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Texto Linfático

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL 
CAMPUS DE PATOS - PB 
UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
ANATOMIA DESCRITIVA E TOPOGRÁFICA DOS ANIMAIS 
DOMÉSTICOS II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GIL 
 2 
SISTEMA LINFÁTICO 
 
 
CONCEITO 
 
É um sistema auxiliar de drenagem, constituído por vasos e estruturas linfóides 
pelos quais circula a LINFA, um líquido claro e incolor (exceto nos vasos linfáticos 
intestinais onde a linfa é de cor leitosa), que representa uma parte do líquido intersticial 
drenado pelos vasos linfáticos. A linfa é rica em materiais de nutrição e produtos de 
excreção, principalmente em moléculas de grande tamanho que não são drenadas pelo 
sistema venoso. 
A principal função do sistema linfático é drenar parte do líquido intersticial para a 
circulação venosa. Também exerce a importante função de defesa contra a invasão de 
materiais nocivos ao organismo. Esses agressores são filtrados do líquido intersticial e 
fagocitados, auxiliando desta forma no controle de infecção e na formação de anticorpos. 
 
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA LINFÁTICO 
 
1 SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO 
 
1.1 CAPILARES LINFÁTICOS 
 
 São tubos endoteliais microscópicos que apresentam uma extremidade cega e 
formam plexos nos tecidos que estão intimamente relacionadas com os plexos dos capilares 
sanguíneos. Os capilares linfáticos são abundantes na pele e na túnica mucosa, 
especialmente ao redor de orifícios, como rima da boca e o ânus. Os capilares se juntam 
para formar os vasos linfáticos. 
 
1.2 VASOS LINFÁTICOS 
 
 São tubos contínuos e paralelos ao sistema venoso e eventualmente desembocam na 
veia cava cranial ou em alguma de suas afluentes. Estruturalmente são semelhantes às 
veias, também apresentam, porém tema paredes mais delicadas. Os vasos linfáticos podem 
ser superficiais e profundos. Os superficiais localizam-se na tela subcutânea, acima da 
fáscia profunda, e drenam a linfa da pele e do espaço subcutâneo. Os profundos localizam-
se internamente em relação a fáscia profunda e drenam estruturas profundas, tais como: 
músculos, tendões, ligamentos, ossos e articulações. Vasos quilíferos são linfáticos 
especiais que drenam as paredes intestinais. 
 
1.3 TRONCOS LINFÁTICOS 
 
 São grandes ductos coletores onde vários vasos linfáticos menores convergem e 
descarregam a linfa coletada. Toda a linfa do corpo é drenada para os seguintes ductos: 
ducto torácico, ducto linfático direito (quando presente) e o ducto traqueal. Esses ductos 
desembocam na veia cava cranial. O ducto torácico começa na cisterna do quilo, que é uma 
dilatação localizada na região sublombar, cranialmente às primeiras vértebras lombares. 
Nessa cisterna abrem-se os vasos linfáticos do abdome, pelve e membros pélvicos. 
 3 
2 LINFONODOS 
 
 São estruturas nodulares interpostas no trajeto dos vasos linfáticos e agem como 
uma barreira ou filtro contra a penetração na corrente sanguínea de microrganismos, 
toxinas ou substâncias estranhas ao organismo. Com poucas exceções, toda linfa de uma 
determinada região passa pelo menos por um linfonodo antes de atingir a corrente 
sanguínea. Um linfonodo aumentado de volume (hipertrofiado) geralmente significa a 
presença de algum processo patológico em seu território de drenagem. Os linfonodos 
produzem linfócitos e células plasmáticas produtoras de anticorpos. 
 Os linfonodos variam muito em forma, tamanho e coloração. Entretanto um 
linfonodo típico tem forma de rim (forma de feijão). Através do seu lado côncavo entra 
uma artéria, saem as veias e poucos vasos linfáticos eferentes. Este local onde se encontram 
estas estruturas é chamado de hilo. Os vasos linfáticos aferentes abrem–se no lado convexo. 
Em contraste, no suíno os vasos linfáticos eferentes encontram–se no lado convexo e os 
aferentes no hilo. 
 Cada linfonodo está envolvido por uma cáspsula fibroelástica de tecido conjuntivo 
que é deficiente somente na região do hilo. A cápsula lança septos ou trabéculas até o 
interior do linfonodo. Internamente o linfonodo é dividido em córtex e medula. O córtex 
encontra-se mais na periferia e observam-se nódulos dispostos em grupos, conhecidos 
como centros germinativos, onde provavelmente ocorre a produção de linfócitos. A medula 
é a região central do linfonodo onde se localizam os seios medulares, que se alternam com 
faixas de tecido linfóides chamadas de cordões medulares. 
 
