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Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 1 P R O F . E D U A R D O M E N D E S R A M O S , D . S C . GCA174 Processamento de Carnes e Derivados DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Produtos cárneos emulsionados Produto de massa cárnea com características de uma emulsão Produtos de massa fina Emulsão Mistura estável de dois líquidos imiscíveis num sistema heterogêneo Fase Dispersa o Pequenas gotículas (0,1 a 50 µm) Fase Contínua o Líquido onde estão as gotículas Tipos Água/Óleo & Óleo/Água 2 O/A Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 2 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Emulsão Manutenção das gotículas dispersas na fase contínua Requer energia o Tensão interfacial Agente ativo de superfície o Caráter anfótero • Porção hidrofílica • Porção hidrofóbica o Emulsificante 3 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Emulsão Cárnea Tipo Óleo/Água Matriz de fibras de tecidos muscular e conectivo, suspensas num meio aquoso (fase contínua) Gorduras dispersas (fase dispersa) Não verdadeira > 50 m Emulsificantes Proteínas 4 Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 3 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Emulsão Cárnea Matriz Água, proteínas, sais, etc. Glóbulos Gordura Filme Protéico Interfacial (FPI) Proteínas na interface 5 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Emulsificantes Proteínas Miofibrilares 97% CRA e 75% CE Sarcoplasmáticas Contribuição modesta Estromais (Tec. Conectivo) Pequena participação o CE e nutricionalmente pobres • Substâncias enchedoras o Gelatinizam com a temperatura • Retém água favorece a FPI e a Matriz Ideal < 25% de colágeno das proteínas 6 colágeno gordura Emulsão estável Quebra de emulsão Shimokomaki et el. (2006) < 2% de colágeno na massa Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 4 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Matéria-prima Carga microbiana baixa Temperatura Ideal trabalhar com carnes congeladas (Têmpera) o elevação da temperatura durante a emulsificação Carne Ideal carne magra de suínos e bovinos pH 5,2 e 6,2 o Baixo quebra de emulsão, pouca liga, palidez o Alto aparência escura, pouca liga, dificulta a cura Classificação quanto ao poder de “liga” o CE e CRA dos diferentes cortes 7 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos 8 Tabela. Classificação de matéria-prima cárnea segundo sua capacidade emulsificante (CE) Classificação Exemplos Alta Carne bovina, especialmente touros; Lombo de suíno desossado; Paleta suína e dianteiro de bovino; Recortes magros (mínimo de 75% de tecido muscular) de suínos e bovinos; Carne de aves sem pele. Intermediaria Carne de cabeça e bochechas de bovinos e suínos (papada); Flancos e barrigas de bovinos; Canelas de bovinos; Joelhos de suínos; Recortes regulares (50% de tecido muscular) de suínos. Baixa Carne de peito de bovinos e suínos; Costas desossadas de aves; Coração; Língua; Focinho suíno; Carne de garganta (músculos do esôfago). Enchedores Tripas; Pulmão; Estômago suíno; Pele suína e de aves; Lábios de suínos e bovinos; Fígado. Proibidos (RIISPOA) Amígdalas e glândulas salivares; Baço; Nodos linfáticos e hemolinfáticos; Matérias-primas proveniente de fetos; Ovários e testículos Fonte: TAKAHASHI (1984); e ABERLE et al. (2001). Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 5 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Amido & Fécula Definição Amido o Produto amiláceo extraído de partes aéreas comestíveis Fécula o Produto amiláceo extraído de partes subterrâneas comestíveis Forma de Obtenção o Física ou enzimática amido/fécula o Química amido modificado Substâncias de enchimento Carboidratos o Diminuem a “qualidade” do produto Pouco contribuem para a emulsificação 9 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Amido & Fécula Formação de géis (intumescem) Retém água o Rendimento o Melhora o fatiamento/liga Ingredientes Limitados pelas normativas de Identidade e Qualidade do MAPA 10 Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 6 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Carragena (Carrageninas ou Musgo Irlandês) Carboidratos naturais de algas vermelhas Rhodophycea e Chondrus crispus Formam colóides altamente viscosos ou géis em meio aquoso (50 a 60ºC) Retém água o Rendimento • Permite a injeção de até 60% de salmoura o Suculência o Melhora o fatiamento/liga Não confere sabor nem cor 11 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Carragena (Carrageninas ou Musgo Irlandês) Tipos Kappa (solúvel a 60ºC) Iota (solúvel a 40ºC) Lambda (solúvel a frio) 12 Tabela. Propriedades dos principais tipos de carragenas. Extrato Propriedades Kappa I Géis fortes e quebradiços, termicamente reversíveis; confere uma estrutura firme, maior liga e excelente textura. Kappa II Géis fortes e elásticos, termicamente reversíveis; Iota Géis Fracos e elásticos, termicamente reversíveis; permite uma excelente untabilidade tanto em produtos emulsionados como em de baixos teores de gordura. Lambda Ação espessante; não forma gel. OBS: A Kappa I, a Iota e a combinação destas duas, apresentam as melhores condições para a sua aplicação em carnes e produtos cárneos. Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 7 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Carragena (Carrageninas ou Musgo Irlandês) Aditivo Espessante (INS 407) Limite máximo o 0,3 a 0,5% Emulsionados o Uso de CMS (Ca+2) favorece a formação de géis Produtos “light” o 20 a 50% em salsichas 13 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Extensores (Proteínas) Agentes ligantes e emulsificantes Ingredientes Limitados pelas normativas de Identidade e Qualidade do MAPA Proteínas de Soja Tipos 14 Tabela. Principais tipos de proteínas de soja disponíveis no mercado Tipo Teor Protéico Aspécto Físico Proteína Texturizada 50% Pó, grânulos, pedaços Concentrado Protéico 70% Pó Proteína Concentrada Texturizada 70% Grânulos, pedaços Isolado Protéico 90% Pó Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 8 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Extensores (Proteínas) Proteínas de Soja Excelente capacidade de reter água o Rendimento Aumentam a capacidade de liga o Melhoram corte e fatiamento Estabilizam as emulsões o Isolados protéicos (IPS) Conferem textura característica o Proteína texturizada (PTS) • Sabor menos acentuado • “Análogos de carne” 15 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Extensores (Proteínas) Albumina de ovo Excelente ligador (geleificante) o Contribui com a retenção de água o Emulsões menos estáveis em produtos cozidos Plasma sanguíneo Fresco, congelado ou em pó o Problemas microbiológicos Leite em pó Confere liga e sabor Adição indireta de açúcar (lactose) o Escurecimento em produtos cozidos 16 Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 9 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Extensores (Proteínas) Proteínas do soro de leite Concentrados protéicos (WPC) Excelentes propriedades funcionais o Capacidade emulsificante o Excelente ligador (geleificante) o Realce da cor, sabor e textura Caseína Mais usado caseinato de sódio Bom poder emulsionante e estabilizante o Emulsiona gorduras a frio ou a quente Não apresenta desvantagens frente a temperatura 17 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Carne Mecanicamente Separada (CMS) Carne obtida por processo mecânico de moagem e separação de ossos de animais CMS de peixe Polpa de pescado (Minced Fish) Matéria-prima para surimi Ingrediente Limitados pelas normativas de Identidade e Qualidade do MAPA Permitido o uso apenas em produtos cozidos Limitado pelo teor de Ca+2 no produto 18 Prof. Eduardo M. Ramos 17/08/2013 DCA/UFLA 10 DCA/UFLAProf. Eduardo Mendes Ramos, D.Sc. Carne Mecanicamente Separada (CMS) Características Físico-Químicas (IN4, 2000) Proteína (máx.) 12% Gordura (máx.) 30% Teor de Cálcio (máx.) 1,5% (Base Seca) Diâmetro dos Ossos 98% o Tamanho (máx.) de 0,5 mm e Largura (máx.) de 0,85 mm Índice de peróxido (máx.) 1 mEq KOH/kg de gordura 19
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