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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA CAPITAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. CARLOS, brasileiro, solteiro, aposentado, portador do RG nº, inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado na Rua nº, bairro, Município São Paulo/SP, CEP:, vem, por seu advogado abaixo assinado, com escritório na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP:, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência, através do procedimento comum, propor a presente AÇÃO DE REVOGAÇÃO DE DOAÇÃO POR INXECUÇÃO DE ENCARGOS em face de MARCELA, brasileira, solteira, empresária, portadora do RG nº, inscrita no CPF sob nº, residente e domiciliada na Rua nº, bairro, Município de São Paulo/SP, pelos fatos e fundamentos que serão expostos a seguir: DA GRATUIDADE Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO Na forma do Artigo 319 do novo código de Processo Civil, o AUTOR manifesta interesse em audiência de conciliação ou mediação a ser determinado por este Juízo. DOS FATOS O AUTOR, tendo sua saúde muito fragilizada e preocupado com sua cadela Nina, de raça yorkshire, inseguro quanto ao seu futuro, fez um contrato de doação de uma imóvel situado na cidade de Taubaté, em São Paulo, , tendo como beneficiária a RÉ, que é sua sobrinha. Em 20 de julho de 2014, o contrato foi assinado, sendo que neste foi incluída uma cláusula cuja exigência do AUTOR, para a concretização da doação, a exigência foi que pelo período de 3 (três) anos, a partir da celebração do negócio jurídico, a RÉ deveria comparecer a residência do AUTOR 3 (três) vezes por semana, a fim de organizar a rotina da casa, dar ordens aos empregados domésticos, verificar se havia necessidade de fazer compras e levar ao pet shop a cadela Nina para o banho semanal. A RÉ, quando da celebração do contrato não fez nenhuma objeção quanto às exigências, concordando com o conteúdo de todo o contrato. Porém a RÉ somente cumpriu o acordo durante os 2 (dois) primeiros meses após a assinatura do contrato. Passados 7 (sete) meses desde a celebração do contrato, a RÉ continuou inerte quanto as suas obrigações, mesmo sendo formalmente e judicialmente notificada que não estava cumprindo seus encargos. DOS FUNDAMENTOS O direito do AUTOR encontra-se amparado fundamentalmente no art. 555 do Código Civil Brasileiro que dispõe que a doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo, que é o caso em tela. Corroborando com o exposto acima, o art. 562 do Código Civil Brasileiro dispõe que:" Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida". Restou claro no caso em tela, que a RÉ não cumpriu com as exigências pré-determinas pelo AUTOR para a concretização do negócio jurídico. No momento em que a RÉ deixou de cumprir as regras, por ela aceita no ato da celebração do negócio jurído, abriu precedente para a revogação do contrato de doação por descumprimento dos encargos assumidos. Cabe ainda ressaltar que de acordo com o Artigo 559 do Código Civil brasileiro, o AUTOR requereu a revogação do contrato dentro do prazo estabelecido pela Lei que é de um ano. DOS PEDIDOS Sendo assim, a AUTOR vem requerer a Vossa Excelência: que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça pleiteada no preâmbulo desta exordial; que seja designada audiência de conciliação ou mediação e a consequente citação da RÉ para comparecer a audiência, ficando ciente de que não havendo acordo, iniciará o prazo para contestar na forma da Lei, que seja julgado procedente o pedido de revogação de doação celebrado entre as partes, com a devida expedição de ofício ao cartório competente de Registro Geral de Imóvel, para a devida notificação da presente lide; a condenação do RÉU em custas processuais e honorários advocatícios. DA PROVAS Protesta, ainda, pela produção de todos os meios de prova em direito admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal da RÉ, sob pena de confissão. Rol de Testemunhas (se tiver): 1 – nome endereço completo 2 – nome endereço completo. DO VALOR DA CAUSA Atribui-se a presente causa o valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais) Nestes Termos, Pede deferimento. Local e data. NOME DO ADVOGADO OAB/RJ N°
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