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Caso concreto aula 2 Pratica simulada I

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DA DE SALVADOR / BAHIA
FREDERICO, brasileiro, casado, residente em Fortaleza, Ceará, profissão, portador da carteira de identidade nº, expedida pelo , inscrita no CPF/MF sob nº, residente na rua (endereço completo), por seu advogado, com endereço profissional na rua, para fins do artigo 39, I do Código de Processo Civil, vem a este juízo, propor
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO,
pelo rito ordinário, em face de GEOVANA, brasileira, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº, expedida pelo , inscrita no CPF/MF sob nº, residente na rua, Salvador, Bahia, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
O AUTOR teve sua filha sequestrada e lhe foi exigido um valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) como resgate. 
No dia 13 de janeiro, o autor recebeu um pedaço da orelha de sua filha com um bilhete ameaçando a vida de sua filha caso o pagamento do resgate não fosse efetuado, entretanto o autor até aquela data só tinha arrecadado a importância de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais). 
Desesperado com a possibilidade de ter sua filha assassinada, o autor vendeu seu único imóvel situado em Fortaleza para a RÉ pelo valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), que era o capital que faltava para completar o valor requerido pelos sequestradores. 
Cumpre informar ainda que RÉ tinha plena consciência dos fatos ocorridos e que o imóvel tinha um valor venal muito maior do que fora vendido, pois tratava-se de uma casa com 04 quartos, piscina, sauna, duas salas, dependência de empregada, em condomínio fechado com um valor venal de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais e que o pagamento foi efetuado no ato da celebração do contrato. 
Entretanto decorrido sete dias da celebração do referido contrato, a filha do autor foi encontrada pela polícia com vida sem que se fosse feito o pagamento do resgate aos sequestradores.
Diante dos fatos expostos e da não decorrência do pagamento do resgate, o AUTOR procurou a RÉ a fim de desfazer o negócio celebrado, contudo a mesma não aceitou.
A propositura da demanda adveio do fato que, o AUTOR vendeu seu único imóvel em virtude de estar em estado de perigo, devidamente configurado com base nos termos do Artigo 156 do Código Civil, o qual deixa claro que estado de perigo é quando alguém se sente pressionado a fazer algo para salvar a si ou a pessoa da família, de grave dano e por isso assume obrigação onerosa. 
O fato em questão evidencia uma das formas de vícios de negócio jurídico conforme preconiza a artigo 171 inciso segundo do código civil vigente. Vício este que faz do contrato celebrado entre o AUTOR e a RÉ, um negócio jurídico anulável.
Corroborando com os fatos citados, cabe ressalvar que o prazo que o AUTOR goza para pleitear a anulação do negócio jurídico é de quatro anos quando este apresentar vício passível de anulação decorrente de coação ou estado de perigo conforme disposto no artigo 178, incisos primeiro e segundo do Código civil de 2002.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer, conforme abaixo:
1.   a citação da RÉ no endereço acima citado para apresentar contestação, no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;
2.   que seja julgado procedente o pedido, para anulação do negócio jurídico celebrado entre as partes, já que o mesmo é anulável em virtude de vício decorrente de ter sido celebrado sob estado de perigo sofrido pelo AUTOR que no momento do negócio jurídico tinha sua filha vítima de sequestro sob ameaça de morte caso o pagamento não fosse efetuado, sendo oficiado o cartório competente de Registro Geral de Imóvel, para a devida notificação da presente lide;
3.  a condenação da ré as custas processuais ônus sucumbências .
DAS PROVAS
Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 332 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
DO VALOR DA CAUSA
Atribuí-se à causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais )
	Pede deferimento.
Local e data.
ADVOGADO
OAB/RJ

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