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Sistema Imune e Sistema Linfático -imune: proporciona mecanismos de defesa específicos e inespecíficos para proteger o corpo contra influências externas → vital para a manutenção da saúde do animal. -pode ser dividido em componentes celulares e vasculares; -Os componentes celulares incluem o tecido linfático encontrado como células isoladas, espalhadas de forma difusa nos tecidos, como agregados de células linfáticas (tonsilas) ou em órgãos linfáticos (timo, linfonodos e baço). -Os componentes circulatórios incluem linfócitos, monócitos e células plasmáticas , as quais se encontram em órgãos, no sangue, em espaços de tecidos e na circulação linfática. - O sistema vascular linfático inclui capilares linfáticos, vasos linfáticos e ductos coletores de linfa. -O timo desempenha um papel essencial no desenvolvimento dos componentes celulares linfáticos ao controlar o crescimento dos órgãos linfáticos antes que os animais atinjam a fase madura. -Os linfócitos são o tipo de célula predominante do sistema imune e podem ser divididos em linfócitos B e T; Eles são formados na medula óssea e nos órgãos linfáticos e distribuídos nos linfáticos e no sangue. Sua face celular é marcada por receptores específicos, com os quais eles conseguem reconhecer e fazer a ligação de moléculas e desencadear reações em cadeia, as quais transmitem uma resposta imunológica específica. -Os macrófagos fazem parte do sistema mononuclear de fagocitose (SMF), responsável pela resposta imunológica inespecífica. -Esse sistema também compreende os macrófagos do pulmão, as células de Langerhans, a mesóglia no sistema nervoso central e o endotélio do fígado, do baço e dos sinusóides da medula óssea. Anteriormente, o SMF era chamado de sistema reticuloendotelial (SRE). -atua na linha de frente contra patógenos, consequentemente, uma de suas principais funções é a execução de respostas imunes >> podemos dividi-la em dois tipos: imunidade inata e imunidade adaptativa . 1. A primeira é o sistema de alerta do organismo e possui um caráter inespecífico; ou seja, combate todos os patógenos da mesma forma e não apresenta um componente de memória; Entre seus componentes estão: a pele e as mucosas (defesa de primeira linha); encontra-se as células destruidoras naturais chamadas de NK, fagócitos, processo inflamatório, febre e substâncias antimicrobianas (defesa de segunda linha); 2. Com relação à imunidade adaptativa, destaca-se o desencadeamento de uma resposta específica a um determinado patógeno. Apesar de ser mais lenta, possui um componente de memória; ou seja, grava o antígeno com o qual teve contato anteriormente. Somado a isso, atua na imunidade adaptativa temos os linfócitos T e B; ➢ LINFA -Líquido que circula pelos vasos linfáticos; -Composição semelhante ao plasma sanguíneo Proteínas Glóbulos brancos Restos celulares e outros detritos Substâncias estranhas: microorganismos -A partir do momento que o líquido intersticial entra em contato com os vasos linfáticos, ele torna-se linfa, que comumente é transparente, aquosa e parcialmente amarela. O retorno da linfa para o plasma sanguíneo é de suma importância para o sistema circulatório; -Fluxo da linfa é impulsionado por: Contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos; Contração dos músculos esqueléticos; Pulsação arterial ; Na região cervical pela gravidade; ➢ FUNÇÃO -Defesa imunológica do corpo; -Produção células de defesa; -Transporte de materiais pelos vasos linfáticos; -Filtração da linfa/sangue; -Fagocitose; -Produção de imunoglobulinas. -atuam transportando os lipídios e as vitaminas lipossolúveis (que foram absorvidas pelo trato gastrointestinal) e os direcionam até a corrente sanguínea; ➢ TECIDOS E ÓRGÃOS LINFÁTICOS -Os tecidos e órgãos linfáticos por executarem funções distintas, são classificados em dois grupos: 1. órgãos linfáticos primários - são considerados o local onde os linfócitos se desenvolvem e se tornam imunocompetentes, dessa forma sendo capazes de reagir e combater microorganismos patógenos adequadamente. A medula óssea e o timo são órgãos linfáticos primários. 