difícil para o governo Vargas.
Vargas queria expandir a criação de indústrias pesadas no Brasil, mas dentro do seu projeto nacionalista, não tinha planos de usar a priori financiamento estrangeiro na construção do parque industrial. Na falta de condições de investimento interno, aos poucos Vargas cede ao capital estrangeiro e começa a fazer acordos para criação de indústrias. As primeiras negociações foram feitas com os alemães. Porém, o governo acaba se aproximando também dos americanos. No entanto, com o surgimento das tensões da segunda guerra mundial, Vargas se vê forçado à escolher um lado, e por fim decide se juntar aos aliados.
Vargas cai com as pressões e o desgaste do seu governo. Mas teve um papel bastante importante na evolução da industrialização no Brasil
 
 
Conclusão
A indústria brasileira não foi desenvolvida através de um projeto de construção da industrialização, focada em uma ideia bem definida. Mas nasceu decorrente das exportações de produtos como açúcar, tabaco e principalmente do café. Este útil, foi a mola propulsora do crescimento econômico, fazendo com que algumas indústrias fossem secundariamente nascendo para servir a esse setor. O pensamento exportador, herdado desde os tempos de colônia, e enraizado na economia brasileira no império e na república, fez com que o desenvolvimento industrial se estabelecesse de forma tardia e lenta.
Porém, quando foi necessário abastecer o mercado interno, sem que a importação fosse possível, a indústria teve seus maiores picos de crescimento entre a independência e o Estado Novo. Ainda que o desenvolvimento industrial tenha se iniciado, havia poucas indústrias de base, predominando a indústria de produtos manufaturados, com destaque para tecidos e alimentos. As indústrias trouxeram um maior dinamismo à economia, que ainda não tinha bases bem consolidadas, e sofria com oscilações do mercado externo
Referências Bibliográficas
PIRES, Marcos Cordeiro, Economia Brasileira: Da Colônia ao Governo Lula – São Paulo: Saraiva, 2010
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/segundo_reinado.htm
http://www.infoescola.com/historia/ciclo-do-cafe/
http://alunosonline.uol.com.br/historia-do-brasil/industrializacao-segundo-reinado.html
http://www.historiacao.com.br/republica-velha-industrializacao-substituicao-de-importacoes-9

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