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historia de educacao em Moz

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Antónia José Jofre
César da Costa N. Neto
Marcilia Fernando Mandlhate
Sandra Assane
Osvaldo Raúl Jorge Ussalo
Oitavo Daniel Manuel Oitavo
Finalidades e objectivos da educação em Moçambique em diferentes momentos históricos
Educação colonial em Moçambique
Educação pós-independência
Sistema Nacional de Educação
 
 Docente 
Dr. Ana Beatriz Raúl
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Introdução
O presente trabalho baseia-se na historia da educação em Moçambique em diferentes momentos históricos. O fruto deste é o resultado de uma investigação bibliográfica na qual pretendemos fazer luz sobre o tema em causa, esclarecendo conceitos fundamentais, abrir horizontes e apresentar directrizes básicas que podem pela generalidade compreender as diversas perspectivas sobre a estrutura do sistema educativo.
Educação é toda influência que o ser humano recebe do meio ambiente, durante a sua existência no sentido, de se adaptar as normas, valores sociais vigentes e aceites na sociedade.
Finalidades da Educação
Finalidades da Educação Pleno desenvolvimento do educando:  Para que o aluno se desenvolva plenamente é necessário que a escola lhe ofereça condições. Somente a partir do momento em que a pessoa pode se desenvolver plenamente é que tem condições de se sentir realizada. Preparo para o exercício da cidadania: O que caracteriza o cidadão é a sua participação na vida social, nas decisões que dizem respeito ao desenvolvimento da comunidade e do país.
Educação é toda influência que o ser humano recebe do meio ambiente, durante a sua existência no sentido, de se adaptar as normas, valores sociais vigentes e aceites. (CHIAVENATO)
Cont.
 É preciso que todo cidadão tenha seus direitos respeitados e seja cumpridor de seus deveres. Qualificação para o trabalho: A qualificação para o trabalho, como uma das finalidades da educação diz respeito ao ensino superior, porém pensemos principalmente no ensino fundamental. Será que os alunos saem da escola preparados para o trabalho? Ninguém aprende a trabalhar utilizando apenas cadernos, livros e outros materiais didáticos semelhantes, é necessário que as escolas ofereçam condições de aprendizagem adequadas às actividades das regiões em que se localizam.
Objectivos da educação
O pais tem como objectivos
Expandir e melhorar o cuidado e a educação da criança (em idade pré-escolar 1),
especialmente para as crianças mais vulneráveis e em maior desvantagem;
Assegurar que todas as crianças, com ênfase especial nas meninas e crianças em circunstâncias difíceis, tenham acesso à educação primária, obrigatória, gratuita e de boa qualidade
Assegurar que as necessidades de aprendizagem de todos os jovens e adultos sejam atendidas pelo acesso equitativo à aprendizagem apropriada, a habilidades para a vida e a programas de formação para a cidadania;
Eliminar disparidades de género na educação primária esecundária e alcançar a igualdade de género na educação com enfoque na garantia ao acesso e o desempenho pleno e equitativo de meninas na educação básica de boa qualidade;
Cont.
Melhorar todos os aspectos da qualidade da educação e assegurar excelência para todos, de forma a garantir a todos resultados reconhecidos e mensuráveis, especialmente na alfabetização, matemática e habilidades essenciais à vida.
Moçambique, na qualidade de signatário da Declaração de Dakar
comprometeu-se a trabalhar para o cumprimento destes Objectivos. Assim, o Governo tem-se mobilizado e mobilizado os seus parceiros nacionais e internacionais, no sentido de atingir os Objectivos da Declaração de Dakar e promover uma educação de qualidade para todos os cidadãos.
Educação Colonial em Moçambique
 Durante o período colonial, conforme testa Isaacman e Stephan (1984:92) as oportunidades educacionais para moçambicanos eram extremamente limitadas, as poucas possíveis eram disponibilizadas exclusivamente pela Igreja católica num contexto de ensino de adaptação para dominar a língua portuguesa como condição para entrar na escolaridade primária. Olhando para a questão do género, as raparigas eram ensinadas através de métodos tradicionais visando perpetuar comportamentos seculares das comunidades através de mitos e ritos de iniciação, de modo que se preparassem para actividades económicas familiares e procriação de filhos depois de casar.