2. secundários - compreendem lugares em que as respostas imunes acontecem, sendo parte desse grupo os linfonodos, baço, tonsilas e o tecido linfóide associado à mucosa (MALT); ➢ CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS LINFÁTICOS ● Tecido linfóide frouxo: é caracterizado pela presença de linfócitos difusos no tecido conjuntivo ou nos órgãos; Difusos, sem cápsula (tecido linfático subepitelial associado aos orifícios somáticos e aos tratos do sistema respiratório, digestório e urogenital); ● Tecido linfóide denso: constituído de acúmulos de linfócitos bem organizados, chamados de folículos, que possuem limites bem demarcados; sem cápsula; acúmulos de tecido linfático subepitelial associados aos tratos respiratório; digestório e urogenital; ● Tecido linfóide nodular: formado pelo conjunto de folículos, denominados “nódulo”; Os órgãos linfóides são formados a partir de agregados de nódulos linfáticos, os quais são encapsulados; Tecidos Encapsulados Densos; distribuídos por todo o corpo ( linfonodos, nódulos hemais, nódulos hematolinfáticos, baço, timo e bursa de Fabricius ); ➢ VASOS LINFÁTICOS -Durante a circulação do sangue das artérias até as veias, as proteínas conseguem passar pelas paredes capilares para os espaços de líquido intersticial > Esse transudato 1 transparente se chama linfa e é absorvido pelos capilares linfáticos de terminação cega >> ou seja, fazem a drenagem do excesso de líquido intersticial dos espaços teciduais, devolvendo-o posteriormente ao sistema circulatório, caracterizando a relação desses dois sistemas; 1 caracterizado pela baixa quantidade proteínas. -Esses capilares linfáticos formam plexos na maioria dos tecidos corporais, dos quais se originam vasos linfáticos maiores; -transportam a linfa; -Normalmente, os vasos linfáticos que estão localizados na tela subcutânea acompanham as veias, entretanto, os vasos linfáticos das vísceras seguem o caminho das artérias, constituindo plexos ao redordelas; -trajeto: 1. Em vários pontos ao longo do seu trajeto, os vasos linfáticos atravessam os Gânglios linfáticos; 2. Os vasos maiores seguem trajetos independentes 3. Os vasos menores acompanham vasos sanguíneos e nervos 4. Os vasos se convergem, formando troncos maiores que desembocam em veias principais V. Jugular externa ou v. cava Cranial >> se abrem em ductos linfáticos, que por fim drenam para a veia jugular ou para a veia cava cranial; -são interrompidos por linfonodos, os quais funcionam como filtros e centros germinativos para linfócitos; -Não se encontram vasos linfáticos no sistema nervoso central; -capilares linfáticos estão dispostos em quase todas as partes do corpo, com exceção do tecido cartilaginoso, pelo fato de ser avascular, do sistema nervoso central e da medula óssea vermelha; -Os capilares linfáticos são revestidos por um endotélio contínuo de camada simples com uma membrana basal subjacente incompleta; responsáveis por recolher a linfa do espaço intersticial; Ao contrário dos vasos linfáticos, eles não possuem válvulas . As aberturas aparecem em intervalos entre células endoteliais adjacentes e permitem a passagem de líquidos ou gorduras emulsificadas (p. ex., dos intestinos) através da parede para o lúmen dos capilares >> são mais permeáveis; -Os vasos linfáticos possuem paredes mais finas que as veias do mesmo tamanho, porém contêm mais válvulas; -As contrações da túnica muscular média relativamente fina são responsáveis pelo fluxo da linfa em direção ao ducto torácico. -A quantidade elevada de válvulas sucessivas confere uma aparência característica aos vasos linfáticos que se assemelha a um cordão de pérolas quando distendido >> Essa aparência pode ser observada no animal vivo por meio de radiografia de contraste; -os que transportam a linfa da região dos capilares para um linfonodo se chamam vasos linfáticos aferentes. -Vasos linfáticos eferentes é a denominação para os vasos que deixam o linfonodo, conduzindo a linfa filtrada e enriquecida com linfócitos; ➢ TRONCOS LINFÁTICOS - coletores terminais; -são vasos calibrosos que recebem o fluxo linfático dos vasos linfáticos eferentes lombares, intestinais, mediastinais, subclávios, jugulares e descendentes intercostais. -A união dos troncos intestinais, lombares e intercostais forma o ducto torácico; -mais importantes são: ● Troncos linfáticos lombares: são responsáveis por drenarem a linfa dos membros inferiores, da parede e vísceras da pelve, da