2.1 CENTROS LINFÁTICOS (LINFOCENTROS) 
 
 São linfonodos ou um grupo de linfonodos que ocorrem frequentemente na mesma 
região do corpo e recebe vasos aferentes de regiões semelhantes em todas as espécies. Em 
carnívoros e ruminantes cada linfocentro possui poucos linfonodos, enquanto que em 
suínos e equídeos existem muitos. Os principais linfocentros são: 
 
CABEÇA: mandibular ,parotídeo e retrofaringeo. 
PESCOÇO: cervicais superficiais e profundos. 
MEMBRO TORÁCICO: axilar. 
CAVIDADE TORÁCICA: torácicos dorsais e ventrais, mediastínicos e traqueobronquicos. 
PAREDES PÉLVICA E ABDOMINAL: lombar, iliosacral, inguinofemoral e ciático. 
MEMBRO PELVICO: ileofemoral e poplíteo. 
VÍSCERAS ABDOMINAIS: celíaco, mesentéricos e jejunais. 
 
3 TONSILAS 
 
 São estruturas linfoepiteliais que apresentam constituição semelhante ao linfonodo, 
porém são agregados de nódulos linfóides não encapsulados, e não apresentam vasos 
linfáticos aferentes. Encontram-se infiltradas em túnicas mucosas úmidas, principalmente 
das vias respiratórias e digestivas. As tonsilas mais importantes são: faríngeas, laríngeas, 
linguais e palatinas. Também são observadas tonsilas prepuciais e vaginais. 
 
 
 4 
4 LINFONODOS HEMÁTICOS 
 
 São órgãos de tecido linfóide, interpostos na circulação sanguínea. São pequenos e 
de coloração vermelho-escuro ou marrom-escuro e não possuem vasos linfáticos. 
Encontrados apenas em ruminantes, especialmente ao longo do curso da artéria aorta, na 
fissura porta e em associação com os linfonodos jejunais. No bovino são encontrados 
também abaixo do músculo trapézio. Os linfonodos hemáticos não apresentam função 
conhecida. 
 
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA 
 
 O sistema linfático não apresenta um órgão bombeador como o coração. A 
circulação da linfa depende de alguns fatores, tais como: 
1 CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS ADJACENTES: comprime os vasos linfáticos 
causando, por conseguinte, o movimento da linfa em uma direção determinada pelas 
valvas. 
2 PULSAÇÃO ARTERIAL: devido a vizinhança com as artérias, a pulsação é 
indiretamente transmitida para os vasos linfáticos. Observa-se esse fator principalmente no 
ducto torácico, o qual está paralelo à artéria aorta. 
3 MUSCULATURA LISA DAS PAREDES DOS TRONCOS LINFÁTICOS: a contração 
desta musculatura impulsiona a linfa. 
4 VALVAS: através do mecanismo fechamento-abertura, só permite que a linfa circule 
num único sentido. 
5 GRAVIDADE: regiões mais dorsais a linfa desce, ou seja, é drenada com mais facilidade. 
 
ÓRGÃOS LINFÓIDES 
 
1 BAÇO 
 
 É um órgão de forma variada, alongado na maioria das espécies, porém nos 
pequenos ruminantes é arredondado. Está situado na parte dorsal da região hipocondríaca 
esquerda, unido ao estômago pelo ligamento gastroesplênico, que é parte do omento maior. 
Pode variar sua posição dependendo do estado de repleção do estômago. Apresenta duas 
faces distintas, uma relacionada com o diafragma – face parietal; e outra voltada para as 
vísceras abdominais – face visceral. Na face visceral tem uma fenda, o hilo do baço, onde 
penetram vasos e nervos. O hilo do baço dos ruminantes é um pequeno orifícioarredondado. O baço é irrigado pela artéria esplênica e drenando pela veia de mesmo nome. 
As funções do baço são: resevatório de sangue, destruição de hemácias esgotadas, produção 
de linfócitos e remoção de substâncias da circulação em forma de partículas. 
 
2 TIMO 
 
 É um órgão de formato irregular situado na parte ventral do mediastino cranial e, 
nos animais jovens, se estende até a porção ventral do pescoço. Desta forma, até a 
puberdade, o timo apresenta uma porção torácica e outra cervical. A função do timo é 
produzir linfócitos, principalmente até a puberdade. O timo começa a regredir a partir da 
 5 
puberdade e depois pode desaparecer quase por completo, dando lugar a tecido adiposo e 
fibroso. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
DYCE, K.M., SACK, W.O. & WENSING, C.J.G. Tratado de Anatomia Veterinária. 4ª 
edição. Rio de Janeiro-RJ. Elsevier Editora Ltda. 2010. 856p. 
GETTY, R. Sisson & Grossmans. Anatomia dos Animais Domésticos. Rio de Janeiro-RJ. 
5ª edição. G. Koogan. 1986. Volumes I e II. 2000p. 
KÖNIG, H.E. & LIEBICH, H.G. Anatomia dos animais domésticos: Texto e atlas 
colorido.4ª edição. Porto Alegre-RS. Editora Artmed. 2011. 788p.

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