Educação Colonial em Moçambique
O posicionamento destes autores encontra enquadramento na visão de Nyerere (1962) ao afirmar que o sistema colonial promovia uma educação socialmente selectiva, virada para interesses individuais e continuidade da exploração.
Avaliando o ensino no tempo colonial, podemos afirmar que, era discriminatório e muito selectivo porque, em parte era assimilacionista ao estabelecer vários critérios para se aceder à educação. Os moçambicanos que conseguiam ingressar no ensino deviam apenas estudar até ao ensino rudimentar. As raparigas sofriam dupla exclusão, visto que a sociedade tradicional, assegurava apenas a preparação destas para as tarefas domésticas e económicas no seio da comunidade.
Cont.
Nesta perspectiva, Nyerere embora na sua visão não enfoque a descriminação da mulher no acesso à educação na época colonial, no caso moçambicano podemos notar que dos moçambicanos que não sabiam ler nem escrever, 60% eram mulheres como resultado não só de práticas coloniais assim como da educação tradicional que mantinham a mulheres num estado de ignorância, o lugar da mulher era de ser boa mãe, doméstica e servil, limitando o papel social da mulher ( Isaacman, 1984,p.222).
Reflectindo criticamente sobre o sistema de educação colonial, visava apenas ensino de rudimentar de escrita, uso da bíblia como livro de leitura, visando preparação de alguns negros para ajudarem na missão evangelizadora, nem que isso implicasse o uso das línguas locais na preparação destes.
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Educação Colonial em Moçambique
Um dos primeiros passos sistematicos para a introdução de novos conteúdos nos programas do ensino foi dado durante o primeiro seminário nacional de educação realizado em 25 de janeiro a dois de Março de 1973, neste seminario foram fixados o que se considerou serem as linhas gerais para cada disciplina curricular.
Segundo estatistica em 1975 cerca de 98% da população de Moçambique é analfabeta. 
No mesmo ano cerca de 69000 crianças frequentavam a escola no ensino primario, 23000 alunos no ensino secundario e 3800 no ensino universitario. 
Em fevereiro de 1976 foi pela primeira vez na história de Moçambique formado o menisterio de educação e cultura.
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Educação após a independência nacional 
A educação neste tempo obviamente tinha que se reencontrar e ocupar seu espaco dentro das propriedades de reconstrucao entre as quais o regresso das pessoas que tinham emigrado para os paisis vizinhos, Castiano (2003:70)
Após a independência nacional em 1975, a educação tornou – se socialmente um direito e dever de cada cidadão. Em 1978 frequentavam na escola pública mais de 1419297cidadãos dos quais 47.2% eram mulheres, contra os 586868 em 1973 ( Isaacman, 1984,p.93).
Para BORDIEU e PASSERON, não significava com isto que, o acesso à educação estava democratizado, porque as probabilidades de acesso da maioria dependiam de zonas com oportunidades objectivas favoráveis e do reforço de mecanismos de acesso alocados pelo estado em diversas regiões. Com isto queremos dizer que entre as zonas rurais deste Moçambique e as cidades onde se supõe existir facilidades de acesso, diferentes factores terão condicionado o acesso ao ensino para todos.
Cont. 
Desta forma a educação em Moçambique, teria função de desenvolver espírito de solidariedade colectiva ligada ao trabalho prático na perspectiva de produzir um cidadão critico capaz de produzir juízo de valores sobre o seu meio.
Moçambique deu importantes avanços quando apontou a erradicação do analfabetismo como uma das formas básicas de acabar com subordinação da mulher, alterar a hierarquia tradicional em relação à mulher e promover a participação de maior número de mulheres
na vida das comunidades. (Isaacman, 1984,p.97)
Cont. 
Moçambique ultimamente tem feito reformas curriculares visando acomodar cidadão de ambos sexos, reforçando a valorização cultural entre a escola e as tradições comunitárias (Idem, p.240).