parede abdominal, dos rins, da glândulas suprarrenais; ● Tronco linfático intestinal: tem como função drenar a linfa dos intestinos, do estômago, do pâncreas, do baço e do fígado. ● Troncos linfáticos broncomediastinais: responsáveis pela drenagem da linha da parede torácica, dos pulmões e coração. ● Troncos linfáticos subclávios: drenam os membros superiores. ● Troncos linfáticos jugulares: atuam na drenagem da cabeça e do pescoço ➢ DUCTOS COLETORES DE LINFA - principal canal coletor de linfa é o ducto torácico > Sua linfa, também denominada quilo, possui aparência leitosa devido à gordura emulsificada que recebe do trato intestinal; -O ducto torácico > se inicia entre os pilares diafragmáticos como a continuação cranial da cisterna do quilo; se divide em dois ou três ramos, dorsalmente à aorta, os quais são conectados por uma rede de ramos que forma um plexo amplo, através do qual passam as artérias intercostais; passa através do hiato aórtico no mediastino e continua como um ducto simples cranial e ventralmente sobre o lado esquerdo da aorta; Antes de se abrir na veia jugular esquerda ou na veia cava cranial, ele pode se dividir novamente em vários ramos terminais. Normalmente, o vaso linfático se une ao sistema venoso no ângulo venoso jugular, o ponto de confluência das veias jugulares externa e interna, ou na união das veias jugular e subclávia; recebe a linfa do lado esquerdo da cabeça e do pescoço pelo tronco jugular esquerdo (traqueal), e do membro torácico esquerdo pelo ducto coletor de linfa, o qual é formado pela convergência dos vasos eferentes dos linfonodos axilar e cervical superficial; Ducto torácico - Principal canal coletor de linfa do corpo; maior; Recebe a linfa do tórax, abdômen, pelve e membros pélvicos; Desemboca na jugular esquerda ou na veia cava cranial; Origina-se na Cisterna do Quilo >> é uma dilatação na origem do ducto torácico, formada pela confluência de três grandes troncos linfáticos: tronco linfático intestinal, tronco linfático lombar direito e tronco linfático lombar esquerdo (recebe a linfa do abdômen, da pelve e dos membros pélvicos); Sua importância é devido a grande drenagem de gordura proveniente da absorção intestinal; -A linfa do lado direito da cabeça (tronco jugular direito [traqueal]) e do pescoço e do membro torácico direito retorna através do ducto linfático direito para o sistema venoso no ângulo venoso; ● Ductos traqueais D e E - Recolhem a linfa das regiões da cabeça, pescoço, ombro e membro torácico; Acompanham o trajeto da traquéia no pescoço; Desembocam no ducto torácico, na veia jugular correspondente ou na veia cava cranial; - Cisterna do quilo: apresenta o formato de um fuso ou de um saco e se posiciona retroperitonealmente dorsal à aorta, prolongando-se desde os pilares diafragmáticos até a origem das artérias renais; O fluxo da linfa é auxiliado pelos movimentos respiratórios do diafragma e pela pulsação da aorta; recebe vasos aferentes em sua face caudal desde os troncos linfáticos lombares, os quais são contínuos com os troncos linfáticos da área pélvica. também recebe vasos aferentes do tronco visceral, dos órgãos abdominais, o qual é formado pela convergência do tronco celíaco com os troncos mesentéricos cranial e caudal. Em algumas espécies, esses troncos se abrem na cisterna do quilo individualmente; Os troncos mesentéricos caudal e cranial podem se unir para formar um tronco linfático intestinal antes de convergirem com o tronco celíaco; ➢ LINFONODOS OU GÂNGLIOS -são firmes;-possuem uma superfície lisa, de formato geralmente ovóide ou de feijão, com uma superfície convexa extensa e uma área côncava menor, o hilo; - Internamente, se divide em um córtex e uma medula; -O córtex contém os centros germinativos onde os linfócitos são produzidos continuamente. -A medula consiste em cordões de linfócitos em anastomose; - Cada linfonodo é envolvido por uma cápsula de tecido mole, da qual septos e trabéculas se projetam para o órgão, formando uma arquitetura interna; -Os vasos linfáticos aferentes se abrem no seio subcapsular ou marginal; -Ramos do seio subcapsular formam um seio medular, próximo ao hilo, de onde emergem os vasos linfáticos eferentes; -No suíno, essa organização apresenta uma ordem invertida: os vasos aferentes penetram o