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DISTURBIOS GASTROINTESTINAIS -conhecimento da fisiologia gastrointestinal → terapia eficaz para distúrbios gastrointestinais DISTURBIOS DA DEGLUTICAO -causas: ∙lesão do 5º,9º ou 10º nervo craniano ∙poliomielite e encefalite = lesão do centro da deglutição ∙distrofia muscular = enfraquecimento dos músculos voluntários ∙miastenia grave e botulismo = insuficiência na transmissão neuromuscular ∙anestesia profunda = bloqueia o reflexo da deglutição e a pessoa aspira vomito -anormalidades: ∙abolição do ato de deglutição, falha da glote, palato mole e úvula em se fechar na deglutição DISTURBIOS DO ESOFAGO →acalasia -lesão do plexo mioentérico que não transmite sinal de relaxamento receptivo para o esfíncter gastroesofágico -consequências: ∙musculatura inferior do duodeno permanece espaticamente contraída ∙alimento fica retido no esôfago, se dilatando (megaesôfago) ∙alimento se putrefaz, causa ulcera, dor, ruptura do esôfago e morte -tratamento: ∙balão inflado e antiespasmódicos DISTURBIOS DO ESTOMAGO -absorção no estomago é pequena devido a barreira gástrica: ∙muco viscoso e aderente ∙junções epiteliais de baixa permeabilidade →gastrite -inflamação da mucosa gástrica -aumento da permeabilidade da barreira (íons H se difundem até o epitélio causando lesão) -causas: ∙infecção bacteriana crônica ∙substancias irritativas a barreira gástrica como álcool e aspirina -consequências: ∙em gastrite profunda pode causar ulceras gástricas e atrofiar a mucosa ∙autoimunidade contra a mucosa levando a atrofia gástrica ∙acloridria: atrofia gástrica leva a não secreção de ácido clorídrico e o pH não fica ácido ∙hipocloridria: atrofia gástrica leva a diminuição de ácido clorídrico e não secreção de pepsina ∙anemia perniciosa: atrofia gástrica e acloridria levam a não secreção da glicoproteína fator intrínseco pelo estomago; o fator intrínseco se une a vitamina B12 impedindo sua degradação e no íleo induz a absorção da vitamina; a vitamina B12 é responsável pelo amadurecimento de eritrócitos →ulcera péptica -área escoriada da mucosa gástrica ou intestinal por ação digestiva -locais frequentes: ∙no cárdia, curvatura menor, antro, piloro ∙em incisões cirúrgicas (ulcera marginal) -proteção da mucosa ∙glândulas mucosas – muco ∙neutralização – secreção pancreática com bicarbonato + glândulas de Brunner do duodeno ∙inativação da pepsina – secreção pancreática -reflexos por ácido no duodeno: ∙inibe secreção gástrica ∙inibe peristaltismo e esvaziamento gástrico ∙liberação de secretina que induz secreção pancreática -causas: ∙excesso de secreção gástrica (pode ser por distúrbios psíquicos) ∙diminuição da proteção da mucosa (muco +neutralização duodenal) ∙infecção crônica (por toda a vida) por bactéria Helicobacter pylori que libera amônio, liquefazendo a barreira e estimulando mais HCl; os ácidos atingem o epitélio, lesionando. ∙tabagismo , que aumenta a secreção gástrica ∙álcool, aspirina e anti-inflamatórios que lesam a barreira mucosa -tratamento: ∙antibióticos ∙anti-histamínicos que inibem os receptores de H das glândulas gástricas, inibindo formação acida ∙redução do estomago ∙seccionar nervo vago DISTURBIOS DO INTESTINO DELGADO →insuficiência pancreática -falta de secreção pancreática que leve a digestão anormal -secreção pancreática (tripsina, quimotripsina, carboxipolipeptidase, amilase e lipase pancreática) digere gordura, proteínas e carboidratos -causas: ∙pancreatite aguda ou crônica ( inflamação do pâncreas devido bebida alcoólica ou bloqueio da papila; as enzimas pancreáticas são represadas; o acumulo de tripsinogênio é maior que o inibidor de tripsina, sendo ativado a tripsina; a tripsina e outras enzimas digerem o próprio pâncreas) ∙bloqueio do ducto pancreático por calculo na papila de Vater ∙remoção do pâncreas →espru -não absorção de nutrientes pela mucosa -consequências ∙esteatorreia (excesso de gordura nas fezes) ∙deficiência nutricional ∙osteomalacia (falta de cálcio) ∙coagulação inadequada (falta de vit. K) ∙anemia macrocítica (falta de B12 e B9) -espru não tropical/espru idiopático/doença celíaca/enteropatia ao glúten: ∙efeitos tóxicos do glúten (grãos como trigo e centeio) ∙destruição dos enterócitos e microvilosidades, diminuindo a superfície de absorção -espru tropical: ∙inflamação da mucosa por bactérias ∙mais comum nos trópicos DISTURBIOS DO INTESTINO GROSSO →constipação -movimento lento das fezes, com excesso de absorção de liquido = fezes ressecadas e endurecidas -reflexos da defecação em massa (gastrocólico e duodenocólico) depois do café da manhã -causas: ∙obstrução intestinal (tumores, aderências, ulceras) ∙hábitos intestinais irregulares (inibem reflexos normais da defecação) ∙excesso de laxativos ∙espasmo do sigmoide ∙doença de Hirchsprung/megacolon (constipação intensa que distende o cólon, devido falta de células ganglionares no plexo mioentérico, levando a falta de reflexos de defecação nem peristalse no intestino grosso) →diarreia -movimento rápido das fezes -causas: ∙enterite(irritação e inflamação da mucosa por bactéria ou vírus, levando aumento da secreção de muco e do movimentos peristálticos para remoção do agente infeccioso) ∙cólera (libera toxinas que induzem secreção de liquido e eletrólitos pelas criptas de Liberkuhn) ∙diarreia psicogênica/emocional (estimulação excessiva parassimpática que induz motilidade e secreção de muco) ∙colite ulcerativa (áreas das paredes inflamadas e ulceradas devido alergia, bactéria ou imunidade; desencadeia movimentos em massa repetidos por grande parte do dia e secreção de muco; o tratamento pode ser ileostomia, anus artificial na lateral do corpo ) →paralisia da defecação por traumatismo da medula -parte voluntaria (aumentar a pressão abdominal e relaxar o esfíncter anal) perdida -reflexo medular (acumulo de fezes no reto →conus medularis da medula →reflexo defecação no cólon e reto) mantido -tratamento: enema para estimular reflexo medular DISTURBIOS GERAIS →vômitos -devido irritação, hiperdistensão ou hiperexcitação do trato superior -sinais sensoriais →nervo vago e simpáticos centro do vomito (tronco cerebral) sinais motores ∙5º, 7º, 9º, 10º, 12º nervos cranianos para o trato superior ∙pelo nervo vago e simpáticos para trato distal ∙pelos nervos espinhais para o diafragma e músculos abdominais -ocorrências: ∙antiperistaltismo: antes do vomito, movimentos em direção oral= conteúdo do intestino delgado inferior volta para duodeno e estomago ∙respiração funda ∙abertura do esfíncter esofágico ∙fechamento da glote e elevação do palato mole ∙contração do diafragma e músculos paredes abdominais -cinetose (mudanças rápidas na direção do movimento do corpo, ativando o labirinto) e fármacos(apomorfina e morfina) podem ativar a zona de disparos de quimiorreceptores (4º ventrículo) que ativa o centro do vomito →náusea -pródromo do vomito -reconhecimento consciente da excitação inconsciente do centro do vomito (apenas certas partes do centro do vomito desenvolvem sensação da náusea) -causas: ∙impulsos do trato irritado ∙impulsos do mesencéfalo devido cinetose ∙impulsos do córtex para ato do vomito →obstrução gastrointestinal -causas: ∙câncer ∙constrição fibrótica ∙espasmo ∙paralisia de segmento -obstrução no piloro →vômitos persistentes →perda de H→ alcalose metabólica -obstrução no intestino delgado →refluxo antiperistáltico →vomito →perda de agua, eletrólitos, ácido e base -obstrução no intestino grosso →constipação →vômitos →ruptura colo ou desidratação →flatulências -0,6 L de gás eliminados por dia -gases provenientes ∙ar deglutido ∙ação bacteriana ∙difusão a partir do sangue -no estomago, gases são principalmente provenientes de ar deglutido e saem por eructações -no intestino delgado tem poucos gases, provenientes do estomago -no intestino grosso gases provenientes de ação bacteriana (liberam dióxido de carbono, metano e hidrogênio) -certos alimentos causam mais gases por irritar ou por servir comosubstrato para bactérias :feijão , repolho ,cebola, couve-flor, milho, vinagre
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