Moçambique deu importantes avanços quando apontou a erradicação do analfabetismo como uma das formas básicas de acabar com subordinação da mulher, alterar a hierarquia tradicional em relação à mulher e promover a participação de maior número de mulheres na vida das comunidades. (Isaacman, 1984,p.97)
Sistema nacional de Educação
Sistema é um conjunto de elementos, partes ou órgão dinamicamente relacionados e interdependente que desenvolvem uma actividade ou função para atingir certos objectivos. Educaçãoé um processo pelo qual a sociedade forma seus valores, membros, imagem em função dos seus interesses.(GOLIAS,1993)
      
Cont.
O Sistema Nacional de Educação é constituído pelos seguintes subsistemas:  
 Subsistema de Educação Geral;
 Subsistema de Educação de adultos;
 Subsistema de Educação técnico profissional;
 Subsistema de Formação de Professores e;
 Subsistema de Educação Superior.
O Sistema Nacional de Educação está estruturado em quatro níveis de ensino que são:
Nível Primário;
Nível Secundário;
Nível Médio ;
Nível Superior.
 Cont.
Ensino Primário
O ensino primário compreende as sete primeiras classes e é frequentado em princípios por crianças dos 7 aos 14 anos e compreende dois graus. 1º Grau, da 1ª à 5a classes; 2º Grau, da 6a à 7a classes.
Ensino Secundário
O Ensino Secundário, 2º nível de Educação Geral, compreende três classes, 8ª, 9ª, 10ª e é frequentado, em princípio por jovens dos 14 aos 17 anos. O ensino prepara os alunos para o ingresso no nível médio dos vários subsistemas.
O Ensino Secundário visa ampliar, aprofundar e consolidar a formação adquirida e deve principalmente
Cont.
O Ensino Pré-Universitário, 3º nível de educação geral, compreende duas classes, 11ª e 12ª, e é frequentado em princípio por jovens dos 17 aos 19 anos. Este nível da uma formação ampliada, consolidada e aprofundada, preparando os alunos para o ingresso no nível superior.
Ensino Superior
Ao ensino superior compete, assegurar a formação ao nível mais alto de técnicos e especialistas nos diversos domínios do conhecimento científicos necessários ao desenvolvimento do país.
O ensino superior realiza-se em estreita ligação com a investigação científica.
O ensino superior destina-se aos graduados com a 12ª classe do ensino geral ou equivalente.
Cont.
Bom, em um ponto a ser analisado a posterior. Encontramos em Moçambique, um sistema educativo que na sua génese está ‘’ ancorado’’ à programas e projectos dos principais doadores internacionais, está mais preocupado em fornecer dados estatísticos (que no fundo não dizem nada), sobre a educação no pais (passagens semi automáticas). Estes mecanismos que no entender de quem dirige o sistema educativo, embora alguns reconheça a sua precariedade, são tipos como instrumentos que vão dinamizar a educação, o que na óptica sociológica, colocam em causa a qualidade do processo educativo, uma vez que são definidos não tomado em conta a nossa realidade (saber local, currículo local, etc.). Qualidade de ensino não se deve confundir implantação de programas de topo, e as quantidades, mas sim na capacidade de desenvolvimento intelectual dos formados e sua contribuição no desenvolvimento do país, isto deve ser acompanhado com infraestruturas melhoradas, disponibilidade de meios e existência de um quadro técnico (Professores, gestores escolares, etc) capacitados para efeito e a existência de métodos pedagógicos e tecnológicos apropriadas.
Conclusão
Podemos concluir que em Moçambique embora persistam problemas em relação ao acesso à educação devido a vários factores, o actual sistema educativo teoricamente estabelece igualdade de oportunidades para ambos sexos embora de forma objectiva nem todos os moçambicanos acedam da mesma forma ao ensino. Os avanços conseguidos pelas mulheres na escolarização são encorajadores, contrariando o período colonial que excluiu de forma severa o acesso à educação para todos os moçambicanos.
Bibliografia
GOLIAS, Manuel. Sistemas de Ensino em Moçambique.Maputo, 
1993:112p.
ISSACMAN, BARBARA e STEPHAN, JUNE. A mulher moçambicana no processo de libertaçao,Maputo,1984:133p.
CASTIANO, José. A longa Marcha duma Educação para todos em Moçambique. Maputo, 2005:291.
GOMEZ, Miguel. Educação Moçambicana, Maputo, 1999:219

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