linfonodo na altura do hilo, e os vasos eferentes deixam o linfonodo pelo seio subcapsular; -são bastante vascularizados por vasos sanguíneos e penetram o órgão na altura do hilo; - Cada linfonodo é responsável pela drenagem de uma região determinada, sua zona de tributação. >>> no entanto, estão todos conectados!!!!! -Grupos de linfonodos vizinhos compõem linfocentros ; -Há diferenças entre as espécies quanto aos linfocentros: 1. nos carnívoros e nos ruminantes - há uma quantidade menor de linfocentros, mas os linfonodos são individualmente maiores 2. enquanto no suíno e no equino - há uma grande quantidade de linfonodos relativamente pequenos; -Toda a linfa, com possíveis exceções, passa pelo menos por um linfonodo em seu trajeto dos tecidos para a circulação sanguínea; -Nos linfonodos, a maioria da matéria particulada, incluindo microrganismos e células tumorais, é removida e destruída >> Desse modo, o linfonodo se torna uma barreira para a disseminação de infecções e tumores. -O edema de um linfonodo costuma indicar a presença de um processo de doença em sua zona de tributação; -Conhecer a localização, a acessibilidade e a zona de tributação dos linfocentros é essencial para todos os veterinários, especialmente cirurgiões, patologistas e fiscais sanitários de carne de abate; -também são importantes para a avaliação de carne, vísceras e órgãos; 1. Quanto à fiscalização de carne post mortem, a legislação pode exigir o exame de linfonodos de determinadas zonas de tributação de forma obrigatória ou opcional, o que irá depender do tipo de uso feito do animal abatido, mas também de tarefas específicas da fiscalização. Caso o exame de linfonodos indique uma infecção sistêmica, o animal abatido deve ser declarado impróprio ao consumo. -Conhecimento sobre a localização e as dimensões de linfonodos palpáveis também é relevante para o exame clínico; ● LINFONODOS DA CABEÇA - se agrupam nos seguintes linfocentros: 1. Linfocentro parotídeo - compõe-se de um ou mais linfonodos parotídeos na base da orelha próximos da articulação temporomandibular e cobertos pela glândula parótida ou pelo músculo masseter; Os linfáticos aferentes drenam a metade dorsal da cabeça, a órbita e a musculatura da mastigação; 2. Linfocentro mandibular - compreende uma série de linfonodos situados entre as hemimandíbulas, próximos da glândula salivar sublingual monostomática e da glândula salivar mandibular; podem ser facilmente identificados por palpação; Os linfáticos aferentes drenam a cavidade oral, incluindo a língua e os dentes, as glândulas salivares, o espaço intermandibular e a musculatura da mastigação; 3. Linfocentro retrofaríngeo - se divide em um grupo medial e outro lateral; Seus vasos linfáticos aferentes drenam as partes profundas da cabeça, incluindo a faringe, a laringe, a parte cranial da traqueia e do esôfago; No equino , o linfonodo retrofaríngeo lateral drena a partir do divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural). Toda a linfa da cabeça passa através dos linfonodos retrofaríngeos mediais antes de desembocarem para o tronco traqueal (jugular); ● LINFONODOS DO PESCOÇO -2 grupos: 1. Linfocentro cervical superficial - se situa cranial à articulação do ombro, coberto pelos músculos braquiocefálico e omotransverso; Entre os linfonodos do linfocentro cervical superficial estão os linfonodos cervicais superficiais dorsal, médio e ventral, com variações entre as espécies. Esses linfonodos possuem uma zona tributária relativamente extensa, que inclui a pele e as estruturas subjacentes da região cervical, do tórax e da parte proximal do membro torácico; Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos passam para os linfonodos cervicais profundos caudais; 2. Linfocentro cervical profundo - compreende vários grupos de linfonodos localizados na extensão da traquéia: os linfonodos cervicais profundos craniais, médios e caudais ; Há uma grande variação na distribuição desses linfonodos, e o linfonodo médio pode inexistir em algumas espécies ; A zona de tributação desse linfocentro inclui as estruturas profundas da região cervical, além do esôfago, da traquéia, do timo e da glândula tireóide; Os vasos linfáticos eferentes se unem ao ducto linfático, o qual passa caudalmente na extensão da traquéia, em trajetória paralela à artéria carótida, até abrir-se na veia cava cranial ou, conforme o observado em alguns casos, no ducto linfático esquerdo para o ducto torácico; ● LINFONODOS DO MEMBRO TORÁCICO - linfa das partes superficial e proximal do membro torácico drena para o linfocentro cervical superficial; a linfa do restante do membro drena para o linfocentro axilar ; 1. Linfocentro axilar - situa-se na axila, medial à articulação do ombro, onde a artéria axilar se bifurca para formar as artérias subescapular e braquial; Além do linfonodo axilar próprio, pode haver um linfonodo axilar acessório na direção caudal, e um linfonodo da primeira costela na direção cranial; No equino e no ovino, um grupo mais distal pode ser localizado na face medial da articulação do ombro; O centro axilar drena as estruturas mais profundas do membro inteiro e as estruturas superficiais da porçãodistal do membro; Sua zona de tributação também se prolonga na face lateroventral do tórax, incluindo as glândulas mamárias localizadas nessa região, o que deve ser levado em consideração quando tumores mamários forem removidos cirurgicamente . Os vasos linfáticos eferentes se abrem na parte terminal do ducto linfático ou diretamente nas veias na abertura torácica; ● LINFONODOS DO TÓRAX -paredes torácicas são drenadas por: 1. Linfocentro torácico dorsal - compreende dois grupos de linfonodos: os linfonodos intercostais e os linfonodos aorticotorácicos; se situam na parte superior de alguns espaços intercostais, e se espalham na extensão da aorta, respectivamente; Sua quantidade é inconstante de uma espécie para outra; Ruminantes costumam apresentar linfonodos hemais nessa região. Linfonodos hemais possuem uma arquitetura semelhante à dos linfonodos, sendo que a diferença é que seus seios não contêm linfa, e sim sangue, e estão conectados a vasos sanguíneos ao invés de vasos linfáticos; drena o teto do tórax e envia seus vasos eferentes para o ducto torácico; 2. Linfocentro torácico ventral - situam-se dorsalmente ao esterno e lateralmente ao músculo transverso do tórax; se agrupam em um conjunto cranial em todas as espécies domésticas, sendo que os ruminantes e alguns gatos possuem um segundo conjunto caudal de linfonodos torácicos ventrais; drena a parte ventral da parede torácica e envia seus vasos linfáticos eferentes diretamente para o ducto torácico, ou então para os linfonodos mediastinais ; -Os órgãos no interior da cavidade torácica são drenados por: ● Linfocentro mediastinal - compreende os linfonodos mediastinais cranial, médio e caudal, os quais se posicionam nas partes de mesmo nome do mediastino; O conjunto caudal inexiste no cão e no gato , embora em 25% dos gatos haja um linfonodo frênico próximo ao forame da veia cava; Em ruminantes, os linfonodos mediastinais caudais formam uma massa relativamente grande na face dorsal do esôfago; O aumento desses linfonodos pode causar obstrução do esôfago nessas espécies. A zona de tributação compreende os órgãos no interior do mediastino, incluindo o coração, a traqueia, o esôfago e o timo. Ele recebe vasos linfáticos eferentes de outros linfonodos torácicos, do diafragma e dos órgãos abdominais imediatamente caudais ao diafragma; ● Linfocentro bronquial - compõe-se dos linfonodos traqueobronquiais situados sobre a bifurcação da traquéia; estão agrupados em conjuntos direito, médio e esquerdo de linfonodos; Nos ruminantes e no suíno , os quais apresentam um brônquio traqueal, há um grupo adicional traqueobronquial cranial ; Pequenos linfonodos pulmonares podem estar presentes dentro do tecido pulmonar juntamente aos brônquios principais >>> Esses linfonodos são importantes para a drenagem linfática dos pulmões; No equino, o grupo traqueobronquial esquerdo é particularmente importante devido à patogênese da paralisia do nervo laríngeo recorrente esquerdo. Supõe-se que a inflamação desses linfonodos possa se espalhar para o nervo contíguo ou que o aumento dos linfonodos possa danificar o nervo mecanicamente, e assim levar à condição clínica de hemiplegia laríngea (ronco ou chiado); ● Linfocentro torácico dorsal; ● Linfocentro torácico ventral; ● LINFONODOS DO ABDÔMEN -cavidade abdominal e seus órgãos são drenados por vários grupos de linfonodos na extensão da aorta abdominal, localizados na região lombar e na origem das artérias intestinais ; -Linfonodos adicionais são encontrados próximos aos órgãos que drenam; -Os três linfocentros associados à drenagem das vísceras abdominais possuem zonas tributárias que correspondem de modo geral às artérias celíaca, mesentérica cranial e mesentérica caudal; -Os vasos eferentes desses centros convergem para formar a cisterna do quilo; 1. Linfocentro Lombar - compõe-se dos linfonodos lombares aórticos e renais ; Os linfonodos lombares aórticos posicionam-se de cada lado da aorta, entre os processos transversos das vértebras lombares; Linfonodos hemais também podem estar presentes no mesmo local em ruminantes; Os linfonodos lombares recebem vasos linfáticos aferentes do teto abdominal e dos vasos eferentes dos linfonodos situados mais caudalmente; A drenagem linfática do linfocentro lombar é recebida pela cisterna do quilo; Os linfonodos renais estão associados aos vasos renais e drenam os rins; 2. Linfocentro celíaco - compõe-se dos linfonodos localizados na região irrigada pela artéria celíaca, ou seja, dos linfonodos celíacos, esplênicos, gástricos e pancreaticoduodenais ; Em ruminantes, os linfonodos gástricos subdividem-se em ruminais, reticulares, omasais e abomasais; Sua zona tributária é indicada por sua nomenclatura. Os vasos eferentes formam o tronco linfático celíaco, uma das raízes da cisterna do quilo; 3. Linfocentro mesentérico cranial - composto pelos linfonodos mesentérico cranial, jejunal, cecal e cólico; apresentam variações consideráveis entre as espécies quanto a quantidade, forma e posição; drenam o intestino delgado e o intestino grosso, prolongando-se distalmente até o colo transverso; Seus vasos eferentes convergem para formar o tronco mesentérico cranial , o qual se une com o tronco mesentérico caudal no tronco intestinal antes de se unir à cisterna do quilo. 4. Linfocentro mesentérico caudal - compõe-se dos linfonodos mesentéricos caudais , os quais recebem a linfa do colo descendente do intestino; Seus vasos eferentes formam o tronco mesentérico caudal , o qual se abre para a cisterna do quilo; ● LINFONODOS DA CAVIDADE PÉLVICA E DO MEMBRO PÉLVICO -As zonas tributárias dos linfonodos da pelve costumam coincidir com os associados à parede abdominal; A importância clínica dessa ocorrência se traduz na remoção de tumores das glândulas mamárias em cães; 1. Linfocentro iliosacral - compreende: ● Linfonodos ilíacos mediais > grupo principal do linfocentro iliossacral e posicionam-se na ramificação final da aorta; são os centros de filtração secundários através dos quais flui a linfa eferente dos outroslinfonodos das vísceras pélvicas e dos membros pélvicos >> Essa ocorrência possui relevância clínica particularmente na ocorrência de tumores nessa região como, por exemplo, câncer dos testículos, já que as células cancerosas são transportadas diretamente para os linfonodos ilíacos mediais sem passarem por outro linfonodo. dão origem aos troncos lombares , os quais se abrem na cisterna do quilo; ● Linfonodos ilíacos laterais > inexistem no cão e no gato e não estão presentes de forma consistente nos outros mamíferos domésticos ; Quando eles se encontram em um animal, posicionam-se na bifurcação da artéria circunflexa ilíaca; ● Linfonodos ilíacos internos > situam-se na artéria ilíaca interna; ● Linfonodos sacrais > situam-se no sentido ventral ao sacro; ● Linfonodos anorretais > situam-se no sentido lateral ao reto; -Esses diversos linfonodos drenam as estruturas adjacentes; 2. Linfocentro iliofemoral - compreende linfonodos localizados na extensão da artéria ilíaca externa ou sua continuação femoral ( no gato e no equino ); Sua zona de tributação inclui a parede corporal contígua e a coxa; também recebe vasos linfáticos eferentes dos linfonodos inguinais superficiais no gato e dos linfonodos poplíteos no equino; Seus vasos eferentes drenam para os linfonodos ilíacos mediais; 3. Linfocentro inguinofemoral - compreende ● Linfonodos inguinais superficiais também chamados de linfonodos escrotais ou mamários > ● Linfonodo subilíaco > ausente no cão, raro no gato; ● Linfonodo coxal > ● Linfonodo da fossa paralombar > ● Linfonodos epigástricos > -drena o flanco, a parte caudoventral da parede abdominal, o escroto e as glândulas mamárias >> Por esse motivo, os linfonodos inguinais superficiais devem ser examinados, e sua remoção pode se tornar necessária quando os tumores mamários são extirpados; -Os vasos eferentes desembocam nos linfonodos ilíacos mediais; 4. Linfocentro Isquiático - compõe-se do linfonodo isquiático , o qual se situa na face lateral do ligamento sacroisquiático próximo à tuberosidade isquiática; recebe a linfa da parte caudal da garupa e femoral e, no gato, dos vasos eferentes do linfonodo poplíteo; Seus vasos eferentes desembocam no linfonodo iliossacral; não está presente no cão; 5. Linfocentro poplíteo - é o centro mais distal do membro pélvico e compreende linfonodos poplíteos superficiais e profundos , os quais se posicionam na fossa poplítea caudal ao joelho; No cão e no gato, os linfonodos poplíteos superficiais são facilmente palpáveis pela pele; drena a parte distal do membro e direciona seu fluxo eferente para o centro ilíaco medial, exceto no equino, no qual ele passa para os linfonodos inguinais profundos; ➢ TIMO - órgão de controle dos sistemas imune e linfático; -importância é maior no animal jovem e atinge seu desenvolvimento máximo 3 semanas após o nascimento em cães, 9 meses após o nascimento do suíno, e 1 ano após o nascimento no equino; Depois desse tempo, ele começa a involuir gradualmente até que o animal atinja maturidade sexual; -A regressão se inicia na parte cervical cranial do órgão, de forma que a parte torácica permanece durante mais tempo. À medida que começa a diminuir de tamanho e a perder sua estrutura linfóide, o timo é substituído por gordura . Contudo, podem-se observar seus vestígios na maioria dos animais, independentemente de idade; - possui uma origem par do terceiro arco faríngeo, e os botões crescem seguindo o pescoço ao lado da traqueia e invadem o mediastino, no qual eles se prolongam até o pericárdio; -No suíno e em ruminantes, o timo se divide em uma parte torácica ímpar e em partes cervicais direita e esquerda >> As duas partes são unidas pela parte intermediária na abertura torácica; -No cão e no equino, a parte cervical regride prematuramente, e o timo é representado apenas pela parte torácica; -No cão, a parte torácica é dividida em um lobo direito maior e um lobo esquerdo menor e se localiza quase totalmente no mediastino cranial na extensão do esterno, prolongando-se para o pericárdio em sua extremidade caudal; -No suíno, o timo é particularmente desenvolvido e compõe-se de uma parte cervical par e uma parte torácica par; -No leitão, sua extremidade cranial bulbosa pode se prolongar para a base do crânio. A parte cervical se localiza ventralmente e ao lado da traqueia; -No bezerro, o timo é particularmente grande e se prolonga desde a laringe até o pericárdio; Ele se divide de forma distinta em uma parte cervical par e uma parte torácica ímpar, as quais são conectadas por um istmo estreito ventral à traquéia; A parte cervical consiste em um corpo que se divide em dois cornos afunilados na extensão da traquéia; A parte torácica se localiza na metade esquerda da parte dorsal do mediastino cranial; -Na maioria dos equinos, o timo é representado por apenas uma parte torácica bipartida; Contudo, uma parte cervical pode se prolongar ao lado da traquéia na parte caudal do pescoço > frequentemente está separada da parte torácica e pode consistir de várias massas; A parte torácica se prolonga dorsalmente ao esterno desde o mediastino cranial até a 4a ou 5a costela; Seu lobo esquerdo maior se prolonga até o lobo do pulmão esquerdo e até o tronco braquiocefálico no sentido dorsal; Em um potro de 1 ano de idade, o timo pode -alcançar 15 cm de comprimento e 12 cm de altura. -Macroscopicamente, é um órgão acinzentado e bastante lobulado com um matiz róseo no material fresco; Seus lóbulos poligonais separam-se uns dos outros por uma cápsula delicada, porém distinta, de tecido conectivo; -Microscopicamente, cada lóbulo divide-se em um córtex externo e uma medula interna; Células linfopoéticas migram da medula óssea para o córtex, onde se dividem e amadurecem para formar linfócitos T; -Dentro do córtex, os linfócitos T se equipam com receptores que reconhecem as proteínas que pertencem ao corpo; Caso os linfócitos T não reconheçam asproteínas do corpo, o sistema imune começa a reagir contra esses componentes, o que resulta em enfermidades autoimunes como esclerose múltipla ou artrite reumatoide; -Embora a medula também contenha linfócitos, eles aparecem em menor número; - As células do tecido intersticial formam aglomerados conhecidos como corpúsculos de Hassall, cuja função não é totalmente compreendida > Sua quantidade é mais elevada no momento do nascimento e em animais muito jovens (cerca de 1 milhão); -Além de sua função linfopoética, supõe-se que apresente uma função endócrina; O “fator timo” estimula o crescimento e a diferenciação de órgãos linfáticos periféricos; -A remoção do timo em camundongos recém-nascidos resulta em retardo grave de crescimento, prejuízo no desenvolvimento de órgãos linfáticos e morte duas semanas após o parto; ➢ BAÇO (splen) -órgão de coloração pardo-avermelhada a cinzenta, dependendo da espécie; - se situa caudal ao diafragma dentro da parte cranial do abdome; -se situa inteiramente dentro do peritônio em todos os mamíferos domésticos, com exceção dos ruminantes, nos quais metade do baço se prolonga para a zona de fixação retroperitoneal entre o diafragma e o saco dorsal do rúmen; -se fixa ao estômago por meio do ligamento gastroesplênico, o qual faz parte do omento; -No equino, há um ligamento adicional entre o baço e o rim esquerdo, o ligamento esplenorrenal, que cria espaço esplenorrenal, onde segmentos dos intestinos podem ficar presos, o que resulta em cólica; -forma varia entre as espécies >> no equino ele é falciforme; no suíno se assemelha a uma língua; nos carnívoros, a uma bota; nos pequenos ruminantes, a uma folha; e no bovino, a uma faixa larga; -apresenta duas faces: a face diafragmática e a face visceral >> esta última é marcada pelo hilo em todos os mamíferos domésticos, com exceção dos ruminantes ; Vários baços acessórios podem estar presentes próximos ao hilo ou integrados ao omento maior e se originam de células primordiais dispersadas durante o desenvolvimento embrionário; -envolvido por uma cápsula de tecido mole, rica em fibras musculares lisas e que projeta trabéculas no órgão; O parênquima compõe-se de polpa esplênica vermelha e branca; 1. A polpa vermelha é formada pelos seios venosos, os quais são revestidos com endotélio. 2. A polpa branca, que responde por cerca de um quinto do volume do baço, é constituída por tecido linfóide folicular; - armazena e concentra eritrócitos e os libera quando necessário; -Filtra o sangue e remove eritrócitos desgastados da circulação. -Extrai ferro da hemoglobina e o libera novamente para reutilização; -Produz linfócitos e monócitos e desempenha uma função importante na produção de anticorpos; -não é essencial para sobrevivência, já que, em sua ausência, outros tecidos assumem a maioria de suas funções; -Cães e gatos podem levar uma vida saudável após esplenectomia, mas animais criados para funções esportivas não recuperam seus níveis anteriores de desempenho; - Vascularização, drenagem linfática e inervação: Os vasos sanguíneos são a artéria esplênica e a artéria celíaca ; A veia esplênica desemboca na veia porta; Os vasos sanguíneos atravessam o hilo e percorrem as trabéculas, ramificando-se repetidamente à medida que diminuem seu diâmetro. Eles finalmente deixam as trabéculas e são envolvidos por tecido linfóide, formando artérias centrais dentro da polpa branca . As artérias centrais penetram a polpa vermelha, onde se ramificam em cerca de 50 pequenas arteríolas retas que se abrem nos leitos capilares. O lado venoso do caminho vascular através do baço se inicia nos seios venosos que se intercomunicam. A parede desses seios compõe-se de células endoteliais e reticulares com uma membrana basal incompleta; Esses seios se unem em veias na polpa vermelha, que finalmente se aglutinam para formar as veias trabeculares ; O baço recebe fibras nervosas parassimpáticas e simpáticas do plexo celíaco . A drenagem linfática do baço drena para os linfonodos esplênicos localizados no hilo do órgão. Seus vasos eferentes se unem ao tronco celíaco para desembocar na cisterna do quilo; → Expressões clínicas relacionadas ao sistema imune e aos órgãos linfáticos: linfangite, linfadenite, linfangiografia, timectomia, timopatia, esplenite, esplenectomia, esplenomegalia.
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